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terça-feira, 16 de abril de 2024

Elon Musk: ‘EUA não permitem que Twitter/X viole leis de outros países, como quer Moraes’

Equipe institucional da plataforma enviou, nesta segunda-feira, 15, um documento que informa as ordens do STF no Brasil em relação ao controle de conteúdo

TAUANY CATTAN
‘Foram centenas, se não milhares’, afirmou o empresário Elon Musk sobre as ações que ‘violavam a lei brasileira’ | Foto: Reprodução/@uswealthtips

Na tarde desta segunda-feira, 15, o dono do Twitter/X, Elon Musk, afirmou que as leis dos Estados Unidos não permitem a violação das leis de outras soberanias. Além disso, citou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

A declaração foi publicada no Twitter/X, em resposta a uma postagem da equipe institucional da plataforma. Esta última afirmou que enviou um parecer ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes norte-americano sobre as decisões do STF.

“As leis dos Estados Unidos impedem o Twitter/X de participar de corrupção que viole as leis de outros países”, explicou Musk. “É o que Alexandre de Moares exige que façamos.”

A postagem a que Musk responde é da equipe institucional do Twitter/X, informando que o Comitê Judiciário da Câmara norte-americana pediu à X Corp, responsável pela gestão da plataforma, informações sobre as ordens do STF no Brasil, sobretudo em relação ao controle de conteúdo.

O Twitter/X também informou que, “para cumprir as suas obrigações de acordo com a legislação dos EUA”, deu a resposta ao comitê.
Defesa de Elon Musk envia a Moraes pedido do Congresso dos EUA

Mais cedo, a defesa do escritório brasileiro do Twitter/X enviou a Moraes um ofício com o pedido feito pelo Congresso dos Estados Unidos. No documento, o Poder Legislativo norte-americano pede acesso aos e-mails das ordens judiciais emitidas pelo magistrado e direcionadas à X Corp.

O envio ocorreu neste fim de semana. Os documentos foram incluídos no inquérito das milícias digitais. Moraes é o relator da investigação no STF.

De acordo com o jornal Gazeta do Povo, o documento do comitê norte-americano solicita que a X Corp envie “todas as ordens” de Moraes relacionadas à censura.

De modo mais específico, “referentes ou relacionadas à moderação, exclusão, suspensão, restrição ou redução da circulação de conteúdo; a remoção ou bloqueio de contas; o desenvolvimento, execução ou aplicação das políticas de moderação de conteúdo da X Corp”.

Vídeo: TV do Irã usa imagens de incêndio florestal no Chile para mostrar que Israel sofreu ‘danos’ com ataques de mísseis e drone

Emissora estatal sugeriu que a base aérea de Nevatim, no Deserto de Negev, explodiu em uma bola de fogo

REDAÇÃO OESTE
A imagem do suposto ataque iraniano a Israel, que na verdade foi um incêndio florestal no Chile | Foto: Reprodução/YouTube

Neste domingo, 14, a TV estatal do Irã divulgou um vídeo dramático, que afirmava ser o resultado de um ataque de míssil em Israel. Na verdade, era de um incêndio florestal no Chile, no início deste ano.

A emissora sugeriu que a base aérea de Nevatim, no Deserto de Negev, explodiu em uma bola de fogo. A BBC inicialmente pensou que as imagens eram de um incêndio no Texas, em março. Depois, confirmaram que o vídeo era de um incêndio florestal no país sul-americano. As cenas ocorreram em fevereiro.


Ataque e retaliação entre Israel e Irã

Outras imagens que a TV estatal do Irã afirmou mostrar palestinos na Mesquita de Al-Aqsa, celebrando o ataque, na verdade eram fiéis marcando o fim do Ramadã.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) conseguiram derrubar 99% dos drones suicidas e mísseis que a República Islâmica lançou contra o país judeu, em um ataque sem precedentes.

O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu neste fim de semana para decidir sobre os próximos passos do país depois do ataque. A ofensiva de Teerã é uma retaliação a um ataque aéreo israelense na Embaixada do Irã em Damasco, em 1º de abril.

Revista The Economist critica Alexandre de Moraes, no caso que envolve Elon Musk e Twitter/X

Veículo de imprensa britânico afirmou que o STF tem 'autoridade imensa sobre a vida dos brasileiros'

THIAGO VIEIRA
Elon Musk tem marcado o ministro Alexandre de Moraes em publicações no Twitter/X | Foto: Steve Jurvetson/Wikimedia/Jane de Araújo/Agência Senado/Montagem/Thiago Vieira/Revista Oeste

A revista britânica The Economist criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no caso que envolve o dono do Twitter/X, Elon Musk. No título da reportagem, publicada neste domingo, 14, o periódico refere-se à Corte como “poderosa”.

No início do texto, The Economist relembra o início do imbróglio. Caso a medida não fosse seguida, a rede social teria de pagar multas pesadas.

“Alexandre de Moraes abriu então um inquérito contra Elon Musk por obstrução à Justiça”, informa a revista. “Isso levou Musk a criticar que a censura no Brasil é pior do que em ‘qualquer país do mundo onde esta plataforma opera’ e a chamar Moraes de ‘ditador’, que deveria sofrer impeachment e ser levado ‘a julgamento pelos seus crimes’.”

Em sua crítica, a revista afirma que, apesar de considerar toda a polêmica “exagerada”, a situação revela duas questões. “Um deles é o poder da Suprema Corte do Brasil, que goza de autoridade imensa sobre a vida dos brasileiros”, escreve. “O outro é o debate em torno da regulamentação das redes sociais sem ferir a liberdade de expressão, no qual o Brasil é um importante campo de batalha.”

The Economist lembrou decisões de Alexandre de Moraes
Reportagem do The Economist: Elon Musk está em conflito com o poderoso Supremo Tribunal do Brasil | Foto: Reprodução/The Economist

A revista ainda lembra a decisão de Moraes que ordenou a prisão do deputado federal Daniel Silveira por um “discurso carregado de palavrões contra os membros do tribunal”. O periódico ainda destaca que é “quase impossível recorrer contra essas decisões”.

The Economist citou também a decisão de Alexandre de Moraes de autorizar busca e apreensão em casas de oito empresários, assim como o congelamento de suas contas bancárias e a suspensão de suas redes sociais.

O periódico entrevistou o advogado criminalista Davi Tangerino. O especialista disse que um “inquérito interminável e sem âmbito definido” não é compatível com o Estado de Direito.

The Economist ainda afirmou que os críticos de Alexandre de Moraes argumentam que as táticas são pesadas e carecem de transparência. A revista ouviu o filósofo e professor Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP), que concordou com as críticas.

“Não está claro quantas contas foram suspensas”, afirmou o docente, ao The Economist. “Por que e por quanto tempo.”

Vídeo mostra evento de Lula esvaziado em Campo Grande (MS)

Imagens mostram cadeiras vazias e pessoas indo embora do local

REDAÇÃO OESTE
O presidente Lula foi até a fábrica da JBS comemorar o envio do 1º lote de alimentos produzidos pelos 38 frigoríficos habilitados para a exportação de carne à China | Foto: Reprodução/Twitter/X

Na última sexta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a sede da multinacional de alimentos JBS, em Campo Grande (MS).

O evento contou com a presença de poucos apoiadores. A baixa adesão do público contrariou o que foi projetado pelos organizadores, que montaram uma estrutura com diversas cadeiras e barreiras para recepcionar militantes.

“Só tem funcionário”, disse o homem que estava gravando o vídeo. “Olha o tanto de cadeira que ainda está vago. O pessoal já está até indo embora. Os próprios funcionários indo embora.” Imagens mostram pessoas saindo do local, tendo conversas paralelas e mexendo no celular.

No vídeo, o presidente fala sobre o programa Pé de Meia, que busca promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. O programa em questão deposita R$ 200 mensalmente na conta dos estudantes como forma de incentivo. Eles podem sacar o dinheiro a qualquer momento.

Entenda a visita de Lula na fábrica da JBS

O presidente Lula foi até a fábrica da JBS comemorar o envio do 1º lote de alimentos produzidos pelos 38 frigoríficos habilitados para a exportação de carne à China.

Segundo o governo federal, as novas máquinas impactarão positivamente com R$ 10 milhões a balança comercial brasileira pelo próximo ano. Atualmente, mais de 100 frigoríficos já operam exclusivamente com a exportação de carne para o país asiático.

Além de Lula, estava presente o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também compareceu ao evento.

Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro

Governo Lula adotou postura ‘lamentável’ em relação ao Irã, dizem entidades judaicas

Presidente da Conib afirmou que política externa brasileira se coloca 'ao lado da teocracia iraniana'

TAUANY CATTAN
A organização não governamental (ONG) StandWithUs criticou diversos trechos da nota do governo Lula | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Entidades judaicas no Brasil repudiaram a nota do governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ataque do Irã contra Israel. No sábado 13, o Itamaraty divulgou um comunicado em que afirma que o Brasil acompanha “com grave preocupação” o lançamento de drones e mísseis contra Tel-Aviv. Contudo, não condenou Teerã.

Para o presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, a posição do governo Lula é “lamentável” e “frustrante”. Além disso, afirmou que a política externa brasileira se colocou ao lado da “teocracia iraniana”.

“O mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel em condenar e combater o ataque do Irã”, afirmou Lottenberg, em uma publicação no Twitter/X. “Já a atual política externa do Brasil optou por se colocar ao lado da teocracia iraniana, desviando novamente de nossa linha diplomática histórica de condenar agressões desse tipo.”

A diretora-executiva do Instituto Brasil-Israel (IBI), Manoela Miklos, também criticou o posicionamento do governo Lula. De acordo com Manoela, a nota do Itamaraty “deu margem para dúvidas sobre o que se passou, e não há”.

“Ao ler a nota do governo brasileiro, fica evidente a oportunidade perdida de condenar um ataque internacional flagrantemente ilegal que pode gerar instabilidade regional de escala imprevisível”, observou Manoela. “Mais poderia ser dito sobre a angústia que famílias israelenses sentiram nessa madrugada.”

ONG pró-Israel critica diplomacia brasileira, sobre ataques orquestrados pelo Irã

A organização não governamental (ONG) StandWithUs criticou diversos trechos da nota do governo brasileiro.

De acordo com a StandWithUs, o comunicado do governo Lula não repudiou a agressão do regime iraniano contra Israel. Na avaliação de André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, o Itamaraty limitou-se a falar em “preocupação” por “relatos de envio de drones e mísseis”.

A ONG também afirmou ser “profundamente decepcionante” o fato de o texto do Itamaraty citar que a situação de Gaza “se alastra” ao Líbano, à Síria e ao Iêmen. “Como se isso fosse espontâneo, e não porque o Irã tem usado seus proxies nesses países para atacar Israel numa guerra por procuração”, completou Lajst.

Em vídeo no Instagram, Lajst ressaltou que há um “grave problema” na nota do Itamaraty. “O Brasil possui uma ótima escola de diplomacia”, observou. “A Escola Rio Branco de Diplomatas é uma das melhores do mundo. No entanto, a política externa atual, comandada pelo Partido dos Trabalhadores, encabeçada por Celso Amorim, é desastrosa e lamentável.”

Lajst espera que a participação do Brasil nos Brics não extrapole as relações comerciais. Para o presidente-executivo da StandWithUs, isso “macularia” os relacionamentos externos do Brasil, o que aproximaria o país de um “regime teocrático totalitário, que oprime as mulheres e a população LGBT, encarcera dissidentes e jornalistas, além de financiar o terrorismo e a violência no mundo”.

Assessor de Lula, Celso Amorim defende o Irã: “Queria fazer um gesto”

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, defendeu o Irã depois do ataque contra Israel. O diplomata disse, no domingo 14, que o país “queria fazer um gesto” por causa do ataque que sofreu em seu consulado na Síria.

O diplomata brasileiro concedeu entrevista ao site UOL. Na conversa, afirmou que tudo depende de como o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai responder ao ataque.

“O Irã queria fazer um gesto”, disse o diplomata brasileiro. Amorim lembrou da importância que a Guerra Revolucionária Iraniana tem para a estrutura de poder em Teerã.

Ao defender o Irã, ele afirmou que, na região, é “sempre difícil” avaliar quem iniciou a crise. Conforme Amorim, o ataque iraniano era uma resposta ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, capital da Síria. O atentado aconteceu no início de abril.

Um alto militar da guarda morreu durante o ataque contra o escritório. Na ocasião, o Irã acusou Israel de ser o autor do ataque ao consulado iraniano. No sábado, o Irã disparou drones explosivos e mísseis contra uma base militar de Israel. Cerca de 99% dos projéteis foram abatidos pelas Forças de Defesa de Israel.

Confira a nota do Itamaraty na íntegra

O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Em vista dos últimos acontecimentos no Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.

PGR é contra STF condenar Zema por declaração sobre vacinação

O governador de Minas Gerais disse discordar da exigência comprovante de imunização da covid-19 para estudantes

REDAÇÃO OESTE
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema | Foto: Gil Leonardi

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta segunda-feira, 15, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não vê elementos para condenar o governador de Minas, Romeu Zema (Novo). O parecer se dá em razão de o político anunciar que a vacinação contra a covid-19 não seria pré-requisito para a matrícula de estudantes.

O STF vai analisar se o governo de Minas Gerais está descumprindo a decisão do próprio tribunal que. No auge da pandemia, a Corte determinou a vacinação completa de menores de 18 anos contra a covid-19.

Em parecer enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso contra Zema, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que o julgamento no STF não se debruçou especificamente sobre a exigência do cartão de vacinação para a matrícula na rede pública.

“Há evidente diferença entre se admitir como legítimos, genérica e abstratamente, meios indiretos para compelir a vacinação e — situação outra — afirmar que se deve cobrar vacinação em dia para se conceder matrícula escolar de menores”, escreveu Gonet. “Essa é apenas uma de tantas hipóteses cogitáveis para o fim desejado.”

Ação contra Zema que envolve PGR e STF foi aberta pelo Psol
Na entrevista, o governador mineiro também criticou a esquerda no Brasil que, conforme afirmou, tem pensamentos antigos | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Parlamentares do Psol de Minas Gerais deram entrada na ação depois que o governador afirmou, em um vídeo gravado ao lado do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho (PL-MG), que não exigiria o cartão de vacinação completo para a matrícula de estudantes na rede pública.

“Todo aluno, independentemente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”, disse Zema na gravação.

Em sua defesa, o governador afirmou que a apresentação do cartão de vacinação nunca foi obrigatória no Estado. Ele reiterou que não vai “impor obstáculos burocráticos” à matrícula de estudantes não vacinados.

Romeu Zema disse ao STF que o vídeo publicado nas redes sociais, que deu origem ao processo, foi uma “manifestação singela e elucidativa” para informar as famílias sobre a “inexistência de impedimentos à matrícula escolar, decorrentes de eventuais retardos ou omissões no acompanhamento do calendário vacinal”.

“Cabe destacar que a imunização de crianças, adolescentes e adultos, em Minas Gerais, é recomendada em consonância com calendário nacional de vacinação”, afirmou o governador mineiro. “Sendo que diferentes imunizantes estão disponíveis gratuitamente.”

Diante do parecer da PGR, contra os argumentos do Psol e a favor de Zema, caberá a Moraes decidir se dá ou não andamento à reclamação.

Samsung ultrapassa Apple e volta a ser a maior fabricante de celulares do mundo

Empresa sul-coreana chegou a vender mais de 60 milhões de unidades em 2024, enquanto a norte-americana conseguiu pouco mais de 50 milhões

REDAÇÃO OESTE
A Samsung tem 23% de participação nesse mercado; a Apple possui 21% | Foto: Reprodução/iOsWorld

A Samsung recuperou sua posição como a maior fabricante de smartphones do mundo no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a consultoria International Data Corporation (IDC). A empresa superou a Apple, que havia liderado o mercado recentemente.

As vendas do iPhone caíram 10%, ou 50,1 milhões de unidades. Isso representa 21% de participação no mercado. Do lado oposto, a Samsung alcançou uma participação de 23% do mercado, com 60,1 milhões de smartphones vendidos.

Além da Samsung e da Apple: o crescimento das fabricantes chinesas de smartphones

O crescimento mais significativo no mercado de smartphones veio de fabricantes chineses. A Xiaomi, por exemplo, registrou um aumento de 34% nas vendas e conquistou uma participação de 14%.

Por sua vez, a Transsion, com sede em Shenzhen e responsável pelas marcas Tecno, Itel e Infinix, se destacou como a fabricante de smartphones com o crescimento mais rápido. A empresa aumentou suas vendas em 85%, com 25,2 milhões de unidades vendidas. Com esse resultado, a Transsion assumiu a quarta posição em volume de vendas, à frente da concorrente chinesa Oppo.


Mudanças nas empresas do setor de smartphones

Nabila Popal, diretora de pesquisa do IDC, destacou a mudança de poder entre as principais empresas do setor, com a Xiaomi se recuperando e a Transsion consolidando sua presença entre as cinco primeiras.

Enquanto as vendas globais de smartphones aumentaram 8%, em relação ao ano anterior, a Apple enfrentou dificuldades para acompanhar essa recuperação. Neste ano, as ações da empresa norte-americana caíram cerca de 5%.

Jornalista da GloboNews justifica apoio de Lula às ‘saidinhas’

Cesar Tralli usou o telejornal Edição das 18h para explicar o motivo de Lula não querer acabar com a saída temporada dos presos

TV POP
Cesar Tralli expôs bastidores de decisão de Lula no Edição das 18h | Foto: Reprodução/GloboNews

Uma fala de Cesar Tralli durante a apresentação de um jornal da GloboNews tem gerado repercussão em grupos políticos nas redes sociais. O âncora do Edição das 18h explicou o motivo do presidente Lula (PT) ter vetado a proibição da saidinha de presos do sistema penitenciário em determinadas datas.

O apresentador da Globo trouxe à tona um bastidor do motivo que o chefe do Executivo defende que presos tenham direito a essas regalias.

“A questão da saidinha para visitar a família, eu trago aqui um bastidor que mexe bastante com o presidente Lula, que impacta nesse posicionamento dele com relação ao projeto. Não só pela decisão que o impediu de ir ao velório do irmão, porque até hoje ele tem isso muito fresco na memória dele”, iniciou o âncora da GloboNews.

Cesar Tralli continuou: “Para o presidente Lula, há um componente pessoal muito forte. Impedir um preso de ver a família é algo que realmente pega para o presidente da República”.

Inacreditável a passada de pano do Cesar Tralli para justificar a decisão do Lula de não vetar a saidinha dos presos.

Análise de Cesar Tralli na GloboNews virou motivo de piada

Em sua análise no Edição das 18h, Tralli chegou a expor que Lula tinha privilégios durante a ditadura. “Ele lembrou para interlocutores que estavam ali em volta dele que, na época da Ditadura, quando ele estava preso no DOPS, o Departamento de Ordem Política e Social aqui em São Paulo, um delegado da época liberava ele para visitar a mãe”, revelou.

A declaração de Cesar Tralli foi compartilhada pela influenciadora Renata Barreto, que criticou o comentário feito pelo âncora da GloboNews.

“Vejam que beleza esse relato a favor do veto parcial de Lula na lei que proíbe as ‘saidinhas’. Cesar Tralli todo emocionado falando que esse é um tema que mexe com o Presidente porque, quando ele estava preso, nem sequer pôde ir ao enterro do irmão. Não caiu uma lágrima por aí também?”, ironizou.

A publicação também recebeu uma enxurrada de comentários de seguidores criticando o relato feito pelo âncora.

Veterano expõe ‘degradação’ no bastidor de novelas da Globo

umberto Martins desistiu de estar em duas novelas da emissora por conta da 'bagunça e degradação' nos bastidores

TV POP
Humberto Martins reclamou de 'degradação' nos bastidores da Globo | Foto: Reprodução/TV Globo

Veterano em novelas, Humberto Martins é um dos rostos conhecidos como empresários em tramas da Globo. Na televisão desde 1987, o artista pediu para sair de duas produções na emissora carioca e destacou que os bastidores insustentáveis foram a razão de sua saída.

“Pedi para sair mesmo de duas novelas de tanta bagunça, degradação e incompetência dentro da produção, entende? Com os horários e privilégios a outros [atores] concedidos. De situações que eu nunca me coloquei. Isso começou a me chatear. Eu via que aquilo não mudava. Eu ia na diretoria e falava ‘não estou feliz, não estou satisfeito, isso aí é muita bagunça para o meu gosto, não gosto de trabalhar com pessoas assim'”, detalhou o ator.

Na Globo, o artista atuou em novelas como Mulheres de Areia (1993), Corpo Dourado (1998), América (2005) e Totalmente Demais (2015).

“Sou sério, gosto de organização, de tudo direitinho. São muitas pessoas que não sabem os textos. Não sabiam e ficavam na cara dura decorando na minha frente, me utilizando ainda como coach. Como uma pessoa não chegava pronta, a gente demorava horas para gravar”, lamentou ele em conversa com o Aloha Podcast.
Humberto Martins se incomodou com ‘degradação’ nos bastidores da Globo | Foto: Divulgação/TV Globo

Humberto Martins abandonou novelas da Globo pela metade

Humberto Martins destacou que alguns atores com quem ele já trabalhou na Globo eram responsáveis por prejudicar o ambiente de trabalho. O veterano relatou que atrasos eram comuns e isso impedia que ele concluísse compromissos durante o dia.

“Chegavam atrasados 2, 3 horas, ou não chegavam. Ficava esperando e aquilo acabava com o meu dia todo, não conseguia ir a um dentista, por exemplo. Me incomodava e pedia para me tirar porque estava me fazendo mal”, relatou. O artista não citou os nomes das novelas, mas ele abandonou duas tramas antes do fim das gravações — foram Verão 90 (2019) e Kubanacan (2003).

Michael Shellenberger: ‘Petistas exigiram minha prisão’

O jornalista norte-americano concedeu uma entrevista ao programa Oeste Sem Filtro desta segunda-feira, 15

THIAGO VIEIRA
Michael Shellenberger deu luz ao escândalo Twitter Files Brasil | Foto: Reprodução/Revista Oeste

O jornalista norte-americano Michael Shellenberger disse que petistas exigiram sua prisão, em publicações no Twitter/X. Ele deu a declaração nesta segunda-feira, 15, durante entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.

“Na verdade, tinha medo”, disse, sobre sua permanência no país. “Na sexta-feira 12, tinha petistas no Twitter/X exigindo que eu fosse preso por causa de minha perspectiva, mas agora a racionalidade tem voltado ao Brasil.”

O repórter foi um dos responsáveis por expor e-mails em que o advogado do Twitter/X no Brasil, Rafael Batista, reclama, para a equipe jurídica da empresa nos EUA, sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na mesma semana, o empresário Elon Musk, dono do Twitter/X, indagou o ministro do STF Alexandre de Moraes: “Por que tanta censura no Brasil?”. De lá para cá, Musk tem feito embates com o governo brasileiro sobre a liberdade de expressão no país.

Michael Shellenberger avalia evolução no debate sobre a censura no Brasil

Ao Oeste Sem Filtro, Shellenberger disse que houve, nos últimos dias, uma evolução no debate sobre a censura no Brasil. Para o jornalista, a mídia brasileira está percebendo a problemática das ações da Corte.

“O jornal Folha de S.Paulo não entendia a diferença entre respeitar os direitos de uma pessoa e concordar com as pessoas”, disse Shellenberger. “Mas, onde a gente está, agora, é totalmente diferente. O jornal O Estado de S. Paulo e a Folha publicaram editoriais muito fortes, ontem, no domingo, dia mais importante para editoriais no Brasil. Eles escreveram editoriais contra a censura, com argumentos muito fortes.”

O jornalista norte-americano considera que a repercussão dos comentários de Elon Musk sobre o Brasil têm influenciado em outros países. Recentemente, o Congresso dos EUA pediu detalhes sobre as decisões de Moraes contra as plataformas digitais. Para Shellenberger, a liberdade de expressão em todo o mundo está sendo pautada pelo Brasil.

“Os governos querem esconder seus motivos políticos [sobre as decisões de censura]”, explicou. “Como Elon Musk disse: ‘Isso é um grande problema’. Precisamos saber o que os nossos governos estão fazendo. Isso é um momento histórico.”

André Marques desabafa sobre luta contra dependência química

Ex-apresentador da Globo falou sobre seu vício em cigarros e comemorou que está há 30 dias sem fumar

TV POP
André Marques está há 30 dias sem fumar | Foto: Reprodução/YouTube

André Marques desabafou nas redes sociais sobre sua luta contra a dependência química e festejou que está há 30 dias sem fumar. O ex-apresentador da Globo sinalizou que é uma luta contínua. “Meus amigos mais íntimos, todos sabem que eu era fumante. Fumava 3, até 4 maços de cigarro por dia, acredite se quiser”, afirmou.

“Hoje eu estou aqui na (Serra da) Canastra, no Rio São Francisco (em Minas Gerais), e completo um mês sem fumar. É bem difícil, engordei uns 4, 5 quilos. Estou mais ansioso do que eu já sou, mas que esta mensagem chegue a pessoas que, assim como eu, fumavam: de que é possível. Eu também não acreditava”, pontuou André Marques.

O ex-apresentador da Globo garante que seguirá tentando e lutando. “Tem a dependência química, dependência psicológica, uma luta contínua. Eu sou um cara que fumava muito, bastante, três maços em um dia ou, até mais. E estou conseguindo”, festejou.

“Quero agradecer esse feito de 30 dias limpo, sem fumar, aqui no Rio São Francisco, protetor dos animais. Acho que essa terra me inspira e me dá forças. E é isso, vou seguir tentando e lutando”, disse ele.
André Marques foi demitido da Globo; No Limite foi um de seus últimos programas | Foto: Divulgação/TV Globo

André Marques também trava batalha contra a balança

Além da dependência química, André Marques luta contra a obesidade. O apresentador já se submeteu a uma bariátrica e relatou que acabou relaxando da dieta desde que foi demitido pela Globo, mas que pretende retomar a sua forma física em breve. “Eu comecei a gravar meu canal em casa, cozinhando todo dia e, em 4 meses, engordei 9kg”, disse.

“A luta é para sempre. Voltei para o meu beach tênis, estou me alimentando melhor, bebendo só final de semana. A bariátrica não é cura para a obesidade, é o método mais eficaz”, declarou o ex-contratado da Globo, destacando que a mudança de rotina também e o fim do seu relacionamento também contribuíram para o aumento do peso.

Diante de invasões do MST, ministro de Lula fala em ‘celebrar momento de grandes mobilizações’

Paulo Teixeira, titular da pasta de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, evita recriminar o grupo invasor de propriedades

REDAÇÃO OESTE
Ministro Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, posa com boné do MST | Foto: Priscila Ramos/MST

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, evitou tecer criticas ao autodenominado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao ser abordado por jornalistas nesta segunda-feira, 15, durante evento do governo Lula no Palácio do Planalto, ele falou em “comemorar”.

Teixeira disse que o Brasil passa por um momento de “grandes mobilizações”. A declaração ocorreu depois do lançamento de medidas do governo voltadas à reforma agrária.

O ministro foi perguntado se o lançamento das ações em abril, mês com pico de invasões de terra, foi uma forma de tentar baixar a temperatura com o movimento. Há invasões do MST em 24 áreas em 11 Estados.

“Temos que celebrar esse momento que é um momento que temos no Brasil de grandes mobilizações e entregar esse processo todo”, disse o titular da pasta, que, ao menos no nome, deveria se dedicar a cuidar dos agricultores familiares. “Esse processo é para mostrar para a sociedade brasileira que queremos assentar famílias.”

Paulo Teixeira, invasões do MST e promessas de ações em prol da reforma agrária
Militantes do MST em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em Vitória — 7/3/2024 | Foto: Reprodução/Redes sociais

Sem repudiar a série de invasões de terras durante o “abril vermelho” do MST, Paulo Teixeira falou em medidas em favor de projetos de reforma agrária no país. Ele, contudo, não deu detalhes a respeito — nem comentou a possibilidade de o grupo invasor de propriedades rurais acabar beneficiado com ações a serem feitas pelo Poder Executivo federal.

“O mês de abril coincide com dois aspectos”, disse o ministro. “Com o término do trabalho da elaboração das medidas e sua revisão e a celebração de um mês para a reforma agrária.”

Áreas da Embrapa invadidas pelo MST são destinadas a pesquisa

Grupo invadiu propriedades no domingo 14 como parte das ações do "Abril Vermelho"

REDAÇÃO OESTE
Militantes do MST; grupo que voltou a invadir fazenda da Embrapa no interior pernambucano | Foto: Reprodução/Instagram/@movimentosemterrapernambuco

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou que as suas áreas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Petrolina (PE) são destinadas a pesquisa e à preservação do bioma caatinga.

“A Embrapa reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos, está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação”, afirmou a estatal, em nota.

As áreas da Embrapa Semiárido foram invadidas no domingo 14 como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o chamado “Abril Vermelho”. Até agora, há registro de 24 invasões em 11 Estados.

A Embrapa esclareceu que uma das áreas já havia sido invadida em 2023 pelo MST. Nessa propriedade, há terras agricultáveis e de preservação do bioma caatinga. “Nessa área, o uso contempla trabalhos de conservação e multiplicação de sementes e mudas de cultivares lançadas pela Embrapa; produção de plantas forrageiras para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos que são utilizados nas pesquisas para a pecuária do Semiárido; áreas de reserva para alimentação dos animais na forma de silos; experimentos com frutas, em particular o umbuzeiro, e outras sob irrigação; estudos relativos à diversidade das espécies da Caatinga, subsidiando estratégias de conservação e manejo”, detalhou a estatal.

Há também o espaço destinado para a realização do Semiárido Show, evento voltado à agricultura familiar, informou a Embrapa.

MST invadiu área experimental da caatinga, diz Embrapa
Propriedade da Embrapa em Petrolina (PE) já tinha sido invadida por militantes do MST em abril do ano passado| Foto: Divulgação/MST

A segunda área, conforme a Embrapa, é utilizada pela Embrapa Semiárido há mais de 40 anos em regime de comodato, sendo de posse da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Segundo a empresa, o espaço que foi invadido pelos integrantes do MST “corresponde à parte do Campo Experimental de Caatinga destinada ao manejo dos rebanhos, particularmente ao pastejo em área de vegetação natural, associado ao regime de criação extensiva”, esclareceu.

Por fim, a Embrapa defendeu a ideia de que o uso das áreas e a realização de experimentos em terras destinadas à pesquisa é fundamental para a geração de tecnologias voltadas à agropecuária.

Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Governo Lula autoriza grupo dos irmãos Batista a abrir faculdade

Credenciamento foi publicado no Diário Oficial da União

REDAÇÃO OESTE
Joesley Batista, um dos dos donos da J&F, é o responsável pela Faculdade Germinare | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) autorizou o Instituto J&F, presidido por Joesley Batista, a abrir uma faculdade para oferecer cursos universitários.

A portaria, assinada pelo ministro Camilo Santana, foi publicada na edição do Jornal Oficial da União em 11 de abril. Consta que o pedido foi analisado e teve parecer favorável da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.

A autorização credencia a Faculdade Germinare, mantida pelo Instituto J&F, a oferecer cursos superiores na modalidade a distância. A faculdade funcionará no mesmo endereço do instituto, no Parque Anhanguera, em São Paulo. O credenciamento é válido por quatro anos, informa a portaria.

O Instituto J&F foi fundado há 15 anos e tem pouco mais de mil alunos. Até agora, a instituição oferecia cursos de educação básica e ensino médio.

O pedido para a criação da faculdade foi protocolado pelo instituto no MEC em outubro de 2021, ainda no governo de Jair Bolsonaro, mas, apenas agora, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a instituição de ensino superior foi credenciada.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o primeiro curso da faculdade gerenciada por Joesley Batista será de gestão comercial, com 150 vagas e duração de dois anos. As aulas serão a distância.

O jornal também informa que a instituição pretende abrir outros oito cursos: produção industrial, varejo, finanças, processos gerenciais, tecnologia da informação, análise e desenvolvimento de sistemas, marketing e educação corporativa.

J&F, empresa dos irmãos Batista, tenta se livrar de multas por corrupção
O ministro Dias Toffoli suspendeu a multa de R$ 10,3 bilhões da J&F e tomou medida semelhante em relação à Odebrecht | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O nome da J&F tem se mantido na imprensa em razão das tentativas da empresa de se livrar de multas e sanções que aceitou pagar em 2017 para não sofrer processos penais por corrupção. Uma das multas, de R$ 10,3 bilhões, está suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A empresa afirma que houve coação para que assinasse o acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), embora não tenha apresentado nenhuma prova dessa alegação. O MPF nega a acusação e sustenta, por exemplo, que a empresa estava amparada por amplo corpo de advogados, o que impediria qualquer mácula no acordo assinado. A J&F também tenta anular multas de acordos celebrados com a Controladoria-Geral da União.

8 de janeiro: Polícia Federal deflagra mais uma fase da Lesa Pátria

Agentes cumprem 18 mandados de busca e apreensão em 8 Estados

REDAÇÃO OESTE
Operação permanente da Polícia Federal sobre o 8 de janeiro chega à 26ª fase | Foto: Reprodução/Twitter/X

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 16, a 26ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpre 18 mandados de busca e apreensão contra supostos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os mandados estão sendo cumpridos no Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

Em nota, a Polícia Federal informou que foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. “Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.”

Segundo a corporação, o objetivo é “identificar pessoas que financiaram, fomentaram e promoveram os fatos ocorridos em 8/1/2023, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições”.
Manifestantes invadem o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto, em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons

Os investigados podem ser indiciados por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Mais de 30 pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro foram condenadas a penas entre 12 e 17 anos de prisão.

“As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas”, diz a Polícia Federal.

Juízes federais repudiam afastamento de magistrados da Lava Jato pelo CNJ

Ajufe diz que medidas contra juíza Gabriela Hardt e mais três magistrados são 'inadequadas'

REDAÇÃO OESTE
No ano passado, o corregedor Luís Felipe Salomão, do CNJ, que afastou os magistrados da Lava Jato, fez declarações em apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirmou que 'ele honra a magistratura do Brasil' | Foto: Luiz Silveira/Ag.CNJ

A Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe) repudiou o afastamento da juíza Gabriela Hardt e mais três magistrados da Lava Jato pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em nota de solidariedade aos colegas, a entidade classificou as decisões de “inadequadas” e “desarrazoadas”.

Os afastamentos de Hardt e dos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o juiz Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lens Loraci Flores de Lima, foram determinados nesta segunda-feira, 15, pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, com base em supostas infrações disciplinares.

Na nota de repúdio, a Ajufe apontou suas críticas para o fato de a medida ter sido determinada de forma monocrática por Salomão, às vésperas do julgamento dos casos no plenário do CNJ.

Além disso, os juízes federais destacaram a “conduta ilibada” e os anos de serviços prestados à magistratura nacional pelos colegas afastados, “sem qualquer mácula em seus currículos”.

O comunicado da Associação expressa confiança de que o plenário do CNJ, que se reunirá nesta terça-feira, 16, irá reverter os afastamentos.

A entidade defende que o alijamento de magistrados de suas funções exige motivos extremamente graves e contemporaneidade aos fatos, o que, na visão da entidade nacional da classe, não se verificaria no caso em questão.

“Situações que não se verificam no caso em debate, já que os fatos imputados dizem respeito a matéria jurisdicional, cuja correção se dá através das instâncias recursais, e não por reprimenda correicional, sob pena de ofensa à independência do Poder Judiciário”, diz o comunicado oficial.

Os argumentos de Salomão
A juíza Gabriela Hardt assumiu temporariamente a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato, após a saída do então juiz titular, Sérgio Moro, que se tornou ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Reprodução/Redes Sociais

No caso de Gabriela Hardt, o ministro Salomão mencionou em seu argumento para afastá-la a gestão de valores de acordos de colaboração e de leniência no âmbito da Lava Jato, apontando “indícios e cometimento de graves infrações disciplinares’, com supostas violações ao Código de Ética da Magistratura Nacional e “aos princípios da legalidade, moralidade e republicano”.

Quanto aos magistrados do TRF-4, a acusação foi de “descumprimento reiterado de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)”, o que teria, segundo Salomão, comprometido “a segurança jurídica e a confiança na Justiça”.

Saiba mais sobre a Ajufe

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) foi fundada em 1972 para representar a classe e, portanto, defender os interesses da magistratura nacional, sendo reconhecida como uma das mais importantes entidades representativas desses profissionais de Justiça.

Atualmente, é presidida pelo juiz federal Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro Alves, com mandato até junho de 2024.

Auxiliar de enfermagem que havia desaparecido em Salvador é encontrado desorientado em rodovia

Por Sérgio Di Salles
Foto: Reprodução / TV Bahia

Desaparecido desde o último sábado (13), após concluir o plantão em um hospital em Salvador, o auxiliar de enfermagem, Guilherme Maia Correia Junior, de 27 anos, foi encontrado na manhã desta terça (16), na região da BA-526.

O homem foi visto pela última vez na Estação Aeroporto, em Salvador, quando estava retornando para casa, em Camaçari, na Região Metropolitana. Ele estava com o casamento marcado para a próxima sexta (19). A família do jovem havia registrado um Boletim de Ocorrência na 26ª Delegacia Territorial, em Vila de Abrantes, que investigava o caso.

Ainda segundo informações da família, não existiam motivos aparentes para que Guilherme não retornasse para casa. Ele foi encontrado por agentes da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), sem ferimentos e desorientado. No momento, o jovem passa bem.

Deltan afirma que afastamento de Hardt é "perseguição política"

Deputado cassado ainda considerou os argumentos do ministro como "débeis, frágeis e ridículos"

Deltan Dallagnol foi um dos procuradores do MPF envolvidos na Operação Lava Jato - Foto: José Cruz | Agência Brasil

Deputado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-procurador Deltan Dallagnol, avaliou como “absolutamente constrangedora” o afastamento da juíza Gabriela Hardt e de outros três desembargadores, conforme decidido pelo corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão.

“Apesar da tentativa de dar ares de gravidade e seriedade à decisão, a simples leitura do documento mostra se tratar de uma decisão frágil, desprovida de fundamentos e carregada de um tom que passa a mensagem de perseguição política a juízes e desembargadores que atuaram na operação Lava Jato, condenaram corruptos e contrariam interesses poderosos”, diz um trecho da nota de Dallagnol publicada nas redes sociais, nesta segunda-feira, 15.

Os afastamentos foram determinados pelo magistrado nesta manhã, que alega irregularidades nas atuações em processos relacionados à Operação Lava Jato. Com a decisão, Salomão retirou Hardt, ex-titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), das funções do Judiciário.

Dallagnol, que comanda a embaixada nacional do partido Novo, ainda considerou os argumentos de Salomão para o afastamento da magistrada como “débeis, frágeis e ridículos”. Segundo o parlamentar cassado, a medida adotada pelo corregedor nacional da Justiça tem motivações políticas.

“É inacreditável que o corregedor nacional de justiça tome uma decisão tão grave como o afastamento cautelar de uma magistrada, com base em argumentos tão débeis, frágeis e ridículos, trazendo à tona a hipótese de que as punições desproporcionais, sem fundamentação e sem provas reais de irregularidades graves contra juízes e desembargadores que atuaram na operação Lava Jato ocorram unicamente por motivação política, a fim de agradar um presidente da República que foi condenado e preso pela Lava Jato e que já manifestou publicamente o desejo de se vingar dos agentes da operação”, diz o informe.

Outro ponto analisado pelo embaixador do partido Novo diz respeito à investigação do caso no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para Dallagnol, as apurações sobre os atores da operação Lava Jato são “absolutamente ilegal e contrária à lei, fora do escopo da competência do CNJ, que não tem competência para avaliar o mérito das decisões dos juízes, o que cabe apenas aos tribunais.”

Confira nota pública:

Mendonça rejeita ações que acusavam Nikolas Ferreira por transfobia

Deputado foi acusado de promover discurso de ódio na tribuna

 Autor: Agência Brasil

O deputado foi acusado por 14 parlamentares e associações representativas da comunidade LGBTQIA+ - Foto: Karoline Barreto | CMBH

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça decidiu nesta segunda-feira, 15, rejeitar cinco notícias-crime protocoladas no ano passado contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em função de acusações de transfobia durante discurso proferido da tribuna da Câmara no Dia Internacional da Mulher.

No Supremo, o deputado foi acusado por 14 parlamentares e associações representativas da comunidade LGBTQIA+ de promover discurso de ódio ao vestir uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.

Para as entidades e parlamentares, a fala do deputado promoveu discurso de ódio por associar uma mulher transexual a “uma ameaça que precisa ser combatida". Além disso, segundo as entidades, o parlamentar publicou o vídeo do discurso em suas redes sociais, com a inclusão de fotos de mulheres trans, o que foge à imunidade parlamentar.

Ao analisar o caso, André Mendonça entendeu que as falas de Nikolas estão cobertas pela imunidade parlamentar, prevista na Constituição, e que cabe à Câmara dos Deputados avaliar eventual quebra de decoro pelo parlamentar.

"É de todo conveniente que se prestigie a independência entre os poderes e a própria razão de existir da imunidade parlamentar, como protetora das atividades do Congresso, competindo à respectiva Casa legislativa, via de regra, a apuração da eventual quebra do decoro e punição na esfera política", decidiu o ministro.

Cabe recurso contra a decisão ao próprio Supremo.

Caso joias: PF viajará a quatro cidades nos EUA em investigação

Caso apura se presentes oficiais da Presidência da República foram vendidos no exterior

Estimativa é que um delegado e um agente façam a viagem para colher imagens e documentos - Foto: Reprodução/ Twitter

Agentes investigativos da Polícia Federal (PF) viajarão no próximo dia 25 aos Estados Unidos para colher provas sobre o escândalo das joias.

Segundo informações da CNN, a PF espera por uma autorização do FBI para a troca de informações antes de marcar o deslocamento.

A estimativa é que um delegado e um agente façam a viagem para colher imagens e documentos que ajudem na conclusão do inquérito sobre o episódio.

Os policiais devem visitar Miami, Orlando, Nova York e Wilson Grove.

A coleta do material é o último passo para a finalização da investigação, que deve terminar em maio.

A conclusão pode resultar no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.

O caso apura se presentes oficiais da Presidência da República foram vendidos no exterior e os valores depositados em contas nos Estados Unidos, pois a legislação proíbe a venda de presentes oficiais que não sejam personalíssimos, como alimentos e perfumes.

A investigação da Polícia Federal aponta que relógios e esculturas foram negociados nos Estados Unidos.

Mauro Cid fechou delação premiada. Bolsonaro nega irregularidades no caso.

Força Total intensifica policiamento em toda Bahia nesta terça

Ação é realizada nos 417 municípios baianos

Ação é realizada nos 417 municípios baianos. - Foto: Divulgação | PMBA

A Polícia Militar deflagra na manhã desta terça-feira, 16, a 23ª edição da Operação Força Total. A ação que acontece desde as primeiras horas do dia, é realizada nos 417 municípios baianos.

Segundo a PM, a corporação atua nas ruas com o emprego máximo do efetivo, inclusive do administrativo. O reforço conta com a utilização de toda a frota e os recursos disponíveis da corporação, a exemplo de viaturas, motocicletas, bases móveis, aeronaves e drones.

Ao longo do dia, serão realizadas abordagens preventivas visando ampliar o policiamento no estado, apreender drogas e armas de fogo, além do cumprimento de mandados de prisão expedidos pela justiça.

Nas últimas 22 edições da Força Total, a operação realizou apreensão de um total de 485 armas de fogo, 782 prisões em flagrante e cumprimento de 335 mandados de prisão em todo o estado.

Vídeo: casal é flagrado fazendo sexo em passarela do Iguatemi

Homem e mulher não demonstram intimidação com a movimentação de pessoas perto e filmando

- Foto: Da redação

Um casal foi flagrado mantendo relações sexuais em via pública nas proximidades de uma passarela, na região do Iguatemi, em Salvador. O caso aconteceu neste final de semana e o casal não foi identificado.

Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível perceber que o homem e a mulher não demonstram intimidação com a movimentação de pessoas perto e filmando.

A pessoa que testemunhou a cena ficou surpreso e descreveu a situação como "cara de pau”.

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 66 milhões

Também acumulada, a Timemania sorteia R$ 29 milhões

 Autor: Agência Brasil

As seis dezenas do concurso 2.713 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h - Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

As seis dezenas do concurso 2.713 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio acumulado pela sétima vez está estimado em R$ 66 milhões.

Caso apenas um ganhador acerte o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 380 mil de rendimento no primeiro mês.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Timemania

Também acumulada, a Timemania sorteia na noite de hoje, 16, prêmio de R$ 29 milhões pelo concurso 2.080. Os sorteios são realizados nas terças, quintas e sábados, a partir das 20h. A aposta simples custa R$ 3,50.

Para concorrer, basta o apostador escolher dez dezenas entre as 80 disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete dezenas e um time. Ganha quem acertar de três a sete números ou o clube.

Jerônimo pressiona chineses por obra da ponte Salvador-Itaparica

Governador diz que “vai ficar ruim” se Xi Jinping chegar ao Brasil e o projeto não estiver andando

 Autor: Gabriela Araújo e Lula Bonfim

- Foto: Reprodução / Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) contou, nesta segunda-feira, 15, que se reuniu na última semana com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para tratar da construção da ponte Salvador-Itaparica.

Segundo Jerônimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a escrever uma carta ao presidente da China, Xi Jinping, pedindo garantias acerca da construção da ponte sobre as águas da Baía de Todos-os-Santos.

“Nós estamos conversando muito com a Embaixada da China no Brasil. Estive, na quinta-feira passada, com o embaixador, para monitorar as ações, já que foi uma agenda programada entre Lula e Xi Jinping. Depois, Lula escreveu uma carta para o presidente da China, garantindo que o consórcio dê conta”, relatou Jerônimo.

Ainda de acordo com o governador do estado, a tendência é que o processo de sondagem em águas rasas deve ser encerrado até o final de abril, com o consórcio dando início aos trabalhos em águas profundas.

“É a partir daí que se delineia o projeto executivo. Então, estou torcendo para que o consórcio cumpra tudo aquilo que está no contrato. Nós estamos cumprindo a parte da gente. Eu estou sendo bem rigoroso com essa relação”, disse Jerônimo, em relação às reclamações do consórcio sobre o aumento do custo da obra.

“É claro: teve a pandemia, teve majoração de preço, tivemos que fazer equalização de valores, as taxas de juros subiram depois da pandemia. Mas eu entendo que tem um contrato assinado e tem que ser cumprido. Estamos aguardando e eu estou em cima, colado, acompanhando”, acrescentou o governador.

Jerônimo tem usado a relação entre os governos brasileiro e chinês para pressionar as empresas chinesas que formam o consórcio responsável pela ponte a garantir a execução da obra o mais breve possível.

“Vai ter o encontro do G20 em outubro e o presidente da China virá ao Brasil. Então, nós estamos colocando que vai ficar muito ruim se os dois se encontrarem, o Lula e o Xi Jinping, e os projetos não estiverem andando a contento do planejamento”, concluiu o governador.
segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ações do STF contra a liberdade de expressão ganham o mundo

Repercussão de críticas à Corte a partir da revelação do caso Twitter Files Brazil consta em reportagem de Silvio Navarro para a Edição 212 da Revista Oeste

REDAÇÃO OESTE
Plenário do Supremo Tribunal Federal durante sessão; Corte passa a ser alvo de crítica no exterior | Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

Em reportagem publicada na Edição 212 da Revista Oeste, Silvio Navarro aborda a repercussão a partir da revelação do caso conhecido como Twitter Files Brazil. Ele demonstra que as críticas do empresário Elon Musk, dono da plataforma de rede social, ao Supremo Tribunal Federal (STF) foram para além de discussões entre internautas brasileiros. Ganhou o mundo, sendo motivo de debate em canal internacional de TV.

Leia um trecho da reportagem sobre repercussão críticas internacionais ao STF

‘Um levantamento da consultoria Bites apontou, na quarta-feira, que foram produzidas 4,4 mil reportagens sobre o tema, em 1,5 mil sites de notícias pelo mundo.

Jornalistas de várias partes do mundo que acompanham a América Latina se manifestaram. ‘A repressão descarada do tribunal [Supremo Tribunal Federal] à liberdade de expressão alarmou a nação’, escreveu a articulista Mary O’Grady no Wall Street Journal. Glenn Greenwald, conhecido por divulgar os arquivos hackeados contra a Lava Jato, afirmou que Moraes age a serviço da esquerda. ‘A esquerda esteve unida contra a indicação de Moraes ao STF, mas agora quer botar um poder quase absoluto na mão dele para decidir quais ideias são permitidas ou não.’

A censura imposta pelo STF pautou o The Late Debate, da Sky News, na Austrália, conduzido pela apresentadora Liz Storer. Um dos comentaristas diz abertamente aquilo que já é quase proibido na TV brasileira: ‘Quando o governo começa a ditar o que pode e não pode ser dito, você não tem liberdade de expressão. E, quando você não tem liberdade de expressão, não tem outros direitos’.”

A reportagem “A um tuíte da liberdade” está disponível na internet.
STF: tribunal em análise na imprensa internacional | Foto: Reprodução/Redes sociais

‘Machismo mata’, afirma ex-nora de Lula, que acusa filho do presidente de agressão

Nathália Schincariol usou as redes sociais para desabafar sobre ataques que sofreu de esquerdistas

MYLLENA VALENÇA
Psicanalista chegou a ser afastada do trabalho depois de vídeo com críticas à sua aparência | Foto: Reprodução/Instagram

Ex-nora de Lula, a psicanalista Natália Schincariol usou as redes sociais para desabafar sobre os ataques de militantes de esquerda que ela passou a sofrer desde que denunciou Luís Carlos Lula da Silva, filho do presidente, por agressões físicas e psicológicas.

Em postagem no sábado 13, a médica enumerou algumas características pejorativas que os esquerdistas atribuíram a ela. Ela falou das críticas que fizeram sobre sua aparência e caráter.

Natália também citou suas qualificações profissionais. “Mas nada disso tem valor quando você é uma mulher”, lamentou. Ao fim da publicação, a ex-mulher de Luís Carlos afirmou que “o machismo mata”.

Natália sofre ataques de jornalistas por sua aparência

Depois da publicação de um vídeo com ofensas dirigidas a ela, a psicanalista chegou a ser afastada do trabalho. Ela teve uma crise de ansiedade. Em um vídeo postado pelo site de esquerda Brasil 247, ornalistas criticam Natália por ter levado o caso a público. A aparência física dela é tema de análise.

Eles criticam, por exemplo, o fator de Natália fazer harmonização facial e poses sexy no Instagram. Afirmam, ainda, que “a pessoa que preserva a sua intimidade tem o caráter melhor”.

Ao compartilhar o vídeo, o filho do Lula escreveu: “Obrigado pelas sábias palavras”. Luís Carlos apagou a publicação minutos depois.

‘Abril Vermelho’: MST já fez 9 invasões neste mês

Propriedades invadidas estão em sete Estados e no Distrito Federal

REDAÇÃO OESTE
Manifestação do MST na Bahia | Foto: Divulgação/MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já fez nove invasões neste mês, como parte da ação chamada Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, conhecida como “Abril Vermelho”.

Nesta segunda-feira, 15, o ajuntamento informou, por meio de nota, ter invadido áreas nos Estados do Ceará, Goiás, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Essas invasões se somam a uma área invadida em Itabela, no extremo sul da Bahia, na semana passada, e a duas áreas invadidas em Pernambuco, sendo uma em Petrolina, no domingo 14.

Entre as áreas invadidas pelo MST, estão áreas de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ambas ligadas ao Ministério da Agricultura.

O MST reivindica as áreas invadidas para assentamento e reforma agrária. “As ações, sobretudo, enfatizam a importância da reforma agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis para a população do campo e da cidade, para combater a fome, e avançar no desenvolvimento do país, no contexto agrário, social, econômico e político. Em uma conjuntura onde o orçamento da pasta dessa política pública é por dois anos consecutivos, o menor dos últimos 20 anos”, afirmou o movimento, em nota.

Com invasões, MST pressiona governo por reforma agrária
Foto: Reprodução/MST

A maior ação do MST foi registrada no Pará, onde cerca de 5 mil famílias invadiram a Fazenda Aquidoana, no município de Parauapebas. A intenção dos invasores é obter a cessão do imóvel para estabelecer acampamento. No Distrito Federal, mil famílias do MST ocupam uma área de 8 mil hectares da usina falida CBB, em Vila Boa de Goiás.

Em São Paulo, 200 famílias do movimento invadiram a Fazenda Mariana, em Campinas (SP) — área de 200 hectares, considerada improdutiva pelo movimento. Em Goiás, 400 famílias invadiram a propriedade Sítio Novo, em Itaberaí.

No Ceará, cerca de 200 famílias do movimento invadiram uma área de 800 hectares da Fazenda Curralinhos, no município de Crateús. A fazenda está localizada no perímetro da Barragem Lago de Fronteiras, uma obra em construção pelo Departamento Nacional de Obra Contra as Secas (DNOCS). No Rio de Janeiro, cerca de 300 famílias estão acampadas às margens da BR 101, em Campos dos Goytacazes.

A ação do MST ocorre justamente às vésperas do lançamento pelo governo federal do Programa Terra para Gente para acelerar o assentamento de famílias no país, que será anunciado na tarde desta segunda-feira, 15, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, no Palácio do Planalto.

O programa é uma promessa feita no ano passado pelo presidente Lula, que quer uma “prateleira de terras” improdutivas e devolutas para destinar à reforma agrária e à demarcação para quilombolas. A tentativa do governo era frear a onda de invasões do movimento prevista para este mês.

Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Zanin se declara impedido para julgar recurso de Bolsonaro contra multa do TSE

Ex-advogado de Lula fazia defesa do petista à época do processo

REDAÇÃO OESTE
Ministro do STF Cristiano Zanin é ex-advogado de Lula (PT) | Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Ex-advogado do presidente Lula (PT), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou-se impedido de julgar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da coligação Pelo Bem do Brasil contra uma sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

À época das campanhas eleitorais para a Presidência da República, ambos foram condenados pela Justiça a pagar multa de R$ 70 mil por impulsionar vídeo contra o então candidato Lula. Naquele período, Zanin compunha a equipe de advogados do petista.

Com Zanin fora do julgamento, o recurso passa a ser avaliado por quatro ministros da Primeira Turma do STF. Entre eles estão o ex-ministro da Justiça do governo Lula, o relator Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

Dino já votou pela condenação de Bolsonaro e da coligação. Se houver empate, a Corte vai convocar um quinto ministro.

O que diz a defesa de Bolsonaro
  Defesa de Bolsonaro pede revisão de multa | Foto: Alan Santos/PR

A defesa do ex-presidente sustentou que “a propaganda eleitoral é um instrumento de informação e de “concretização da soberania popular”.

Ao condenar Bolsonaro e a coligação, o TSE estipulou que o valor da multa, R$ 70 mil, é equivalente ao dobro do valor desembolsado para impulsionar o conteúdo, que foi de R$ 35 mil.

Para os advogados, a multa fixada é “desproporcional”, uma vez que Lula aparece rapidamente no vídeo. Eles pedem a revisão do valor.

“Em quatro minutos de propaganda, em apenas quatro segundos se tem a veiculação da imagem do candidato opositor, comprometendo, em final perspectiva, a violação à liberdade de expressão e à livre circulação de informações”, sustentam os advogados do ex-presidente.

Defesa de Elon Musk envia a Moraes pedido do Congresso dos EUA

Parlamento norte-americano quer ter acesso às ordens judiciais contra o Twitter/X que foram emitidas pelo ministro

REDAÇÃO OESTE
Defesa do Twitter/X no Brasil efetuou o envio no final de semana | Foto: Reprodução/Flickr

A defesa do escritório brasileiro do Twitter/X, rede social de Elon Musk, enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um ofício com o pedido feito pelo Congresso dos Estados Unidos para ter acesso aos e-mails das ordens judiciais emitidas por ele e direcionadas à X Corp, responsável pela gestão da plataforma.

O envio ocorreu neste final de semana. Os documentos foram incluídos nos autos do inquérito das fake news, no qual Musk passou a ser investigado por ordem de Moraes.

Segundo informações publicadas no jornal Gazeta do Povo nesta segunda-feira, 15, o documento elaborado pelo Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara de Deputados dos EUA solicita que a X Corp envie “todas as ordens” que foram emitidas por Moraes “referentes ou relacionadas à moderação, exclusão, suspensão, restrição ou redução da circulação de conteúdo; a remoção ou bloqueio de contas; o desenvolvimento, execução ou aplicação das políticas de moderação de conteúdo da X Corp”.

O Comitê também pediu informações sobre o “tratamento pela X Corp. da exatidão ou veracidade de conteúdo; ou a atribuição de conteúdo à fonte ou ao participante de uma operação de influência estrangeira maligna ou patrocinada pelo Estado”.

No ofício enviado pela X Brasil ao STF, a defesa afirma que a ordem da Câmara norte-americana foi cumprida, mas ressalta que os documentos pedidos “são confidenciais e se encontram resguardados por sigilo judicial”, e pediu à autoridade do país que “mantenha e respeite a confidencialidade e o sigilo”.

Elon Musk versus Alexandre de Moraes

Desde o início do mês, Elon Musk tem criticado o ministro por impor censura a perfis brasileiros e afirmou que restauraria algumas das contas, “contrariando” as ordens judiciais. Ele também disse que iria expor as determinações do magistrado sobre as restrições decididas por ele por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Depois de o empresário expor suas opiniões, Moraes incluiu Musk no inquérito das fake news e determinou uma investigação contra ele — pela Polícia Federal — para “apurar as circunstâncias das declarações”.

Polícia prende 14 pessoas ligadas à fuga de detentos em Mossoró

A investigação revela que o apoio foi articulado pelo traficante Nicolás Rodrigues Alves, conhecido como 'Deputado'

REDAÇÃO OESTE
As investigações sobre o apoio aos fugitivos indicam elos de criminosos da facção Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro com afiliados nos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pará |Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Federal (PF) identificou uma rede supostamente paga por um membro do Comando Vermelho (CV) em apoio à dupla de criminosos que fugiu do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Desde o início das investigações, 14 pessoas ligadas a eles já foram presas, nove delas permanecem detidas.

Com base em um documento do Ministério Público Federal (MPF), o jornal Folha de S.Paulo apurou que o apoio aos fugitivos partiu do comando de Nicolás Rodrigues Alves, conhecido como Deputado. Ele é suspeito de liderar parte do comércio de drogas na região de Mossoró.

Nicolás é apontado como possível organizador da fuga dos dois traficantes e fornecedor de armas para o grupo.

Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, chamado de Tatu ou Deisinho, foram recapturados no Pará após uma caçada de 50 dias que envolveu três polícias (Civil, Federal e Rodoviária) e gerou um gasto público de milhões de reais.

O primeiro preso

O primeiro suspeito envolvido com a fuga de Martelo e Deisinho a ser preso foi Jânio Gleidson Carneiro.

Ele teria sido responsável por transportar as armas, incluindo dois fuzis e uma pistola, de Aquiraz, no Ceará, para Baraúna, no Rio Grande do Norte.

Segundo a investigação da PF, Jânio teria recebido as armas de João Victor Xavier da Cunha, conhecido como Qualidade, um parceiro de Nicolás na cidade de Aquiraz.

À Folha, o advogado de João Victor e Nicolás negou que eles tenham envolvimento com a fuga de Mossoró.
Pelo menos quatro dos suspeitos de fazerem parte da rede de apoio aos criminosos, foram soltos por decisão da Justiça Federal na quarta-feira 10 |Foto: Reprodução/Redes sociais

O dono do terreno

Outros dois nomes levantados são José Gustavo Farias, conhecido como Gugu, e Ronaildo da Silva Fernandes, dono do terreno onde os fugitivos teriam ficado escondidos por quase oito dias.

Gugu e Roinaildo começaram a agir desde o dia 18 de fevereiro, dando apoio logístico a Jânio, sob instruções de Nicolás.

Segundo as investigações, Ronaildo providenciou as condições para a fuga dos detentos, incluindo alimentação, roupas e celulares. Ele também teria recebido R$ 5 mil de um traficante do CV que reside na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

O advogado de Ronaildo, Carlos Santana, também negou o envolvimento de seu cliente na fuga dos presos de Mossoró.

Gugu também é apontado com responsável por conseguir parceiros em Baraúnas para fornecer apoio e estrutura aos fugitivos. De acordo com os documentos da PF obtidos pela Folha, ele teria sido a pessoa que conectou Ronaildo e o membro do CV no Rio de Janeiro.

A namorada de Gugu, Joana Melissa de Freitas, também é mencionada como tendo ajudado a comprar roupas para Rogério e Deibson.

De acordo com as investigações da PF, algumas pessoas presas durante a operação não estavam diretamente envolvidas na fuga.

Enquanto outros detidos já tinham mandados de prisão em aberto e foram localizados durante as investigações.

Condenados a penas de até 80 anos de prisão por crimes de homicídio, roubo, tráfico, entre outros, os fugitivos Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, integram o CV do Acre e atuavam na fronteira do Brasil com a Bolívia | Foto: Reprodução/Redes sociais

Presos em flagrante

Durante a recaptura dos dois detentos, a PF no Pará prendeu em flagrante quatro pessoas: Eliezer Bruno Pacheco dos Santos, Italo Santos Sena, Juarez Pereira Feitosa e Jefferson Augusto Magno Favacho. Todos permanecem detidos no sistema prisional do Pará.

Outros nomes

Na semana passada, a Polícia Civil do Pará prendeu mais dois suspeitos, Eduardo Alcântara da Silva e Manasses da Silva. Eles teriam ajudados a dupla no Estado.

Eduardo, de acordo com as investigações, desempenhava um papel de destaque no CV, sendo responsável pela distribuição de drogas em grande escala.

Raissa Forte de Brito e Johnney Weyd Nascimento da Silva completam a lista com os 14 nomes levantados pela Polícia Federal até o momento como parte da rede de apoio aos criminosos fugitivos de Mossoró.

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