RADIO WEB JUAZEIRO



segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Neta de Raul Gil expõe briga familiar e diz ter sido notifcada por tio

A cantora Raquel Gil afirmou que ela e a mãe receberam uma notificação extraoficial a pedido do filho de Raul Gil; vídeo

Kadu Brandão 

A família Gil, do apresentador de TV Raul Gil, vive um conflito familiar. Neste fim de semana, a cantora Raquel Gil, neta de Raul Gil, expôs que ela e a mãe, Nanci Gil, receberam uma notificação extrajudicial de um dos filhos do apresentador e estão proibidas de citar as brigas da família.

Neta de Raul Gil expõe briga familiar diz ter sido notifcada por tio. Foto: Divulgação / SBT

A ordem extrajudicial foi enviada pelo tio Raul Gil Júnior, mais conhecido como Raulzinho. Com isso, a neta do apresentador entregou que o documento indica a proibição de que elas falem da "própria história de vida".

"A gente recebeu uma ordem extrajudicial vinda do meu tio, ou seja, do meu próprio sangue, que a gente não pode falar nada sobre a família na qual a gente nasceu, cresceu, da qual a gente supostamente faz parte. Não pode falar mais nada da nossa vida, que foi gravada, registrada, não só pela imprensa, e por todos que testemunharam nossos desafios e conquistas", lamentou Raquel.

A neta de Raul Gil aponta que, caso falem do assunto familiar, ela e a mãe podem sofrer uma ação indenizatória. A cantora ainda explica que poupou a mãe neste momento, por outros embates em que Nanci já se envolveu atrapalharem a situação.

"Não podemos mudar nossa família, nosso DNA, nosso sobrenome, nossos parentes próximos", reclamou Raquel, que pediu aos seguidores para que não façam perguntas sobre Raul Gil ou da família.

Sem citar nomes, Carlos Bolsonaro critica postura de governadores

Filho do ex-presidente reprovou atitudes de políticos que não seriam verdadeiros representantes dos eleitores conservadores no país

Fabio Boueri

O vereador Carlos Bolsonaro: crítica a governadores da direita em razão do processo sucessório | Foto: Renan Olza/CMRJ

Neste domingo, 17, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) criticou governadores que estariam posando de “democráticos”.

Sem citar nomes, ele disse que alguns agem como “ratos e oportunistas”. Carlos desabafou no X.

Para o parlamentar, determinados políticos tentam herdar o capital político de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível e em prisão domiciliar.

Outro filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou a mensagem.

Desabafo de Carlos Bolsonaro

Na postagem, Carlos acusou os governadores de sobretudo se “encostarem” na imagem de Bolsonaro sem representarem de fato os eleitores conservadores.

“A verdade é dura: todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar ‘fora PT’, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo”, disse.

O vereador acrescentou que esses políticos agem de forma “vergonhosa e patética” ao tentar herdar o espólio político de seu pai.

A publicação ocorreu um dia depois de o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançar sua pré-candidatura à Presidência. Zema apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e tenta ocupar espaço como alternativa no campo da direita.

Outros governadores também buscam se credenciar como potenciais sucessores de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná.

STF marca julgamento de Bolsonaro, mas mantém processo de PMs do DF parado

Ex-presidente é investigado no caso da suposta trama golpista

Uiliam Grizafis

O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu para 2 de setembro o começo do julgamento de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é investigado no caso da suposta trama golpista — apenas 144 dias depois da abertura da ação.

A previsão é que o julgamento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, se estenda por duas semanas e o resultado seja divulgado até 12 de setembro.

Enquanto isso, o processo contra os principais oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (DF), acusados de omissão diante da invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, permanece sem andamento há mais de 500 dias.

O julgamento do caso está pronto desde 2 de maio, mas ainda não tem data definida. Moraes retirou o tema da pauta do plenário virtual do STF em duas ocasiões, sem apresentar justificativa.

Diferenças no andamento dos processos no STF

O andamento mais rápido do processo que envolve Bolsonaro ocorre, em parte, pela presença de um réu preso: o general e ex-ministro Walter Braga Netto, detido desde dezembro de 2024.

Segundo o Código de Processo Penal, processos com réus presos não têm suspensão de prazos durante o recesso do Judiciário, o que fez as defesas agilizarem a entrega das alegações finais.

No caso dos policiais militares, todos respondem em liberdade desde maio de 2024. Com isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) teve 73 dias para entregar as alegações finais — o mesmo período concedido às defesas. O entendimento dentro do STF é que o julgamento dos policiais militares só deve ocorrer depois do começo do julgamento da suposta tentativa de golpe.

Pontos de defesa e indagações jurídicas

Os advogados dos acusados destacam possíveis inconsistências nas acusações feitas pela PGR nos dois processos. Contra Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF, o órgão aponta omissão na preparação da segurança. Também cita a falta de divulgação de um relatório de inteligência sobre riscos de violência.
Desde 4 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em relação à cúpula da Polícia Militar, a Procuradoria alega que os oficiais tinham informações antecipadas sobre possíveis atos violentos, mas, por omissão dolosa, não executaram um planejamento adequado. Segundo a PGR, os policiais ignoraram alertas e promoveram ações ineficazes para conter as invasões e os confrontos.

GOLS DO FANTÁSTICO

 


Robôs ameaçam o futuro humano no espaço

Máquinas inteligentes são mais baratas e seguras, dizem cientistas

Fabio Boueri

Sonda espacial Parker Solar Probe se aproximando do sol; robôs são opção mais baratas e eficientes, dizem cientistas | Foto: Divulgação/Nasa

A recente aproximação da sonda Parker Solar Probe ao Sol reacendeu um debate polêmico entre cientistas. Saber se ainda faz sentido enviar seres humanos ao espaço. A missão da Nasa ganhou a condição de histórica. Pela primeira vez, um objeto fabricado pelo homem cruzou a atmosfera solar e resistiu a temperaturas de até 1.000°C. Mas todo o trabalho se deu por meio autônomo. Por robôs. Sem a intervenção direta de astronautas.

O avanço reforça principalmente o papel das sondas robóticas. Há seis décadas elas exploram destinos ainda inalcançáveis para humanos. Além disso, operam em ambientes extremos, custam menos e reduzem sobretudo os riscos.

Robôs se tornarão ainda mais inteligentes

“O único motivo para mandarmos pessoas ao espaço é dar uma experiência a indivíduos ricos. E e isso deveria ter o financiamento do dinheiro privado”, argumenta o astrônomo Martin Rees, ao alegar que missões tripuladas não são prioritárias.

Andrew Coates, físico da University College London, vai na mesma linha. Ele ressalta que robôs são mais baratos e, com os avanços da inteligência artificial, podem se tornar cada vez mais inteligentes e capazes de executar tarefas complexas sozinhos.

A evolução coloca em dúvida até que ponto os astronautas serão necessários em futuras missões de exploração. Apesar dos avanços tecnológicos, há funções que, segundo especialistas, dependem exclusivamente dos humanos.

Ainda assim, a comparação entre o alcance das máquinas e o das pessoas mostra a distância: sondas já visitaram todos os planetas do Sistema Solar, além de asteroides e cometas, enquanto seres humanos só alcançaram a órbita da Terra e a Lua.

Desde 1961, quando o soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem no espaço, apenas cerca de 700 pessoas tiveram essa experiência. Em sua maioria, por meio de voos orbitais e suborbitais de curta duração.

Líderes europeus formam comitiva para acompanhar Zelensky em reunião com Trump

O objetivo é participar diretamente das discussões sobre o possível fim do conflito

Redação Oeste

O encontro entre Trump e Zelensky vai ocorrer na segunda-feira 18 | Foto: Reprodução/Flickr/The Pursuit Room

Em movimentação inédita, líderes das principais potências europeias vão integrar a comitiva do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira 18. O objetivo é participar diretamente das discussões sobre o possível fim do conflito na Ucrânia.

Entre os presentes confirmados estão:

Emmanuel Macron, presidente da França;
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido;
Friedrich Merz, chanceler da Alemanha;
Ursula von der Leyen, chefe da União Europeia;
Mark Rutte, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan);
Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália; e
Alexander Stubb, presidente da Finlândia.

Postura europeia e divergências com Trump

Segundo o portal g1, Ursula afirmou que os países europeus pretendem “apoiar a Ucrânia por uma paz justa e duradoura pelo tempo que for necessário”. Já Starmer ressaltou que “a paz não pode ser decidida sem Zelensky”. O líder britânico ressaltou o compromisso europeu com “garantias robustas de segurança” para o país.

Macron, por sua vez, acrescentou que “Putin não quer a paz”, e que a Europa deve marcar presença. O presidente da França disse que “precisamos ser temidos para sermos livres”. A reunião entre Trump, Zelensky e os europeus foi confirmada depois de um encontro bilateral entre o republicano e Vladimir Putin, realizado na sexta-feira 15, sem avanço para um cessar-fogo.

A expectativa é que as próximas conversas tratem dos passos para encerrar a guerra, que já dura três anos e meio. Os líderes europeus defendem a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Trump, em contrapartida, pressiona por negociações em que Zelensky aceite ceder territórios exigidos por Putin, postura considerada inaceitável pelos aliados europeus.

Até o momento, o presidente norte-americano não comentou oficialmente a presença dos líderes europeus na Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que “tanto Ucrânia quanto Rússia terão de fazer concessões para conseguir um acordo de paz”, e que as garantias de segurança para a Ucrânia estarão na pauta.

A decisão de acompanhar Zelensky se deve, em parte, ao histórico de tensões na última visita do presidente ucraniano à Casa Branca, em fevereiro, quando houve um desentendimento público com Trump. Na ocasião, o republicano acusou Zelensky de “jogar com a Terceira Guerra Mundial”. O encontro foi encerrado de forma abrupta.

Movimentações diplomáticas e articulações paralelas

Antes da viagem para Washington, Zelensky e os líderes europeus se reuniram neste domingo, 17. Os chefes de Estado debateram a chamada “coalizão dos dispostos”. Trata-se de uma articulação para ampliar o apoio à Ucrânia, inclusive com o envio de tropas pacificadoras depois de um eventual cessar-fogo.

No mesmo dia, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou por telefone com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, a fim de relatar os desdobramentos do encontro com Trump.

Além disso, o republicano telefonou para líderes da Otan e para Zelensky depois da reunião com Putin e busca promover um encontro trilateral entre os dois países. A proposta é apoiada pelo líder ucraniano, que afirmou que “possibilitaria discutir diretamente questões-chave” do conflito.

O controle de aproximadamente 20% do território ucraniano por forças russas permanece o principal impasse nas negociações, segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW). Nenhum dos lados expressou disposição para renunciar às regiões.

Direita vai ao 2° turno na Bolívia e encerra domínio da esquerda

Candidatos põem fim a ciclo de quase duas décadas de socialismo

Fabio Boueri

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales | Foto: Divulgação/Flickr

A Bolívia vai ter um segundo turno inédito nas suas eleições presidenciais. Pela primeira vez desde 2006, nenhum candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) conseguiu chegar à fase final da disputa.

Divulgados na noite deste domingo, 17, os resultados preliminares de boca de urna da Ipsos-Ciesmori e da Captura Consulting apontam dois nomes da direita na corrida pelo Palácio Quemado, em outubro: Rodrigo Paz, senador de centro-direita pelo Estado Tarija, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga.

Enquanto a direita vive sua ascensão, o campo da esquerda é o retrato do fracasso em meio a uma combinação de fatores políticos e econômicos desastrosos. O país enfrenta inflação acima de 20%, tem queda nas reservas internacionais e desabastecimento de combustíveis.

O milionário Samuel Doria Medina, favorito em todas as pesquisas até uma semana atrás, terminou em terceiro, com mais de 19%. Na sequência da votação, ficaram o candidato de esquerda Andrónico Rodríguez (8,2%), ex-discípulo de Morales; Manfred Reyes Villa, da aliança de centro-direita APB-Sumate (7,1%); e o candidato governista Eduardo del Castillo (3,2%), ex-ministro do atual presidente Luis Arce. Os demais candidatos não chegaram a 2%.

Bolívia: tentativa de esvaziamento

Governista, o MAS chegou às urnas fragmentado. A Justiça impediu o ex-presidente Evo Morales de participar e ainda expediu mandado de prisão contra ele. Já o atual presidente Luis Arce desistiu de concorrer.

Por isso, sem lideranças unificadas, a legenda perdeu força no campo e entre setores tradicionalmente aliados, como mineiros e cocaleros.

À margem da corrida, Morales estimulou seus seguidores a anularem os votos, o que reduziu ainda mais a participação da esquerda no pleito. A estratégia, segundo analistas, acelerou o processo de esvaziamento da sigla, que vê ruir a hegemonia construída nos últimos 20 anos.

Medida e Quiroga; saiba quem são

Paz, de 55 anos, é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993. De trajetória política marcada pelo diálogo e pelo perfil conciliador, Paz se consolidou como uma figura de centro no cenário boliviano. Antes de chegar ao Senado, foi prefeito de Tarija, no sul do país, onde ganhou destaque por defender pautas de gestão moderna e responsabilidade fiscal.

Jorge “Tuto” Quiroga governou a Bolívia entre 2001 e 2002, depois da morte do então presidente Hugo Banzer, de quem era vice. Engenheiro e ex-executivo de multinacional, apresenta-se como um político experiente, com forte ligação com partidos tradicionais e apoio em regiões conservadoras do país. Ao longo da campanha, buscou se consolidar como alternativa de estabilidade política e de integração internacional, defendendo reformas institucionais e maior aproximação com os Estados Unidos.

O impacto na geopolítica

Segundo analistas, uma vitória da direita na Bolívia pode representar uma guinada geopolítica relevante na América do Sul, marcada pelo enfraquecimento da esquerda e pelo consequente isolamento de aliados, como Nicolás Maduro, na Venezuela, Gustavo Petro, na Colômbia, e Lula da Silva.

O país, que possui grandes reservas de lítio e é estratégico na disputa global por energia limpa, passaria a buscar maior aproximação com os Estados Unidos e parceiros liberais da região, como o Paraguai e o Uruguai. Além disso, uma gestão mais alinhada ao livre mercado poderia reduzir a influência da China na exploração mineral boliviana, alterando o equilíbrio de forças sobre um dos recursos mais cobiçados do planeta.

Aliados no Congresso protegem Moraes

Segundo jornal, ministro do STF se beneficia de relações que vão de membros da direita a influentes líderes no Legislativo

Redação Oeste

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o ministro do STF Alexandre de Moraes: interesse mútuo | Foto: Reprodução/Twitter/X

Alvo de críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mantém uma rede de aliados na política brasileira que inclui até apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Parte desses contatos vem principalmente dos tempos em que Moraes era secretário em administrações paulistas e filiado ao PSDB. A parcela mais relevante, porém, foi construída depois da sua chegada ao Supremo. Ela inclui vínculos com o presidente Lula da Silva (PT) e a cúpula do Congresso, diz reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Moraes: influência e proteção

Esses vínculos garantem ao ministro influência sobre decisões políticas. Da mesma forma, lhe dá apoio para emplacar aliados em espaços estratégicos, bem como proteção contra adversários. A resistência do Congresso aos sucessivos pedidos de impeachment contra ele ilustra o cenário.

Duas de suas relações mais próximas, diz o jornal, surgiram em meio a esses ataques. Moraes janta quase semanalmente em Brasília com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e com seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A decisão de pautar o impeachment de um ministro do STF cabe ao presidente do Senado. A oposição voltou a pressionar pelo afastamento de Moraes depois de ele determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, mediante apoio público de 41 senadores. Alcolumbre, porém, descartou qualquer iniciativa e afirmou que não dará aval, mesmo se os demais 40 senadores assinarem o pedido.

A afinidade com Pacheco se consolidou durante a presidência do Tribunal Superior Eleitoral por Moraes e a presidência do Senado por Pacheco. Nesse período, o então presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro questionava a confiabilidade nas urnas eletrônicas. Os dois se alinharam contra Bolsonaro sob o argumento de defender o sistema eleitoral.

O senador acompanhou pessoalmente a apuração na Justiça Eleitoral, gesto que rendeu homenagens de Moraes. O ministro também organizou um jantar em sua casa para celebrar os quatro anos de gestão de Pacheco no Senado e promoveu honrarias ao mineiro no meio jurídico.

Flávio Dino barra adversário no Maranhão e movimenta aliados de Sarney

Decisão do STF gera reação entre antigos companheiros e nomes ligados ao comando partidário local

Luis Batistela
O gabinete de Dino afirma que não há impedimento legal e que os critérios aplicados seguem fundamentos técnicos | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A presença de Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) não o afastou das articulações políticas no Maranhão. Mesmo no posto de ministro da mais alta Corte do país, Dino ainda exerce influência em seu reduto eleitoral.

Decisões recentes do magistrado reacenderam a briga pelo controle do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e provocaram reações de adversários e antigos aliados. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou as informações nesta segunda-feira, 18.

No epicentro do embate está a nomeação de um conselheiro do TCE. Carlos Brandão (PSB), atual governador e ex-vice de Dino, tentou emplacar seu advogado pessoal, Flávio Costa, para a vaga.

Porém, o grupo de Dino — que foi governador do Maranhão de 2015 a 2022 pelo PCdoB e pelo PSB — preferia o deputado Carlos Lula (PSB). O impasse revelou não apenas o racha político entre os ex-companheiros de chapa, mas também uma rede de conexões que inclui familiares, aliados e até rivais históricos, como os Sarneys.

TCE vira campo de batalha entre grupos políticos

O partido Solidariedade apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a nomeação de Costa. À época, Flávia Alves, irmã do deputado Othelino Neto (ex-PCdoB, atualmente no Solidariedade) — aliado de Dino — controlava a sigla no Maranhão.

A relatoria caiu por sorteio nas mãos do próprio Flávio Dino, recém-empossado no STF. O ministro concedeu liminar que suspendeu a escolha de Costa, sob argumento de irregularidade no processo de votação secreta.

No mês seguinte, Dino acolheu nova ação, desta vez movida pela Procuradoria-Geral da República. Ambas as iniciativas continuam sob sua análise.

Apesar das alegações de parcialidade levantadas por adversários, o gabinete do ministro afirma que não há impedimento legal e que os critérios aplicados seguem fundamentos técnicos.

Como resultado, a decisão desencadeou um efeito dominó. A Assembleia Legislativa alterou seu regimento e comunicou ao STF que o bloqueio da indicação prolonga uma situação anômala no funcionamento do TCE. O Solidariedade, que havia iniciado o processo, mudou de posição depois de passar ao controle do deputado federal Marreca Filho — ligado ao grupo de Brandão — e retirou o apoio à ação.

PF entra no caso por decisão de Dino

Em julho, Dino determinou à Polícia Federal que investigasse um possível esquema de compra de cadeiras no TCE. A denúncia apresentada aponta para o uso de holdings pela família Brandão, que controlaria a empresa Coagri, produtora de grãos no interior do Estado. O documento sugere a ocultação de patrimônio e possível lavagem de dinheiro com recursos públicos. O governador nega as acusações.

Segundo levantamento revelado pelo Estadão, o governo maranhense destinou R$ 280 milhões à construção de uma estrada em área próxima aos lotes da Coagri, depois da expansão das terras da família Brandão no município de Mirador.

A interferência de Dino também atingiu o Legislativo estadual. A eleição da presidência da Assembleia, que terminou empatada entre Iracema Vale (PSB) e Othelino Neto, foi decidida por critério de idade.

A vitória da deputada, apoiada por Brandão, está sendo contestada no STF. A relatoria é da ministra Cármen Lúcia, e Dino acompanhou o voto dela, contrariamente ao interesse de seu aliado. No entanto, as conexões políticas do ministro continuam em pauta. Márcio Jerry, deputado federal e presidente estadual do PCdoB, ingressou como parte interessada no processo.

Ele foi secretário de Dino no governo estadual, e sua mulher chefiou o gabinete do então governador. A própria mulher de Dino, Daniela Lima, atualmente trabalha no gabinete de Jerry.

Do outro lado da disputa, Sarney Filho (PV), filho do ex-presidente José Sarney, saiu em defesa de Brandão. Em manifestação ao STF, declarou que o processo de escolha no TCE foi transparente e necessário para restaurar a plena funcionalidade do tribunal.

Imparcialidade no centro do debate

O gabinete de Dino rebateu as críticas. Em nota, afirmou que nenhum dos envolvidos solicitou seu afastamento dos processos e que ministros do STF julgam causas de seus Estados de origem rotineiramente.

Também argumentou que a mulher do ministro atua profissionalmente desde antes de sua nomeação à Corte.

A senadora Ana Paula Lobato, mulher de Othelino e presidente do PSB no Maranhão, declarou que a mudança no comando do partido visa a resgatar pautas sociais e reforçar o papel da legenda no Estado.

Carlos Lula, por sua vez, afirma que a mudança no comando do Solidariedade não altera a legitimidade da ADI. Para ele, o governador Brandão tem recebido conselhos jurídicos “desastrosos”.

Justiça rejeita pedido de indenização de Gleisi e Lindbergh contra Gayer

Magistrada entendeu que declaração do deputado do PL está coberta pela liberdade de expressão; casal petista foi condenado a pagar custas do processo e honorários

Loriane Comeli

Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann | Foto: Reprodução/PT

Uma decisão da 17ª Vara Cível de Brasília rejeitou um pedido de indenização de Gleisi Hoffmann (PT-PR), ministra das Relações Institucionais, e de Lindbergh Farias (PT-RJ) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).

Eles queriam R$ 60 mil por uma suposta ofensa proferida por Gayer nas redes sociais. O parlamentar do PL ironizou o relacionamento deles e do senador Davi Alcolumbre (União-AP), sugerindo a existência de um “trisal”.

Os petistas Gleisi e Lindbergh alegaram, na ação, que o conteúdo tinha intenção de expô-los e causava danos morais. Gayer, em sua defesa, afirmou que estava amparado pela imunidade parlamentar e pelo direito à liberdade de expressão, acrescentando não ter havido comprovação de dano moral.

A decisão judicial

De acordo com a juíza Thais Araújo Correia, o comentário de Gayer, apesar de ser considerado grosseiro, permaneceu no âmbito do debate político. A magistrada avaliou que não houve prejuízo à imagem dos autores e que, enquanto figuras públicas, ambos devem tolerar críticas. “Não vislumbro excesso nas manifestações atribuídas ao réu”, afirmou a juíza.

Juíza lembrou que fala de Gustavo Gayer foi feita em reação à declaração de Lula, de que escolheu ‘mulher bonita’ para ter boa relação com o Congresso | Foto: Reprodução/Redes sociais

Ela lembrou que Gayer reagiu a uma fala de Luiz Inácio Lula da Silva, que disse ter indicado uma “mulher bonita” para ter boa relação com o Congresso. “Embora grosseiras, suas publicações representam reação à fala do Presidente da República quanto à designação de uma “mulher bonita” para a Secretaria de Relações Institucionais, reprovada por inúmeros veículos de comunicação”, escreveu a juíza. “Em outras palavras, as manifestações do réu se deram no exercício do seu mandato e em reação à fala do Presidente da República, envolvendo os autores, nos limites, portanto, de sua imunidade material.”

A magistrada também destacou que, como figuras públicas, Gleisi e Lindbergh estão sujeitos a críticas públicas. “É de se convir que os autores, como pessoas públicas, não estão infensos a críticas próprias da política, razão pela qual os comentários em apreciação não assumem, nesse contexto, força suficiente para causar prejuízo ao seu patrimônio moral, no sentido de aviltar-lhes a reputação ou o seu nome no meio político.”

Gleisi e Lindbergh são condenados a pagar custas

O entendimento judicial determinou ainda que Gleisi e Lindbergh paguem as custas do processo e honorários de 10% sobre o valor atualizado da causa aos advogados de Gayer . Os petistas ainda podem recorrer da decisão da Justiça Cível.

Além da ação de indenização, Gleisi apresentou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Gustavo Gayer. Ela o acusa de injúria e difamação em razão do comentário sobre o “trisal”. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

Filho de Faustão atualiza quadro de saúde do apresentador após transplantes: "Melhor do que o esperado"

Foto: Band

O apresentador João Silva, filho de Faustão, falou sobre o estado de saúde do pai, internado desde maio deste ano no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo..

Em entrevista ao portal LeoDias durante o aniversário da atriz Bruna Marquezine, o contratado do SBT revelou que Fausto Silva vem reagindo bem aos tratamentos após ser submetido a um retransplante renal e um transplante de fígado.

“Esse já tá funcionando, já tá ok. Está indo bem, graças a Deus. Muito melhor do que era o esperado”, disse.

O jovem também lamentou as notícias falsas envolvendo a saúde do pai e os rumores de morte.

“Eu acho uma tristeza. Acho que quando a pessoa tá ali em um canal replicando uma notícia, eu entendo, claro, é o que foi chegado. Mas eu fico muito triste, principalmente médico fazer isso, que tem uma responsabilidade muito grande de tá fazendo um comentário desse.”

VÍDEO: Neymar solta o verbo após derrota por 6 a 0: "Foi tudo uma m..."

Foto: Reprodução/Instagram/@neymarjr

A derrota do Santos para o Vasco por 6 a 0, neste domingo (17), no Morumbis, pela 20ª rodada da Série A marcou a maior derrota já sofrida pelo atacante Neymar em sua carreira.

À beira do campo, Neymar classificou o episódio como “a maior vergonha da vida” e não poupou críticas à atuação da equipe. Com contrato válido até o fim do ano, o atacante pediu reflexão interna e cobrou postura dos companheiros.

"Estou totalmente decepcionado. A torcida tem todo o direito de xingar, de protestar, porque o que aconteceu hoje foi inadmissível. Sinto vergonha, nunca tinha passado por nada parecido. O choro é de raiva. Hoje foi simplesmente uma merda. Todo mundo precisa chegar em casa e pensar se realmente quer estar aqui. Com a atitude que tivemos hoje, não adianta nem reaparecer na quarta-feira. Foi vergonhoso vestir a camisa do Santos desse jeito", disse Neymar.

A goleada teve consequências imediatas. Ainda nos vestiários, o técnico Cléber Xavier foi demitido pela diretoria e não seguirá no comando da equipe. Com a derrota, o Santos estacionou nos 21 pontos e ocupa a 15ª posição na tabela do Brasileirão.

Mulher sai na rua nua e acaba presa após confessar ter matado o pai

Crime foi descoberto após mulher ser abordada por guardas municipais

A mulher foi presa em flagrante - Foto: Redes sociais/Reprodução

Uma mulher foi presa em flagrante neste sábado, 16, após confessar ter matado o próprio pai em Itanhaém, no litoral de São Paulo. O crime foi descoberto depois que ela caminhava nua pela orla da praia e acabou abordada por guardas municipais.

De acordo com o g1, a mulher estava exibindo as partes íntimas para motoristas que passavam pelo Centro, próximo à praia, momentos antes de ser detida pelos agentes. Após a confissão, os guardas se dirigiram ao apartamento do pai da suspeita, localizado na Avenida Condessa de Vimieiros.

No local, encontraram o corpo e confirmaram a morte. A mulher foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Itanhaém, onde permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil enviou uma equipe ao local do crime para realizar a perícia.

Lula cutuca Trump e faz convite inusitado ao presidente dos EUA

Presidente ainda defendeu 'diálogo' entre os países e diz "plantar comida e não ódio e violência"

Por Gabriela Araújo
Presidente Donald Trump e Lula - Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

O presidente Lula (PT) acenou para a possibilidade de dialogar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio à guerra comercial entre os países, que desencadeou em uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.

“Presidente Trump, eu espero que a gente possa um dia conversar para que você possa conhecer o Brasil verdadeiro. O Brasil do povo que gosta de samba, de futebol, de carnaval, dos Estados Unidos. Nós gostamos de todo mundo”, disse o petista em vídeo publicado nas redes sociais.

Tudo sobre Política em primeira mão!

Na publicação, o Executivo aparece plantando uma uva do tipo “Vitória”, produzida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Palácio da Alvorada, no último sábado, 16.

“Não adianta o presidente Trump taxar as nossas uvas porque se for necessária, ela vai para merenda escolar, sobretudo, porquê é uma uva sem semente”, afirmou Lula.

O tarifaço de Trump, como a sanção econômica ficou conhecida, entrou em vigor no último dia 6 deste mês. Trump usou como pano de fundo para aplicação da medida o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por ser um dos supostos articuladores do golpe de Estado, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula também expressou a vontade de recepcionar o chefe da Casa Branca na Alvorada, em Brasília, onde fica a sua residência oficial.

“Eu queria aproveitar esse sábado que eu estou plantando o pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar para que a gente possa um dia conversar”, declarou o petista.

Antes de encerrar a gravação, o petista mandou um recado para o presidente americano.

“Estou plantando comida, e não violência ou ódio. Espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para o senhor aprender a qualidade do povo brasileiro”, concluiu o petista.

Assista ao vídeo
Recentemente, Lula anunciou que convidou Donald Trump, por meio de uma carta, para a COP30, que será realizada em novembro em Belém, no Pará.
Trump volta a atacar Brasil

O Brasil voltou a ser alvo de duras críticas dos Estados Unidos (EUA). Nesta quinta-feira, 14, o presidente Donald Trump criticou a parceria comercial com o país de Lula (PT) e voltou a atacar o sistema Judiciário brasileiro.

“E o Brasil tem algumas leis ruins em vigor onde eles pegaram um presidente e colocaram na prisão ou estão tentando prendê-lo e acontece que eu conheço o homem e vou te dizer: ‘Eu sou muito bom em pessoas, eu acho que isso é uma execução política o que eles estão tentando fazer com Bolsonaro”, afirmou o presidente dos EUA.

Trump planeja mais sanções ao STF após reunião

O presidente americano sentou à mesa hoje com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo, em Washington. Após o encontro, os EUA voltaram a falar em sanções.

A Casa Branca estuda sancionar com a Lei Magnitsky, a mesma usada contra Moraes, os ministros que condenarem o ex-presidente por golpe de Estado. Integram o colegiado Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Jerônimo cancela concessão de aeroportos da Bahia após falhas graves

Saiba quais serão os próximos passos do governo baiano depois do rompimento contratual

Por Gabriela Araújo
Aeroportos afetados são Teixeira de Freitas e Caravelas, ambos no extremo-sul baiano - Foto: Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) cancelou contrato com a concessionária São Francisco Administração Aeroportuária, responsável por administrar os aeroportos de Teixeira de Freitas e Caravelas, ambas no extremo-sul baiano, por inadimplência contratual.

Nesse sentido, o chefe do Executivo estadual decretou a caducidade do contrato com a empresa, isto é, perda de validade da concessão aeroportuária.

O decreto autorizado pelo petista foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), publicado no último sábado, 16, sob a justificativa de incapacidade de gestão e o descumprimento legal das obrigações previstas em contrato, culminando no risco à segurança dos passageiros do terminal.

“Considerando que os inadimplementos acima delineados evidenciam distintas formas de inexecução contratual em que incorreu a Concessionária e que, por sua gravidade, em razão do modo como expuseram a integridade física e a vida dos usuários do serviço concedido, tanto quanto o próprio patrimônio público”, diz um trecho do DOE.

A gestão chegou a notificar a empresa para apresentar justificativas legais sobre os problemas detectados pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA), o que não foi feito, segundo descreve o documento.

Principais pontos para entender o fim da concessãoInadimplência e inexecução contratual: a empresa não cumpriu as obrigações do contrato. Os problemas foram considerados graves o suficiente para justificar o cancelamento.

Risco à segurança: falha na prestação do serviço colocou em risco a vida e a integridade física dos usuários. Também causou danos ao patrimônio público.

Incapacidade de gestão: os problemas mostram que a empresa tem uma "visível incapacidade para a gestão", isto é, não tem mais condições de administrar o serviço de forma adequada.

Rompimento: a decisão de cancelar o contrato foi baseada em uma portaria anterior da AGERBA, publicada em setembro de 2022, que já havia investigado e denunciado os descumprimentos.

Próximo passo

Com a saída da empresa, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) ficará responsável por contratar um novo empreendimento para administrar o terminal dos dois municípios.

Para dar celeridade ao caso e evitar a interrupção do serviço nos locais, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou a contratação direta emergencial de empresa especializada para operar os aeroportos.

Programa de estímulo a voos regionais

A Bahia vem retomando aos poucos o protagonismo na malha aérea após a escassez de voos sofrida causada pela crise sanitária da Covid-19. Em meio a ampliação da rota internacional, o estado se dedicará a abranger os voos regionais.

A novidade foi anunciada no dia 8 de julho pelo secretário estadual de Turismo (Setur), Maurício Bacelar. Aos jornalistas, o gestor afirmou que o governador encomendou um estudo em três secretarias para criar um programa para incentivar e melhorar a conectividade aérea.

Dias contados: código de barras vai acabar em dois anos

Sistema que permite leitura digital de preços será substituído por 'QR code', que armazena mais informações

QR code reúne 100 vezes mais dados que cósdigo de barras - Foto: Divulgação

Aquelas listrinhas acompanhadas de números minúsculos, que registram os preços dos produtos, estão com os dias contados. Sim, o código barras vai deixar de existir. Mas, calma, você vai continuar ouvindo aquele apito irritante na hora de pagar seu mercado. Só que a leitura será feita através de 'QR codes', ou códigos de resposta rápida, traduzido do inglês.

A decisão de substituir totalmente os códigos de barras é da GS1, entidade internacional que regula o sistema. A ideia é que até 2027 o modelo linear dê lugar a códigos 2D, como o QR Code.

Inaugurao em 26 de junho de 1974, quando um pacote de chicletes foi o primeiro produto escaneado em um caixa de supermercado nos Estados Unidos, o código de barras mudou o comércio global ao permitir filas menores, estoques mais organizados e logística mais eficiente.

Criado em 1952, o sistema responde por mais de 6 bilhões de escaneamentos por dia em todo o mundo. Acontece que o QR Code pode armazenar até 100 vezes mais dados que o código de barras tradicional e, por isso, amplia significativamente as informações disponíveis ao consumidor.

Pela leitura do código 2D é possível acessas a tabela nutricional do produto, à origem de seus ingredientes, as certificações ambientais e de segurança, dados de validade e lote, além de direcionar para links com promoções e conteúdos digitais.

O QR code foi criado em 1994, no Japão, pelo engenheiro Masahiro Hara, da empresa Denso Wave, uma subsidiária da Toyota. A ideia era armazenar mais informações do que o código de barras comum e permitir uma leitura mais rápida em diferentes ângulos.

Pandemia

Inicialmente, o QR Code era usado para rastrear peças em linhas de montagem e logo ganhou aplicações em diversos setores por sua capacidade de armazenar grande volume de dados e ser facilmente escaneado por câmeras digitais.

Nos últimos anos, ele ganhou enorme popularidade e se consolidou como uma das ferramentas digitais mais usadas no dia a dia. A tecnologia, que antes era restrita a setores industriais, passou a ser adotada em larga escala no comércio, nos serviços e até por órgãos públicos.

A pandemia de covid-19 acelerou esse processo: menus digitais em restaurantes, pagamentos por aproximação, check-ins de segurança e certificados de vacinação fizeram do QR Code um recurso presente em praticamente todos os setores.

Com a disseminação dos smartphones, que permitem a leitura imediata pela câmera, o código se transformou em um elo direto entre produtos, serviços e consumidores, ampliando sua relevância no mercado global.
Transição

Para Pedro Di Martino, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, a padronização do QR Code é um dos pilares da estratégia da GS1 para a rastreabilidade da cadeia e a disponibilização de informações detalhadas sobre os produtos.

"A GS1, que já é responsável pela identificação de itens através do número global de identificação do item (JETIM) e do código de barras linear (código 1D), está trabalhando na evolução para o código 2D, o QR Code Digital Link."

Haverá uma fase de transição em que ambos os códigos coexistirão. Isso se deve à necessidade de a indústria se adaptar, considerando o investimento em rótulos e processos. Os leitores de código de barras nos pontos de venda já são 'flexíveis' e conseguem ler tanto códigos de barras quanto QR Codes, facilitando essa transição.

"É importante ressaltar que a GS1 não determina o preço dos produtos. Essa é uma decisão do varejista ou do dono da marca. O QR Code facilitará o acesso a informações sobre o produto, mas não ao seu preço, que continuará a ser exibido nas gôndolas por exigência legal. Além disso, a iniciativa se alinha a movimentos globais como o Passaporte Digital do Produto (DPP) na Europa, que visa rastrear todo o ciclo de vida de um item, incluindo informações de sustentabilidade e logística reversa".

Proposta de CNH sem autoescola gera controvérsia

Especialistas no trânsito concordam que preços dos cursos são excessivamente altos, mas temem que formação seja comprometida

Por Ana Cristina Pereira
Auto Escola - Foto: .José Simões / Ag. A TARDE

Desde que o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo pode acabar com a exigência de aulas em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH),um grande debate se instalou no país. De um lado, os defensores da medida, começando pelo próprio governo, que quer reduzir custos e democratizar o acesso.Do outro, autoescolas e órgãos que gerem o setor, com preocupações com a formação dos alunos, segurança no trânsito e emprego de milhares de pessoas.

O projeto, divulgado no dia 29 passado, está em análise na Casa Civil, e ainda precisa passar por alguns processos até chegar à sanção presidencial. Um deles é uma consulta pública, que será aberta nos próximos dias. Portanto, quem vai tirar a primeira CNH e se animou com a possibilidade de economizar um dinheirinho, é bom ter em mente que ainda não há uma data definida para a medida entrar em vigor – caso siga adiante.

Peça fundamental do processo, o Detran, que realiza os exames e emite as carteiras, trata o assunto com cautela. Na última quinta-feira, representantes da Associação Nacional de Detrans (AND) foram à Brasília participar de uma reunião na sede da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O objetivo, conforme nota divulgada depois do encontro,foi conhecer, na íntegra, as propostas divulgadas através da imprensa.

“Durante o encontro, os Detrans apresentaram questionamentos técnicos e operacionais, além de solicitar esclarecimentos sobre os impactos das alterações previstas”, afirma o texto. Segundo a associação, o Senatran também se comprometeu a enviar o texto da proposta no prazo de 15dias, antes da realização da consulta pública. “Após o recebimento do inteiro teor, os Detrans irão avaliar tecnicamente o conteúdo, a fim de se posicionarem”.

Frente parlamentar

Representantes de autoescolas e centro de formação de condutores também marcaram presença em Brasília na semana passada. Na quarta, eles foram em carreata até a Câmara dos Deputados para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Educação para o Trânsito e da Formação de Condutores. Presidida pelo deputado federal baiano Zé Neto(PT), a comissão contou com assinaturas de 240 de deputados.

Um dos articuladores da iniciativa é o presidente do Sindicato de Autoescolas da Bahia (Sindauto), Wellington Oliveira. Ele explica que o objetivo é ampliar o diálogo com as instituições, buscando propostas para modernizar o processo de habilitação e ampliar o acesso à população, mas sem comprometer a qualidade da formação. O próximo passo será a criação de comissão geral, marcada para 3 de setembro, para aprofundar os debates.

Para o Sindauto, o fim da obrigatoriedade das 45 aulas teóricas e 20 práticas nas autoescolas, e a liberação para os alunos escolherem instrutores autônomos, vão implicar na formação e, consequentemente, nos altos números de sinistros de trânsito no Brasil. “Há uma comparação com os Estados Unidos e países da Europa, onde não há uma exigência mínima de número de aulas, mas são locais onde há uma educação continuada para o trânsito”, aponta. Wellington, que também é vice-presidente da Federação Nacional de Autoescolas e dono da Aliança, diz que o setor está apreensivo com o possível fechamento de muitas autoescolas e o desemprego de milhares de pessoas.

Atualmente, segundo ele, cerca de 300 mil profissionais trabalham nestas empresas. “Essa proposta significa a uberização do setor”, lamenta, acrescentando queno custo para adquirir uma CNH, a partir de R$3mil, está embutido uma série de exigências feita pelo setor. Entre elas, cita, está a própria definição da carga horária, exigência de sede com recepção, sala de aula e secretária, e no mínimo dois carros, duas motos e dois instrutores habilitados. Além disso, os veículos precisam ser plotados e adaptados com pedais de segurança. Wellington defende medidas que possam desonerar os custos do setor e iniciativas como a CNH Social, política pública do governo federal voltada para pessoas de baixa renda e estudantes.

Mais oportunidades

O professor Marcelo Araújo Freitas, de 40 anos, foi contemplado com a CNH da Gente, como o programa foi batizado na Bahia. Já fez exames médicos e amanhã começa as aulas na autoescola Aliança, no Politeama. “Estou desempregado, então este programa veio em ótima hora”, diz Marcelo, que não pagará nada pela formação. Ele considera o valor cobrado no mercado alto e impossível para pessoas que ganham um salário mínimo. “Eu já indiquei a vários outros amigos”, conta.

Marcelo ficou com uma das 12 mil vagas dos primeiros editais do projeto na Bahia, a cargo do Detran e de outras secretarias estaduais. Nesta primeira edição, além do CNH da Gente, para pessoas cadastradas no CadÚnico e outros programas sociais, as oportunidades contemplaram estudantes do Ensino Médio, através do CNH nas Escolas.

Para o tenente-coronel Luide Souza, que é especialista em trânsito e professor da Escola Pública de Trânsito do Detran- BA, essas iniciativas podem ajudar a resolver uma grave questão no país: o número de pessoas que dirigem sem carteira de motorista.

De acordo com o Ministério dos Transportes, 45%dos proprietários de motocicletas e outros veículos de duas rodas pilotam sem CNH. Já na categoria B, 39%dos condutores de veículos de passeio dirigem sem habilitação. E o custo alto é apontado como principal motivo da irregularidade.

“Tirar carteira hoje em dia não é mais um status, como no passado. Hoje ela é um instrumento importante de inserção no mercado de trabalho. Então, acho que estas políticas devem ser mantidas e criadas outras, como uma bolsa autoescola, para pessoas que precisam e não podem pagar”, afirma o tenente Luide.

Na contramão?

O militar e professor explica que essa preocupação com o valor já era uma realidade dentro das autoescolas, masque no governo passado não houve nenhuma providência oficial.

“A lei muda frequentemente, mas acho que essa proposta vai na contramão da segurança no trânsito, e a segurança não tem preço”, pontua. Seu temor é que, se a desobrigação das aulas fora diante, a maioria das pessoas não vai procurar as autoescolas, podendo cair nas mãos de “instrutores não qualificados e de veículos não apropriados”.

Responsável pelos cursos de formação no Detran, o coronel faz questão de destacar que não está ligado a nenhuma empresa do setor. Mas avalia que elas poderiam, por exemplo, ter isenção fiscal do governo para comprar veículos, o que já impactaria nos custos.

Quanto à segurança, ele lembra que, quando o Código Nacional de Trânsito instituiu, em 1997, normas mais rígidas para o setor, cerca de 50mil pessoas morriam por ano. E atualmente, mesmo com a expansão da frota, estima-se algo em torno de 30 mil mortes, número que, apesar de menor, ainda assusta muito.

Guerra à vista? EUA enviam militares para a América Latina; entenda

Medida, autorizada pelo Pentágono, reforça a ofensiva militar americana contra organizações de tráfico, enquanto eleva tensões diplomáticas na região

Trump ordenou o envio de militares das forças aéreas e navais para o Mar do Caribe Meridional - Foto: Mandel Ngan / AFP

O governo de Donald Trump ordenou o envio de militares das forças aéreas e navais para o Mar do Caribe Meridional, segundo informou a Agência Reuters nesta quinta-feira, 14.

Ainda de acordo com a publicação, a ação foi realizada para "lidar com ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de organizações narcoterroristas especialmente designadas na região".

Já foi noticiado anteriormente que Trump queria usar as Forças Armadas para combater quadrilhas de traficantes latino-americanas que foram designadas como organizações terroristas globais.

A repressão aos cartéis é um objetivo central do novo governo americano, também fazendo parte de um esforço mais amplo para limitar a imigração e proteger a fronteira dos EUA com o México.

Intensificação

Nos últimos meses, o governo Trump enviou pelo menos dois navios de guerra para ajudar nos esforços de segurança de fronteira e no combate ao tráfico de drogas.

Os EUA classificaram o Cartel de Sinaloa, do México, e outras gangues, bem como o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, como organizações terroristas globais em fevereiro.

As Forças Armadas dos EUA já vêm intensificando a vigilância aérea dos cartéis de drogas mexicanos para coletar informações e determinar a melhor forma de combater suas atividades.

Trump já havia oferecido enviar tropas americanas ao México para ajudar a combater o narcotráfico, oferta que o país latino afirma ter recusado.

Tarifaço

A ofensiva militar norte-americana na América Latina acontece em meio ao tarifaço imposto a produtos brasileiros importados aos EUA. Anunciada no dia 9 de julho, tendo como justificativa uma suposta perseguição do Judiciário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a taxa foi oficializada no dia 30 do mesmo mês, mas adiada para começar no dia 6 de julho (a expectativa é que tivesse início no primeiro dia de agosto).

Além de perdas desses produtos, que já estavam prontos para serem exportados ao país norte-americano, o estado baiano deve seguir um efeito cascata que deve começar pela perda de produção e consequentemente a uma perda financeira que pode afetar desde os grandes produtores aos pequenos.

Preso é flagrado com maconha no intestino em presídio na Bahia

Homem foi flagrado pelo BodyScan na última sexta-feira durante abordagem
Material foi encaminhado para a Delegacia Territorial de Brumado - Foto: Divulgação

Mais uma tentativa de entrada de drogas em um presídio da Bahia foi frustrada. Uma ação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) barrou, na última sexta-feira, 15, no Conjunto Penal de Brumado, um preso com 18 invólucros contendo porções de maconha.

A droga foi localizada por meio da tecnologia do BodyScan. Durante o procedimento de triagem, o scanner corporal apontou alterações na região intestinal do homem, o que levou à realização de uma entrevista com a equipe de segurança.

Durante a conversa o custodiado confessou ter engolido os invólucros e revelou que adquiriu a droga com uma mulher não identificada ainda na carceragem de Guanambi. Segundo ele, a decisão foi motivada pela informação de que, no Conjunto Penal de Brumado, o acesso a entorpecentes seria inviável devido à rigorosa fiscalização. O preso, que é dependente químico, disse ser essa a única alternativa de manter o vício.

Após a confissão, o homem foi encaminhado ao Posto de Saúde Prisional (PSP), onde recebeu medicação para facilitar a expulsão dos invólucros. Todo o material foi recolhido sob vigilância e, posteriormente, o interno e a droga apreendida foram encaminhados à Delegacia Territorial de Brumado para a adoção das medidas legais cabíveis.

Brasil envia resposta à investigação dos EUA sobre Pix nesta segunda

Governo Trump incluiu Pix como uma possível prática desleal no comércio

Por Anderson Ramos
Governo Lula sai em defesa do Pix, após investigação da gestão Trump - Foto: Evaristo Sa e Brendan Smialowski / AFP

O governo Lula vai enviar nesta segunda-feira, 18, uma resposta sobre a investigação aberta pela gestão de Donald Trump sobre práticas comerciais no território brasileiro vistas como “desleais” e que tem no Pix um de seus alvos.

A apuração foi aberta pelo USTR (Escritório do Representante do Comércio dos EUA) com base na Seção 301 da Lei Comercial dos Estados Unidos e visa avaliar práticas do Brasil em áreas como comércio eletrônico e tecnologia, taxas de importação e desmatamento.

O relatório do USTR inclui o Pix como uma possível prática desleal do país em relação a serviços de pagamentos eletrônicos. "O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo", diz trecho do relatório.

A data de entrega da resposta foi divulgada no início de agosto pelo chanceler Mauro Vieira. Na ocasião, ele chamou de "absolutamente legítimas" as práticas questionadas pelo relatório americano.
Motivação

A investigação aberta pelo USTR está diretamente ligada às restrições impostas pelo Banco Central no lançamento do WhatsApp Pay, sistema de pagamentos do aplicativo de mensagens da Meta.

O WhatsApp Pay foi lançado em junho de 2020, cinco meses antes do lançamento oficial do Pix, planejado pelo Banco Central. No entanto, o BC e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspenderam o serviço logo após seu anúncio, gerando críticas de que a medida visava proteger o Pix e os grandes bancos nacionais da concorrência.

Na época, o BC justificou a suspensão com o argumento de que o sistema da Meta poderia causar “danos irreparáveis ao sistema brasileiro de pagamentos”, afetando a concorrência, a eficiência e a privacidade dos dados. O órgão negou qualquer intenção de proteger o Pix.

Especialistas apontam que tanto o Pix quanto o WhatsApp Pay operam em modelo de “economia de rede”, no qual quem chega primeiro pode obter uma vantagem significativa ao conectar prestadores de serviços e consumidores. Por isso, o Banco Central acelerou o lançamento do Pix, que acabou chegando ao mercado em agosto de 2020.

Já o WhatsApp Pay foi liberado de forma gradual: em novembro de 2020, iniciou-se uma liberação controlada; em março de 2021, o pagamento entre pessoas foi autorizado; e apenas em março de 2023 foi permitido o uso para transações entre usuários e estabelecimentos comerciais.

O que é a Seção 301?

A Seção 301 é uma ferramenta de política comercial dos EUA para investigar supostas práticas comerciais desleais. O governo norte-americano pode iniciar investigações sobre barreiras comerciais, políticas tarifárias e até restrições digitais, como no caso citado por Trump. A Seção 301 foi instituída pela Lei de Comércio e Tarifas de 1974 e já usada em diversas ocasiões contra países como China, Índia e nações da União Europeia.

O dispositivo permite medidas contra países considerados desleais nas trocas comerciais. Na prática, é uma base legal usada para pressionar parceiros. A seção é frequentemente usada como mecanismo de barganha: os EUA aplicam ou ameaçam aplicar sanções para forçar mudanças nas políticas comerciais de outros países.

Prefeito não gosta de pergunta e agride jornalista; veja o vídeo

Em nota, a Prefeitura de Macapá alega que o prefeito reagiu a agressões verbais e físicas por parte do jornalista
O prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB), agrediu o jornalista Heverson Castro - Foto: Reprodução Redes Sociais

O prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB), agrediu o jornalista Heverson Castro neste domingo, 17, após uma pergunta sobre os atrasos na construção do Hospital Municipal de Macapá. A agressão aconteceu durante visita ao canteiro de obras do equipamento.

Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver o prefeito abaixando o microfone de Heverson e aplicando um mata-leão. O gestor e outros apoiadores ainda teriam ido em direção ao cinegrafista.

“Eu fiz uma pergunta normal. A gente está no nosso papel de imprensa. A gente não está bagunçando”, reclamou o jornalista, alertando que estaria sendo agredido por seguranças do prefeito. A pessoa que filma a cena se afasta e, pouco depois, o áudio do microfone é cortado.

Jornalistas detidos

Vale ressaltar que tanto Heverson quanto o cinegrafista foram detidos pela Guarda Municipal. Até o momento, o Portal Amapá, ao qual os comunicadores prestam serviço, ainda não se posicionou sobre o ocorrido.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Macapá alega que o prefeito reagiu a agressões verbais e físicas por parte de Heverson Castro e de dois homens que acompanhavam o blogueiro. O comunicado afirma que duas servidoras também teriam sido agredidas e prestaram queixa à Polícia Civil.

“A equipe municipal estava em sua primeira visita ao Hospital Municipal de Macapá, localizado na zona norte. O blogueiro Heverson Castro, acompanhado de outros dois indivíduos identificados como Marshal e Iran Froes, interrompeu a atividade oficial, agrediu verbalmente o prefeito e ainda tentou agredi-lo fisicamente”, diz o comunicado.
sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Mulher é presa ao tentar entrar com drogas escondidas nas partes íntimas no Conjunto Penal de Juazeiro

Foto: Reprodução / Seap

Uma mulher foi presa ao tentar entrar com drogas, nas partes íntimas, no Conjunto Penal de Juazeiro, no Sertão do São Francisco. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (13) e foi descoberto durante inspeção com o Bodyscan, equipamento de scanner corporal utilizado para reforçar a segurança nos presídios baianos.

Foto: Divulgação / Seap

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a mulher, que não teve o nome informado, tentava entrar na unidade com cerca de 140 gramas de maconha. No entanto, o aparelho identificou um invólucro estranho ao corpo e, ao ser questionada, a mulher confessou que levava a droga, que seria entregue a um interno.

Após a apreensão, a acusada foi levada por policiais penais à sala de segurança para os procedimentos iniciais e, em seguida, encaminhada ao Departamento de Polícia, onde foi autuada em flagrante.

Em greve de fome, Carla Zambelli desmaia antes de audiência na Itália; sessão é adiada para 27 de agosto

Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Presa na Itália desde 29 de julho, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) desmaiou e bateu a cabeça nesta quarta-feira (14) antes do início de uma audiência no Tribunal de Apelação de Roma. A informação foi confirmada por seu advogado, Fábio Pagnozzi, nesta quinta-feira (14).

De acordo com o Globo, a defesa de Zambelli afirmou que a parlamentar vem realizando greve de fome e apresenta um quadro de saúde debilitado, com diagnóstico de fibromialgia — que provoca dores generalizadas — e depressão. Ao chegar ao tribunal, disse sentir-se mal e precisou de atendimento médico.

A sessão, conduzida pelo juiz Algo Morgigni, foi suspensa e remarcada para 27 de agosto, informou a Embaixada do Brasil na Itália. A defesa pretende apresentar laudos médicos para pedir a conversão da prisão preventiva em domiciliar.

Zambelli foi detida a pedido do governo brasileiro, que solicita sua extradição. Condenada no Brasil a dez anos de prisão por financiar uma tentativa de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022, ela declarou, na primeira audiência em 1º de agosto, ser vítima de perseguição política e manifestou interesse em ser julgada novamente na Itália, onde possui dupla cidadania.

Eduardo Bolsonaro defende sanções dos EUA contra presidentes da Câmara e do Senado: "Eles já estão no radar"

Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a defender, nesta quarta-feira (14), que autoridades americanas ampliem sanções contra lideranças políticas brasileiras, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Segundo ele, ambos “já estão no radar” dos Estados Unidos.

Em entrevista à BBC News Brasil, o parlamentar afirmou que Motta poderia evitar punições caso paute o processo de anistia, enquanto, no caso de Alcolumbre, citou a tramitação de um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já conta, segundo ele, com 41 assinaturas no Senado.

"Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição (de sofrer sanções). O que eu sei é o seguinte: eles já estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta", disse Eduardo.

Eduardo também reiterou que defende sanções contra familiares de Moraes, citando a esposa do ministro como seu “braço financeiro” e sugerindo que ela seja alvo da Lei Magnitsky, legislação americana que permite punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos.

O deputado argumenta que medidas desse tipo seriam necessárias para “isolar” Moraes e “restaurar a harmonia entre os Poderes”. Ele disse estar disposto a “ir às últimas consequências” para afastar o ministro.

Ao comentar o impacto econômico da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros, Eduardo afirmou que “a liberdade vale mais que a economia” e que o Brasil “merece” as sanções por ser, em sua visão, “uma ditadura”.

Em julho, o parlamentar já havia acusado Moraes de ordenar o bloqueio das contas bancárias de sua esposa, Heloísa Bolsonaro, sem justificativa legal. Na mesma linha, em entrevista ao Financial Times, ele declarou que o governo americano poderia responder à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com novas sanções e restrições de vistos a autoridades brasileiras.

VÍDEO: Silas Malafaia reage a investigação determinada por Alexandre de Moraes: “Não tenho medo, pode vir"

Foto: Reprodução / X

O pastor Silas Malafaia reagiu publicamente, nesta quinta-feira (14), à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a inclusão de seu nome em um inquérito da Polícia Federal.


A investigação apura supostas tentativas de obstrução de Justiça, coação e atentado à soberania nacional, no contexto de atos antidemocráticos, e envolve também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em vídeo que circula nas redes sociais, Malafaia aparece surpreso ao tomar conhecimento da medida. Na gravação, que ganhou destaque no X (antigo Twitter).

"Não tenho medo, pode vir me investigar, é isso que Alexandre de Moraes tem feito nesses quatro anos, nesse inquérito que é uma farsa de pseudo golpe. Quem vai parar isso? Que país é esse? Que democracia é essa? É uma vergonha e se preparem, eu vou botar para quebrar", diz Malafaia.

De acordo com as informações divulgadas pela Globonews na noite desta quinta-feira (14), Malafaia é investigado pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Ele organizou o ato de apoio a Bolsonaro no dia 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. A aparição resultou na decretação de prisão domiciliar de Bolsonaro no dia seguinte.

COMPARTILHE