Deputado afirma que investigações sobre fraudes expõem esquema político
Mateus Conte

Deputado federal Luiz Lima (Novo-RJ) integra a CPMI do INSS | Foto: Revista Oeste
O deputado federal Luiz Lima (Novo-RJ) afirmou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representa “a pior coisa que poderia acontecer para o governo Lula”. A declaração foi feita durante entrevista ao Arena Oeste desta quinta-feira, 18, na qual o parlamentar detalhou sua atuação na comissão, abordou sua trajetória política e avaliou temas como esporte e eleições futuras.
Segundo Lima, a CPMI já realizou cerca de 30 sessões e revelou indícios de envolvimento de sindicatos, operadores financeiros e agentes públicos em um esquema que teria causado prejuízos bilionários a aposentados e pensionistas. “Você não imaginar que esse núcleo de poder, que movimenta bilhões, não tem ligação política, não tem caixa financiando campanha de políticos, é muita inocência”, afirmou o deputado, ao citar entidades como Contag, Conafer e Sindinapi.
O parlamentar declarou que houve resistência para convocar pessoas consideradas centrais nas investigações e relatou dificuldades enfrentadas pela comissão. “Para a gente convocar qualquer pessoa, tem que ser posto em votação, e a maioria decide”, disse. Ele também afirmou que houve quebra de cerca de 400 sigilos e que novas revelações ainda devem surgir.
Lima criticou o que classificou como silêncio da grande imprensa sobre o escândalo. “O meu aperto mesmo no coração é chegar em casa à noite e não ver isso sendo noticiado”, afirmou. Para ele, o volume de informações e prisões recentes demonstra a gravidade do esquema no INSS. “Se não fosse o 8 de janeiro, o governo Lula já tinha caído.”
Luiz Lima integra a CPMI do INSS
Durante a entrevista, Lima relembrou sua entrada na política em 2016, quando foi convidado para atuar como secretário nacional de Esporte e Alto Rendimento no governo Michel Temer. “Nunca sonhei em ser deputado federal, mas aconteceu, em 2016, um convite”, afirmou. Ex-atleta olímpico e professor de educação física, ele disse que manteve aulas de natação para preservar o contato com a rotina fora da política.
Lima avaliou que o esporte no Brasil enfrenta dificuldades estruturais e culturais. “É muito difícil você trabalhar esporte no Brasil porque não é cultural”, afirmou. Segundo ele, o Ministério do Esporte tem orçamento reduzido e o tema deveria estar mais integrado à educação. “Se a gente tivesse 2 a 4% desse orçamento voltado para o esporte universitário e parte para o escolar também, seria bem diferente”, disse.
Lima confirmou que pretende disputar a reeleição para deputado federal em 2026. Segundo ele, o Novo precisa eleger ao menos 13 deputados federais para garantir a sobrevivência partidária. “Deputado federal é que faz o partido acontecer”, avaliou.
Ao comentar o cenário presidencial, mencionou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, seu colega partidário. “O Zema é o único presidenciável que ganha do Lula em Minas Gerais”, afirmou, ao ressaltar que diferentes configurações ainda são possíveis até o próximo pleito.






A ordem partiu do ministro Flávio Dino | Foto: Gustavo Moreno/STF
Dr. Flávio e Missionário José Olímpo | Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados





Plenário do Senado Federal I Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara | Foto: Lula Marques/Agência Brasil


O senador Weverton Rocha (PDT-MA) | Foto: Reprodução/Internet
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) | Foto: Divulgação/Ag. Senado




