RADIO WEB JUAZEIRO



quarta-feira, 17 de setembro de 2025

INFORMATIVO DO BANCO DO NORDESTE

Grãos receberam quase metade dos investimentos do Banco do Nordeste na agricultura baiana. Crédito: Lorena Passos.

O Banco do Nordeste registrou crescimento de 64,7% nos investimentos em agricultura na Bahia entre janeiro e agosto de 2025, totalizando R$ 3,4 bilhões distribuídos em mais de 32 mil operações. O desempenho representa avanço em valor financiado e quantidade de contratos na comparação com mesmo período de 2024.

“Os valores aplicados e a quantidade de clientes atendidos demonstra a confiança do produtor baiano e o papel do Banco do Nordeste como indutor do investimento no campo. O agronegócio é um vetor do PIB da Bahia e, ao apoiar o produtor, movimentamos também emprego e renda no interior”, afirma Pedro Lima Neto, superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia. “Seguiremos priorizando crédito com orientação técnica, inovação e práticas sustentáveis, para ampliar produtividade e competitividade do setor”, destaca.

A produção de grãos, especialmente no Oeste baiano, permanece como a principal atividade financiada no setor, seguido dos investimentos em fibras e têxteis e da fruticultura. Até agosto, foram R$ 1,6 bilhão investidos em grãos no estado, frente a R$ 1,3 bilhão do mesmo período do ano anterior.

De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o agronegócio baiano somou R$ 41,9 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) baiano, o equivalente a 29,6% da economia estadual. Para a safra 2024/2025, a perspectiva, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é que a Bahia colha quase 13,6 milhões de toneladas de grãos, 9,6% a mais que a safra anterior.

ASCON BNB

Guarda Civil Municipal de Petrolina alerta para instabilidade no número de atendimento ao público


A Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Segurança Pública, alerta para a instabilidade em um dos números de contato da Guarda Civil Municipal (GCM). O cidadão que precisar de serviços relacionado a segurança pública pode mandar mensagens via WhatsApp para o número (87) 9 9132 9568.

O atendimento da Guarda funciona 24h por dia durante toda a semana. O alerta ocorreu devido à linha 153 apresentar instabilidade e estar em manutenção, o que pode dificultar o contato. A Guarda Civil atua no patrulhamento preventivo e ostensivo, proteção da sociedade, e cuidado com o patrimônio público, promovendo uma segurança cada vez mais próxima da população.

AMIGO DE BOLSONARO AFIRMA QUE NÃO SE SENTIU OFENDIDO COM A BRICADEIRA - VEJA O VÍDEO

 

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão em indenização por falas racistas

Tribunal Regional Federal reconheceu que houve danos morais coletivos nas declarações do ex-presidente que comparou cabelo black power de apoiador a “criadouro de baratas”

Gabriela Boechat, da CNN, Brasília

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República • Gustavo Moreno/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar R$ 1 milhão em danos morais coletivos por comentários racistas feitos em 2021, enquanto ainda ocupava a Presidência.

Em fala pública no Palácio do Alvorada, o ex-presidente disse em 2021 que o cabelo black power de um apoiador era um “criadouro de baratas”.

O caso foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A condenação foi confirmada por unanimidade. O relator Rogério Favreto afirmou em voto que as declarações do ex-presidente não configuravam meras brincadeiras ou exercício de liberdade de expressão, mas uma discriminação grave e “racismo recreativo”.

Além da indenização em dinheiro, Bolsonaro foi condenado a retirar o vídeo com as declarações de suas redes sociais e se retratar publicamente com a população negra por meio dos veículos de imprensa e redes sociais.

A União também foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão pelos danos coletivos.

A condenação do ex-presidente é no âmbito civil, ou seja, Bolsonaro não foi condenado penalmente pelo crime de racismo.

A ação pública foi movida em 2021 por um grupo de 54 defensores, procuradores e promotores e acatada pelo Ministério Público.

TRÂNSITO DE JUAZEIRO - AO VIVO


 

Polícia de SP apreende 400 quilos de cocaína 'Perdidão'

Droga estava no compartimento falso de um caminhão

Mateus Conte
Policial exibe cocaína 'Perdidão' | Foto: SSP-SP/Divulgação

Um trabalho conjunto entre a Polícia Militar Rodoviária e a Polícia Rodoviária Federal resultou na apreensão de uma carga de cocaína avaliada em aproximadamente R$ 6 milhões. A ocorrência foi registrada nesta segunda-feira, 15, na Rodovia Washington Luís, em São Carlos, interior de São Paulo.

De acordo com a polícia, a droga estava escondida em um compartimento falso de um caminhão. O veículo foi localizado depois de equipes receberem informações de que transportava entorpecentes com destino à capital paulista.

As forças de segurança montaram um cerco em pontos estratégicos da rodovia. Durante a operação, localizaram um caminhão com as mesmas características descritas na denúncia. O motorista foi abordado, e, depois de vistoria, os policiais encontraram um compartimento oculto na estrutura do veículo.

No local, foram apreendidos mais de 450 tabletes de cocaína, que juntos totalizaram cerca de 400 quilos. O motorista foi preso em flagrante e, segundo a polícia, já possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo e receptação.

O suspeito foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal em Araraquara, onde permaneceu à disposição da Justiça. A ocorrência foi registrada como tráfico de drogas. As autoridades destacaram que o destino final da carga seria a capital paulista. A investigação seguirá sob responsabilidade da Polícia Federal.

Além da cocaína: apreensão de drogas cresce mais de 35% em SP

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o Estado de São Paulo registrou aumento de mais de 35% nas apreensões de drogas no primeiro semestre deste ano. Entre janeiro e junho, as forças de segurança retiraram de circulação cerca de 115 toneladas de entorpecentes, contra pouco menos de 85 toneladas no mesmo período de 2024.

A maior parte foi de maconha, que somou quase 85 toneladas. Também foram apreendidas quase 20 toneladas de cocaína, cerca de 3 toneladas de crack e mais de 10 toneladas de outras substâncias. O interior concentrou quase 70% do total, com quase 80 toneladas retiradas das ruas. Esse volume é o terceiro maior da série histórica para o período, segundo a SSP.

Os caminhos de Bolsonaro, depois da condenação

Defesa do ex-presidente prepara recursos para tentar reduzir pena, mas especialistas veem baixa chance de reversão

Letícia Alves
Ex-presidente Jair Bolsonaro tem poucas chances de reverter condenação no STF | Foto: Marcos Corrêa/PR

No dia 11 de setembro, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por 4 votos a 1, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete ex-integrantes de seu governo por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro e os demais réus negam as acusações. Em documento de 197 páginas apresentado ao STF, sua defesa classificou a denúncia da PGR como “absurda” e afirmou que não há provas que o liguem a planos para matar autoridades “e muito menos aos atos de 8 de janeiro”.




Enquanto busca adiar a execução da pena, a defesa aposta na contestação de provas, na anulação da delação de Mauro Cid e na exploração de brechas processuais. O cálculo político, porém, também pesa: tanto a pressão pela anistia no Congresso quanto a expectativa de uma futura mudança na composição do Supremo são vistos como caminhos possíveis para reverter a condenação.

Recursos no STF: embargos e limitações

A primeira via à disposição da defesa são os embargos de declaração, usados em casos de omissão, obscuridade ou contradição na decisão. Embora raramente alterem o mérito, podem reduzir a pena e fazem o réu ganhar tempo. “Se a decisão deixar de responder a algum ponto levantado pela defesa, cabem embargos por omissão”, explica o jurista João Henrique Monte.

Especialistas consultados por Oeste avaliam que dificilmente haverá reversão completa da condenação de Bolsonaro. O impacto dessas medidas tende a ser restrito ao tamanho da pena. Pelos prazos regimentais, depois da publicação do acórdão, que pode levar até 60 dias, a defesa tem cinco dias para embargos de declaração.

Os juristas, porém, levantam brechas que podem alimentar futuras revisões. Um dos principais pontos é o acúmulo indevido de funções pelo Supremo: investigação, denúncia e julgamento.

“Foi esse tipo de acúmulo que também permitiu a revisão da Lava Jato”, afirma a advogada Heloisa Pinheiro, que também questiona a atuação do ministro Alexandre de Moraes como relator. “Se o ministro Alexandre de Moraes era alvo do ataque dos golpistas, ele não poderia ser ao mesmo tempo juiz da causa nem o relator.”

Além disso, no voto divergente, Fux também questionou a competência do STF para julgar crimes cometidos por réus que já não estavam no cargo. Pinheiro explica, porém, que a Corte já consolidou o entendimento de que as turmas têm competência para julgar ações dessa natureza.

Saídas políticas de Bolsonaro: indulto e anistia

Além dos recursos jurídicos, há caminhos políticos que podem beneficiar Bolsonaro. Um deles é o indulto, benefício previsto no Código Penal e que pode ser concedido pelo presidente da República. Normalmente aplicado de forma coletiva, também pode ser individual. Neste caso, é chamado de “graça”.

Em 2022, Bolsonaro utilizou o instrumento para perdoar a pena do ex-deputado Daniel Silveira, condenado pelo STF. Em 2023, no entanto, o Supremo anulou o decreto, ao argumentar que supostos crimes contra a democracia não poderiam ser objeto de indulto.

Dessa forma, no caso da eleição de algum aliado em 2026, Bolsonaro poderia receber o perdão presidencial. Haveria, porém, a possibilidade de o decreto ser simplesmente anulado, como já ocorrera.

Outro caminho é a anistia, discutida no Congresso. Projetos de lei apresentados pela oposição preveem perdão a envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o que poderia se estender ao ex-presidente. Nesse sentido, há propostas mais amplas, como a “anistia geral e irrestrita”, e versões alternativas, que focariam na redução de penas.

Mesmo que o Congresso aprove um desses projetos, também há a possibilidade de derrubada do STF. “O Supremo já se manifestou mais de uma vez contra esse tipo de medida que anula decisões judiciais”, lembrou Monte. “Não há por que imaginar que não o faria novamente.”

Aposta em mudanças de composição do Supremo

A melhor chance de Bolsonaro, portanto, estaria numa eventual mudança do perfil do STF, a partir tanto do impeachment de ministros como da indicação de nomes mais à direita para ocuparem as cadeiras da Corte. Essas duas ações dependem de um resultado positivo nas eleições de 2026, tanto no Senado como na Presidência da República.

Um novo chefe do Executivo alinhado com Bolsonaro terá a oportunidade de, entre 2028 e 2030, indicar três ministros para o STF. Eles substituirão Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, que vão se aposentar compulsoriamente.

Embora a indicação de um ministro não seja garantia de alinhamento em futuras votações no STF, essa seria a melhor chance de Bolsonaro conseguir uma maioria. Da mesma maneira, um Senado mais conservador poderia dar seguimento à pauta de impeachment contra Moraes.

Matemáticos apontam Fla com uma mão na taça e gigantes ameaçados

De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o Flamengo tem a maior chance de ser campeão do Brasileirão

Milton Neves
Flamengo tem 43,6% de chances de ser campeão, conforme estudo do Departamento de Matemática da UFMG | Foto: Gilvan de Souza/CRF

Exagero dizer que Brasileiro esteja em sua reta final?

Talvez…


Mas, pelo menos, com nossos times tendo cumprido 21, 22 ou 23 de seus 38 compromissos, podemos afirmar que o Nacional esteja em suas “últimas voltas”.

E o que cada time tem a brigar até o desfecho do certame parece muito claro.

Por isso, é interessante analisar os números que os competentes matemáticos da UFMG divulgaram nesta semana sobre a briga pela taça e sobre a luta contra o Z-4.

O estudo mostra o Flamengo com uma mão na taça, por mais que o Palmeiras esteja incomodando demais, e gigantes em situação complicada na parte inferior da tabela.

Vamos ver?

Briga pelo título

De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o Flamengo tem, no momento, 46,3% de chances de ser campeão.

O Palmeiras não fica muito atrás, com 31,3%.

Enquanto o Cruzeiro, que venceu ontem o Bahia fora de casa, surge com 18,9% de possibilidade de levar o caneco.

Ah, e temos até o Mirassol nesta lista, com 2,3% de chances.

Já pensaram que zebra seria?

Luta contra o Z-4

Na zona perigosa da tabela, os estudiosos apontam o Sport quase rebaixado, com 96% de chances de queda.

O Fortaleza, mesmo com a vitória do fim de semana, surge com 74,4%.

O Juventude tem 50,8%.

Já o Vitória, 50,4%.

E aí aparecem os gigantes desesperados, Santos (34,2%), Vasco (33,1%), Grêmio (15,7%) e Atlético-MG (11,3).

Em situação um pouco mais cômoda, mas que ainda sugere certo alerta, estão Ceará (10,5%), Internacional (10,2%) e Corinthians (5%).

Ah, e como falar depois que a coisa acontece é muito fácil, vamos aproveitar para palpitar neste momento sobre campeões e rebaixados?

Claro que vamos!

Para mim, o título não escapará do Flamengo, que faz campanha primorosa.

E os rebaixados serão Sport, Fortaleza, Vitória e… Vasco!

Pois é, sinto que o Santos acabará escapando por pouco, mesmo sendo tão atrapalhado por um jogador que pensa que ainda é estrela e que mais atrapalha que ajuda o time em campo.

Lula escolhe funcionário do Banco do Brasil para presidência dos Correios

Emmanoel Schmidt Rondon deve assumir a estatal com desafio de reverter um prejuízo bilionário e evitar a dependência do Tesouro Nacional

Lucas Cheiddi
Emmanoel Schmidt Rondon deve assumir a presidência dos Correios | Foto: Reprodução/Youtube

Depois de um período prolongado de indefinição, Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, foi escolhido para comandar os Correios. O nome de Rondon foi validado pela Casa Civil e deve ser encaminhado até esta quarta-feira, 17, ao Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração da estatal. A expectativa é que a nomeação aconteça ainda nesta semana.

O executivo vai substituir Fabiano Silva dos Santos, que pediu demissão em 4 de julho, mas permaneceu no cargo aguardando a indicação do sucessor. A demora na escolha gerou uma situação inusitada, mantendo Santos à frente da empresa por mais de dois meses depois de sua carta de renúncia. A indicação do novo presidente, que tem perfil técnico e discreto, ocorreu com o apoio do ministro Rui Costa, da Casa Civil.

Perfil do novo presidente dos Correios
Correios vive crise sem precedentes | Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

Economista formado pela Universidade Federal Fluminense e com MBA Executivo pelo Ibmec, Rondon atua no Banco do Brasil desde 2005. Ele ocupou cargos como analista, assessor sênior e gerente. Desde maio de 2017, lidera a gerência-executiva responsável por produtos de crédito para pessoas jurídicas e recebíveis.

O cenário que aguarda Rondon é desafiador. Os Correios registraram prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre de 2025, quase cinco vezes superior ao resultado negativo do mesmo período de 2024, que foi de R$ 553,2 milhões. No acumulado do semestre, o saldo negativo chegou a R$ 4,37 bilhões, triplicando a perda de R$ 1,35 bilhão registrada no ano anterior.

Risco de dependência do Tesouro

Durante a gestão de Santos, a direção da estatal alertou o governo federal sobre a necessidade de um possível aporte financeiro para evitar falta de recursos em caixa. Inicialmente, comunicou o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, e, em seguida, outros integrantes do Executivo, em reunião realizada em junho.

Nas últimas semanas, cresceu a preocupação dentro da empresa quanto ao risco de não haver verbas suficientes para salários e despesas essenciais até o final de 2025. Caso isso se confirme, será necessário recorrer ao Tesouro Nacional, o que tornaria os Correios dependentes do Orçamento Federal.

Esse cenário obrigaria o governo a acomodar cerca de R$ 20 bilhões em despesas adicionais no Orçamento, o que exigiria cortes em políticas públicas para cumprir as regras fiscais. Técnicos do governo consideram inevitável o repasse, já que projeções apontam para problemas de caixa já para o próximo mês.

Janja chega a Nova York antes de Lula para Assembleia da ONU

Durante sua estadia, a primeira-dama vai ficar na residência oficial do embaixador Sérgio Danese, que representa o Brasil nas Nações Unidas

Yasmin Alencar
A primeira-dama Janja da Silva e uma das aeronaves da FAB; uso recorrente para fins não justificáveis | Foto: Reprodução/Twitter/X

Rosângela da Silva, conhecida como Janja e primeira-dama do Brasil, antecipou sua chegada a Nova York, prevista para quinta-feira, 18, com o objetivo de acompanhar a abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará à cidade apenas no domingo 21.

Durante sua estadia, Janja vai ficar na residência oficial do embaixador Sérgio Danese, que representa o Brasil na ONU. O local é frequentemente utilizado para acomodar autoridades brasileiras e desempenha papel importante na diplomacia do país em Nova York.

Medidas logísticas e de segurança em compromissos separados de Lula e Janja

Viagens em agendas separadas da primeira-dama e do presidente exigem da equipe organizadora cuidados logísticos e de segurança diferenciados. Quando a programação de Janja ocorre antes da do presidente, são adotados protocolos específicos para garantir a proteção e o bom andamento das atividades.

Diplomatas já relataram situações semelhantes em outras ocasiões. Em 2023, durante visita a Bruxelas, Janja decidiu ir até Bruges, localizada a 96 km da capital belga, o que demandou ajustes no esquema de segurança por causa da alteração no roteiro original.

No início deste ano, depois de críticas negativas sobre suas aparições internacionais, Janja optou por não participar de um evento da ONU sobre mulheres em Nova York. Na época, interlocutores revelaram que sua presença poderia intensificar críticas sobre um suposto protagonismo em agendas diplomáticas.

Lula está escalado para realizar o tradicional discurso de abertura da Assembleia-Geral na terça-feira 23. Até lá, Janja deve comparecer a encontros paralelos, com foco principal em pautas sociais e direitos das mulheres.

Quaest: 51% desaprovam o governo Lula

Levantamento realizado entre 12 e 14 de setembro mostrou estabilidade nos índices em relação ao mês de agosto

Lucas Cheiddi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O mais recente levantamento da Genial/Quaest, publicado nesta quarta-feira, 17, mostrou que as avaliações sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva permanecem praticamente inalteradas em relação ao mês passado. Segundo a pesquisa, 51% dos entrevistados declaram desaprovação à atual gestão federal, enquanto 46% manifestam aprovação. O porcentual dos que preferiram não opinar ficou em 3%.

O estudo ocorreu presencialmente, com pouco mais de 2 mil pessoas, todas com 16 anos ou mais, no período de 12 a 14 de setembro. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Percepção geral sobre a administração de Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em pronunciamento oficial para a cadeia nacional de rádio e televisão — 6/9/2025 | Foto: Reprodução/YouTube/@canalgov

Em relação à percepção geral da administração, 38% classificam o governo Lula como negativo, número levemente inferior aos 39% registrados em agosto.

Já a avaliação positiva permanece estável em 31%, mesmo índice apontado na pesquisa anterior, enquanto 28% consideram a gestão regular, representando 1 ponto porcentual a mais que em agosto. O grupo que não soube opinar ou não respondeu soma 3%, sem alterações em comparação ao levantamento anterior.

Os dados mostram continuidade no cenário de divisão da opinião pública sobre o governo federal, sem variações expressivas nos índices de aprovação e desaprovação registrados no último mês.

Diretor da Quaest, Felipe Nunes afirmou que “a recuperação da popularidade do governo Lula, iniciada em julho depois do tarifaço de Trump, foi interrompida em setembro, mesmo com o julgamento de Bolsonaro”.

Bate-boca entre vereadores marca sessão da Câmara Municipal de Caetité

Foto: Reprodução / Achei Sudoeste

A última sessão da Câmara Municipal de Caetité, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, foi marcada por um intenso bate-boca entre os vereadores Arual Rachid Fernandes Santos (PCdoB) e Dinaldo Soares Silva Santos (PDT), conhecido como Naldinho.

Segundo o Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o fato ocorreu na segunda-feira (15). Durante pronunciamento, Arual acusou o colega de fazer piadas e comentários pessoais desde o início do seu mandato.

“Desde a primeira sessão, já faz oito meses, tudo que eu falo o senhor vem me debatendo. Eu sou homem e tenho quatro mandatos. Se ele tiver alguma diferença pessoal comigo, que resolva lá fora, e não aqui dentro, que é para debater coisas para o povo”, afirmou. O vereador também criticou o clima de rivalidade, destacando que a população de Caetité não merece esse tipo de postura.

Em resposta, Naldinho rebateu as acusações e disse que não iria se calar nem interromper suas atividades legislativas. “Fala de nenhum vereador vai me intimidar. Essa postura de ‘vamos resolver lá fora’ é muito baixa. Vossa Excelência não precisa levar por esse caminho. Da mesma forma que o senhor é vereador, eu também sou. Voz nenhuma vai calar o meu trabalho”, declarou.

A discussão gerou novas trocas de farpas, com interrupções e acusações de ameaça. Diante do clima de tensão, o presidente da Casa, Mário Rebouças, precisou intervir para conter os ânimos e dar continuidade à sessão.

Reconciliação? Gracyanne Barbosa volta atrás em divórcio com Belo

A influenciadora pediu a suspensão do processo de separação

Por Franciely Gomes
Gracyanne e Belo estão separados há mais de um ano - Foto: Reprodução | Instagram

Gracyanne Barbosa resolveu voltar atrás no processo de divórcio com seu ex-marido, o cantor Belo. A influenciadora entrou com um pedido de suspensão de 30 dias do caso, nesta terça-feira, 16, que buscava oficializar o fim da relação de forma unilateral.

De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, fontes informaram que os dois estão negociando um acordo pessoal e a ex-BBB deseja encerrar a união de forma amigável.

A musa fitness quer colocar um fim na relação de 16 anos com pagodeiro de forma conjunta, e não com a mediação de um juiz. Caso o pedido seja acatado, eles poderão realizar o divórcio de maneira extrajudicial, encerrando automaticamente o processo judicial em andamento.

Eles estão separados desde 2024 e anunciaram o término oficialmente em abril do mesmo ano. Apesar das polêmicas envolvendo o fim, os dois já declararam publicamente que possuem carinho um pelo outro.

Namorada de Belo confinada

Vale lembrar que Belo está vivendo um novo relacionamento há alguns meses. O cantor está namorando a influenciadora Rayane Figliuzzi, que está confinada no reality show ‘A Fazenda 17’, da Record TV.

A jovem já chegou a mandar algumas indiretas para Gracyanne após declarações dela sobre a relação com Belo. Entretanto, elas não protagonizaram nenhuma discussão pública.

PEC da Blindagem: exigência de votação secreta é retirada do texto

Proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira, 16
Câmara dos Deputados. - Foto: Kayo Magalhaes / Câmara dos Deputados

Apesar de aprovada, a PEC da Blindagem deixou de fora um dos itens mais polêmicos do texto. No começo da madrugada desta quarta-feira, 17, o Plenário rejeitou, por insuficiência de quórum, a exigência de votação secreta para Câmara ou Senado decidirem se seu parlamentar pode ser processado criminalmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Foram apenas 296 votos a favor do voto secreto, quando o mínimo para manter a regra é de 308 votos. Outros 174 deputados votaram a favor do destaque do Novo pela retirada da votação secreta. Dessa forma, a votação deverá ser aberta e realizada em um prazo de 90 dias, contado do recebimento da ordem emitida pelo STF.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) deu argumentos contra o voto secreto, como a falta de transparência, a dificuldade de o eleitor saber como pensa seu representante, menos responsabilidade do parlamentar e incentivo à corrupção. "Qual a vergonha de apresentar seu voto, de defender sua posição, de atuar como representante, se o voto é sigiloso?", questionou.

Defesa do relator

O relator da PEC da Blindagem, o baiano Cláudio Cajado (PP), saiu em defesa da proposta que foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados na noite de terça-feira, 16.

Cajado afirmou que as prerrogativas não são privilégios incompatíveis com a República. "São, em verdade, garantias indispensáveis à própria viabilidade institucional do Legislativo, pilar fundamental do Estado Democrático de Direito", disse.

Sem as prerrogativas, declarou Cajado, o parlamentar não teria autonomia para cumprir o mandato. "As prerrogativas institucionais estão presentes em todas as Constituições brasileiras, tendo sido tolhidas apenas em períodos autoritários", afirmou, ao defender a ligação dessas garantias com a democracia.
O que diz a PEC

A PEC da Blindagem, se aprovada no Congresso, tornaria mais difícil prender deputados e senadores. A prisão só poderia ocorrer em flagrante por crime inafiançável, caso em que o plenário da Casa ainda decide se a prisão deve ser mantida ou não.

Entre os pontos mantidos na PEC 3/21 estão:

Autorização da Câmara e do Senado para que deputados e senadores sejam processados, na tentativa de enfraquecer a atuação do Judiciário;
Foro privilegiado no STF para presidentes de partidos nas infrações penais comuns;
Próximos passos

A Câmara ainda precisa analisar dois destaques antes de enviar a PEC ao Senado. Essa votação ocorrerá em outra sessão, em data a ser definida.
terça-feira, 16 de setembro de 2025

BOLSONARO É INTERNADO E PASSARÁ NOITE NO HOSPITAL


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá permanecer internado e passar a noite no hospital DF Star, em Brasília. A informação foi confirmada pelo cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde 2018.

O médico embarcará para Brasília ainda na noite desta terça-feira (16). Segundo ele, o ex-presidente passa por exames após deixar a prisão domiciliar, onde apresentou crise de soluço, vômito e pressão baixa.

“Foi um episódio de mal-estar, soluço, queda de pressão e vômito. Estou indo para Brasília nesta noite para acompanhar”, confirmou Echenique. As informações são da CNN Brasil.

A nova ida de Bolsonaro a um hospital ocorre dois dias após o ex-presidente ser submetido a um procedimento para remover lesões de pele.

No domingo (14), Bolsonaro ficou por cerca de cinco horas no Hospital DF Star, em Brasília; o ex-presidente foi encaminhado à mesma unidade nesta terça.

Segundo a equipe médica que atendeu Bolsonaro na ocasião, exames laboratoriais apontaram que o ex-presidente tem um quadro de anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia recente.

Bolsonaro é internado às pressas com quadro de soluço, pressão baixa e vômito


Ex-presidente foi levado às pressas para hospital particular em Brasília, nesta terça (16), segundo Flávio Bolsonaro

Hora News|Do R7

O ex-presidente tinha soluço, vômito, pressão baixa e foi levado às pressas para o hospital, acompanhado pela polícia penal, para esse hospital particular na cidade de Brasília.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado às pressas para um hospital particular em Brasília, nesta terça-feira (16), após apresentar crise de soluço, pressão baixa e vômitos. As informações foram compartilhadas por seu filho, Flávio Bolsonaro, nas redes sociais. O ex-presidente foi escoltado pela Polícia Penal, já que cumpre prisão domiciliar. No domingo (14), Bolsonaro havia passado por um procedimento cirúrgico para retirada de lesões na pele.

Valdemar nega golpe: ‘Nunca houve planejamento’

Presidente do PL afirmou que suas palavras sobre o suposto plano golpista foram mal interpretadas

Uiliam Grizafis
A fala de Valdemar Costa Neto provocou reação negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, negou ter havido qualquer “planejamento de golpe de Estado”. A declaração do dirigente da sigla ocorreu nesta segunda-feira, 15, dois dias depois de provocar controvérsia ao mencionar um suposto plano golpista.

A fala de Valdemar causou reação negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por esse motivo, o político divulgou uma nota oficial para esclarecer o que havia dito.

Valdemar disse que as palavras foram mal interpretadas

Segundo o presidente do PL, as palavras foram mal interpretadas. “Durante um evento no interior de São Paulo, uma declaração minha foi interpretada de forma equivocada e gerou repercussão”, afirmou Valdemar. “Por isso, considero importante esclarecer de maneira objetiva o que foi dito. É claro que não falei nesse sentido. Minha fala foi feita com uma condicionante: ‘Se tivesse, imagine que tivesse, vamos supor que tivesse’. Foi no campo do imaginário. E está claro: nunca houve planejamento, muito menos tentativa.”

O dirigente do PL também reforçou que Bolsonaro sempre agiu dentro das normas constitucionais. “O que precisa ficar registrado é que não houve golpe”, afirmou. “O presidente Bolsonaro sempre deixou claro que não aceitaria nada fora da Constituição. Ele recuou de qualquer ideia nesse sentido e conduziu a transição de forma democrática. Esse é o fato.”

Governo Lula acelera pagamento de emendas parlamentares para evitar anistia

Palácio do Planalto liberou R$ 3,2 bilhões em duas semanas

Letícia Alves
Governo Lula libera bilhões pra evitar anistia | Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou o pagamento de emendas parlamentares durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo: barrar a proposta da anistia no Congresso Nacional.

A soma dos valores chegou a R$ 3,2 bilhões desde o início da análise do caso de Bolsonaro. Na última terça-feira, 9, porém, o Executivo fez o maior pagamento do ano em um único dia: R$ 2,3 bilhões. Os dados são do Portal da Transparência, e foram divulgados pelo portal Metrópoles.

Os números mostram que o recorde de liberação de emendas em um só dia também é do governo Lula: R$ 5,8 bilhões pagos em 13 de dezembro de 2024.

Governo Lula contra a anistia: emendas individuais são a maior parte

Do total pago nas duas semanas de julgamento, R$ 2,9 bilhões, que equivalem a 91,3%, são de emendas individuais. O restante corresponde a emendas de bancadas estaduais (R$ 142 milhões), de comissões temáticas (R$ 80,8 milhões) e do relator do Orçamento (R$ 60,2 milhões).

A avaliação do governo é que, se o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar a proposta, existe chance de aprovação. Isso porque o Centrão está dividido. A estratégia, então, é apoiar Motta, que pessoalmente se opõe à anistia, na tentativa de barrar seu avanço.

Senado abre consulta pública sobre anistia

O texto aberto para votação do público é uma proposição do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Diógenes Feitosa
De acordo com o texto do projeto, 'as condenações que o STF vem aplicando aos acusados são desproporcionais' | Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O Senado abriu uma consulta pública sobre o Projeto de Lei (PL) de número 5.064, de 2023, do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concede anistia a acusados e condenados em razão das manifestações ocorridas em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.

Apesar de propor a anistia, o projeto de Mourão afirma que “as manifestações ocorridas no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, constituem conduta deplorável, que merece nossa reprovação, pelo nítido caráter antidemocrático do movimento”.

“Todavia, não se pode apenar indistintamente aqueles manifestantes, pois a maioria não agiu em comunhão de desígnios”, continua o texto assinado por Mourão, que foi vice-presidente da República no governo Bolsonaro. “Ocorre que os órgãos de persecução penal não têm conseguido individualizar as condutas praticadas por cada um dos manifestantes.”

De acordo com o texto do projeto, “as condenações que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem aplicando aos acusados são, data vênia, desproporcionais e, por isso mesmo, injustas”.

Mourão também cita o fato de as sessões do STF serem em grande parte virtuais, “sem que se tenha certeza de que sejam ouvidas as sustentações pelos ministros ou até mesmo por assessores, em detrimento do artigo 5º, inciso LV da Constituição da República”.

O projeto de Mourão não contempla as acusações nem as condenações pelos crimes de dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.

Para votar na enquete do Senado é preciso fazer login com a conta do site gov.br.

Pressão por anistia ganha força

Depois da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela 1ª Turma do STF, a articulação por um projeto de anistia ganhou novo impulso no Congresso Nacional nesta semana.

O julgamento do STF resultou em uma pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado para Bolsonaro, acusado de participar de uma suposta tentativa de “golpe de Estado”. O Supremo também condenou outros sete acusados.

Em ato político contra a direita, Gilmar diz que STF não vai aceitar impeachment de ministros

Magistrado participou de evento em São Paulo ao lado de representantes de 11 partidos, incluindo PT e PSB
Ministro do STF Gilmar Mendes participa de evento político em São Paulo: campanha contra a direita | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, nesta segunda-feira, 15, não haver espaço para pedidos de impeachment contra magistrados da Corte. A declaração ocorreu durante a sua participação no Fórum Direitos Já, em São Paulo.

O evento reuniu representantes de 11 partidos políticos que tentam organizar uma frente para principalmente atacar o avanço de candidaturas de direita ao Senado em 2026. Ao fim do evento, os partidos publicaram um manifesto (leia abaixo). “Não espero que o Senado venha a agir para buscar vingança em relação ao STF. Impeachment deve ser um processo regular. Se for por conta do voto de um ministro, seria irregular. O STF não vai aceitar.”

STF: “Interesses estranhos”, segundo ministro

Mais cedo, na inauguração da nova sede do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Gilmar Mendes falou com jornalistas. O ministro criticou a postura do colega Luiz Fux no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado. “A meu ver, se não houve golpe, não deveria ter havido condenação. Condenar o Cid e o Braga Netto e deixar todos os demais de fora parece uma contradição nos próprios termos”, declarou.

Em seguida, Gilmar também falou sobre o ato da esquerda. “É fundamental que se faça esse movimento em defesa da democracia e da soberania nacional. Nós vimos quão ameaçada ela ficou nesse contexto, no qual exigiram que se interrompesse um julgamento em nome de interesses políticos estranhos.”

Na última quinta-feira, 11, a 1ª Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. A pena se deve, segundo parte da Corte, pelo suposto envolvimento em uma tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito. Outros sete militares também receberam sentença.

Leia na íntegra o manifesto da esquerda

Manifesto em defesa da democracia e da soberania nacional

“A democracia está sob ataque em várias partes do mundo, principalmente por ação de líderes autoritários que chegam ao governo por meio de eleições democráticas. No Brasil, derrotamos uma tentativa de golpe de Estado desfechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que, processados nos termos da lei, foram condenados por seus crimes. Contudo, a Justiça brasileira enfrentou, com autonomia e independência, uma agressiva tentativa de ingerência do presidente americano Donald Trump em favor dos golpistas com a imposição de tarifas de 50% às exportações brasileiras ao EUA e um ataque indigno e ilegal ao Ministro relator do caso na Corte Suprema. O ataque covarde contra a soberania nacional brasileira faz ameaças militares veladas, além das econômicas, e já avança contra outros países do continente, em claro abandono do princípio de autodeterminação dos povos.

“O Direitos Já! Fórum Pela Democracia considera ser sua reponsabilidade propor a todas as forças democráticas do país – autoridades públicas, líderes de partidos, movimentos da sociedade civil, artistas e formadores de opinião – de direita, centro e esquerda, que a celebração do Dia Internacional da Democracia seja o marco da mobilização necessária para garantirmos a sobrevivência da liberdade, dos direitos fundamentais e da nossa soberania nacional que, derivada da vontade popular, está definida na Constituição Federal.

“Desde meados da primeira década deste século vivemos um momento crucial no mundo devido ao recrudescimento dos líderes autocráticos que atacam o império da lei, rejeitam a independência dos poderes republicanos, estimulam o conflito entre eles, reforçando a erosão das instituições e alimentando a sua rejeição por amplos setores populares. O avanço democrático mundial de décadas atrás sofreu uma reversão em vários países do mundo, colocando sob ataque a legitimidade da oposição, a liberdade de imprensa e subordinando o poder judiciário aos governos autoritários. Esses retrocessos atingiram vários países com o crescimento em muitos deles de uma extrema direita populista que não se limita ao direito de criticar o regime, mas age minando regras democráticas fundamentais e tratando os adversários como inimigos.

“O Brasil sofre a agressão inaceitável de um governo estrangeiro que está virando as costas para a sua democracia, mas a maioria da sociedade brasileira rechaça esse ataque à nossa soberania nacional e rejeita a perseguição ilegal e autoritária de Trump a Ministros do STF que julgaram os que planejaram o golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente eleito em 2022 e permitir a permanência no poder dos derrotados nas eleições.

“A pressão antidemocrática do governo norte-americano contra o Brasil também resultou de articulações da família Bolsonaro e de parlamentares aliados, cujas iniciativas, apoiando a taxação das exportações brasileiras e estimulando a intervenção norte-americana na nossa política, são verdadeiros atos de traição aos interesses do país. Agora, diante da condenação dos golpistas pelo STF, pressionam deslealmente o Congresso por uma anistia anticonstitucional para eles e para os que tentaram criar o caos com a depredação das sedes da Suprema Corte, do Parlamento e do Executivo em 8 de janeiro de 2023.

“O Direitos Já, contudo, considera que anistiar quem violou as regras democráticas e sequer reconhece a sua legitimidade é a outra face do golpismo que favorece a possibilidade de que novos ataques sejam desferidos contra o regime sem que seus autores paguem por seus crimes. Pesquisas de opinião mostram que a sociedade não aceita mais a permanência da cultura da impunidade. Fazemos por isso um vigoroso chamado à sociedade civil para pressionar o Congresso a decidir sobre isso ouvindo a sociedade.

“A intervenção na Justiça tem sido o primeiro passo do ataque à democracia por governos extremistas. É, portanto, responsabilidade das forças democráticas impedir que seja eleita uma maioria de senadores atrelados a Bolsonaro em 2026, de modo a impedir que um importante mecanismo de freio e contrapeso do sistema político desapareça. As forças democráticas da direita, do centro e da esquerda, baseadas no exemplo estratégico da Frente Ampla de 2022, precisam se coordenar para impedir esse retrocesso com o lançamento no máximo, por Estado, de duas candidaturas comprometidas com a defesa da democracia.

“Os participantes do Direitos já se comprometem, ao lado da defesa da independência do sistema judiciário, a fortalecer a soberania nacional que define a República Federativa do Brasil como um Estado Democrático de Direito, cujos fundamentos asseguram a independência nacional; os direitos humanos; a autodeterminação dos povos; a defesa da paz; a solução pacífica dos conflitos; o repúdio ao terrorismo e ao racismo, entre outros princípios . A soberania capacita o Estado para agir em nome da cidadania, o que supõe que a harmonia e a cooperação devem ser os marcos da relação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, preservando a autonomia de cada um.

“Crises que tornam instável o desempenho do sistema político, a inoperância do sistema de representação, o esvaziamento dos partidos, o conflito entre o Congresso Nacional e o STF, a sobrevivência de práticas de corrupção, o uso de algoritmos no controle de redes sociais, a mentira e a manipulação da informação política, mas, sobretudo, a permanência das desigualdades econômicas e sociais são fatores de agravamento do mal-estar e da desconfiança dos cidadãos com a democracia. É nesse contexto que cresce o populismo de extrema direita que polariza a sociedade e impede que a diversidade democrática possa florescer.

“O Direitos Já, contudo, acredita que a melhor defesa da democracia ocorre quando ela funciona bem e cumpre as suas promessas. Por isso, esta celebração do Dia Internacional da Democracia é um momento privilegiado para reafirmarmos nosso compromisso de trabalhar para que a democracia se renove para assegurar as condições necessárias para eliminar as desigualdades sociais e econômicas que marcam a sociedade brasileira. Assumimos esse compromisso, com base em nossa soberania nacional, no Dia Internacional da Democracia: reformar a democracia para que ela cumpra suas promessas de liberdade e de igualdade para todos.”

Bolsonaro vai ser julgado por racismo nesta terça-feira

Ex-presidente enfrenta acusação em tribunal do RS

Mateus Conte
Ex-presidente Jair Bolsonaro durante declaração a imprensa depois de virar réu no STF | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Menos de uma semana depois de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro deve enfrentar novo julgamento nesta terça-feira, 16. O processo será analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, e trata de uma ação civil pública por “declarações públicas de preconceito, discriminação e intolerância contra pessoas negras”.

A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Defensoria Pública da União (DPU) contra Bolsonaro e a União, conforme informações do jornal Estado de S. Paulo. Em caso de condenação, não há possibilidade de prisão, mas o pagamento de indenização.

O pedido é para que o ex-presidente desembolse pelo menos R$ 5 milhões a título de indenização coletiva. Já a União pode ser condenada a pagar R$ 10 milhões. Conforme os autos, como o dano teria sido causado à sociedade, os valores seriam destinados a um fundo público.

O processo foi ajuizado em julho de 2021, quando Bolsonaro ainda era presidente da República. Em primeira instância, o pedido foi negado. O recurso apresentado ao TRF-4 resultou no julgamento agora marcado para terça-feira.
Declarações de Bolsonaro em diferentes ocasiões

Segundo a ação, Bolsonaro fez as declarações consideradas discriminatórias em três momentos distintos: 4 e 6 de maio de 2021 e 8 de julho do mesmo ano. Além disso, teria reforçado os comentários em uma transmissão ao vivo feita em suas redes sociais, conhecida como “live do presidente”.

Em 8 de julho, por exemplo, Bolsonaro comparou o cabelo crespo de um apoiador negro a um “criatório de baratas”, enquanto ria. O então presidente acrescentou: “Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”. O apoiador, alvo da fala, declarou na época não se sentir ofendido por não se considerar um “negro vitimista”.

Dois meses antes, em 6 de maio, Bolsonaro já havia feito piada semelhante com o mesmo apoiador, ao dizer: “Tô vendo uma barata aqui”. Em 4 de maio, também indagou outra pessoa com cabelo crespo: “O que que você cria nessa cabeleira aí?”.

Na live transmitida em 8 de julho, Bolsonaro convidou o apoiador a participar e repetiu as falas com frases como “Se eu tivesse um cabelo desse naquela época, minha mãe me cobriria de pancada”, “Você toma banho quantas vezes por mês?” e “Se criarem cota para feios, você vai ser deputado federal”.

Argumentos do MPF e da DPU

Para o MPF e a DPU, os episódios não se limitam a uma ofensa individual, mas constituem “verdadeira ofensa estigmatizante de discriminação e intolerância a qualquer pessoa negra”. Em um dos trechos, as instituições afirmam que Bolsonaro “visa a transmutar um elemento de afirmação da identidade negra em algo sujo, execrável e que identifica um padrão fenotípico da população negra como algo que a subjugasse a uma posição social inferior, em evidente comportamento discriminatório”.

A ação também cita outras declarações de Bolsonaro ao longo da vida pública, utilizadas como prova de que não se trataria de fatos isolados. Um exemplo é de abril de 2017, quando ele era deputado federal: “Fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas” recordou. “Não fazem nada! Acho que nem para procriador ele serve mais.”

Jair Bolsonaro com o apoiador Maicon Sullivan | Foto: Reprodução/Instagram

Segundo os autores da ação, esse comportamento teria influenciado membros do alto escalão do governo a adotar condutas igualmente discriminatórias, o que configuraria, nas palavras da petição, “notória dissonância do dever do Estado Democrático de Direito de enfrentamento ao racismo e à desigualdade racial”.

Além da indenização, o processo pede que Bolsonaro seja obrigado a não cometer novos atos discriminatórios, a realizar retratação pública à população negra e a retirar de seus canais oficiais vídeos com manifestações racistas.

Jovem Pan responde ao MPF e diz ser 'bode expiatório'

Emissora afirma que não incentivou atos violentos

Mateus Conte
A Jovem Pan é uma das emissoras mais tradicionais do país | Foto: Divulgação/Jovem Pan

A Jovem Pan criticou a atuação do Ministério Público Federal (MPF) e afirmou ser tratada como “bode expiatório” no processo que pede o cancelamento de suas outorgas. Em alegações finais apresentadas à Justiça Federal de São Paulo, a emissora declarou que não incentivou atos violentos e que as falas usadas pela acusação foram opiniões pessoais de comentaristas em programas ao vivo, sem relação com sua posição institucional.

Em nota publicada nesta segunda-feira, 15, o veículo de comunicação destacou que não é réu em ações penais julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que jamais foi investigada em inquéritos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo a defesa, “informar, debater, analisar, comentar e opinar sobre fatos — delituosos ou não — não é a mesma coisa que praticar, incentivar ou apoiar”.

O que diz a defesa da Jovem Pan

Os advogados da emissora alegam que as falas usadas pelo MPF como base para a acusação foram opiniões pessoais de comentaristas em programas ao vivo e não representaram a posição institucional da empresa. “Jornalistas, comentaristas e convidados não refletem a posição do Grupo Jovem Pan, enquanto instituição”, diz um dos editoriais citados nos autos.

A defesa também apresentou laudo técnico elaborado pelo Instituto Gênesis que concluiu que a Jovem Pan não produziu desinformação nem incentivou movimentos antidemocráticos. De acordo com o documento, os temas tratados pela emissora já circulavam em outros veículos de comunicação e “não se extrai da análise integral das matérias mencionadas na ação qualquer incentivo e/ou recomendação de rompimento da ordem democrática”.
Fachada do Ministério Público Federal (MPF) na Rua Frei Caneca, na região da Avenida Paulista, em São Paulo | Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo

Outro ponto levantado pela emissora é a aplicação do Tema 995, do STF, segundo o qual veículos jornalísticos só podem ser responsabilizados em casos excepcionais, quando comprovada má-fé ou negligência grave na divulgação de informações. Para a Jovem Pan, essa jurisprudência impede sua responsabilização por falas de terceiros durante transmissões ao vivo.

A empresa de comunicação também argumenta que o artigo 53 do Código Brasileiro de Telecomunicações, usado pelo MPF como fundamento, é inconstitucional, por ter origem no regime militar e apresentar conteúdo semelhante à antiga Lei de Imprensa, já derrubada pelo Supremo.

Próximos passos do processo

O processo tramita na 6ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo. A Jovem Pan pede a extinção da ação ou a improcedência dos pedidos do MPF e da União. A emissora reforça que sempre repudiou atos violentos e manteve editoriais em defesa da democracia e das instituições.

Moraes manda PF explicar 'demora' de Bolsonaro na saída de hospital

O ministro exige da Polícia Federal relatório da escolta do ex-presidente, com detalhes sobre transporte, agentes e motivo do atraso no retorno

Yasmin Alencar
Ministro Alexandre de Moraes, do STF | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal entregue, em até 24 horas, detalhes sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua ida ao hospital no domingo 14. O magistrado pergunta por que Bolsonaro não retornou para casa de forma imediata depois de receber alta médica.Moraes exige detalhes sobre transporte e motivo do atraso no retorno

No despacho publicado nesta segunda-feira, 15, Moraes solicitou um “relatório circunstanciado sobre a escolta realizada”, detalhando qual veículo foi usado no transporte, quais agentes acompanharam Bolsonaro em seu quarto e a razão para o atraso no retorno para o domicílio depois do procedimento médico.

Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, havia recebido autorização do ministro para realizar cuidados dermatológicos no domingo. Essa foi a primeira saída do ex-presidente de sua casa desde a condenação pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por causa da suposta tentativa de golpe de Estado.
O ex-presidente chegou ao hospital às 8h sob forte proteção policial e só deixou a unidade às 13h50 para voltar para casa. Segundo o boletim médico divulgado depois da alta, Bolsonaro apresentou quadro de anemia, e a tomografia apontou imagem residual de pneumonia recente.

Acompanhamento da família e manifestações de apoiadores

No momento em que saiu do hospital, Bolsonaro foi acompanhado por dois filhos, os vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC). Antes de entrar no veículo, permaneceu cerca de cinco minutos em pé, enquanto apoiadores gritavam frases como “volta Bolsonaro” e “anistia já” e cantavam o Hino Nacional. O ex-presidente, com expressão séria, acenou para policiais, sem se dirigir ao público.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou a ordem de Moraes com ironia. “Imagine se houvesse perseguição.”

Trump divulga novo ataque contra barco de drogas da Venezuela; vídeo

Imagens registram operação no Caribe e provocam reação de Caracas

Luis Batistela
Na sexta-feira 12, Maduro convocou civis e militares para treinamentos com armas de fogo | Foto: Reprodução/Instagram Donald Trump

Os Estados Unidos realizaram um novo ataque nesta segunda-feira, 15, contra uma embarcação que partiu da Venezuela. Segundo o presidente Donald Trump, o barco transportava drogas e era operado por “narcotraficantes confirmados”. O bombardeio deixou pelo menos três mortos.

Trump publicou nas redes sociais um vídeo da operação militar. O material gerou reações imediatas do regime de Nicolás Maduro, que questionou a veracidade das imagens.

A ação foi a segunda ofensiva do tipo em menos de duas semanas. No dia 3 de setembro, os EUA haviam interceptado outra embarcação no Caribe. Na ocasião, o ataque resultou na morte de 11 traficantes, segundo autoridades norte-americanas.

Inicialmente, o regime venezuelano sugeriu que o vídeo divulgado poderia ter sido gerado por inteligência artificial. Depois, negou que os tripulantes da embarcação estivessem ligados ao narcotráfico ou à facção Tren de Aragua.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu a ofensiva. Conforme o secretário, a Casa Branca tem “100% de certeza” de que o barco estava indo para os EUA.

Venezuela convocou civis e milicianos para treinamentos com armas de fogo

Na sexta-feira 12, Maduro convocou civis e militares para treinamentos com armas de fogo. A ditadura chavista apresentou a movimentação como reação direta às operações dos EUA.

Washington havia enviado recentemente oito navios de guerra e caças F-35 para a região sul do Caribe, numa ação oficialmente ligada ao combate ao narcotráfico.

Duas semanas antes, Maduro havia acusado os EUA de realizarem interferências políticas na América Latina sob o disfarce de operações antidrogas. Na ocasião, ressaltou que as embarcações norte-americanas estariam se deslocando em direção à costa venezuelana.

Moraes permite visita de Tarcísio a Bolsonaro

Ministro do STF ordena que encontro ocorra no dia 29 de setembro, das 9h às 18h; governador de SP articula a anistia

Lucas Cheiddi
O governador de SP, Tarcísio de Freitas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Alan Santos/Arquivo/Secom

Nesta segunda-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu permissão para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visite o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente condenado por tentativa de golpe de Estado.

O líder paulista havia planejado ir a Brasília, a fim de articular a anistia. Contudo, adiou a viagem e solicitou autorização judicial para encontrar o ex-mandatário.

Na solicitação, o governador pediu para visitar Bolsonaro nesta terça-feira, 16. Porém, Moraes definiu que o encontro poderá ocorrer somente no dia 29, das 9h às 18h. O ministro escreveu que todas as visitas devem respeitar as normas legais e judiciais já estabelecidas. Ele também determinou inspeção nos habitáculos e porta-malas dos veículos que deixarem a residência do ex-presidente.

Contexto político e articulações pela anistia

No contexto político, Tarcísio intensificou esforços a favor da anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O paulista chamou, inclusive, Moraes de “tirano” durante manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em 7 de setembro.

O governador é apontado como principal nome da direita para as eleições de 2026, já que Bolsonaro está inelegível até 2030, depois de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e teve essa condição ampliada pelo julgamento na 1ª Turma da Suprema Corte.

Bolsonaro foi condenado, na semana passada, a 27 anos e três meses de prisão, além de multa, sob acusação de tentativa de golpe. A oposição propõe uma anistia ampla, geral e irrestrita, mas a iniciativa encontra resistência do governo Lula e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que prepara um texto alternativo sobre o tema.

Visitas autorizadas a Bolsonaro
O ministro relator Alexandre de Moraes, na sessão de STF de julgamento de Bolsonaro e de mais sete réus da suposta trama golpista | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Moraes também autorizou visitas de outros aliados do ex-presidente. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outros cinco apoiadores tiveram entrada liberada mediante pedidos da defesa de Bolsonaro.

Além disso, 16 pessoas poderão participar do grupo de oração liderado por Michelle Bolsonaro, nesta quarta-feira, 17. “Todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa, nos termos do que dispõe o preceito constitucional, razão pela qual inexiste óbice ao deferimento do pedido”, escreveu Moraes, “Devem ser indicados as datas, os horários e os nomes dos pastores que realizarão as visitas.”

Entre as visitas já autorizadas estão: senador Carlos Portinho (PL-RJ), nesta terça-feira, 16; senador Marcos Rogério (PL-RO), quarta-feira, 17; deputado Sanderson (PL-RS), quinta-feira, 18; e Bruno Scheid (PL-RO), sexta-feira, 19.

Outras visitas aprovadas incluem Adolfo Sachsida, ex-ministro, na sexta-feira 19; deputado Rodrigo Valadares (União-SE), na segunda-feira 22; senador Rogério Marinho, terça-feira, 23; deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), quarta-feira, 24; presidente do PL Valdemar Costa Neto, quinta-feira, 25; e senador Wilder Morais (PL-GO), sexta-feira, 26. Todos com horários definidos entre 9h e 18h.

COMPARTILHE