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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Morre Jimmy Cliff, ícone do reggae, aos 81 anos

Segundo a família, cantor sofreu uma convulsão após quadro de pneumonia

Por O Globo — Rio de Janeiro

Jimmy Cliff — Foto: Reprodução

A família do cantor e compositor Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae, anunciou a morte do artista em um comunicado emocionado divulgado nesta segunda-feira. Segundo o texto assinado pela esposa, Latifa, o músico morreu aos 81 anos após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia.

Jimmy Cliff: 'Outro dia, até espalharam um boato de que a minha mulher era brasileira'


“É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, partiu após uma convulsão seguida de pneumonia”, escreveu Latifa. “Agradeço à família, amigos, artistas e colegas que dividiram essa jornada com ele. Aos fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi sua força durante toda a carreira. Ele valorizava profundamente o amor de cada um.”

A esposa também expressou gratidão à equipe médica e pediu privacidade no momento de luto:

“Quero agradecer ao Dr. Couceyro e a toda a equipe médica, que foram extremamente solidários e prestativos durante este processo difícil. Jimmy, meu querido, descanse em paz. Cuidarei de cumprir todos os seus desejos. Peço que respeitem nossa privacidade neste momento.”

O comunicado, finalizado por Latifa, Lilty e Aken, informa que mais detalhes serão divulgados posteriormente.

“See you and we see you, Legend.”

Jimmy Cliff, conhecido mundialmente por clássicos como “The Harder They Come”, “You Can Get It If You Really Want” e “Many Rivers to Cross”, foi um dos pilares do reggae e do ska jamaicano, tendo influenciado gerações de artistas em todo o mundo.

Cantor relembrou momentos inesquecíveis e histórias no Brasil

No Brasil, país com o qual manteve uma relação afetiva e artística duradoura, a notícia ressoa com ainda mais força. Jimmy Cliff partiu aos 81 anos. O artista vivia em Kingston, mas seguia ativo, compondo e preparando novos projetos.

A morte ocorre poucos anos depois de ele ter lançado “Human touch”, seu último single, marcado por um retorno ao reggae dos anos 1960 e por reflexões sobre a solidão em tempos de pandemia. O adeus a Cliff reacende memórias de sua profunda conexão com o Brasil, onde escreveu capítulos decisivos da carreira e da vida pessoal.

A relação começou em 1968, quando desembarcou no Rio para defender a canção “Waterfall” no Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho. A visita o transformou. Inspirado pela energia local, começou ali a compor “Wonderful world, beautiful people”, uma de suas músicas mais conhecidas. No mesmo ano, gravou o LP “Jimmy Cliff in Brazil”, cujo encarte o mostra diante da Praia de Botafogo e inclui versões em inglês de “Andança” e “Vesti azul”.

Durante os anos 1980, Cliff esteve tantas vezes no país que virou folclore entre fãs cariocas — era comum brincar que bastava caminhar pela Zona Sul para encontrá-lo. Ele próprio ria disso, afirmando que nem sabia ao certo quanto tempo viveu no Brasil.

— Acho que passei uns cinco anos por aí — contou certa vez, divertido com rumores de que sua mulher seria brasileira. — Mas ela é marroquina.

Em 1984, reforçou a ligação carioca ao gravar, nas praias do Rio, o clipe de “We all are one”, dirigido por Tizuka Yamasaki. E ampliou os laços com a Bahia, estado onde mergulhou na história da diáspora africana no país e encontrou uma espécie de reencontro espiritual.

— Ter visto isso e ter feito parte disso é sensacional — disse, sobre sua relação com a cultura afro-brasileira.

Foi em Salvador, em 1992, que nasceu sua filha, Nabiyah Be, fruto do relacionamento com a psicóloga Sônia Gomes da Silva. Anos depois, Nabiyah estrearia no cinema em “Pantera Negra”, fenômeno mundial da Marvel, o que trouxe ao pai um orgulho visível.

A Bahia também marcou um dos episódios mais sensíveis de sua carreira. Em 1980, Cliff recebeu, momentos antes de subir ao palco ao lado de Gilberto Gil, a notícia da morte do pai. Mesmo devastado, decidiu cantar:

— Veio uma energia muito forte aquela noite. Consegui me ouvir cantando com uma força que nunca tinha sentido.

O Brasil também acompanhou a expansão de Jimmy Cliff para o cinema. Em 1972, ele protagonizou “The harder they come” (“Balada sangrenta”), filme que abriu portas internacionais para o reggae e para a cultura rastafári. Décadas depois, Cliff revisitaria o clássico ao cantar a versão brasileira “Querem meu sangue” com os Titãs no “Acústico MTV”.

Sua presença no país, no entanto, não era apenas artística. Cliff gostava do Brasil como quem encontra um segundo lar — pelas paisagens, pelas conexões históricas e, principalmente, pelas pessoas. Sempre repetia que sentia falta do Rio e da “africanidade da Bahia”.

A notícia de sua morte encerra uma história que tocou profundamente a música brasileira e inspirou gerações de artistas locais. Mas o legado segue vivo — nos discos, nos palcos que o receberam e nas lembranças espalhadas entre Rio, Bahia e tantos outros pontos do país que o acolheram como um dos seus.

Jimmy Cliff se despede, mas permanece. Em cada acorde, em cada versão de “Many rivers to cross”, em cada lembrança gravada sob o sol do Brasil. Uma voz que atravessou o mundo encontra agora seu descanso, enquanto o reggae perde mais um de seus gigantes.

Erika Hilton pede para Moraes punir Nikolas

Psolista afirma que houve possível descumprimento de medidas judiciais durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Uiliam Grizafis
Deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) | Foto: Jessica Marschner/Câmara dos Deputados

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) pediu, neste domingo, 23, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que puna deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A notícia-crime apresentada pela psolista aponta possível descumprimento de medidas judiciais durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpria prisão domiciliar na sexta-feira 21.

De acordo com a denúncia, Nikolas teria usado um celular e mantido conversas com Bolsonaro enquanto estava em custódia. Tal atitude seria proibida por decisão de Moraes, que determinou o bloqueio de dispositivos de comunicação ao ex-presidente. Segundo Erika, a conduta do deputado pode ter facilitado ações que resultaram em supostas tentativas de fuga de Bolsonaro.

Defesa de Nikolas e reação do STF

Nikolas afirmou em nota que “não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização durante a visita”. O deputado nega qualquer intenção de descumprir determinações judiciais.

No texto enviado ao STF, Erika relaciona o contato entre Nikolas e Bolsonaro aos eventos que levaram à prisão preventiva do ex-presidente. Ela cita, ainda, a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no sábado 22, e a suposta tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica.

“Há fortes indícios de que os atos praticados por Nikolas Ferreira, especialmente o uso de telefone celular junto ao réu e a interação em ambiente de custódia, não apenas descumprem ordem judicial, como também sugerem participação ativa na articulação que antecedeu a tentativa de fuga, configurando auxílio, instigação ou facilitação de descumprimento de medida judicial”, afirmou a deputada no documento.

A parlamentar sustenta que existe “justa causa” para apurar se Nikolas transmitiu instruções, ofereceu meios tecnológicos, combinou estratégias de evasão, realizou gravações indevidas ou colaborou moralmente com a suposta tentativa de fuga de Bolsonaro. Erika solicita mandado de busca e apreensão do celular do deputado, requer depoimentos dos envolvidos e pede a adoção de outras medidas cautelares.

Marco Rubio: conclusão do acordo de paz na Ucrânia pode ocorrer nesta semana

O secretário de Estado dos EUA participou de reunião com líderes europeus em Genebra, Suíça, neste domingo, 23

Anderson Scardoelli
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, concede uma entrevista coletiva durante a Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Asean no Centro de Convenções em Kuala Lumpur, Malásia - 11/7/2025 | Foto: Mandel Ngan/Reuters

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou, neste domingo, 23, em coletiva de imprensa que o plano da Casa Branca para chegar a um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia poderá ser finalizado até a próxima quinta-feira, 27.

“Queremos finalizar o acordo o mais rápido possível”, disse o integrante do governo norte-americano. “Adoraríamos terminá-lo até quinta-feira.”

A declaração do secretário de Estado ocorreu depois da conclusão de uma reunião entre diversos líderes ocidentais aliados da Ucrânia em Genebra, na Suíça.

O republicano afirmou que este domingo foi “o dia mais produtivo” em relação às conversas sobre o fim da guerra entre russos e ucranianos, que começou em fevereiro de 2022. Restam, no entanto, diversas questões pendentes, em especial relacionadas aos papéis da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte, acrescentou Rubio.

“Nenhuma das questões pendentes é insuperável”, afirmou o secretário de Estado americano. Nesse sentido, ele concluiu que está confiante de que o plano de paz será aceito pela Rússia.

Enquanto Rubio fala em acordo de paz, Trump critica “liderança ucraniana”

No mesmo dia em que Marco Rubio falou sobre um eventual acordo de paz nos próximos dias, o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou a postura da “liderança ucraniana”. De acordo com o chefe da Casa Branca, os responsáveis pela política do país do Leste Europeu não demonstram “nenhuma gratidão” pela tratativas norte-americanas pelo fim de guerra na região. O republicano não mencionou diretamente o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Publicação de Donald Trump em sua rede social, a Truth | Foto: Reprodução/Truth Social/@realDonaldTrump

Minutos antes da crítica de Trump, que ocorreu por meio de postagem na rede Truth Social, Zelensky informou que sua delegação estava em Genebra. De acordo com ele, o evento serviu para discussão de soluções para encerrar a guerra. Segundo o ucraniano, as propostas norte-americanas incluem pontos alinhados aos interesses ucranianos e seguem em negociação.

Revista Oeste, com informações da Agência Estado

Defesa de Bolsonaro pede conversão da prisão preventiva em domiciliar

Advogados ressaltam que o ex-presidente não chegou a tirar a tornozeleira eletrônica

Anderson Scardoelli
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao chegar para depoimento na 1ª turma do Supremo Tribunal Federal — Brasília (DF), 10/6/2025 | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a ideia de que, mesmo ao queimar a tornozeleira, ele não retirou o equipamento. Os advogados pediram, assim, a conversão da prisão preventiva, determinada na manhã deste sábado, 22, em domiciliar.

Na solicitação, protocolada neste domingo, 23, os advogados reforçaram o que havia sido dito pelo ex-presidente em audiência de custódia, apontando “efeitos colaterais em razão das diferentes medicações prescritas”. Segundo a defesa, isso levou a “pensamentos persecutórios e distantes da realidade”.

“Conforme boletim médico divulgado pela imprensa pelos médicos responsáveis pelo acompanhamento do peticionário [Bolsonaro], este quadro de confusão mental pode ter sido causado pela interação indevida de diferentes remédios”, diz a defesa.

Para os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, o ex-presidente não tentou fugir. “Nada, na ação descrita nos documentos produzidos pela Seap [Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal], narra uma tentativa de fuga ou de desligamento da tornozeleira eletrônica”. afirmaram, na petição encaminhada ao STF. “Muito pelo contrário, expõe um comportamento ilógico e que pode ser explicado pelo possível quadro de confusão mental causado pelos medicamentos ingeridos por Bolsonaro, sua idade avançada e o estresse a que está inequivocamente submetido.”

A manifestação se deu em resposta ao ministro Alexandre de Moraes, que havia dado um prazo de 24 horas para que a defesa esclarecesse o episódio da queima da tornozeleira. Moraes foi o responsável por determinar a prisão preventiva do ex-chefe de Estado.
O advogado Celso Vilardi, da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante sessão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, sobre a suposta trama golpista | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Visita dos médicos de Bolsonaro

O cardiologista Leandro Echenique e o cirurgião geral Claudio Birolini, que acompanham o quadro de saúde do ex-presidente, informaram ao STF que visitaram Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na manhã deste domingo.

Segundo os médicos, no momento da avaliação, Bolsonaro encontrava-se estável e passou a noite sem problemas de saúde. E que, durante a visita, o ex-presidente relatou que na última sexta-feira, 21, apresentou “quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento pregabalina, receitado por outra médica, com o objetivo de otimizar o tratamento.”

De acordo com os profissionais, esse medicamento foi receitado sem o conhecimento dos outros membros da equipe.

No documento enviado ao STF, os médicos afirmam que esse medicamento apresenta “importante interação com os medicamentos que ele utiliza regularmente para tratamento das crises de soluços”. Ainda de acordo com os médicos de Bolsonaro, o pregabalina tem efeitos colaterais como a “alteração do estado mental com a possibilidade de confusão mental, desorientação, coordenação anormal, sedação, transtorno de equilíbrio, alucinações e transtornos cognitivos”.

Por este motivo, segundo os médicos de Bolsonaro, o medicamento foi suspenso imediatamente e, por isso, não há mais sintomas, já que ajustes foram realizados. Por fim, os médicos informaram que seguem acompanhando a evolução clínica do ex-presidente, realizando reavaliações periódicas.

‘Perseguição política desumana’ motivou ida para os EUA, diz mulher de Ramagem

Delegada divulga mensagem em que fala da necessidade de proteger a família de uma Justiça que usa o poder para interesses políticos

Fábio Bouéri
O casal Rebeca e Alexandre Ramagem, durante evento social | Foto: Reprodução/Instagram/@rebecaramagem

A perseguição política por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) foi o que motivou a mudança da família do deputado federal Alexandre Ramagem (PL/RJ) para os Estados Unidos. A afirmação é da mulher do parlamentar, em mensagem neste domingo, 23, no Instagram.

Rebeca Ramagem, que é delegada da Polícia Civil no Rio de Janeiro, afirmou que a decisão marca “o início de uma nova jornada”. Acrescentou do mesmo modo que a prioridade do casal é manter as filhas em segurança.

Perseguição e parcialidade

O STF condenou Ramagem por suposta participação na trama golpista de 2023. A Corte não o autorizou a deixar o país. O ministro Alexandre de Moraes, aliás, decretou a sua prisão preventiva. No vídeo abaixo, Rebeca mostrou o momento em que desembarca nos EUA com as filhas e encontra o marido no aeroporto.

Ela não detalhou como o parlamentar entrou no país. A delegada disse que a família decidiu viajar para permanecer unida diante do que classifica como decisões judiciais parciais e perseguição de natureza política. Rebeca declarou que buscou proteger as filhas e alegou ausência de garantias mínimas de isenção no Brasil.

Na mensagem, afirmou que a família enfrenta uma Justiça que atua com interesses políticos (lawfare) e que seguirá firme diante do que considera um ambiente hostil. Também descreveu a partida como uma tentativa de reconstruir a história. Conforme Rebeca, a união familiar seria a base para enfrentar o cenário atual.

A delegada disse que não descarta retornar ao Brasil. Da mesma forma, afirmou que continuará defendendo seus valores mesmo no exterior. Rebeca escreveu que espera por um país em que a posição política não seja tratada como crime e em que a liberdade de expressão não resulte em condenações. Em tom religioso, encerrou a mensagem com pedido de bênçãos e reafirmação de sua crença cristã.
O caso Ramagem; entenda

O STF condenou Alexandre Ramagem em setembro a 16 anos e um mês de prisão por suposta participação na tentativa de ruptura institucional. Licenciado do mandato para tratamento de saúde, o deputado está atualmente em Miami. A Polícia Federal investiga se ele deixou o Brasil por via terrestre, cruzando a fronteira a partir de Roraima antes de seguir viagem ao exterior.

Polícia de Goiás elimina membro do PCC condenado por roubo do Banco Central

Criminoso conhecido como Pedro Bó se envolveu em troca de tiros com agentes de segurança em Anápolis, neste sábado, 22

Anderson Scardoelli
Pedró Bó, do PCC, chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu | Foto: Divulgação/PMGO, via montagem da TV Anhanguera

Um dos participantes do maior assalto da história do Banco Central, José Almeida Santana, conhecido como Pedro Bó, morreu neste sábado, 22. Ele, que integrava a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), se envolveu em troca de tiros com policiais militares em Anápolis, no interior em Goiás.

Segundo a Polícia Militar goiana, o confronto ocorreu no estacionamento de um supermercado. No momento da abordagem, os agentes de segurança identificaram um volume suspeito na cintura do criminoso, que tinha 52 anos.

Abordado, Pedro Bó teria reagido e efetuado disparos contra os policiais, que revidaram. Baleado, o integrante do PCC recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros e foi levado a um hospital da região. Na unidade médica, porém, ele não resistiu aos ferimentos.

Os materiais apreendidos durante a abordagem policial foram encaminhados à autoridade policial, que dará continuidade às investigações.

Quem era Pedro Bó, que integrava o PCC

Pedro Bó era suspeito de integrar o PCC. Ele atuava em uma quadrilha especializada em roubos a bancos, no modelo conhecido como “novo cangaço”, que assalta unidades bancárias em cidades do interior com uso de explosivos e armamento pesado.

O criminoso era investigado por envolvimento em uma rede de tráfico internacional de drogas para a Europa e a África. Segundo a polícia de Goiás, ele era o responsável por diversos roubos a carros-fortes e bancos em vários Estados.

Anteriormente, Pedro Bó foi condenado por participação no assalto ao Banco Central em 2005, em Fortaleza. Além dele, ao menos 14 réus foram sentenciados pela participação direta no crime. Ele teria ajudado a escavar um túnel de cerca de 80 metros para acessar o cofre e levar aproximadamente R$ 165 milhões. O assalto ao Banco Central é considerado o maior furto da história do Brasil.

Internado, Caiado deve passar por intervenção nesta segunda

Governador de Goiás tem arritmia cardíaca; tratamento é seguro e pouco invasivo, diz equipe médica

Fábio Bouéri
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que segue internado em São Paulo com quadro de arritmia cardíaca | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O procedimento para tratar a arritmia cardíaca do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deve ocorrer nesta segunda-feira, 24, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Conforme boletim médico, o político mantém estado clínico estável e segue em observação.

Caiado foi internado neste sábado, 22, depois de um episódio súbito de arritmia. A anomalia ocorreu no mesmo dia em que publicou vídeo em que comenta a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O boletim inicial, assinado pela médica Ludhmila Hajjar, apontou principalmente a necessidade de uma intervenção para corrigir o distúrbio de ritmo cardíaco.

Caiado: bateria de exames

A equipe reforçou que o método é seguro e amplamente reconhecido como padrão terapêutico para o controle definitivo da fibrilação atrial. Os médicos afirmam que o objetivo desse modo é eliminar a origem dos impulsos elétricos irregulares que desencadeiam a arritmia.

O professor de cardiologia da Universidade Federal de Goiás Weimar Barroso disse ao site g1 que episódios de arritmia podem variar entre leves e graves. Em alguns casos, medicamentos resolvem o quadro; em outros, porém, é necessário um estudo mais abrangente para localizar a origem das descargas anormais.

Esse exame orienta a escolha do procedimento, aumentando a precisão do tratamento. A ablação, segundo o especialista, não exige cortes cirúrgicos. O método usa cateteres inseridos por vasos sanguíneos que chegam até o interior do coração. A partir dessa navegação, a equipe identifica o ponto exato responsável pela alteração elétrica. Em seguida, aplica energia — geralmente por radiofrequência — para neutralizar o tecido que provoca o ritmo fora do padrão.

A expectativa dos médicos é que a intervenção reduza de forma definitiva os episódios de arritmia e restabeleça o funcionamento adequado do coração. A equipe também monitora eventuais reações e avalia o tempo de recuperação pós-procedimento. Até o momento, Caiado permanece consciente, estável e acompanhado por familiares.

Perícia na tornozeleira de Bolsonaro será finalizada nesta segunda

O ex-presidente relatou ter iniciado o dano ao equipamento por volta da meia-noite de sábado 22, durante um 'surto medicamentoso'

Yasmin Alencar
Vídeo mostra agente interagindo com o ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Divulgação/PF

A investigação sobre os danos causados à tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro (PL) deve ser finalizada pela Polícia Federal até esta segunda-feira, 24. O ex-presidente admitiu ter utilizado um ferro de solda para danificar o aparelho, levando o Instituto Nacional de Criminalística a realizar exames detalhados no equipamento.

Os peritos analisam a tornozeleira para identificar se o dano realmente foi provocado por um ferro de solda, já que há marcas evidentes de queimadura na caixa central. O objetivo das análises é confirmar se o procedimento relatado por Bolsonaro corresponde ao método que de fato comprometeu o dispositivo.

Depoimento de Bolsonaro e circunstâncias do ocorrido

Durante audiência de custódia neste domingo, 23, Bolsonaro afirmou que agiu “sozinho” durante um “surto medicamentoso”. Ele relatou ter iniciado o dano ao equipamento por volta da meia-noite de sábado 22, por suspeitar da presença de uma escuta policial no aparelho.

STF julga se mantém prisão de Bolsonaro nesta segunda, 24

Corte analisa manifestação que cita confusão mental, fragilidade clínica e vigilância policial

Luis Batistela
Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF, convocou a análise | Foto: Luiz Silveira/STF

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta segunda-feira, 24, se mantém a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. A votação acontece em sessão virtual extraordinária, das 8h às 20h. O ministro Flávio Dino, presidente do colegiado, convocou a análise.

No ambiente virtual, os ministros apresentam os votos por escrito. A decisão que levou Bolsonaro à prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes no sábado 22. Ele revogou a prisão domiciliar e determinou o recolhimento preventivo do ex-presidente.

Segundo Moraes, a Polícia Federal (PF) apresentou novas provas que indicam risco de fuga e ameaça à ordem pública. A Procuradoria-Geral da República já solicitou o trânsito em julgado da condenação, que impôs a Bolsonaro 27 anos e três meses de prisão, por suposta tentativa de golpe.

Moraes afirmou que o ex-presidente tentou violar a tornozeleira eletrônica à 0h08 de sábado. De acordo com o ministro, a ação coincidiu com uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Para ele, o episódio demonstrou intenção de fuga.

Médicos afirmam que Bolsonaro agiu sob efeito de medicamentos

Neste domingo, 23, dois médicos que acompanham Bolsonaro — o cirurgião Cláudio Birolini e o cardiologista Leandro Echenique — foram até a sede da PF no Distrito Federal. Em relatório, atribuíram o comportamento a um surto de confusão mental causado por interação entre medicamentos: pregabalina, clorpromazina e gabapentina.

O ex-presidente tem histórico de problemas médicos. Nesse sentido, sofre de hipertensão, tem diagnóstico de câncer de pele e ainda enfrenta efeitos da tentativa de assassinato, como vômitos e crises de soluço.

A defesa se amparou no laudo médico para rebater a tese de fuga. Os advogados alegaram que Bolsonaro agiu sob efeito colateral dos remédios. Segundo eles, o ex-presidente apresentava “comportamento ilógico” provocado pela medicação, pela “idade avançada e o estresse a que está inequivocadamente submetido”.

Os advogados também destacaram que policiais o monitoravam ininterruptamente, posicionados em frente à residência onde cumpria prisão domiciliar, em Brasília. A defesa, portanto, pediu a revogação da prisão preventiva e solicitou que a medida seja convertida em prisão domiciliar.

Carlos diz que prisão de Bolsonaro revela ‘podridão do sistema’

Vereador afirma que ex-presidente ‘segue de pé’, mesmo sob pressão de adversários e com saúde debilitada

Luis Batistela
Carlos diz que Bolsonaro resiste a uma ofensiva que envolve um sistema de ‘injustiça’ e ‘mentira’ | Foto: Roosevelt Pinheiro/Agência Brasil

Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou neste domingo, 23, sobre a prisão preventiva do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por meio de suas redes sociais, o vereador classificou a detenção como uma injustiça motivada por “interesses de poderosos” que governam o país.

Em sua avaliação, Bolsonaro resiste a uma ofensiva que envolve não apenas adversários políticos, mas toda a estrutura que sustenta o poder por meio da “injustiça” e da “mentira”.

“Todos enxergam o que está por trás dessa injustiça”, escreveu Carlos. “Todos sabem por que o sistema todo age para tentar destruí-lo. Se ele não ameaçasse os interesses dos poderosos e os esquemas podres que governam este país, nada disso estaria acontecendo.”

O vereador ainda recorda que Bolsonaro sobreviveu a uma facada, enfrentou “ataques de todos os tipos e nunca cedeu, nunca desistiu”. Segundo ele, nem mesmo os problemas de saúde atuais foram suficientes para abalar a postura do pai.

Assim, Carlos disse que a população reconhece o que está em jogo. A seu ver, o ex-presidente “é hoje um símbolo”, que não pode ser preso, morto ou simplesmente destruído.

“Cada tentativa de humilhá-lo apenas revelará, diante de todo o país, a podridão de um sistema que só fica de pé apoiado na injustiça e na mentira”, argumentou. “E, ao mesmo tempo, reforçará aquilo que já se tornou inevitável: a força de um símbolo que seguirá inspirando gerações de patriotas a lutar pela liberdade do povo brasileiro e pela grandeza do Brasil.”

Primeira Turma do STF julga se mantém prisão de Bolsonaro

A Primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta segunda-feira, 24, em sessão virtual, se mantém a prisão preventiva de Bolsonaro. O ministro Flávio Dino articulou a convocação.

Como resultado, os magistrados registram os votos digitalmente, sem debate público. No sábado 22, o ministro Alexandre de Moraes substituiu a prisão domiciliar por preventiva, alegando necessidade de recolhimento imediato do ex-presidente.

Juiz não pode especular, diz jurista sobre prisão de Bolsonaro

Segundo André Marsiglia, especulação sobre motivos do rompimento da tornozeleira decorre de informações insuficientes para decretar a preventiva

Loriane Comeli

O advogado e doutor em Direito Constitucional André Marsiglia afirmou que “a especulação sobre o motivo de Bolsonaro ter tentado violar a tornozeleira apenas evidencia a insuficiência de informações para justificar sua prisão”.

E complementa: “A imprensa pode especular; o juiz, jamais. Se o magistrado não tem respostas, deve perguntar, investigar e só então decidir”.

Segundo Marsiglia, ante o relatório que indicou a violação da tornozeleira, o magistrado deveria ter intimado a parte para manifestação e não decretar a prisão preventiva.

A prisão de Bolsonaro

Bolsonaro foi preso preventivamente pouco depois das 6h de sábado 22, em sua casa. Moraes, na ordem de prisão, afirmou que havia risco de fuga, em razão do violação da tornozeleira e da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a noite de sexta-feira 21. Para Moraes, a aglomeração poderia gerar tumulto e facilitar uma fuga para embaixadas, que estão relativamente perto da casa de Bolsonaro.

A defesa nega qualquer tentativa de fuga, já que a casa de Bolsonaro é vigiada por policiais 24h por dia. O local da vigília fica a 700 metros da casa do ex-presidente, segundo a defesa.

Em audiência de custódia realizada ao meio-dia de domingo 23, Bolsonaro disse que teve uma “paranoia” sobre a tornozeleira. A confusão decorreu do uso de medicamentos de uso controlado (Pregabalina e Sertralina) receitados por seus médicos.

Consta da ata da audiência que “o depoente afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”.

Moraes vota para manter prisão preventiva de Bolsonaro

Caso está em julgamento no plenário virtual da Primeira Turma do STF

Loriane Comeli
Alexandre de Moraes, relator dos casos de Jair Bolsonaro | Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para manter a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. O voto foi protocolado às 8h.

“Voto no sentido de referendar a decisão de converter as medidas cautelares anteriormente impostas em prisão preventiva de Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes.

O caso está sob julgamento no plenário virtual na Primeira Turma, cujo presidente é Flávio Dino.

Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que frequentemente votam com Moraes, são os outros integrantes da turma. O julgamento vai até as 20h.

Essa é a melodia mais famosa do cinema e está completando 59 anos

Uma das trilhas sonoras mais icônicos da história esconde origens inesperadas e um impacto cultural difícil de medir

Por Beatriz Santos
A melodia atravessou gerações e ultrapassou o próprio gênero faroeste que a apresentou ao mundo - Foto: Divulgação

A trilha sonora de Três Homens em Conflito, uma das obras-primas de Sergio Leone, completa 59 anos como um dos sons mais reconhecíveis já criados para o cinema.

Composta por Ennio Morricone, a pequena melodia concebida para evocar o uivo de um coiote atravessou gerações e ultrapassou o próprio gênero faroeste que a apresentou ao mundo.

Uma cidade silenciosa, uma forca montada e um som que surgiria para sempre

O cenário é uma pequena cidade do Velho Oeste. Moradores se reúnem diante da forca montada para assistir ao enforcamento de Tuco. Nada, porém, sai como planejado.

Do alto de um celeiro, uma nuvem de fumaça escapa discretamente, enquanto a silhueta de um homem emerge da escuridão tragando um cigarro. É nesse momento que a melodia, quase tímida, toca pela primeira vez, e não deixará mais o público em paz.

Criada antes mesmo das filmagens, a composição foi utilizada por Leone no set, o que encantou os atores e definiu o tom do clássico.

Clint Eastwood, tranquilo e sem demonstrar nervosismo, ergue seu rifle e dispara alguns tiros certeiros que rompem a corda da forca. O gesto surpreende a multidão e anuncia o início de um dos maiores faroestes da história.

Ao mesmo tempo, o tema assinado por Morricone sela sua consagração como um ícone absoluto. Assim como os temas principais de Star Wars ou James Bond, a melodia se tornou imediatamente reconhecível, representando tensão, duelo, confronto e tudo aquilo que o imaginário coletivo relaciona ao Velho Oeste.
Uma criação que ultrapassou o cinema e se tornou universal

Mesmo quem nunca assistiu ao filme sabe, ou já tentou reproduzir assoviando, as célebres notas compostas por Morricone.

A obra extrapolou o universo do faroeste para se instalar no cotidiano, em memes, trilhas de vídeo, comerciais e cenas de conflito imaginadas por qualquer pessoa ao redor do mundo. A composição não apenas marcou sua época, mas abriu caminho para uma presença cultural permanente e universal.

Compositor de toda a Trilogia dos Dólares, além de títulos como Era Uma Vez no Oeste, Meu Nome é Ninguém, Cinema Paradiso, Os Intocáveis e A Missão, Ennio Morricone redefiniu a música de cinema ao lado de Sergio Leone.

Desde 1958, quando comentou publicamente sobre sua parceria e sobre o método de trabalho que unia maestro e cineasta, Morricone já demonstrava a força de uma colaboração rara, uma união que não só moldou a estética do faroeste, como entrou para a história da arte audiovisual.

Confusão mental e alucinações, aponta boletim médico de Bolsonaro

Ex-presidente informou que a tentativa de abrir a tornozeleira foi para checar se havia uma escuta dentro

Por Gustavo Zambianco
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue preso em Brasília - Foto: Tania Rego | Agência Brasil

Os médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que o ele se “encontra estável no ponto de vista clínico”, neste domingo, 23. Porém, foi relatado pelos mesmos que ele "apresentou quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina", na última sexta-feira, 21.

As informações foram divulgadas por meio de um comunicado logo após os médicos visitarem o ex-presidente na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro está preso de forma preventiva.

Durante a audiência de custódia, que aconteceu neste domingo, 23, Jair Bolsonaro alegou que teve uma “certa paranoia” entre a última sexta, 21, e sábado, 22. Em sua fala, Bolsonaro alegou que esses pensamentos o levaram a mexer na tornozeleira com um ferro de solda por volta da meia-noite.
Medicamento suspenso

A equipe médica do ex-presidente suspendeu o uso do medicamento Pregabalina por supostamente ter causado as confusões mentais e as alucinações. Os profissionais registram que o medicamento “apresenta importante interação” com as outras medicações utilizadas por Bolsonaro.

Esqueça tudo! Brasil nasceu no Rio Grande do Norte, dizem estudiosos

Pesquisadores afirmam que Pedro Alvares Cabral aportou em outro estado do nordeste e não na Bahia

Por Andrêzza Moura
Cientistas dizem que Brasil não nasceu na Bahia - Foto: Reprodução wikisource: Quadro de Aurélio de Figueiredo

E se tudo o que você aprendeu na escola sobre o descobrimento do Brasil estivesse errado? Um novo estudo científico sugere que Pedro Álvares Cabral não aportou primeiro na Bahia, como sempre foi ensinado, mas no litoral do Rio Grande do Norte (RN).

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Carlos Chesman e Cláudio Furtado, respectivamente, cruzaram registros históricos, imagens de satélite e simulações de navegação, oferecendo evidências surpreendentes que podem reescrever a história do descobrimento do país.

Professor Carlos Chesman, primeiro autor do estudo | Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

O trabalho conduzido por Chesman e Furtado utilizou análises da força de Coriolis, batimetria marinha e softwares como QGIS, além de expedições com GPS, para reconstruir a rota da frota portuguesa em 22 de abril de 1500. O Monte Serra Verde, no Rio Grande do Norte, foi identificado como o provável “monte redondo e alto” citado por Pero Vaz de Caminha, antes atribuído ao Monte Pascoal, na Bahia. Estudos indicam que correntes atlânticas teriam guiado naturalmente a frota ao litoral norte-rio-grandense.

Satélites | Foto: Reprodução UFRN

Essa nova leitura histórica não muda apenas mapas, mas também o imaginário coletivo brasileiro, valorizando a região Nordeste setentrional e provocando uma reflexão sobre como conhecimento histórico e ciência podem se complementar.

Antiga rota marítima transatlântica guiada por ventos e correntes, usada para ligar a África ao Brasil | Foto: Reprodução UFRN

A teoria da chegada ao RN já havia sido defendida por historiadores como Lenine Pinto e Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto, mas agora ganha suporte empírico robusto, trazendo o debate sobre a verdadeira origem do Brasil para o século XXI. As informações são da UFRN.

Alerta ao STF: Samu será acionado imediatamente em emergência médica de Bolsonaro

Protocolo de atendimento foi divulgado pelo STF neste domingo, 23

Por Gustavo Zambianco
Bolsonaro está preso desde sábado, 22 - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agênc

A Polícia Federal (PF) informou, neste domingo, 23, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em caso de emergência médica envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a opção mais “ágil e segura” para o atendimento imediato do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Bolsonaro está preso de forma preventiva na Superintendência da PF em Brasília. A manifestação da PF foi apresentada ao ministro do STF, Alexandre de Moraes neste domingo, 23, que trata das questões relativas à custódia do ex-presidente.

No documento, a Polícia Federal ainda informou que em caso de intercorrência médica, será acionado de forma imediata o médico-chefe da Divisão de Perícias Médicas e Odontológicas, que se encarregará das providências e orientações necessárias.

Durante o período custodiado, Bolsonaro vai poder receber visitas da equipe médica, de acordo com os autos.

A autorização de visitas da equipe médica do réu está mantida, sem necessidade de prévia autorização judicial, e o tratamento médico deve ser disponibilizado em tempo integral, em regime de plantão.

Governo da Bahia intensifica apoio às cidades afetadas pelas chuvas

Entre as cidades afetadas, Sítio do Mato e Lauro de Freitas recebem ações emergenciais
Governo do estado segue com ações emergenciais - Foto: Fidelis Melo/GOVBA

A força das chuvas que vêm caindo em toda a Bahia segue deixando rastros de destruição, mas a mobilização do governo estadual e de órgãos de apoio tenta amenizar os impactos. Em cidades como Araci, Sítio do Mato, Wagner, Lauro de Freitas e Mutuípe, a situação de emergência segue vigente, com equipes trabalhando intensamente para restabelecer serviços e dar assistência à população afetada.

O Governo da Bahia mantém ações de socorro às cidades mais afetadas pelas fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. A Embasa, empresa responsável pelo abastecimento de água, mobilizou técnicos, equipamentos e caminhões para escoar a água acumulada em Sítio do Mato, além de fornecer 48 mil copos de água envasada em Lauro de Freitas, onde moradores estão desalojados devido ao temporal.

“Estamos participando desse grande esforço do Governo da Bahia de ajudar no que for possível as pessoas que moram nessas cidades”, afirma Gildeone Almeida, presidente da Embasa.

Em Sítio do Mato, onde a Embasa não opera o abastecimento regular, foram enviados oito conjuntos motor-bomba, gerador elétrico e tubulações para auxiliar na drenagem da água acumulada, ação que deve se estender até a cidade ser totalmente limpa.

Quando o assunto é infraestrutura, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) monitora as rodovias desde o dia 20 de novembro. Até o momento, cinco ocorrências foram registradas, quatro delas resolvidas. O acesso a Macaúbas, na interseção da BA-156 com a BA-573, segue interditado devido ao aumento do nível do afluente do Rio Paramirim. Técnicos e o Consórcio Bacia do Paramirim acompanham a situação e aguardam a redução da água para liberar a via.

Enquanto isso, o tráfego está normalizado em trechos como BA-172 (Santa Maria da Vitória a Santana), BA-575 (Santana a Porto Novo), BA-001 (Ituberá a Nilo Peçanha) e BA-130 (Itagi). O governo estadual reforça a necessidade de cautela e acompanhamento das atualizações meteorológicas para garantir a segurança da população.

O que é prisão domiciliar humanitária, pedida pela defesa de Bolsonaro

Ex-presidente foi preso no último sábado, 22

Por Victoria Isabel
Jair Bolsonaro (PL) - Foto: AFP

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso no último sábado, 22, voltou a pedir que ele cumpra pena em casa, solicitando prisão domiciliar. No Brasil, esse tipo de medida pode ocorrer:

Antes da condenação, como alternativa à prisão preventiva;
Após o julgamento em situações humanitárias, quando há problemas graves de saúde ou idade avançada.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após descumprir regras enquanto usava tornozeleira eletrônica. Agora, seus advogados pedem novamente a medida, tanto antes da condenação quanto como forma humanitária para a pena de 27 anos.

A domiciliar humanitária só é avaliada após o início do cumprimento da pena e exige comprovação de que o presídio não tem condições de atendimento médico adequado.

Um caso semelhante é o de Fernando Collor, que só obteve o benefício após apresentar exames que comprovavam doenças graves, como Parkinson, levando Moraes a autorizar a medida.
sábado, 22 de novembro de 2025

Bolsonaro é preso pela Polícia Federal em Brasília

Ex-presidente foi detido em sua residência na capital federal


Elijonas Maia, Teo Cury e Luísa Martins, da CNN Brasil, Brasília

A PF (Polícia Federal) prendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua casa, em Brasília, neste sábado (22). Em nota, a PF informou que cumpriu mandado de prisão preventiva solicitada pela própria PF e autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com fontes da PF, uma vigília convocada pelo primogênito de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), desencadeou o pedido de prisão preventiva.

Viaturas descaracterizadas chegaram à residência do ex-mandatário, localizada em um condomínio do Jardim Botânico, por volta das 06h. Em seguida, Bolsonaro foi levado à superintendência da PF.

Bolsonaro está sendo submetido a exame de corpo de delito no INC (Instituto Nacional de Criminalística) da PF.

FOGO DESTRÓI BARRACAS NA ILHA DO FOGO DURANTE A MADRUGADA DESTA SEXTA-FEIRA(21) - VÍDEO

Quatro barracas pegaram fogo durante a madrugada desta sexta-feira (21) na Ilha do Fogo, situada entre Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). O Corpo de Bombeiros esteve no local e controlou o incêndio.


Segundo informações o incêndio ocorreu por volta das 3 horas da madrugada devido a uma pane elétrica em uma das barracas.
sexta-feira, 21 de novembro de 2025

TRÂNSITO DE JUAZEIRO AO VIVO


 

Ucrânia dá sinal verde para discutir arranjo de paz favorável à Rússia

Sob pressão e desgaste interno, Ucrânia concorda em avaliar proposta que prevê concessões territoriais

Fábio Bouéri
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, durante reunião com representante dos EUA | Foto: Reprodução/X

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou nesta quinta-feira, 20, que vai aceitar discutir um plano de paz baseado em pontos negociados entre representantes de Vladimir Putin e membros do governo Donald Trump. Depois de receber uma delegação das Forças Armadas dos Estados Unidos em Kiev, ele declarou que equipes ucranianas e norte-americanas trabalharão na proposta para tentar encerrar a guerra.

A sinalização ocorre em um momento de pressão intensa. Zelenski enfrenta o avanço das tropas russas no front, a retomada da postura pró-Moscou por parte de Trump e um cenário político doméstico sob desgaste por um escândalo de corrupção no setor de energia. Até então, o presidente apostava no apoio de aliados europeus, que mais cedo rejeitaram o arranjo encaminhado por Washington.

Ucrânia e a defesa dos aliados

Segundo divulgaram na véspera veículos de imprensa ocidentais, o plano teve a articulação preliminar e sigilosa entre o representante dos EUA Steve Witkoff e o negociador russo Kirill Dmitriev. A iniciativa buscava medir a receptividade internacional antes de qualquer anúncio formal.

Líderes europeus reagiram imediatamente. O chanceler francês, Jean-Noel Barrot, afirmou que a busca pela paz não pode significar a rendição da Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, reforçou que o país sob ataque não pode receber punição no processo. Já a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, evitou críticas diretas ao conteúdo, mas insistiu que ucranianos e europeus devem participar de todas as negociações.

O governo alemão adotou a mesma linha. O chanceler Johan Wadephul telefonou para Witkoff e, segundo seu relato, ouviu do americano que a Europa terá papel relevante nas etapas seguintes.

De acordo com as informações já conhecidas da proposta de 28 pontos, transmitida verbalmente por Witkoff ao ex-ministro da Defesa ucraniano Rustem Umerov, o plano prevê a cessão dos cerca de 15% restantes do Donbass ainda sob controle de Kiev, além do congelamento das posições atuais no campo de batalha. Na prática, isso consolidaria os ganhos territoriais da Rússia desde o início da invasão em 2022.

Alcolumbre reage à indicação de Messias ao anunciar ‘pauta-bomba’

Senado vota o projeto de aposentadoria especial de agentes de saúde, que pode gerar um impacto bilionário aos cofres públicos

Sarah Peres
Alcolumbre tentava a indicação de Rodrigo Pacheco para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que levará ao plenário, na próxima terça-feira, 25, o um projeto de lei complementar (PLP) que regulamenta a aposentadoria especial de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias.

Alcolumbre anunciou a votação do PLP 185/2024 algumas horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializar a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva — Brasília (DF), 20/11/2025 | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Segundo bastidores, a indicação de Messias teria gerado um mal-estar entre Alcolumbre e Lula. O presidente do Senado trabalhava pela indicação do também senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à vaga deixada por Luís Roberto Barroso no STF.

Mais cedo, o presidente do Senado disse que não foi informado previamente da decisão por Lula nem pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA). A tensão instalou-se imediatamente.

Mesmo sem mencionar a crise diretamente, Alcolumbre divulgou nota destacando que o PLP 185 representa um “passo decisivo para corrigir uma injustiça histórica”.

“Colocarei em votação no Plenário o Projeto de Lei Complementar nº 185/2024”, declarou. “Trata-se de uma demanda garantida pela Emenda Constitucional 120/2022, aprovada por unanimidade, e que agora avança para finalmente se tornar realidade.”

O que diz o projeto

O PLP 185/2024, de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), garante aos agentes:

Aposentadoria com integralidade — benefício calculado com base no último salário da ativa;
Paridade — reajustes vinculados aos concedidos aos servidores em atividade;
Regras claras de transição, definindo idade mínima e tempo de serviço; e
Reconhecimento de atividade de alta exposição e desgaste físico.

O texto já passou pelas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais, estando pronto para votação em plenário.

Alcolumbre destaca papel dos agentes

Em nota, Alcolumbre ressaltou o papel essencial dos agentes: “A proposta representa um marco para milhares de profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado direto da população brasileira”.

“Homens e mulheres que, todos os dias, enfrentam sol e chuva para assegurar saúde, prevenção e orientação às famílias em cada canto do país”, afirmou o presidente do Senado. “Eles adoecem cuidando da nossa gente. Garantir integralidade, paridade e regras claras de aposentadoria é reconhecer, com justiça, o valor e o sacrifício desses trabalhadores essenciais.”

Ao finalizar o anúncio, Alcolumbre disse que ao pautar o projeto, “reafirmamos que esses agentes são uma prioridade do Parlamento brasileiro”. “É uma boa notícia para o SUS, para o país e, sobretudo, para quem sustenta a saúde pública nas comunidades mais vulneráveis”, acrescentou.

Pressão política

A votação anunciada por Alcolumbre tem potencial de gerar impacto bilionário às contas públicas, por isso é considerada uma pauta-bomba dentro do governo. Em outubro, a Câmara aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) semelhante, apelidada por técnicos de “contrarreforma da Previdência”, com impacto estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 200 bilhões.

A PEC só avançou depois de os líderes pressionarem o Planalto, que acabou recuando no dia seguinte, apresentando requerimento para alterar a própria orientação de voto. A proposta ainda não tem previsão para ser analisada no Senado.
O senador Rodrigo Pacheco pode ser candidato ao governo de Minas Gerais em 2026 | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Agora, a decisão de Alcolumbre de pautar o PLP na semana seguinte à indicação de Messias é interpretada nos bastidores como um recado direto ao governo depois do desgaste com o STF. Interlocutores confirmam que a relação entre Alcolumbre e Jaques Wagner está estremecida.

Enquanto isso, o governo Lula tenta reorganizar sua base para evitar uma derrota política ampliada — agora carregada pelo desgaste da indicação de Messias ao STF.

Senadores de oposição querem derrubar indicação de Messias para o STF

Parlamentares querem aproveitar ‘racha’ na base do governo para rejeitar nome de aliado de Lula em votação no plenário

Sarah Peres
Jorge Messias, em participação no programa A Voz do Brasil — Brasília (DF), 13/6/2025 | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Senadores de oposição começam a confirmar seus votos contrários à indicação do nome de Jorge Messias para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a indicação do advogado-geral da União nesta quinta-feira, 20, causando insatisfação no Parlamento.

A Oeste, o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) afirmou que votará contra a indicação de Messias. Ele quer que a oposição una forças com setores dissidentes da base governista para derrubar o nome escolhido por Lula.

Senador Marcio Bittar (União-AC) | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

“Não voto nele de jeito nenhum, é impossível”, destacou Bittar. “Esse grupo do Messias é o mesmo que foi pego na Lava Jato. É o mesmo núcleo que lascou a vida do Bolsonaro. Eu não posso votar em alguém que representa tudo aquilo que combatemos.”

Ainda segundo o parlamentar, Messias “faz parte do mesmo grupo que perseguiu Bolsonaro” e integra “um núcleo poderoso que colocou um inocente na cadeia”. Ele destacou que “há uma divisão no governo”, e a oposição “tem que aproveitar”.

“Está claro que há uma divisão nas hostes governistas”, sinalizou o senador. “Com essa divisão, nós podemos derrotar o governo. O candidato de Lula é o Messias — então vamos derrotar esse cara. É o camarada que teve possibilidade de atuar no esquema de corrupção dos mais vulneráveis do INSS e não atuou. Nós vamos fazer história e vamos derrotar esse cara. Se há racha no governo, temos que nos juntar à dissidência e derrotar o PT.”

Seif também se posiciona contra Messias no STF

Senador Jorge Seif (PL-SC) | Foto: Revista Oeste

Pelas redes sociais, o senador Jorge Seif (PL-SC) também disse que votará contra a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, a atuação do advogado-geral da União já demonstra incompatibilidade com a função de ministro da Corte.

“Votarei contra a indicação de Jorge Messias ao STF”, afirmou Seif. “Como AGU, perseguiu o jornalista Alexandre Garcia, negou blindados que protegeriam policiais no RJ e foi omisso diante das fraudes bilionárias no INSS.”

Seif também rebateu o argumento de que o fato de Messias ser evangélico poderia facilitar sua aprovação entre parlamentares conservadores. “O fato de ser evangélico não é escudo”, observou. “O Evangelho prega justiça, não perseguição e seletividade.”

Ao dizer que o Supremo exige neutralidade absoluta, Seif concluiu que a indicação representa risco à independência institucional da Corte. “STF exige independência, não mais partidarismo”, avaliou o senador. “Voto não a Jorge Messias.”

Governo recebe ‘com satisfação’ retirada de tarifas dos EUA

Nas redes sociais, Lula reúne Alckmin e Haddad para dizer que foi a ‘vitória do diálogo’

Fábio Bouéri
Lula, Alckmin e Haddad: Brasil é favorecido pela alta inflacionária nos EUA | Joédson Alves/Agência Brasil

O governo brasileiro informou nesta quinta-feira, 20, que recebeu “com satisfação” a decisão dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% a produtos agropecuários importados do Brasil. A mudança beneficia principalmente carnes, café e frutas, como manga, coco, açaí e abacaxi. Esses alimentos passam assim a entrar no mercado norte-americano sem a sobretaxa.

Segundo o comunicado, o presidente Donald Trump menciona, em sua ordem executiva, a conversa telefônica entre ele e o presidente Lula da Silva. Na ocasião, ambos decidiram iniciar negociações voltadas à revisão das tarifas. O texto também registra que Trump recebeu recomendações de funcionários do alto escalão de seu governo para suspender a cobrança sobre parte das importações agrícolas brasileiras. O motivo seria o “avanço inicial das negociações” com Brasília.

Governo destaca efeito retroativo

A medida tem efeito retroativo a 13 de novembro. A data coincide com o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington. Na reunião, discutiram-se mecanismos para acelerar a redução de barreiras comerciais entre os dois países. O governo brasileiro não diz, porém, que a decisão norte-americana se baseia principalmente na tentativa de combater a pressão inflacionária.

O Itamaraty reiterou a disposição do Brasil de manter o diálogo como instrumento para solucionar pendências bilaterais, destacando os 201 anos de relações diplomáticas entre Brasília e Washington. Afirmou do mesmo modo que seguirá negociando a retirada das tarifas remanescentes, que afetam outros produtos da pauta comercial.

O presidente Lula classificou a derrubada da tarifa como “uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”. Segundo ele, o avanço resultou dos apelos que fez ao presidente Trump e do trabalho das equipes de negociação, lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira.

“Esse foi um passo na direção certa, mas precisamos avançar ainda mais”, afirmou, em vídeo publicado no Instagram. Lula destacou que seguirá dialogando com Trump “tendo como norte a soberania e o interesse dos trabalhadores, da agricultura e da indústria brasileira”.

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