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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Jornal Nacional: 40% avaliam governo Lula como ruim ou péssimo - veja no vídeo


 

Defesa pede internação de Bolsonaro e retorno à prisão domiciliar

Equipe jurídica argumenta que ex-presidente precisa passar por cirurgias e requer autorização para deslocamentos exclusivos para tratamento médico

Fábio Bouéri
Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro fazem novos pedidos ao STF | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição em que solicita principalmente autorização para que ele seja transferido ao Hospital DF Star, em Brasília. O motivo seria a necessidade sobretudo de intervenções cirúrgicas que a equipe médica recomendou. O documento encaminhado ao STF tem a assinatura dos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser.

Segundo a petição, Bolsonaro apresenta um quadro persistente de soluços — apontado como sequelas de cirurgias anteriores registradas no processo — e uma piora de uma hérnia inguinal unilateral. Ambos os problemas exigiriam tratamento cirúrgico. A defesa pede que o ex-presidente permaneça internado pelo tempo necessário ao restabelecimento.

Pena deve ser em casa, dizem advogados de Bolsonaro

No mesmo documento, os advogados retomam a tese de prisão domiciliar humanitária, sob o argumento de que Bolsonaro deveria cumprir a pena em casa, com monitoramento eletrônico e outras condições que o ministro Alexandre de Moraes considerar adequadas. A defesa lembra que, antes da decretação da prisão preventiva — relacionada a outro processo —, o ex-presidente já cumpria pena em regime domiciliar.

O terceiro pedido apresentado ao STF consiste na autorização para que Bolsonaro possa realizar deslocamentos exclusivos para tratamento médico, mediante comunicação prévia ao relator. A defesa fundamenta o pleito na própria decisão que determinou a prisão do ex-presidente. Nela, Moraes garantiu a disponibilidade contínua de uma ambulância para atendê-lo, reconhecendo suas limitações de saúde.

Maioria desaprova governo e não confia em Lula

Novos números apontam para uma piora recorrente na reputação petista

Fábio Bouéri

O presidente Lula da Silva: desaprovação crescente | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A nova pesquisa Ipsos-Ipec, em circulação na noite desta terça-feira, 9, mostra que o trabalho do presidente Lula da Silva à frente do governo federal tem a desaprovação de 52% dos brasileiros. A aprovação soma 42%, enquanto 6% não souberam ou não responderam.

Em relação ao levantamento anterior, que ocorreu em setembro, houve oscilação de 1 ponto porcentual para cima na desaprovação e queda de 2 pontos na aprovação. O cenário, portanto, demonstra uma piora generalizada na reputação da liderança petista perante o eleitorado.

Brasileiros desconfiam do governo petista

O estudo mediu do mesmo modo o nível de confiança da população na administração federal. De acordo com o instituto, 40% afirmam confiar na gestão. Contudo, 56% dizem não confiar nela. Outros 4% não souberam responder.

A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 131 municípios, entre os dias 4 e 8 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Levantamentos recentes de outros institutos têm apontado a mesma tendência de erosão da confiança pública. Pesquisas nacionais de opinião realizadas ao longo do segundo semestre já identificavam avanço da avaliação negativa, principalmente entre eleitores de renda média.

A desaprovação prevalece sobretudo entre os habitantes das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em comum, os estudos registram desconfiança majoritária quanto à capacidade do governo de entregar resultados econômicos consistentes e melhorar serviços públicos.

Em mais uma derrota do governo, Câmara aprova o PL da Dosimetria

A proposta foi aprovada por ampla maioria; manifestantes do 8 de janeiro e ex-presidente Bolsonaro seriam beneficiados

Sarah Peres
Mateus Conte

Votação do PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Em uma derrota significativa para o governo Lula, a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira 10, o PL da Dosimetria, projeto que reduz as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

O PL da Dosimetria, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), foi aprovado por ampla maioria: foram 291 votos favoráveis, 148 contrários e uma abstenção.

Bolsonaro apoiou o PL da Dosimetria para garantir a libertação de manifestantes do 8/1 I Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Partido Liberal — maior bancada da Câmara — votou a favor, depois de receber aval direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Segundo aliados, Bolsonaro orientou que a prioridade fosse beneficiar os manifestantes ainda presos, mesmo que isso significasse abrir mão da anistia que poderia permitir a ele voltar para casa e recuperar seus direitos políticos.

Nos bastidores, deputados do PL afirmam que Bolsonaro enviou o recado de que a votação da dosimetria era “urgente” para aliviar a situação dos condenados, muitos cumprindo pena em regime fechado há quase dois anos. Essa guinada estratégica fez com que a oposição deixasse de insistir na votação da anistia ampla — que também atendia a interesses diretos do ex-presidente — para concentrar esforços na aprovação do texto de Paulinho da Força.

Acordo para aprovar o PL da Dosimetria

Depois de meses de embates e tentativas frustradas de pautar o tema, líderes da oposição e do centrão fecharam um acordo com a presidência da Câmara para votar o projeto sem destaques, sem substitutivos e sem alterações de última hora. A decisão foi interpretada como a única maneira de evitar que a proposta travasse ou fosse desidratada.

Ao longo de 2025, a oposição operou uma articulação contínua para avançar no tema, tentando construir uma ponte entre alas internas da direita, grupos do centrão e setores sensíveis à situação dos presos. A aprovação é vista pelos líderes oposicionistas como a primeira vitória concreta depois de meses de resistência do governo e sucessivos adiamentos na Câmara.

A proposta de redução de penas

O PL da Dosimetria promove uma série de mudanças estruturais: impede a soma de penas sobrepostas, permite redução de penas para quem não comandou nem financiou os atos, altera regras de progressão para tornar o cumprimento mais brando nesses crimes, garante remição mesmo em prisão domiciliar e assegura retroatividade por se tratar de lei penal mais benéfica.

Os principais pontos são:

Proíbe a soma de penas sobrepostas aplicadas pelo STF;
Unifica crimes cometidos no mesmo contexto, reduzindo a pena final;
Cria dispositivo que permite redução de 1/3 a 2/3 para quem não teve papel de liderança nem financiou atos;
Flexibiliza regras de progressão de regime para esses crimes; e
Determina retroatividade, o que faz com que os condenados já possam pedir reavaliação da pena.

O texto, porém, não é considerado anistia — por isso, não atinge automaticamente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos pelo Supremo. Ainda assim, parte da oposição espera que a nova fórmula de cálculo de penas possa reduzir significativamente condenações individuais, inclusive as do ex-presidente, dependendo de como o STF reavaliar cada caso.

Com a aprovação na Câmara, o texto segue para o Senado Federal. Mais cedo, Paulinho da Força disse que a Casa Alta deve receber a proposta e analisá-la antes do recesso legislativo — previsto para o fim da semana que vem.

María Corina não vai à Noruega para o Nobel da Paz

Cerimônia ocorre em Oslo, com presença de líderes da América Latina e da realeza

Luis Batistela

A filha da opositora, Ana Corina Sosa Machado, será a responsável por receber o prêmio | Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

A cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz será realizada nesta quarta-feira, 10, em Oslo, mas sem a presença da homenageada. A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, de 58 anos, não comparecerá à solenidade. A informação foi confirmada por Kristian Berg Harpviken, diretor do Instituto Nobel Norueguês.

O evento ocorre na Prefeitura de Oslo, com a presença do rei Harald, da rainha Sonja e de autoridades da América Latina. Estão confirmados os presidentes Javier Milei, da Argentina, e Daniel Noboa, do Equador.

María Corina foi laureada “por seu trabalho incansável em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia”, segundo a fundação.

Impossibilitada de viajar por conta de uma proibição imposta há dez anos pelo regime chavista, ela também está fora de circulação pública desde agosto. Desde então, seu paradeiro é desconhecido.

“Ela infelizmente não está na Noruega e não estará no palco da Prefeitura de Oslo às 13h, quando a cerimônia começar”, afirmou Harpviken à emissora NRK. Interpelado sobre onde ela estaria, respondeu: “Eu não sei”.

A filha da opositora, Ana Corina Sosa Machado, será a responsável por receber o prêmio e proferir o discurso no lugar da mãe.

María Corina venceu com folga as primárias da oposição para a eleição presidencial de 2024, mas a ditadura a impediu de concorrer. Em agosto, depois de novas prisões de dissidentes, ela decidiu entrar na clandestinidade.

A líder opositora é próxima de aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declarações anteriores, ela chegou a afirmar que o republicano também merecia o Nobel da Paz.
Nobel da Paz ocorre em meio a operação militar dos EUA

A premiação coincide com uma série de mobilizações militares dos EUA contra embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico.

Mais de 80 criminosos morreram nas ofensivas, iniciadas em agosto. O ditador Nicolás Maduro acusa os EUA de planejarem sua queda e de tentar controlar os recursos naturais da Venezuela.

Alcolumbre diz ter compromisso de votar PL da Dosimetria ainda em 2025

PL que reduz penas dos condenados pelo 8 de janeiro está na pauta da Câmara nesta terça-feira

Eduardo Hahon

Alcolumbre afirma que Senado vai votar dosimetria ainda em 2025 I Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta terça-feira, 9, que tem o “compromisso” de votar o PL da Dosimetria ainda em 2025. A proposta, que reduz as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, foi aprovada na madrugada desta quarta-feira, 10, na Câmara dos Deputados.

Segundo Alcolumbre, o acordo foi firmado com líderes do Senado, além do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Para passar pelo crivo dos senadores, o projeto deve antes ser aprovado pelos deputados.

“Fiz um compromisso com os líderes, comigo mesmo, com vossas excelências, com o Senado, mas sobretudo com o Brasil, que, se a Câmara deliberasse este assunto, o Senado Federal deliberaria”, disse o presidente do Congresso.

Alcolumbre afirmou ter sido o primeiro a propor a chamada dosimetria das penas, que reduz, mas não anula as penas. De acordo com o senador, a proposta surgiu da necessidade de “pacificar” essa questão, chegando a um meio-termo que atenda tanto a base governista quanto a oposição.

Alcolumbre defende uma tramitação célere

Apesar de enfrentar resistência por parte da Casa, Alcolumbre defende uma tramitação célere do PL da Dosimetria no Senado. Ele disse que há mobilização de senadores por um requerimento que permita a análise da proposta direto em plenário e pede que seja estabelecido um calendário para a apreciação da matéria.

“Se a matéria for votada hoje [na terça, na Câmara], eu encaminho ainda hoje para lá [CCJ] e vossa excelência [Otto Alencar] pode deliberar amanhã [quarta-feira, 10]”, afirmou o presidente do Senado. “E nós deixamos para votar em plenário na próxima semana. Não tem problema. Eu só acho que tem que estabelecer um calendário.”

Depois do discurso de Alcolumbre, alguns senadores da base governista, incluindo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), reclamaram do pouco tempo que a Casa terá para analisar a proposta. “É um desrespeito aos senadores”, afirmou o presidente da CCJ.

Tarcísio lidera com folga disputa pelo governo de SP, indica Paraná Pesquisas

Governador aparece com mais de 40% das intenções de votos em três diferentes cenários divulgados na manhã desta quarta-feira, 10

Anderson Scardoelli

Em uma das simulações feitas pelo instituto Paraná Pesquisas, o governador Tarcísio de Freitas registra 52,1% das intenções de voto | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No recorte atual, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como favorito à reeleição. É o que mostra o instituto Paraná Pesquisas em levantamento divulgado na manhã desta quarta-feira, 10.

Tarcísio lidera com folga nos três cenários nos quais é mencionado. Conforme o material, ele aparece com mais de 40%, independentemente dos possíveis adversários na disputa pelo comando do Palácio dos Bandeirantes.

No primeiro cenário, o governador surge com 48,4%. São mais de 20 pontos porcentuais de diferença para o segundo colocado, no caso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O petista registra 25,5%.

Tarcísio registra 46,6% na segunda composição do levantamento. Nesse caso, o seu oponente com maior pontuação é o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). O socialista soma 26,1% das preferências.

Já na terceira simulação, o político do Republicanos contabiliza 52,1%. A segunda colocação fica com a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), com 13,9%, mas em condição de empate técnico com o ministro do Microempreendedorismo, Márcio França (PSB), com 11,8%.

Sem Tarcísio, Nunes e França assumem a liderança

O Paraná Pesquisas formulou outros quatro cenários de possíveis candidatos ao governo do Estado de São Paulo em 2026. Neles, o nome de Tarcísio não aparece.

Sem o governador como opção, o prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), ocupa a primeira colocação na única simulação em que seu nome consta na pesquisa. Nos outros três, a ponta de cima fica com França.


Confira, abaixo, os números completos dos sete cenários do levantamento do Paraná Pesquisas para o governo paulista.


Dados da pesquisa

A fim de mapear as intenções de voto para o governo de São Paulo, o Paraná Pesquisas entrevistou 1.680 eleitores em potencial, em 85 dos 645 municípios paulistas. O trabalho de campo nesse sentido ocorreu de 4 a 8 de dezembro.

Conforme o instituto, a margem de erro é de 2,4 pontos porcentuais, para mais ou para menos, nos resultados gerais. Além disso, informa-se que o grau de confiança do material é de 95%.

Dosimetria: Bolsonaro pode ter pena de 2 anos em regime fechado

Projeto aprovado pela Câmara altera cálculo das penas e regras de progressão; entenda como ex-presidente pode se beneficiar com a medida

Lucas Cheiddi

O ex-presidente Jair Bolsonaro faz aparição no quintal da casa onde cumpre prisão domiciliar, em Brasília - 9/9/2025 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Na madrugada desta quarta-feira, 10, a Câmara dos Deputados aprovou, por 291 votos a 148, o projeto que altera regras de dosimetria e de progressão de regime e pode reduzir de forma expressiva a pena de condenados pelos atos do 8 de janeiro de 2023 e pela suposta tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta segue agora para o Senado.

O ponto central do texto apresentado pelo relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), é a mudança na forma de cálculo das penas. Hoje, o condenado por tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado tem as duas penas somadas.

O PL elimina essa soma quando os crimes forem cometidos no mesmo contexto. Nesse caso, passaria a valer apenas a pena mais grave, que é a da tentativa de golpe de Estado (quatro a 12 anos).

O grupo principal condenado pelo STF, onde estão Bolsonaro, ex-ministros e ex-militares, recebeu penas que vão de 16 a 24 anos, em decisão definitiva. Como a lei penal pode retroagir para beneficiar o réu, o novo cálculo poderia reduzir substancialmente esse total.

Decisão final sobre pena de Bolsonaro cabe ao STF

Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília | Foto: Wallace Martins/STF

Parlamentares da oposição calcularam que, com a nova regra, Bolsonaro poderia precisar cumprir dois anos e quatro meses em regime fechado, em vez dos sete anos e oito meses previstos atualmente pela vara de execução penal.

Esse número surge porque:

deixa de haver soma de penas pelos dois crimes;

passa a valer apenas a pena maior (tentativa de golpe);

agravantes e atenuantes continuam sendo aplicados, mas sobre um único crime, e não mais sobre dois cumulados.

A decisão final sobre o novo total caberá ao STF. A Corte ainda terá de definir se aceitará outros mecanismos que influenciam o tempo de prisão, como estudo e trabalho em regime domiciliar para remição de pena.

O PL também altera a progressão de regime. Hoje, o réu primário só pode progredir com 16% da pena cumprida se o crime não envolver violência nem grave ameaça — o que impede aplicar esse porcentual a quem foi condenado por tentativa de golpe de Estado.

O texto aprovado derruba essa limitação. Assim:

réu primário passa a progredir com 16% da pena, mesmo em crimes com violência ou grave ameaça;

sem essa mudança, seria necessário cumprir 25%;

reincidentes terão exigência reduzida de 30% para 20%.

Progressão de regime previsto pelo PL da Dosimetria | Arte: Reprodução/Agência Câmara

Essa alteração influencia diretamente o cálculo do tempo de prisão em regime fechado, inclusive no caso de Bolsonaro, de modo a reduzir ainda mais o período de encarceramento antes da progressão ao semiaberto.

Outros pontos do projetoEstudo e trabalho passam a valer também para redução de pena em prisão domiciliar, seguindo entendimento já aplicado pelo STJ.

Para crimes como os de 8 de janeiro, cometidos em contexto de multidão, a pena pode ser reduzida entre 1/3 e 2/3, desde que o condenado não tenha financiado os atos nem exercido liderança.

Crimes com grave ameaça que não se enquadram nos títulos I e II do Código Penal — como afastamento de licitante, favorecimento da prostituição e rufianismo — também terão progressão mais rápida.

PSB, Psol-Rede e PT-PCdoB-PV tentaram retirar trechos que reduzem penas, flexibilizam a progressão ou permitem remição em regime domiciliar, mas todos os destaques foram rejeitados em plenário.

Motta, depois de aprovação da dosimetria: ‘Precisamos virar a página’

Texto altera critérios de progressão, remição e aplicação das penas dos condenados do 8 de janeiro

Luis Batistela

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que decidiu pautar o projeto que reduz as penas dos condenados pelos atos do 8 de janeiro para “virar a página” do episódio e permitir que a Casa avance em novas discussões e projetos em 2026.

A declaração veio depois da aprovação do PL n° 2.162/23, na madrugada desta quarta-feira, 10. A proposta, que ainda será analisada pelo Senado, permite a reavaliação de penas de pessoas que não exerceram papel central nos crimes julgados.

“Quando desequilibramos para um polo ou para outro, às vezes não estamos fazendo o que é justo, mas querendo agradar a um dos lados”, disse Motta. “O que esta Casa fez hoje aqui não foi para agradar um dos lados, mas foi para dizer que é sensível a pessoas que receberam penas exageradas e não cumpriram papel central no que aconteceu no dia 8.”

O parlamentar destacou que o projeto permite ao Judiciário reduzir penas de réus com baixa participação nos fatos. “Possibilitando que os que tiveram menor importância no acontecido possam voltar às suas casas, ter as penas reduzidas, e o Brasil possa, sem esquecer, virar essa página triste da democracia.”

Dosimetria revisa penas e flexibiliza execução penal

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) relatou o PL da Dosimetria, que a Câmara aprovou por ampla maioria. Ao todo, 291 parlamentares votaram a favor, 148 se posicionaram contra e um se absteve.

O texto altera regras de execução penal e endurece critérios apenas para os principais responsáveis. Ele impede a soma de penas sobrepostas, permite a redução de penas para quem não liderou ou financiou os atos e flexibiliza a progressão de regime. Também garante remição mesmo em prisão domiciliar e assegura a retroatividade, por se tratar de uma lei mais benéfica.

Dosimetria: como ficariam as penas dos condenados pelo 8 de janeiro

Mudanças no cálculo das punições criam novo cenário para condenados

Erich Mafra

A cabeleireira Débora Santos mancha a Estátua da Justiça, com batom - 8/1/2025 | Foto: Reprodução/Redes sociais

A discussão sobre a redução das penas impostas aos réus do 8 de janeiro ganhou nova dimensão com o avanço do projeto de lei (PL) que altera a forma de calcular condenações por crimes contra o Estado Democrático de Direito. A Câmara aprovou a proposta na madrugada desta quarta-feira, 10, e o Senado tentará votá-la ainda neste ano. As mudanças do PL da Dosimetria abrem espaço para cortes expressivos nas punições de manifestantes que se tornaram símbolos dos processos.

Os números foram estimados pelo advogado constitucionalista Acácio Miranda, que compartilhou os cálculos com o jornal O Globo. Ele aplicou o cenário mais favorável previsto no projeto, que retira a soma automática dos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito e permite descontar parte da pena em atos praticados em contexto coletivo.

Como o PL da Dosimetria pode ser aplicado para os presos do 8 de janeiro

O texto trata os crimes ligados ao Estado Democrático de Direito como concurso formal quando ocorrem no mesmo evento. Nesse caso, vale apenas a punição mais alta, acrescida de um aumento, e não o acúmulo das condenações. A proposta também prevê redução entre um terço e dois terços para réus que atuaram sem comando e sem financiamento das mobilizações.

A progressão de regime também fica mais rápida. Réus primários poderão avançar depois de cumprir um sexto da pena. O projeto ainda confirma que a remição por estudo ou trabalho vale para quem cumpre punição em regime domiciliar.

Com base nessas regras, Miranda calculou que Maria de Fátima Mendonça Jacinto, moradora de Tubarão (SC) e condenada a 17 anos, teria a pena reduzida para três anos e oito meses. O mesmo resultado valeria para Antônio Cláudio Alves Ferreira, que recebeu condenação igual.

Débora Rodrigues dos Santos (conhecida como ‘Débora do Batom’), punida com 14 anos e em prisão domiciliar porque tem filhos menores, também teria redução expressiva. No cálculo mais favorável, sua pena cairia para três anos e dois meses. Os três casos partem das mesmas premissas: exclusão de um dos crimes ligados ao Estado Democrático de Direito e o desconto previsto para ações praticadas em contexto coletivo.

Famosa mansão de Ivete em Praia do Forte: conheça a casa que tem vista panorâmica

Residência fica em Praia do Forte, na Bahia

Por Luiza Nascimento
- Foto: Reprodução

Localizada em Praia do Forte, no Litoral Norte da Bahia, no município Mata de São João, a casa de praia de Ivete Sangalo é uma das mais famosas do Brasil. A mansão, de 800 m², ganhou visibilidade nacional após ser cenário de uma live exibida pela Globo durante a pandemia de Covid-19.

É no local que a artista costuma passar datas comemorativas e momentos de descanso em família.

Apesar de conhecida, os fãs sabem poucos detalhes sobre a residência. À beira-mar, o local ganha destaque pela arquitetura integrada, piso de mármore baiano e arquitetura clean e integração total dos ambientes, Além disso, ela conta com uma vista panorâmica para a piscina.

O projeto arquitetônico original foi desenvolvido por Alberto Bolzico e, posteriormente, passou por reforma conduzida pela arquiteta Barbara Becattini, sobrinha da cantora, para ampliar áreas internas, favorecer ventilação natural e modernizar o uso dos ambientes, mantendo a proposta estrutural estabelecida no projeto inicial.

Residência de Ivete Sangalo em Praia do Forte | Foto: Reprodução
Integração completa da área social

Com a reforma, houve a integração total dos ambientes. Assim, cozinha, sala de estar e de jantar passaram a ocupar um local contínuo. A mudança visava facilitar a convivência familiar após o nascimento das gêmeas Marina e Helena.

A decoração

A mansão tem uma paleta de cores neutras para ampliar a luminosidade natural, o que é comum em residências litorâneas. O local tem pontos de cor verde e azul-marinho.

Já a decoração acompanha madeira, fibras naturais e objetos artesanais, painéis ripados, estofados claros e plantas internas compõem a ambientação. O mármore bege Bahia é um dos materiais predominantes na residência e o uso contínuo do mesmo revestimento em áreas internas e externas cria uma transição visual uniforme.

A sala de TV reúne elementos associados à cultura baiana e objetos pessoais da família. Já a sala de jantar, posicionada de frente para a piscina inclui mesa ampla, cadeiras estofadas e luminárias pendentes.

Sala de TV | Foto: Reprodução

Além do imóvel em Praia do Forte, Ivete mantém uma residência luxuosa no bairro Corredor da Vitória, em Salvador.

Hugo Motta reage após expulsão de deputado da Câmara; veja

Glauber Braga foi retirado à força por policiais legislativos

Por Cássio Moreira
Hugo Motta, presidente da Câmara - Foto: Mário Agra | Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou as redes sociais para rebater o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), retirado à força pela Polícia Legislativa do plenário da Casa, na noite desta terça-feira, 9, após sentar na cadeira da mesa diretora como protesto.

Motta, que decidiu pautar o parecer que pede a cassação de Glauber por agressão a um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), assim como o PL da Dosimetria, afirmou que a postura do parlamentar é um desrespeito ao Poder Legislativo. O presidente da Câmara ainda acusou o deputado do Psol de agir no "grito".

Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semanaHugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados

Ausente no momento da confusão, Hugo Motta se comprometeu a apurar possíveis excessos contra equipes de imprensa, como mostram vídeos que circulam nas redes sociais.

Veja a nota de Hugo Motta

Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana.

O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele.

Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político.

Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa.

O que aconteceu?

Glauber Braga foi retirado à força da cadeira da presidência da Câmara dos Deputados, na noite desta terça, 9, após fazer um protesto na tentativa de travar a votação do parecer que pede a cassação do seu mandato como deputado.

O parlamentar se manifestou, em coletiva logo após o ocorrido, e reafirmou sua postura contra Motta.

“Eu vou me manter aqui, firme, até o final dessa história. Se o presidente da Câmara dos Deputados quiser tomar uma atitude diferente da que ele tomou com os golpistas que ocuparam essa mesa diretora e até hoje não tiveram qualquer punição, essa é uma responsabilidade dele. Eu, ficarei aqui até o limite das minhas forças”, afirmou Glauber.

Bolsonaro pede ao STF autorização para cirurgia e prisão domiciliar

Defesa alega que estado de saúde do ex-presidente é delicado

Por Anderson Ramos
Bolsonaro está preso desde o dia 24 de novembro. - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu, nesta terça-feira, 9, autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-presidente possa realizar uma cirurgia. Os advogados justificam o pedido alegando que o estado de saúde do ex-presidente é delicado.

"Diante de todo o exposto, das provas médicas acostadas e da excepcional gravidade do quadro clínico apresentado, requer a Vossa Excelência: Autorização e remoção do Peticionário ao hospital DF Star, a fim de que possa ser submetido às intervenções cirúrgicas indicadas pelos médicos responsáveis pelo seu tratamento, bem como sua permanência no hospital pelo tempo necessário", escreveram os advogados.

Além disso, no documento, os defensores incluíram um novo pedido para que Bolsonaro seja transferido para prisão domiciliar humanitária. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal de Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

"A concessão de prisão domiciliar humanitária ao Peticionante, nos termos do art. 318, II, do CPP, para cumprimento integral da pena imposta em sua residência, com monitoramento eletrônico e demais condições que Vossa Excelência entender cabíveis em consonância com a jurisprudência firmada desta Suprema Corte e com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, do direito à saúde e da proteção integral ao idoso", escreveram.

Carros voadores no Brasil: Embraer inicia testes em 2026

Eve, empresa subsidiária da Embraer teve um empréstimo de R$ 200 milhões aprovado pelo BNDES para investir na categoria

Por Gustavo Zambianco
Embraer iniciará teste de "carro voador" em 2026 - Foto: Divulgação | Embraer

O BNDES aprovou um empréstimo de R$ 200 milhões, nesta terça-feira, 9, para a empresa Eve, subsidiária da Embraer focada no desenvolvimento de aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs), conhecidas popularmente como “carros voadores”.

Em agosto de 2025, a BNDESPar, empresa de participações societárias de bancos de fomento, já havia se tornado acionista da Eve com uma fatia de 4%. De acordo com o banco de fomento, com este novo empréstimo a Eve deve preparar o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado de tipo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.

De acordo com o CFO (diretor financeiro) da Eve, Eduardo Couto, informou que o financiamento vai servir para integrar o “sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável”. Esta etapa é tratada como crítica para o desenvolvimento do eVTOL, de acordo com a nota divulgada pelo BNDES.

Além disso, desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL. Apenas no ano passado, foram dois empréstimos — um de R$ 500 milhões, outro de R$ 200 milhões.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mereadante, “a fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva”, e o banco de fomento tem “todo o interesse em apoiar” o projeto.

“Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, disse Mercadante, em nota do BNDES.

Em um de seus comunicados mais recentes, a Eve informou que o primeiro voo do protótipo em escala real está próximo de ocorrer na virada deste ano.

2,8 mil unidades encomendadas

Os eVTOLs são pretendidos para substituir os helicópteros em boa parte dos deslocamentos urbanos aéreos. Um estudo divulgado pela Eve em junho estima que, até 2045, a atividade de mobilidade com os carros voadores gerará receita global de US$ 280 bilhões.

Isso incluiu uma demanda por 30 mil eVTOLs, para transportar 3 bilhões de passageiros.

No total, a Eve segue anunciando que tem um pipeline total de pedidos, não vinculantes, que somam quase 2,8 mil eVTOLs, uma receita potencial de US$ 14 bilhões.

As aeronaves serão fabricadas em Taubaté (SP). A fábrica, com investimento estimado em US$ 90 milhões, será erguida em instalações antigas da Embraer.

Câmara aprova projeto que reduz pena de Bolsonaro até 2 anos em regime fechado

Proposta foi aprovada na calada da noite pela maioria dos deputados

Por Gabriela Araújo
Ex-presidente Jair Bolsonaro é principal beneficiado com proposta - Foto: Agência Brasil

Na calada da noite, os deputados federais aprovaram por maioria o projeto de lei (PL) da Dosimetria, que reduz a pena dos envolvimentos no golpe de Estado do 8 de janeiro de 2023.

O placar de votação ficou da seguinte forma: 291 deputados votaram a favor da proposta contra 148. Apenas um parlamentar se absteve da votação, além de um voto da presidência. A sessão não foi obstruída.

A proposta, relatada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro — preso desde 22 de novembro — e que agora, cumpre pena por liderar a trama golpista, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

"Esse é o texto básico. Com isso, todas aquelas pessoas presas pelo 8 de janeiro serão soltas. Aquelas que estão com tornozeleira, aquelas que estão fora do Brasil. E aqueles que pegaram uma pena maior reduz", disse o relator.
Sessão teve expulsão, confusão e corte de transmissão

A sessão iniciada ainda na tarde de terça-feira, 9, foi marcada por uma série de turbulências, entre elas:

A expulsão truculenta do deputado Glauber Braga (PSOL) da cadeira da Presidência;

A expulsão dos jornalistas do plenário da Casa;

O corte da transmissão da TV Câmara.

O que falta para ser sancionado?

Após aprovação na Câmara dos Deputados, o texto segue para análise dos senadores. Se aprovado na Casa Alta, o documento vai ao Palácio do Planalto.

Lá, o presidente Lula (PT) decide se veta totalmente, parcialmente ou sanciona o texto apreciado pelos parlamentares.

Como projeto beneficia Bolsonaro?

Com a nova medida, a pena de Bolsonaro que é de 27 anos e três meses, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pode cair para 7 ou 14 anos de prisão, a depender do cálculo.

Em regime fechado, esse número cai para 2 anos e 4 meses, conforme contou o relator do projeto.

O ex-presidente foi condenado pelos seguintes atos:

Golpe de Estado;

Abolição violenta do Estado de Direito;

Organização criminosa;

Dano qualificado pela violência e grave ameaça e

Deterioração de patrimônio tombado.

Entenda o PL da Dosimetria

O PL não visa ceder anistia (perdão completo pelos crimes), mas sim alterar a dosimetria da pena. A dosimetria é o processo legal no qual o juiz calcula o tamanho da pena final imposta a um condenado. Mudando essas regras, o projeto permite que as penas se tornem menores.

Principais mudanças do PL da Dosimetria

Fim da soma das penas (cumulação)

Atualmente, a pena dos envolvidos na trama golpista do dia 8 de janeiro de 2023 é calculada da seguinte forma:

Condenação por golpe de Estado + abolição violenta do Estado de Direito + outros crimes.

Redução para participantes sem liderança

Este tópico pede a redução de 1/3 a 2/3 da pena para pessoas que, antes ou do golpe:

não lideraram;

não financiaram;

atuaram em multidão.

Para Bolsonaro, essa regra não se aplica, visto que ele é considerado o líder do golpe de Estado.

Mudanças na execução penal

Volta do cumprimento de 1/6 da pena para a progressão do regime fechado para o aberto, exceto para crimes violentos ou hediondos.

Atualmente, o artigo trata apenas dos condenados que cumprem a pena em regime fechado ou semiaberto. Esses, podem reduzir o tempo de prisão de acordo com dias de trabalho ou de estudo.

Hugo Mota detona PT por críticas ao PL da Dosimetria: "Incoerência"

Presidente da Câmara, Hugo Motta citou Ulysses Guimarães ao criticar PT

Por Yuri Abreu
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o PT usou de "incoerência histórica" ao criticar o PL da Dosimetria, aprovada na madrugada desta quarta-feira, 10, pela Casa Legislativa.

Na crítica, o republicano citou o ex-deputado Ulysses Guimarães, principal articulador da Constituição de 1988. A declaração foi dada após o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), fazer críticas ao presidente da Câmara.

O petista, durante a sessão, lembrou que Hugo, ao assumir o comando da Casa, citou Ulysses Guimarães e o filme sobre Rubens Paiva, ex-deputado morto durante a ditadura militar, "Ainda Estou Aqui".

O petista acusou o presidente de “cometer um crime” ao pautar um projeto que, segundo ele, teria como objetivo reduzir penas de generais golpistas e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Presidente relembra histórico

Em resposta, Hugo lembrou que o PT "foi contra o texto da Constituição de 1988" durante o processo constituinte. Embora tenha assinado o documento final, a sigla não participou da cerimônia de promulgação e votou contra diversos dispositivos.

“Tenho tido muito respeito aos oradores, mas escutar reiteradas vezes integrantes do PT invocarem Ulysses Guimarães, quando o próprio partido votou contra a atual Constituição, é realmente uma incoerência histórica”, rebateu o presidente da Câmara.

A verdade sobre a mansão milionária de Gugu abandonada desde 2019

Mansão segue do mesmo jeito desde a morte do comunicador

Por Edvaldo Sales
Gugu Liberato morreu em 2019 - Foto: Divulgação

A residência que abrigou por anos Gugu Liberato e sua família, em um dos condomínios mais exclusivos de Alphaville, Barueri (SP), segue sem ocupação desde 2019. Avaliada em milhões de reais e com mais de 1.000 m², a propriedade tornou-se um dos capítulos mais emblemáticos do inventário deixado pelo comunicador.

Símbolo do auge profissional

Adquirida no início dos anos 2000, a mansão foi a escolha de Gugu para viver longe da rotina agitada dos estúdios. O condomínio fechado, tradicional reduto de empresários e artistas, oferecia a discrição e a segurança que o apresentador buscava no auge de sua carreira.

Com piscina coberta e climatizada, salões amplos, jardins planejados e ambientes destinados a projetos pessoais, a residência refletia o padrão de vida de quem comandou programas de auditório por décadas e acumulou um dos maiores patrimônios do meio artístico brasileiro.

Primeira exibição ao pública

A casa foi mostrada pela primeira vez ao público quando o primogênito de Gugu, João Augusto Liberato, guiou um tour exclusivo para o programa Domingo Espetacular, da Record TV.

Na ocasião, o jovem relembrou momentos em família e contou histórias envolvendo um pequeno jardim interno onde o pai cuidava de um papagaio, espaço que se tornou uma das memórias mais afetivas preservadas na propriedade.

Residência permanece intacta desde 2019

A morte de Gugu em novembro de 2019, causada por um acidente doméstico em Orlando (EUA), desencadeou um processo sucessório que se estende até hoje. Desde então, a mansão em Alphaville permanece fechada, mantida praticamente como estava no dia do acidente.

Móveis, objetos pessoais e decoração continuam no mesmo lugar — característica que, segundo familiares, faz com que a casa pareça suspensa no tempo.

Essa conservação, defendida por João Augusto, reforça a ideia de que o imóvel funciona como um memorial privado dedicado ao apresentador.
Disputa patrimonial bilionária

A residência integra um espólio estimado em mais de R$ 1 bilhão, distribuído entre imóveis no Brasil e nos Estados Unidos, além de investimentos. Pelo valor financeiro e pelo peso simbólico, a mansão é um dos pontos mais sensíveis da partilha, que ainda não foi concluída.

Sem destinação definida, o imóvel alimenta a curiosidade do público e reforça o mistério em torno do que será feito da herança deixada por Gugu.

Veja fotos da mansão de Gugu Liberato:

Mansão de Gugu Liberato | Foto: Reprodução | Record TV
Mansão de Gugu Liberato | Foto: Reprodução | Record TV

Eu nasci onde vc daria a vida pra estar! - Ivete Sangalo

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Davi Alcolumbre ameaça Gilmar Mendes após decisão que tira os poderes do Senado para pedido de impeachment

Davi Alcolumbre e Gilmar Mendes: Conflito Sobre Impeachment


Davi Alcolumbre reage à decisão de Gilmar Mendes que limita poderes do Senado. 
 

PROTESTO


O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupa a mesa diretora da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9) e se recusou a deixar o espaço. Após a declaração do deputado, os policiais legislativos da Câmara começaram a esvaziar o plenário. Além disso, a TV Câmara cortou a transmissão do plenário.

Nesta terça, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que os deputados devem analisar uma possível cassação de mandato de Glauber, acusado de agressão a um manifestante na Câmara.

No momento em que Glauber ocupou a mesa, os deputados estavam na primeira fase da sessão da Câmara, que hoje pode votar um projeto que reduz a pena de Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pela tentativa de golpe.

Durante esta fase da sessão não há votações de projetos, os deputados podem fazem pronunciamentos de até cinco minutos, também chamados de discursos de Pequeno Expediente.

Além do corte do sinal da TV Câmara, a imprensa foi retirada do plenário e impedida de acompanhar a movimentação. Imagens obtidas pela TV Globo mostram policiais legislativos conversando com Glauber. Deputados relatam que a situação está tensa.

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa diretora da Câmara dos Deputados por policiais legislativos no fim da tarde desta terça-feira (9).


Glauber ocupou a mesa diretora e se recusou a deixar o espaço. Após a declaração do deputado, os policiais legislativos da Câmara começaram a esvaziar o plenário. Além disso, a TV Câmara cortou a transmissão do plenário.

Nesta terça, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que os deputados devem analisar uma possível cassação de mandato de Glauber, acusado de agressão a um manifestante na Câmara.

Além do corte do sinal da TV Câmara, a imprensa foi retirada do plenário e impedida de acompanhar a movimentação. Imagens obtidas pela TV Globo mostram policiais legislativos conversando com Glauber. Deputados relatam que a situação está tensa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

STF julga nesta terça-feira, 9, Filipe Martins e outros réus do 'núcleo 2'

Ao todo, seis réus enfrentam julgamento na Primeira Turma da Corte

Loriane Comeli
Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Redes sociais

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira, 9, Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do governo Bolsonaro e outros cinco réus da suposta tentativa de golpe. O chamado “núcleo 2” é acusado de ações que supostamente impediriam a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento será transmitido ao vivo pela TV Justiça.

Os seis réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A PGR atribuiu aos réus tarefas como uso das forças policiais para tentar manter Jair Bolsonaro no poder, monitoramento de autoridades, articulação com líderes dos atos de 8 de janeiro de 2023, além da elaboração de uma suposta minuta de decreto que previa medidas de exceção no país.

Os réus do “núcleo 2” são:

Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal;
Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva;
Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional;
Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência;
Mário Fernandes, general da reserva; e
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
O rito do julgamento

O julgamento começa às 9h e se estende até a tarde. A Primeira Turma também reservou a manhã da quarta-feira, 10, e a próxima terça-feira, 16, para o julgamento do caso. A sessão começa com a leitura do relatório do caso por Alexandre de Moraes, relator. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, faz suas considerações finais. O tempo seguinte é reservado às sustentações orais das defesas. Por fim, os ministros votam.

Fazem parte do colegiado, além de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Eles votaram para condenar integralmente réus de outros processos da alegada trama golpista. O então quinto integrante da Primeira Turma, Luiz Fux, votou para inocentar Bolsonaro e outros réus, mas pediu para migrar para a Segunda Turma.

A prisão ilegal de Filipe Martins

Filipe Martins ficou preso por seis meses. A prisão cautelar, decretada por Moraes, se fundamentou em uma suposta fuga para os EUA, que demonstrou-se inexistente. Filipe provou que jamais deixou o Brasil no fim de 2022. Só então, depois de ficar preso por meio ano, ele conseguiu deixar a prisão, mas segue sob monitoramento policial constante e restrições de locomoção.

O suposto golpe

No fim do ano passado, a PGR acusou 31 pessoas em cinco ações penais de tentativa de golpe e de outros crimes. Ao todo, 24 já foram condenadas, incluindo Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre pena em uma cela da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Acusado de ser o líder do “golpe”, o ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão. Oficiais do Exército também foram comandados.

Michelle Bolsonaro se afasta da presidência do PL Mulher

Ex-primeira-dama alegou complicações de saúde ligadas à prisão de Jair Bolsonaro; encontro nacional da ala feminina foi remarcado

Lucas Cheiddi
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro | Foto: Reprodrução/YouTube Partido Liberal

O afastamento temporário de Michelle Bolsonaro da presidência do PL Mulher foi confirmado depois de agravamento de problemas de saúde, conforme comunicado divulgado pelo partido.

A sigla atribuiu o quadro à prisão de Jair Bolsonaro, informou que houve impactos na imunidade da ex-primeira-dama e que ela seguirá distante de compromissos políticos enquanto se recupera.

Em razão desse afastamento, a participação de Michelle no Encontro Nacional do PL Mulher, previsto para o próximo sábado, 13, no Rio de Janeiro, está cancelada. Agora, o evento só deve ocorrer abril de 2026.

A ex-primeira-dama visitou Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na quinta-feira 4. Foi o primeiro contato presencial desde um desentendimento público com os filhos do ex-presidente.

Repercussões internas e influência de Michelle Bolsonaro

Michelle Bolsonaro beija o marido, Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Beto Barata/PL

No desdobramento dessa crise familiar, Michelle conseguiu que o PL suspendesse a aliança com Ciro Gomes (PSDB-CE), conforme sua exigência. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, teve de pedir desculpa publicamente à madrasta, por determinação do pai. Também ficou definido que Michelle deverá ser consultada na definição de chapas do partido para as eleições de 2026.

No dia seguinte à visita, a liderança da sigla anunciou Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência em 2026, com o apoio tanto do pai quanto de Michelle. Na ocasião, a ex-primeira-dama chegou acompanhada da filha do casal, Laura, e portava uma Bíblia.

Carlos Bolsonaro (PL-RJ), outro filho do ex-presidente, não compareceu à visita, pois teve seu pedido para alterar a data negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Michelle deixou o local sem se pronunciar à imprensa.

Lideranças do centrão, que esperavam ver Michelle perder influência depois da disputa interna, demonstraram frustração com o desfecho. Apesar das críticas de imaturidade política por parte de membros do PP, União Brasil e Republicanos, a ex-primeira-dama manteve protagonismo na legenda.

Seguindo decisão de Jair Bolsonaro, os filhos do ex-presidente precisarão submeter suas posições à ex-primeira-dama antes de torná-las públicas.

Brasil não vai pressionar Maduro a deixar governo da Venezuela, diz Celso Amorim

O ditador venezuelano enfrenta crescente pressão dos Estados Unidos para deixar o comando do país

Yasmin Alencar
Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em meio à intensificação das tensões entre Estados Unidos e Venezuela, o assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, afirmou que o Brasil não pretende pressionar Nicolás Maduro a deixar o comando do país vizinho, mesmo diante de pressões norte-americanas para sua renúncia.

Durante entrevista ao jornal The Guardian, Amorim explicou que não deseja alimentar especulações sobre a possibilidade de o Brasil oferecer asilo a Maduro, embora reconheça que o venezuelano poderia considerar solicitar refúgio em território brasileiro. Ele reiterou que sua intenção é evitar a propagação dessa hipótese.

Preocupação com intervenção militar e riscos regionais

“A última coisa que queremos é que a América do Sul se torne uma zona de guerra – e uma zona de guerra que inevitavelmente não seria apenas uma guerra entre os EUA e a Venezuela”, afirmou Amorim. “Acabaria por ter envolvimento global, e isso seria realmente lamentável.”

O assessor de Lula comparou o risco de um conflito armado na América do Sul ao que ocorreu no Vietnã. “Eu conheço a América do Sul… Todo o nosso continente existe graças à resistência contra invasores estrangeiros”, destacou. Ele avaliou que uma imposição dos EUA no território venezuelano estimularia sentimentos antiamericanos em toda a região.

Operações militares dos EUA

Desde agosto, os Estados Unidos promovem uma série de operações militares no Caribe e na América Latina, justificadas oficialmente pelo combate ao tráfico de drogas. Entre os recursos empregados estão navios de guerra, fuzileiros navais, caças F-35 e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o maior do mundo.

A Operação Lança do Sul, liderada pelos EUA, busca intensificar o enfrentamento ao tráfico de entorpecentes na região. Segundo informações do Pentágono, 23 embarcações já foram atacadas em águas caribenhas e do Pacífico, mas ainda não há comprovação pública de envolvimento desses barcos com o tráfico.

Nos últimos dias, Trump manifestou que as operações navais poderão ser expandidas para atingir países identificados como fornecedores de drogas aos EUA, o que inclui ameaças ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusado pelo presidente norte-americano de envolvimento com tráfico.

Debate sobre possível asilo a Maduro no Brasil

Indagado novamente sobre a hipótese de Maduro buscar asilo político no Brasil, Amorim não descartou a possibilidade, mas reforçou que não deseja estimular esse debate. “No entanto, o asilo é uma instituição latino-americana [para] pessoas tanto de direita quanto de esquerda”, explicou ao The Guardian. Ele recordou ainda que, em 2005, o Brasil concedeu refúgio ao ex-presidente do Equador, Lucio Gutiérrez: “Chegamos a enviar um avião para buscá-lo”, disse Amorim, ao lembrar seu período como ministro das Relações Exteriores.

Viviane Barci, mulher de Moraes, receberia quase R$ 130 milhões do Master, diz jornal

Jornalista teve acesso a contrato encontrado pela Polícia Federal no celular do banqueiro Daniel Vorcaro, preso em novembro

Loriane Comeli
Moraes e a mulher, Viviane Barci | Foto: Reprodução/Redes sociais

Ao prender o dono do Master, Daniel Vorcaro, a Polícia Federal encontrou, no celular dele, cópia do contrato de prestação de serviços entre o banco e o escritório da advogada Viviane Barci, mulher de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa informação foi divulgada no fim de semana pela imprensa. Agora, a coluna de Malu Gaspar, de O Globo, revela o valor do contrato: R$ 3,6 milhões por mês, durante 36 meses, que poderia alcançar o montante de R$ 129 milhões, se fosse cumprido integralmente. Entretanto, como o banco foi dissolvido, não se sabe quanto efetivamente foi pago pelos serviços advocatícios do escritório de Viviane.

Vorcaro foi preso em 17 de novembro, quando tentava embarcar para o exterior em seu jatinho particular. Entretanto, já está em liberdade, com decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Na operação contra o Master, outros seis executivos foram presos.

Segundo O Globo, mensagens internas apreendidas durante a operação mostram que os pagamentos ao escritório de Viviane eram tratados como prioridade absoluta pelo Banco Master, mesmo em meio à crise financeira. O contrato tinha objeto amplo, com autorização para o escritório de Viviane representar o banco em diferentes áreas.

O escritório de Viviane e o Banco Master ainda não se manifestaram sobre o contrato. O ministro Alexandre de Moraes (STF) também não comentou o assunto.

Ação ajuizada pelo escritório de Viviane Barci em favor do Master
Alexandre de Moraes e Viviane Barci em solenidade no TSE | Foto: Isac Nóbrega/PR

O Globo também informa que entre as ações em que Viviane atuou, destaca-se uma queixa-crime protocolada em abril de 2024 por Vorcaro e pelo Master contra Vladimir Timerman, investidor da Esh Capital. O processo acusa Timerman de calúnia ao afirmar que Vorcaro teria “participado e/ou realizado operações fraudulentas entre GAFISA e o Fundo Brazil Realty”, do qual o Master era cotista, buscando, segundo a defesa, “atingir de forma criminosa a honra” dos querelantes.

A petição da queixa-crime a que a coluna de Malu Gaspar teve acesso, também assinada pelos filhos do ministro, Alexandre Barci de Moraes e Giuliana, além de outros dez advogados, sustenta que Timerman “desacreditou publicamente e comprometeu os atributos dos querelantes que os tornam merecedores de respeito perante a sociedade civil”. Vorcaro perdeu em duas instâncias, mas ainda pode recorrer.

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