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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Zambelli critica condenação e diz que não sobreviveria na cadeia

Eleita por 946 mil paulistas, deputada cobra posição da Câmara

Mateus Conte
A deputada federal Carla Zambelli, durante uma coletiva de imprensa na Casa | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se manifestou publicamente nesta quinta-feira, 15, depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão em regime fechado e à perda do mandato.

Durante entrevista coletiva, Zambelli criticou duramente o processo e declarou que ainda irá recorrer da decisão. A parlamentar reafirmou sua inocência e pediu apoio da Câmara dos Deputados, ao citar a representatividade de “quase um milhão de votos”.

“Em nenhum momento vamos esquecer os quase um milhão de votos que tivemos, os eleitores que estão conosco”, declarou, ao lado de assessores e de seu advogado, Daniel Bialski. Para ela, o momento é de resistência: “Esse não é um momento triste pra mim, é um momento de esperança, é um momento de fé”.

Zambelli foi condenada por crimes relacionados à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsidade ideológica. O processo também envolveu o hacker Walter Delgatti Neto, sentenciado a oito anos e três meses de prisão. Ambos foram condenados a pagar R$ 2 milhões por danos morais e materiais coletivos e se tornaram inelegíveis por oito anos.

Durante a coletiva, a deputada afirmou que apresentou recursos e disse ter recebido sinal de que um pedido de suspensão da pena será pautado na Câmara. “O processo ainda não acabou, ainda há vários recursos que podem ser feitos”, disse.

“Se acontecer de ter a prisão, vou me apresentar”, afirmou Zambelli, que sofre de condições médicas que exigem atenção especial. “Mas não me vejo capaz de ser cuidada da maneira como eu devo ser cuidada.”

Ela disse sofrer de depressão, síndrome da taquicardia postural ortostática, que provoca tontura e aumento da frequência cardíaca quando alguém se levanta, e síndrome de Ehlers-Danlos, que causa hipermobilidade nas articulações.

“Eles [médicos] são unânimes em afirmar que eu não sobreviveria na cadeia”, disse Zambelli. Um de seus assessores chegou com uma caixa com uma série de medicamentos e entregou em suas mãos, para que os exibisse às câmeras.

Zambelli: Delgatti entrou no sistema do CNJ por ‘vaidade’

Sobre Delgatti, Zambelli afirmou que ele prestou “seis depoimentos, tanto na Polícia Federal, quanto na CPI, quanto depois, durante o julgamento”, e que apresentou “versões diferentes” em cada um. “A própria PF, quando esteve na casa dele, nomeia ele como mitômano, ou seja, uma pessoa que mente e que inventa histórias”, completou.

Ela também contestou a alegação de que teria oferecido contrapartidas financeiras ao hacker. “A PF provou que ele não recebeu um real meu”, afirmou. Sobre o episódio em que teria intermediado atendimento médico para Delgatti, Zambelli disse que o fez em situação de urgência e que o tratamento foi gratuito numa Santa Casa.

Ao comentar os motivos que teriam levado Delgatti a envolvê-la no caso, Zambelli disse que “ele entrou no CNJ por vaidade”, afirmou, ao sustentar que as acusações não têm fundamento. “A invasão ao CNJ foi feita da cabeça dele”.

A parlamentar também buscou afastar o ex-presidente Jair Bolsonaro da situação: “Bolsonaro não tem nenhuma relação com esse caso”, frisou a deputada. “Até porque eu não tenho nenhuma relação com esse caso.”

Bialski também falou à imprensa e criticou o formato do julgamento. “É absolutamente inaceitável […] que o julgamento tenha sido procedido de forma virtual, ou seja, sem o advogado estar presente, e na presença dos ministros”, argumentou. “Isso é um cerceamento de defesa.”


Segundo ele, não há qualquer elemento concreto que vincule Zambelli à criação de alvarás de soltura falsos. “Não tem uma mensagem, não tem uma ligação, não tem um e-mail, não tem nada que diga que ela tenha pedido, que ela tenha mandado, que ela tenha encomendado qualquer tipo de coisa”, afirmou.

Ele também apontou que a primeira invasão ao CNJ por Delgatti teria ocorrido em 2020, antes de ele conhecer Zambelli, e que alvarás falsos produzidos pelo hacker beneficiaram inicialmente parentes dele, sem relação com a parlamentar. “O laudo da Polícia Federal comprova que em 2020, quando ele não conhecia a Carla […] ele já tinha invadido o sistema.”

Zambelli encerrou sua fala com uma provocação à imprensa. “Vou fazer um desafio para vocês […] joguem isso no ChatGPT e perguntem assim para o chat: ‘aponte por favor se há incongruências e por que a Carla [foi condenada]‘”.

A defesa informou que pretende recorrer da decisão e aguarda os desdobramentos do julgamento, que permanece em curso no plenário virtual do STF até esta sexta-feira, 16. A efetivação da pena só ocorrerá depois do trânsito em julgado. Enquanto isso, Zambelli pede que a Câmara analise a suspensão da pena.

Codevasf demite superintendente que colaborou com a PF


Desligamento de Miled Cussa Filho provocou repercussão no cenário político

Redação Oeste
A Codevasf declarou que a demissão do superintendente foi uma ‘medida de precaução’ | Foto: Cassio Moreira/Codevasf

Decisões tomadas na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) provocaram repercussões no cenário político. A principal delas foi a demissão do superintendente Miled Cussa Filho, oficializada na última sexta-feira, 9.

O desligamento chamou a atenção porque ocorreu depois de o agora ex-funcionário da estatal colaborar com o envio de informações à Polícia Federal (PF). A corporação investiga suspeitas de fraude em convênios de pavimentação na cidade de Campo Formoso (BA).

Documentos oficiais mostram que Elmo Nascimento (União Brasil), prefeito do município e irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), teria levado pessoas investigadas à sede da Codevasf em Juazeiro (BA). O objetivo, segundo as investigações, seria discutir parcerias que posteriormente se tornaram alvo de apuração.

O que diz a Codevasf

A companhia, em nota, declarou que a demissão foi uma “medida de precaução, que busca ampliar garantias de transparência e integridade”.

As investigações da Operação Overclean chegaram ao Supremo Tribunal Federal em razão de uma possível ligação de Elmar com o grupo suspeito de fraudes em licitações.
Miled Cussa Filho, ex-superintendente da Codevasf | Foto: Reprodução/Redes sociais

A PF localizou indícios de transações imobiliárias entre Elmar e Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo”. A corporação também encontrou registros sobre um suposto pagamento de propina a um assessor do deputado, conforme planilha apreendida.

Nomeações importantes na Codevasf, como as de Cussa Filho e do presidente Marcelo Moreira, teriam contado com o apoio de Elmar.

Licitações com a estatal

Moreira é mencionado por Francisco Nascimento, primo de Elmar, como “amigo e indicação nossa”, segundo mensagem analisada pela PF. No fim de 2022, o deputado requisitou R$ 40 milhões em emendas de relator para Campo Formoso.

O pedido foi atendido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e resultou em duas licitações com a Codevasf, o que somou quase R$ 60 milhões entre contratos firmados no fim de 2023 e no começo de 2024.

AGU informa que Meta e TikTok removeram supostas notícias falsas sobre Janja

Primeira-dama teria sido vítima de fake news por viagem à Rússia

Cristyan Costa
O presidente Lula (à esq) e a primeira-dama Janja (à dir), durante evento no Palácio do Planalto | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Foto:

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, nesta quinta-feira, 15, que as big techs Meta e TikTok removeram supostas notícias falsas sobre a primeira-dama Janja.

Conforme o governo, em notificação às plataformas, a petista foi vítima de fake news, em virtude da viagem dela à Rússia.

De acordo com a pasta, assim que Janja desembarcou em Moscou, passaram a circular mensagens segundo as quais a primeira-dama aparece ao lado de uma pilha de malas. O post, segundo a AGU, relatava que os objetos estavam cheios de dinheiro desviado da fraude do INSS.

Segundo a AGU, as publicações foram veiculadas para atingir a “legitimidade da própria missão diplomática do Estado brasileiro, sendo conteúdo desinformativo com potencial de vulnerar a estabilidade institucional e de comprometer a integridade das políticas públicas tuteladas pela União”.

Ameaça da AGU em caso a respeito de Janja
O presidente Lula e o advogado-geral da União, Jorge Messias: causa sem relação direta com o governo federal | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

À Meta e ao TikTok, a AGU afirmou que, se os posts não fossem excluídos, as plataformas poderiam incorrer em “omissão culposa,” ensejando sua responsabilização.

Para a Advocacia, “as mensagens têm o condão de confundir o público interno sobre tema relevante (relações diplomáticas) e sensível (missão oficial do Estado brasileiro)”.

Governo Lula promove apagão de dados sobre convênios e emendas

Ministério da Gestão retira do ar documentos sobre transferências e dificulta rastreamento de recursos

Deborah Sena-
Lula prometeu que não colocaria sigilo sobre sua gestão | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) promoveu um apagão de dados públicos ao decidir esconder os documentos que detalham convênios com Estados, prefeituras e organizações não governamentais. A medida atinge também os repasses feitos por meio de emendas parlamentares. O valor total envolvido chega a R$ 600 bilhões.

A pasta alega que seguiu um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que trata da proteção de dados pessoais. Mas a própria AGU diz que o texto não justifica a retirada dos documentos da plataforma TransfereGov. Segundo o órgão jurídico, não há impedimento para que essas informações permaneçam públicas.
Governo Lula promove apagão de dados

Na prática, o apagão de dados fez sumirem do sistema prestações de contas, notas fiscais, planos de trabalho e relatórios de execução. Ou seja, já não se sabe quem recebeu, quem executou e quem foi contratado com dinheiro federal.

A mudança atinge até os convênios ligados ao chamado “orçamento secreto”, que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional em 2022 por falta de transparência. Também foram bloqueados os repasses para ONGs financiadas por emendas parlamentares.

Sigilo do bem

A nova política do MGI contraria o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha, ele prometeu abrir os dados do governo e criticou o sigilo imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O TransfereGov, que substituiu a antiga Plataforma+Brasil, foi criado para facilitar o acesso às informações sobre os repasses da União. Segundo o governo, o sistema está sendo adaptado para ocultar dados pessoais. Até lá, os anexos ficam fora do ar.

A AGU, por sua vez, nega qualquer orientação nesse sentido. Em nota, afirmou: “O parecer mencionado em nada impede que os documentos continuem plenamente acessíveis, auditáveis e publicamente disponíveis”.

Caiado critica governo Lula e promete anistia a Bolsonaro Caiado critica governo Lula e promete anistia a Bolsonaro

Governador de Goiás participou de feira supermercadista nesta quinta-feira, 15, em São Paulo

Gabriel de Souza-
Ronaldo Caiado visitou o Apas Show nesta quinta-feira, 15 | Foto: Edu Leporo

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos no 8 de janeiro, caso seja eleito presidente da República. Caiado participou do Apas Show nesta quinta-feira, 15. Trata-se da maior feira supermercadista da América Latina.

Em entrevista coletiva, o goiano falou sobre segurança pública e explicou como essa tem sido uma pauta norteadora de seu mandato como governador. O político ainda ressaltou o trabalho conjunto das corporações policiais e afirmou que “bandido não se cria” em Goiás.

“A violência hoje, o que você está vendo acontecendo no Brasil é inadmissível”, protestou o governador. “Inaceitável. Não tem como o empresário, o cidadão de bem ter liberdade de transitar, muito menos com telefone ou relógio. Ele hoje está totalmente ansioso em saber qual o momento vai ser assaltado. Segurança pública é questão de Estado Democrático de Direito.”

No âmbito econômico, Caiado fez menção à taxa de juros de 14,75% e citou a necessidade de responsabilidade fiscal para que a redução da Selic seja possível.

“O empresário não pode acreditar em um governo que fala em arcabouço fiscal e descumpre as regras do arcabouço fiscal”, afirmou o governador de Goiás. “Que aumenta a dívida pública em mais de 4 pontos porcentuais nesses dois anos. É um governo que está vivendo um momento de gastança, um governo perdulário, sem ter o resultado do aumento do PIB brasileiro.”
Caiado reitera plano de anistiar Bolsonaro, caso vença eleição para presidente da República

Em entrevista à Globonews nesta quarta-feira, 14, Ronaldo Caiado afirmou que pretende anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e todos os envolvidos do 8 de janeiro, caso vença a eleição para presidente da República em 2026. O governador de Goiás reiterou a promessa nesta quinta-feira, 15.

“Caiado presidente da República, o primeiro ato que eu assino ao tomar posse é anistia, para que haja pacificação no país, e eu vou tratar a partir de agora dos assuntos de recuperar o desenvolvimento do meu país, a paz, a tranquilidade, a competitividade. Então será o primeiro ato que eu vou fazer.”

Ronaldo Caiado anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República em 4 de abril de 2025. O político do União Brasil reforça o discurso sobre a segurança pública nacional.

Ednaldo Rodrigues aciona STF para anular afastamento da CBF

Nesta quinta-feira, 15, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro retirou cartola do cargo máximo do futebol brasileiro

Lucas Cheiddi-
Ednaldo Rodrigues, que tenta retomar poder da CBF via STF | Foto: Thais Magalhães/CBF

Afastado da presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar invalidar a decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que o retirou do comando da entidade. O pedido foi protocolado nesta quinta-feira, 15, no processo em que se discute se o Ministério Público pode firmar acordos com entidades esportivas.

No documento, a defesa de Ednaldo solicita que, caso o STF não anule a decisão do TJ-RJ, mande seguir o estatuto da CBF. O documento prevê a posse do vice-presidente mais velho em caso de vacância. Se houver a aplicação desse artigo, Hélio Menezes deverá assumir a presidência.

Julgamento no STF e possíveis desdobramentos
Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília | Foto: Divulgação/STF

O STF avaliará o caso em sessão agendada para o dia 28 de maio, quando decide se Ednaldo Rodrigues poderá ou não retornar ao cargo. Essa mesma ação já havia resultado em sua recondução temporária, em janeiro de 2024, por decisão liminar do ministro Gilmar Mendes.

Além disso, Ednaldo pediu que o desembargador Gabriel Zéfiro receba imediatamente uma notificação da decisão do STF, para que o TJ-RJ se abstenha de tomar novas medidas sobre o comando da CBF, enquanto a liminar de Gilmar Mendes estiver em vigor.

Na origem do impasse, o desembargador Gabriel Zéfiro afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, nesta quinta-feira, 15, e indicou Fernando Sarney, vice-presidente da entidade, como interventor provisório. Sarney recebeu a missão de convocar eleições para a presidência “o mais rápido possível”.

Na decisão, Zéfiro declarou nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes.

Ednaldo Rodrigues tomou conhecimento de seu afastamento enquanto estava em Assunção, no Paraguai, em evento da Fifa. Ele já havia sido afastado em dezembro de 2023, mas conseguiu retornar ao cargo por meio de decisão do STF em janeiro de 2024.

Lula levou uma comitiva de pelo menos 120 pessoas em suas viagens à Rússia e à China

Grupo incluiu ministros, presidentes de órgãos, assessores e técnicos; gastos ainda não foram totalmente divulgados

Yasmin Alencar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com Xi Jinping, o líder chinês, na abertura do IV Fórum Celac-China | Foto: Ricardo Stuckert/ PR

A comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua recente viagem à Rússia e à China ultrapassou 120 integrantes. Entre os nomes estão ministros de Estado, técnicos, assessores, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo. A Secretaria de Comunicação (Secom) enviou 27 pessoas. Já a Casa Civil deslocou 19 servidores. O levantamento foi feito pelo jornal Folha de S.Paulo.

O roteiro internacional teve início no dia 6 de maio, quando Lula partiu rumo a Moscou. Na capital russa, participou da cerimônia pelos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial. A celebração representou um movimento estratégico de Vladimir Putin, que tenta reforçar sua imagem internacional em meio à guerra com a Ucrânia. A presença de Lula ao lado de outros líderes autoritários provocou críticas e constrangimentos diplomáticos.

Depois da passagem pela Rússia, o petista aterrissou em Pequim

Depois da passagem pela Rússia, Lula aterrissou em Pequim no dia 11. Ali, reuniu-se com o presidente Xi Jinping. Um episódio que envolveu a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, gerou repercussão. Durante conversa com o líder chinês, Janja comentou os efeitos nocivos do TikTok, aplicativo controlado por uma empresa da China.

Até agora, o governo federal não apresentou uma prestação de contas completa sobre os gastos da missão. Dados do portal Siga Brasil mostram o pagamento de R$ 122 mil em diárias para oito servidores. A lista de participantes ainda está incompleta. Diversas autorizações foram publicadas sem a identificação dos servidores envolvidos. Segundo o Planalto, os nomes das equipes de segurança e saúde permanecem sob sigilo por questões de proteção.

Nesta quinta-feira, 15, o Diário Oficial trouxe os nomes de 26 integrantes da comitiva em Pequim. A lista inclui, além de Janja, o deputado Elmar Nascimento (União-BA), o presidente do Senado e 11 ministros. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, também compuseram a delegação.

Durante a visita, ministros de Lula participaram de reuniões paralelas com representantes de empresas chinesas

Durante a visita, ministros participaram de reuniões paralelas com representantes de empresas chinesas. Em um seminário promovido pela ApexBrasil, investidores anunciaram interesse em aplicar cerca de R$ 27 bilhões no Brasil. Os setores envolvidos incluem a produção de combustível sustentável para aviação e infraestrutura industrial.

O governo brasileiro também firmou parcerias na área da saúde. Entre os acordos, destacou-se o projeto conjunto da farmacêutica brasileira Eurofarma com a chinesa Sinovac. As duas empresas lançaram o Instituto Brasil−China para Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas e Degenerativas, voltado para pesquisas e produção de vacinas.

Além dos representantes políticos, parte da comitiva era formada por profissionais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Técnicos, seguranças e especialistas em logística chegaram dias antes ao destino para preparar a estrutura da viagem. Esses servidores integram os grupos chamados de “técnico” e “de apoio”.

A Secom informou, em nota, que os servidores desses grupos prestam serviços essenciais, como segurança, atendimento de saúde e suporte operacional.

“As comitivas Técnica e de Apoio são compostas de servidores que atuam em áreas-meio para viabilização dos eventos, tais como agentes de segurança, saúde e pessoal de apoio”, afirmou a Secom. “Como tais informações podem colocar a segurança do presidente ou do vice-presidente em risco, os dados são classificados no grau de sigilo reservado pelo Gabinete de Segurança Institucional, nos termos do art. 25, inciso VIII, do Decreto nº 7.724/2012.”

O Itamaraty será responsável pelas despesas principais da missão. Já a Presidência cobrirá os custos complementares, como taxas de aeroporto, serviços de solo e passagens para os servidores. A divulgação dos valores definitivos ocorrerá somente depois da conclusão da prestação de contas.

Forbes divulga lista de atletas mais bem pagos do mundo em 2025 e Cristiano Ronaldo lidera

Foto: Reprodução / Instagram

A revista “Forbes” divulgou, na última quarta-feira (14), a lista dos atletas mais bem pagos do mundo em 2025. Dentro os nomes, o jogador português Cristiano Ronaldo lidera a listagem, com um rendimento de 275 milhões de dólares (cerca de R$1,5 bilhão), entre salários e patrocínios.

O pódio se completa com Stephen Curry, armador do Golden State Warriors da NBA, com 156 milhões de dólares, e o boxeador Tyson Fury, com 146 milhões de dólares.

A lista, além de não conter nomes brasileiros, também não conta com mulheres dentre os 50 atletas mais bem pagos do mundo. Em 2023, Neymar representou a bandeira do país quando ainda atuava pelo Al-Hilal, com US$ 108 milhões (R$ 554 milhões).

Já sobre nomes femininos, a ocasião aconteceu em 2023 com a tenista norte-americana Serena Williams. Na época, a atleta recebia o valor bruto de US$ 45,3 milhões (R$ 222,4 milhões).

Confira a seguir os 10 atletas mais bem pagos do mundo em 2025:

1 - Cristiano Ronaldo (futebol) - 275 milhões de dólares

2 - Stephen Curry (basquete) - 156 milhões de dólares

3 - Tyson Fury (boxe) - 146 milhões de dólares

4 - Dak Prescott (futebol americano) - 137 milhões de dólares

5 - Lionel Messi (futebol) - 135 milhões de dólares

6 - LeBron James (basquete) - 133,8 milhões de dólares

7 - Juan Soto (beisebol) - 114 milhões de dólares

8 - Karim Benzema (futebol) - 104 milhões de dólares

9 - Shohei Ohtani (beisebol) - 102,5 milhões de dólares

10 - Kevin Durant (basquete) - 101,4 milhões de dólares

Mãe é presa acusada de permitir estupro de filha de 5 anos em Juazeiro; 3 acusados também foram detidos

Foto: Divulgação / SSP-BA

Uma mulher foi presa em Juazeiro, no Sertão do São Francisco, suspeita de permitir que a filha de apenas cinco anos fosse estuprada por três namorados. Os três homens também foram detidos, conforme informou o coordenador de operações da Polícia Judiciária (COPJ), delegado Thiago Rodrigues. O fato ocorreu nesta quinta-feira (15) durante a operação "Dia D da Operação Caminhos Seguros".

A ação investiga suspeitos de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Outras prisões ocorreram em Salvador; Jequié e Bom Jesus da Serra, no Sudoeste; e em Maraú, no Sul do estado. Conforme o G1, o crime contra a criança em Juazeiro foi investigado após o pai da menina perceber uma mudança no comportamento dela.

A vítima foi ouvida através de uma escuta especial e confirmou os indícios dos crimes. Ainda segundo informações, a suspeita é que a criança sofria os abusos desde os três anos de idade. A operação faz parte de uma mobilização nacional promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Debandada! 19 das 27 federações estaduais se viram contra Ednaldo

Manifesto assinado pela maioria das entidades locais formaliza ruptura com o presidente afastado

O baiano Ednaldo Rodrigues está afastado da CBF por ordem judicial - Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

A crise institucional da CBF ganhou novo capítulo. Horas após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinar o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade, dezenove das 27 federações estaduais de futebol assinaram um manifesto formalizando o rompimento com o dirigente, numa articulação que mira a disputa à sucessão presidencial.

O movimento indica que a maioria dos dirigentes regionais já não acredita em uma reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Ednaldo tenta reverter a decisão que o tirou do cargo. Para essas federações, a era Ednaldo na CBF chegou ao fim.

Bloco majoritário costura novo nome para o comando da CBF

A formação do bloco das 19 federações estaduais ocorre em ritmo acelerado, já mirando a eleição que será convocada pelo interventor Fernando Sarney, nomeado pela Justiça como responsável por conduzir o processo de transição e definir a nova cúpula da Confederação.

Ainda não há um nome fechado para a sucessão, mas o movimento é claro: existe um pacto para não apoiar o retorno de Ednaldo, e sim construir uma candidatura que represente estabilidade política, institucional e alinhamento com as federações.

Essa articulação conta com o apoio de federações de peso, como as do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal, além de outras regionais que tradicionalmente seguem o voto da maioria.
Isolamento político de Ednaldo se acentua

O manifesto das 19 federações representa a cristalização do isolamento político de Ednaldo Rodrigues. Mesmo antes da decisão judicial desta quinta-feira, o presidente já enfrentava desgaste interno, com denúncias por assédio, gestão temerária e suspeita de fraude em acordo judicial que sustentava sua permanência.

A perda de apoio entre as federações estaduais, que formam a base eleitoral da CBF, enfraquece ainda mais a tentativa do dirigente de se manter no cargo. Sem a maioria das federações ao seu lado, sua governabilidade torna-se impraticável, mesmo que consiga liminar no STF.

Federações que assinaram o manifestou:

Nordeste: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Ceará e Sergipe
Norte: Rondônia, Pará, Roraima, Amazonas e Acre
Sudeste: Rio de Janeiro
Centro-oeste: Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul
Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Decisão do TJ-RJ acelera reconfiguração do poder na CBF

O afastamento de Ednaldo foi motivado por indícios de falsificação de assinatura em um acordo judicial homologado no início do ano, em que o ex-presidente da entidade, Antônio Carlos Nunes (Coronel Nunes), teria assinado mesmo com comprovada incapacidade cognitiva.

A Justiça anulou o acordo e afastou Ednaldo, nomeando Fernando Sarney como interventor provisório. Sarney tem como principal missão convocar novas eleições e restaurar a legitimidade institucional da entidade, desgastada por disputas internas e escândalos éticos.

A ação judicial que culminou com a queda de Ednaldo teve como protagonistas Fernando Sarney e a deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), que questionaram a validade da assinatura de Nunes. Uma perícia grafotécnica e um laudo médico robusto confirmaram que o ex-dirigente não tinha condições mentais de assinar qualquer documento.

Federações sinalizam ruptura definitiva

O movimento das federações em direção a uma nova liderança na CBF não é apenas estratégico: é simbólico. Ao formalizarem o manifesto no mesmo dia da decisão judicial, os dirigentes estaduais deixaram clara a intenção de virar a página, rejeitando qualquer tentativa de protelar o processo de sucessão.

“O clima entre as federações é de reconstrução. A maioria entende que o momento exige responsabilidade e uma liderança legítima, transparente e com respaldo da base do futebol brasileiro”, disse ao site Uol um dos presidentes signatários do manifesto de forma sigilosa.

Os próximos passos na corrida pela presidência da CBF

Com a decisão judicial ainda passível de recurso no Supremo, e um processo de sucessão iminente em curso, o cenário aponta para uma nova disputa política nos bastidores do futebol brasileiro. Os próximos passos incluem:

Convocação oficial das eleições pela CBF, sob gestão provisória de Fernando Sarney;

Apresentação de candidaturas, que devem surgir do bloco majoritário de federações;

Possível tentativa de liminar por parte de Ednaldo no STF, com chances consideradas baixas por aliados.
Manifesto assinado pelas federações estaduais de futebol confirma a ruptura com Ednaldo Rodrigues | Foto: Divulgação
Manifesto assinado pelas federações estaduais de futebol confirma a ruptura com Ednaldo Rodrigues | Foto: Reprodução

Codevasf esclarece demissão de superintendente após investigação

Miled Cussa Filho foi demitido no início do mês de maio

Codevasf dá detaçlhes sobre demissão de superintendente - Foto: Divulgação | Codevasf

A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) negou que a demissão do ex-superintendente Miled Cussa Filho, ocorrida no início desse mês, tenha sido causada por colaboração com as investigações da Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF), conforme afirma reportagem publicada pelo portal UOL na quinta-feira, 15.

A Polícia Federal apura uma suposta irregularidade nos convênios firmados entre a Prefeitura de Campo Formoso e a Codevasf para pavimentação de estradas, vencidos pela Allpha Pavimentação, no âmbito da Operação Overclean. A suspeita é de fraude, superfaturamento, além de indícios de pagamento de propina para a escolha da empresa.

De acordo com a estatal, o motivo do desligamento se deu por conta de recente verificação de que houve participação de representantes de empresa privada em reunião — na Superintendência e com a presença do ex-superintendente — sobre um convênio da Codevasf com a Prefeitura, o que não era de conhecimento da direção da Companhia.

“O ex-superintendente homologou o processo licitatório vencido posteriormente pela empresa representada na reunião. O desligamento buscou ampliar garantias de transparência e integridade para os processos de apuração”, afirma a Codevasf.

Ainda segundo a estatal, não há denúncias nos ofícios remetidos pelo ex-superintendente à CGU e ao MPF, mas simples exposição de fatos. “Os documentos apenas consolidam informações sobre providências tomadas pela Codevasf desde o início da execução do convênio, apresentam informações sobre a reunião e registram a participação do ex-superintendente nessa reunião. O ex-superintendente foi informado no dia 5 de maio de que seria desligado da Companhia. Os ofícios foram enviados por ele àqueles órgãos dias depois, em 8 de maio”, alega a Codevasf.

A Codesvasf também garante que os convênios firmados com a prefeitura foram encaminhados para auditoria especial em 6 de maio, também antes do envio dos ofícios pelo ex-superintendente e afirmou não possui qualquer relação com a empresa contratada pela Prefeitura.

“Em convênios, as licitações, as contratações, as medições e os pagamentos são realizados pelo órgão convenente — nesse caso, a Prefeitura. Cabe ao concedente (Codevasf) transferir recursos e analisar a conformidade dos processos”, diz a Companhia.

Após fracasso na Globo, ator entra para o pornô e choca: "Inacreditável"

Ator disse que essa foi a forma que encontrou para se manter visível na carreira artística

Ator já passou por ‘Malhação’, da TV Globo - Foto: Divulgação

O ator Diogo Venturieri, que já passou por ‘Malhação’, da TV Globo, chocou o público depois que aceitou participar de um filme pornô com Luiza Ambiel, conhecida por ter ficado famosa na Banheira do Gugu.

Venturieri disse que essa foi a forma que encontrou para se manter visível na carreira artística. “É inacreditável eu ter que fazer esse tipo de filme pra aparecer… mas é o que eu posso fazer no momento. Eu sou ator, sou cantor, faço o que posso”, desabafou Diogo, em entrevista à coluna Fábia Oliveira, do Metrópoles.

O artista disse que o engajamento nas redes hoje fala mais alto que a própria arte. “Hoje em dia, um filme adulto dá mais like do que fazer novela”, afirmou.

Diogo Venturieri e Luiza Ambiel | Foto: Reprodução | Redes Sociais

A produção que Diogo Venturieri gravou com Luiza Ambiel se chama ‘Domênica’. A estreia vai acontecer ainda este ano no canal Sexy Hot e traz Diogo no papel de Fernando, personagem que marca sua estreia nesse gênero.
Quem é Diogo Venturieri?

Diogo Venturieri, tem 43 anos e chegou a construir uma carreira na TV. Além de ‘Malhação’, onde interpretou Dr. Renato, ele também passou por ‘Os Dez Mandamentos’, ‘Reis’, ‘Rainha da Pérsia’ e ‘Volta por Cima’.

Ele também foi dublê do ator português Ângelo Rodrigues na novela ‘Vale Tudo’. Venturieri também trabalhou em séries, como ‘Meninos que Não Vão para o Céu’, ‘Neto em Four’ e ‘Contos’.

Globo avalia saída de apresentadora após 10 anos

Parece que os dias de Poliana Abritta estão contados no comando do programa ‘Fantástico’. Segundo informações do portal NaTelinha, a TV Globo está avaliando a possibilidade de renovar os apresentadores do programa ‘Fantástico’, tirando a ruiva do posto que ocupa desde 2014.

A ideia é realocar a jornalista para o cargo de correspondente internacional nos Estados Unidos, ocupado por ela uma vez, ou colocá-la no time de funcionários do Globo Repórter, programa de reportagens especiais exibido regularmente às sextas-feiras.

Entretanto, a saída de Poliana não interfere no trabalho de Maju Coutinho, sua parceira de palco. A jornalista deve permanecer no comando da atração dominical, compondo o time de apresentadores.

Fontes próximas ao canal ainda alegaram que a ideia da emissora é manter uma mulher na bancada ao lado de Maju, mas os diretores descartam a possibilidade de escalar um jornalista homem para apresentar o programa.

EDNALDO RODRIGUES AFASTADO DA PRESIDÊNCIA DA CBF

 


quinta-feira, 15 de maio de 2025

O Congresso está vazio, mas continua custando caro

O segundo Parlamento mais caro do mundo adere ao 'recesso branco' para dar espaço a viagens internacionais de parlamentares

Deborah Sena-
Salão Verde da Câmara sem movimentação nesta quarta-feira, 14 | Foto: Deborah Sena

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal atravessam uma semana de marasmo. Os presidentes das duas Casas estão fora do país: Hugo Motta (Republicanos-PB) viajou para os Estados Unidos para participar de um fórum, e Davi Alcolumbre (União-AP) acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China.

Justiça autoriza governo Trump a deportar venezuelanos do Tren de Aragua

Decisão libera retirada de criminosos comprovadamente ligados a grupos considerados terroristas pelo governo norte-americano

Diego Fortes-
Trump usou a lei de 1798 para deportar para El Salvador imigrantes acusados de pertencer aos grupos criminosos | Foto: GPO

A juíza federal Stephanie Haines, do Estado da Pensilvânia, autorizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a utilizar a Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, para deportar venezuelanos que sejam integrantes do grupo criminoso Tren de Aragua. A decisão foi proferida nesta terça-feira, 13.

A medida da magistrada vai contra decisões de outros juízes federais, que suspenderam total ou parcialmente o uso da lei para esse fim.

Porém, Haines determinou que os venezuelanos a serem deportados com base na Lei de Inimigos Estrangeiros devem receber um aviso de pelos menos 21 dias, ter idade mínima de 14 anos, estar ilegalmente nos Estados Unidos e ser comprovadamente integrantes do Tren de Aragua.

“Tendo cumprido seu papel, o tribunal agora deixa aos poderes políticos do governo e, em última análise, às pessoas que elegem esses indivíduos a tarefa de decidir se as leis e aqueles que as executam continuam a refletir sua vontade”, escreveu a juíza, na decisão.

STF proíbe imprensa de gravar vídeo ou áudio de audiências sobre suposto golpe

Corte justificou a necessidade de 'incomunicabilidade' entre as 82 testemunhas de acusação e defesa que serão ouvidas

Cristyan Costa-+
Autoridades, durante a abertura do Ano do Judiciário — 3/2/2025 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, nesta quarta-feira, 14, que a imprensa estará proibida de registrar vídeos ou áudios das 82 testemunhas de defesa e acusação que serão ouvidas a partir da próxima segunda-feira 19, no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, por suposta tentativa de golpe.

AGU dá 24 horas para Meta e TikTok removerem postagens sobre Lula e Janja

Órgão classificou como 'falsas' informações publicadas sobre a missão oficial

Deborah Sena-
AGU acusa plataformas de promover desinformação e dá prazo para remoção de conteúdos | Foto: Reprodução/Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou, nesta quarta-feira, 14, as empresas Meta e TikTok para que removam, no prazo de 24 horas, publicações sobre a viagem da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rússia. A Meta é dona do Facebook, Instagram e Threads.

O órgão classificou como “falsas” informações divulgadas sobre a missão oficial. Segundo a AGU, as mensagens confundem o público ao tratar de temas sensíveis da diplomacia brasileira.

As notificações extrajudiciais foram enviadas a pedido da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Nelas, os procuradores da União indicam links que, segundo o governo, propagam tais desinformações. Para o Planalto, os posts enganam o público ao distorcer as ações do Poder Executivo.

Ameaça de responsabilização

Caso não cumpram a ordem de remoção dos conteúdos, as empresas poderão ser responsabilizadas por omissão culposa, segundo advertência expressa do órgão.

Brasil, colônia chinesa

Lula tirou todas as máscaras e mostrou em qual eixo do poder mundial o país está agora inserido

Flávio Gordon-
Nesta semana, Lula esteve na China para um encontro com Xi Jinping | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quem quer que olhe para o Leste Europeu nos dias de hoje, notará que partidos e símbolos comunistas foram banidos por toda parte, em consideração às milhões de vítimas do genocídio promovido por regimes comunistas ao longo do século 20. Em 2008, por exemplo, foi assinada a Declaração de Praga, que equiparava nazismo e comunismo na condição de regimes totalitários responsáveis por crimes contra a humanidade. Em termos quantitativos, a bem da verdade, hoje sabemos que o comunismo conseguiu ser mais letal que o nazismo, o seu “gêmeo heterozigoto” (na expressão de Pierre Chaunu).

Com efeito, segundo o estudo estatístico do cientista político R. J. Rummel, autor de Death by Government: Genocide and Mass Murder Since 1900, os regimes comunista e nazista assassinaram, juntos, cerca de 120 milhões de pessoas, isso em pouco mais de 50 anos. Mas, por incrível que possa parecer, a contribuição dos nazistas para essa macabra estatística de democídio — termo cunhado pelo autor para qualificar o extermínio perpetrado por governos contra o seu próprio povo — é até modesta, se comparada aos feitos dos regimes comunistas liderados por Stalin, Mao Tse-tung, Pol Pot et caterva. Daquele total de mortos, os regimes soviético e chinês foram, sozinhos, responsáveis diretos por cerca de 97 milhões, ou mais de 80%. Apenas de 1949 a 1987, por exemplo, o regime maoista assassinou mais de 35 milhões de compatriotas, isso numa estimativa conservadora.

O que o presidente do Brasil não sabe sobre a China

Mao Tse-tung, líder da Revolução Chinesa de 1949, foi um dos mais cruéis ditadores já existentes. Entre outros mecanismos criados para “reeducar” o povo — que incluíram estupro de crianças e execuções sumárias —, o genocida difundiu em seu país uma tortura conhecida como “a cítara dos anjos”, na qual um arame era atravessado no pênis da vítima, sendo a outra extremidade presa à sua orelha, formando uma corda na qual o torturador dedilhava hediondas “melodias”. Sobre essa e outras barbaridades cometidas pelo comunista chinês, aliás, recomenda-se a leitura de Mao: The Unknown Story, de Jung Chang e Jon Halliday, e Red Sorrow: A Memoir of the Cultural Revolution, de Nanchu, testemunha ocular do horror maoísta.

Pois é justamente o regime assassino de Mao Tse-tung que o descondenado ora na presidência do Brasil foi celebrar recentemente em Pequim, ao lado do ditador Xi Jinping, um discípulo confesso do genocida chinês. Exaltando a aproximação — na verdade, submissão — do Brasil à China, o presidente brasileiro tirou todas as máscaras e mostrou em qual eixo do poder mundial o Brasil está agora inserido. Nessa nova Guerra Fria contemporânea, o país alinha-se definitivamente ao bloco totalitário. Parabéns aos envolvidos!

Milei corta subsídio de museu dedicado a Che Guevara

Espaço cultural tratava o terrorista argentino como herói

Edilson Salgueiro-
O dinheiro serviria para a manutenção do edifício La Pastera, onde ficava o museu em homenagem a Che Guevara | Foto: Reprodução/X

O presidente da Argentina, Javier Milei, cancelou um empréstimo destinado à Associação de Trabalhadores do Estado (ATE). O dinheiro serviria para a manutenção do Edifício La Pastera, localizado no Parque Nacional Lanín. De acordo com a Administração de Parques Nacionais (APN), órgão vinculado ao governo argentino, o prédio se transformou em um museu dedicado ao terrorista Che Guevara.

O espaço cultural promoveu diversas atividades que apresentaram Che Guevara como herói. Entre as ações mais notáveis, por exemplo, ​​estava a apresentação do livro Mundo Che em Havana.

A homenagem a Che Guevara

“Mais de 50 anos depois, a Associação de Trabalhadores do Estado presta homenagem ao Comandante Ernesto Che Guevara e, por meio dele, a todos os nossos companheiros de classe que, ontem e hoje, mantêm vivo o espírito de solidariedade e a vontade de lutar por uma Argentina de justiça social”, informou a ANP, em seu site oficial.

Em comunicado, o governo argentino justificou a decisão. “A APN suspendeu este contrato, que implicava ilegalidade e uso de recursos estatais para recriar a vida deste terrorista com material multimídia”, afirmou. “Defender os recursos de todos os argentinos é um princípio inabalável do governo do presidente Javier Milei.”

O presidente da Administração de Parques Nacionais, Cristian Larsen, publicou um vídeo para comentar a decisão. “Estamos recuperando mais terras que haviam sido doadas pelo governo Kirchner”, disse. “Nomear prédios públicos com nomes de figuras partidárias distorce os valores que sustentam nossa República. Sob o governo do presidente Milei, estamos pondo fim a essa cultura demagógica.”


Larsen argumentou que a revogação de subsídios federais é um “ato de soberania” do governo Milei. “Che nunca foi um modelo a ser seguido, mas sim um exemplo de como atrocidades são cometidas em nome de certos objetivos”, acrescentou.

O espaço cultural foi inaugurado em 2008, durante o governo de Cristina Kirchner. A inauguração contou com a presença de Aleida Guevara March, uma das filhas de Che.

O museu cresceu na cidade de San Martín de los Andes, em um prédio de 1946 que funcionava como um armazém do Parque Nacional. Che e Alberto Granado, amigo do terrorista argentino, passaram uma noite lá em sua primeira viagem à América Latina, em 1952.

Real é a 4ª moeda que mais valorizou ante o dólar em 2025

O aumento acumulado chegou a mais de 10% no ano, atrás apenas do rublo russo, do cedi ganês e da coroa sueca

Redação Oeste-
Apesar do bom desempenho em 2025, o real figura como a terceira moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar desde o aumento de tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump | Foto: Reprodução/Flickr

Dados da agência Austin Rating, com base em informações do Banco Central, mostram que o real ocupa a quarta posição entre as moedas que mais valorizaram em relação ao dólar em 2025. O crescimento acumulado chegou a mais de 10% no ano, atrás apenas do rublo russo, do cedi ganês e da coroa sueca.

A moeda russa teve valorização de 34%, seguido pelo cedi, que aumentou mais de 16%, e pela coroa sueca, com alta de mais de 13%. Entre as 20 moedas que mantiveram estabilidade frente ao dólar estão a rúpia da Índia, o colón da Costa Rica e o rial do Irã.

Juízes do Tribunal de Justiça de São Paulo recebem mais de R$ 100 mil em penduricalhos

Os dados são do Conselho Nacional de Justiça

Redação Oeste-
O levantamento mostra que mais de 1,6 mil juízes e desembargadores foram beneficiados com os penduricalhos | Foto: Reprodução/Freepik

Quase metade dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recebeu, em março deste ano, mais de R$ 100 mil em penduricalhos. As informações são do site Metrópoles, com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Penduricalho é uma expressão usada para designar benefícios extras ao salário de funcionários públicos, especialmente de juízes. Com o benefício, a remuneração dos magistrados ultrapassa o limite do teto constitucional.

Mais de 1,6 mil magistrados foram beneficiados com os penduricalhos

O levantamento mostra que mais de 1,6 mil juízes e desembargadores foram beneficiados com os valores adicionais, o que representa 47% dos integrantes do tribunal.

Bolsonaro: regulação das redes é caminho para 'censura bruta'

Em entrevista ao UOL, o ex-presidente defendeu a liberdade nas plataformas digitais

Redação Oeste
Bolsonaro também negou ter incentivado a manifestação que ocorreu em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a regulação das redes sociais. Em entrevista ao portal UOL, nesta quarta-feira, 14, o ex-chefe do Executivo disse que a proposta pode levar a uma “censura bruta”.

Bolsonaro também negou ter incentivado a manifestação que ocorreu em 8 de janeiro de 2023. Ao UOL, o ex-presidente atribuiu responsabilidade à esquerda. Ele lembrou que, à época, o governo já estava sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro criticou governadores de direita

Além disso, o ex-chefe do Executivo criticou o silêncio dos governadores de direita diante de sua inelegibilidade. Bolsonaro sugeriu que eles deveriam questionar os motivos da decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

O ex-presidente rejeitou incluir a inelegibilidade no projeto de anistia e defendeu a ideia de que não deveria ser responsabilizado pelas depredações ocorridas enquanto estava fora do país. “Estava fora em janeiro”, disse. “É justo pagar uma pena por depredação de patrimônio se eu estava na Disney?”

Sobre o escândalo no INSS, Bolsonaro defendeu investigações sobre descontos ilegais em aposentadorias. “Nós, da direita, assinamos a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)”, disse. “PT, Psol, PCdoB, PDT, ninguém assinou.”

Decisão do STF que manteve ação contra Ramagem é legítima, afirma Dino

Ministro acredita que a 1ª Turma da Corte pode analisar processos, mesmo depois da decisão da Câmara

Letícia Alves
A fala de Dino ocorreu durante julgamento sobre o preço dos serviços funerários privatizados na cidade de São Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou, nesta quarta-feira, 14, que a Corte tem autonomia para analisar decisões da Câmara dos Deputados sem que isso represente uma afronta aos outros Poderes da República.

O magistrado deu a declaração depois que a 1ª Turma da Corte decidiu manter parte da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A decisão dos ministros contrariou a votação na Câmara que suspendeu o processo contra o parlamentar.

“Esses dias a 1ª Turma, presidida pelo ministro Zanin, em tema relatado pelo eminente ministro Alexandre de Moraes, se defrontou com esta ideia de que a separação de Poderes impediria a 1ª Turma de se pronunciar sobre uma decisão da Câmara”, disse Dino. “Ora, se assim fosse, teríamos uma dissolução da República, porque aí cada Poder e ente federado faz sua bandeira, faz o seu hino, emite a sua moeda e supostamente se atende à separação de Poderes.”

A fala do ministro ocorreu durante julgamento sobre o preço dos serviços funerários privatizados na cidade de São Paulo.

Câmara recorre contra decisão da 1ª Turma do STF

Nesta terça-feira, 13, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), entrou com uma ação no STF para pedir a validade da votação que suspendeu a ação penal contra Ramagem. O recurso pede uma liminar que paralise o andamento do processo.

Ramagem é o único parlamentar réu na ação que investiga a tentativa de golpe atribuída à cúpula do governo Bolsonaro. Ele comandava a Agência Brasileira de Inteligência à época.

Em abril, a 1ª Turma do STF enviou um ofício à Câmara em que informava que a Casa só poderia suspender os crimes supostamente cometidos depois da diplomação de Ramagem, em dezembro de 2022.

Com isso, a paralisação atinge apenas dois dos cinco delitos imputados a ele, segundo a Corte: dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os outros três crimes — abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa — seguiriam em análise.

Mesmo assim, o plenário da Câmara decidiu suspender a ação penal como um todo. Motta alega que a decisão unânime da Primeira Turma viola os princípios da separação de Poderes e da imunidade parlamentar.

“É necessário reafirmar que não cabe ao Poder Judiciário substituir-se ao juízo político conferido ao Parlamento no tocante à conveniência da sustação, bem como a sua extensão”, diz o documento enviado ao STF. “A interpretação sistemática e funcional do texto constitucional impõe o reconhecimento do caráter institucional da prerrogativa — exercida dentro dos estritos limites da legalidade e de forma transparente — como instrumento legítimo de contenção recíproca entre os Poderes”.

Anvisa proíbe bala de tadalafila Metbala

Uso do remédio exige prescrição médica, segundo o órgão

Mateus Conte
Metbala é uma bala feita com tadalafila | Foto: Metbala/Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, a distribuição, a fabricação, a manipulação, a propaganda e o uso de todos os lotes do medicamento Metbala, à base de tadalafila, da empresa FB Manipulação Ltda.

Em nota, a agência reguladora informou que a medida foi adotada porque o produto em questão, uma bala do tipo gummy, não tem nenhum tipo de regularização na Anvisa. “Além disso, a empresa identificada não tem autorização para fabricar medicamentos”, completou o comunicado.

A proibição, segundo a agência, também se aplica a qualquer pessoa, física ou jurídica, ou veículos de comunicação que comercializem ou divulguem o produto. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 14.

“De acordo com a legislação, medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias e precisam estar registrados na agência”, destacou a Anvisa. “O registro é a comprovação de que o produto possui eficácia, segurança e qualidade.”

No comunicado, a agência reforçou que a tadalafila, indicada para tratar disfunção erétil, é um medicamento sujeito à prescrição médica e que seu uso depende de avaliação clínica sobre condições específicas do paciente.

“A automedicação coloca sua vida em risco”, alerta a Anvisa. “Esses produtos não são inofensivos. Quem faz a propaganda de produtos irregulares também comete infração sanitária e está sujeito a penalidades, incluindo multas.”

O que é a tadalafila, vendida como bala

A tadalafila é um medicamento utilizado para tratar a disfunção erétil. O comprimido deve ser usado por homens adultos e vendido somente com receita médica. A tadalafila só funciona quando há estímulo sexual, ou seja, ela não causa ereção sozinha.

Seu funcionamento se baseia no aumento do fluxo sanguíneo durante a excitação, o que permite uma ereção mais eficaz e duradoura. O efeito do comprimido pode começar a partir de 30 minutos depois da ingestão e durar até 36 horas. O medicamento não deve ser usado mais de uma vez por dia.

A tadalafila não deve ser usada por pessoas alérgicas à substância ou por quem toma medicamentos à base de nitrato (como certos remédios para o coração), pois a combinação pode causar queda perigosa da pressão arterial. Também é contraindicada para homens que não sofrem de disfunção erétil. Mulheres, especialmente grávidas, não devem usar o medicamento.
A tadalafila é um medicamento utilizado para tratar a disfunção erétil | Foto: Wirestock/Freepik

Alguns cuidados são necessários antes do uso. Pacientes com problemas cardíacos, de pressão, fígado, rins ou visão devem informar o médico. Também é importante relatar o uso de outros medicamentos, como antibióticos ou remédios para o estômago, pois podem interferir nos efeitos da tadalafila.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, dores nas costas, tontura e vermelhidão no rosto. Há também reações mais raras, como alterações na visão e audição, dor abdominal, ereção prolongada e reações alérgicas na pele. Em caso de sintomas mais graves, é fundamental buscar atendimento médico imediato.

Por fim, o comprimido deve ser ingerido inteiro, por via oral, sempre sob orientação médica. Não deve ser partido nem mastigado. Deve ser armazenado em temperatura ambiente e fora do alcance de crianças. Em caso de ingestão em excesso, o ideal é procurar socorro médico rapidamente.

Nikolas Ferreira vai pedir impeachment de Flávio Dino

Deputado afirma que ministro do STF teve atuação político-partidária ao sugerir candidato a governador no Maranhão

Loriane Comeli-
Ministro Flávio Dino, em sessão da Primeira Turma do STF | Foto: Antonio Augusto/STF

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) deve protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 15, informou o Metrópoles. O parlamentar já havia anunciado a medida, no início da semana, em uma postagem no X.

O motivo do impeachment foi o exercício de atividade política por Flávio Dino, conduta que é vedada pela Lei dos Crimes de Responsabilidade e sujeita os ministros do STF à cassação do cargo.

Dino manifestou apoio político durante evento público no Maranhão. O ministro sugeriu uma “chapa imbatível” para o governo daquele Estado — do qual ele já foi governador —, indicando o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) e a professora Teresa Helena Barros como possíveis candidatos.

O documento no qual Nikolas pede o impeachment de Dino cita, ainda, desconforto entre aliados do governador Carlos Brandão (PSB), adversário de Camarão, afirma o Metrópoles.

A conduta de Flávio Dino que motiva o pedido de impeachment por Nikolas Ferreira

Durante aula magna no Centro Universitário UNDB, em São Luís, Flávio Dino se dirigiu a Camarão, com a sugestão: “Coloque a Teresa como vice-governadora, que essa chapa vai ficar imbatível, porque essa mulher é popular”, afirmou o ministro. Nikolas entende que essas falas excedem a liberdade de expressão e interferem no processo político local.

Outro ponto do pedido utiliza declaração de Felipe Camarão, que em entrevista ao canal MyNews, destacou: “Nós elegemos 26 vereadores em 2024. Nosso campo político, nosso time: Lula, Brandão, Dino e Camarão”, reforçando, segundo Nikolas, a participação eleitoral de Dino depois de assumir o STF em fevereiro de 2024.

Interlocutores do ministro rebatem as acusações e alegam que as declarações de Dino foram feitas em tom de brincadeira, sem nenhuma ação partidária. Nikolas Ferreira também anuncia que prepara outra representação contra Dino no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Flávio Dino foi juiz federal de 1994 a 2006, governou o Maranhão de 2015 a 2022, e ocupou o Ministério da Justiça no governo Lula antes de ser nomeado ao STF em dezembro de 2023. Ele tomou posse em fevereiro de 2024.

INSS recebe avalanche de denúncias sobre descontos irregulares em benefícios

Aplicativo da autarquia registra quase meio milhão de contestações no primeiro dia de operação da nova ferramenta

Luis Batistela-
O INSS notificou 9,4 milhões de pessoas pelo aplicativo ‘Meu INSS’ sobre descontos realizados por associações e entidades | Foto: Reprodução/Flickr

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) identificou uma enxurrada de reclamações. Segundo o presidente da autarquia, Gilberto Waller Júnior, cerca de 473 mil beneficiários registraram queixas contra descontos não autorizados até as 16 horas desta quarta-feira, 14.

O número impressiona: representa 98,6% de todos os pedidos feitos no sistema apenas no primeiro dia de funcionamento do novo serviço. Ele foi criado para identificar cobranças indevidas em benefícios previdenciários.

Na terça-feira 13, o INSS notificou 9,4 milhões de pessoas pelo aplicativo Meu INSS sobre possíveis descontos realizados por associações e entidades.

A partir do dia seguinte, os usuários acessaram a ferramenta de contestação, verificaram o nome da entidade e indicaram se autorizaram a cobrança.

No entanto, o governo não informou os valores descontados nem o que será devolvido. O presidente do INSS havia prometido transparência total a partir desta quarta-feira, incluindo os montantes e as associações responsáveis.

Mas a autarquia recuou e decidiu revelar esses dados apenas depois de concluir a tramitação interna com as entidades envolvidas.

O beneficiário contesta os descontos pelo site e aplicativo Meu INSS ou pela Central Telefônica 135, que funciona de segunda a sábado, das 7 horas às 22 horas.

Fraudes expõem aposentados a novos golpes digitais

O próprio INSS alertou sobre um golpe em curso. Perfis falsos, como o “@assistencia_inss” no Instagram, imitam as redes oficiais da autarquia para enganar beneficiários.

As publicações replicam os conteúdos verdadeiros e oferecem atalhos para liberar reembolsos, induzindo os usuários a clicar em links maliciosos.

Ao fornecer dados como CPF, número do benefício, fotos de documentos e comprovantes de residência, os aposentados acabam vítimas de crimes financeiros — como saques indevidos ou empréstimos consignados fraudulentos.

“No perfil falso mencionado, há a tentativa de atrair os usuários por meio de postagens espelhadas dos canais oficiais do INSS, que sugerem facilidades para resolver pendências ou acelerar a liberação de valores referentes aos descontos associativos, para a aplicação de golpes”, disse o órgão em nota.

O presidente do INSS afirmou que, se as entidades cobradoras não ressarcirem os prejudicados no prazo de 15 dias úteis, o governo federal avaliará o impacto financeiro da devolução. Além disso, a União poderá acionar o Tesouro Nacional para cobrir o prejuízo.

“Depois de verificar quem gerou o dano, a gente vai verificar de onde vai vir o dinheiro”, disse Waller.

O governo também estuda reforçar o atendimento presencial, especialmente em agências da Caixa Econômica Federal, para dar suporte aos beneficiários durante o processo de contestação.

Depois da cracolândia, governo avança contra drogas no centro de São Paulo

Operação conjunta busca sufocar o crime organizado na cidade

Luis Batistela
Ramuth garantiu uma fiscalização rigorosa para fechar rapidamente estabelecimentos ilegais em São Paulo | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Com a retirada recente dos usuários de drogas das ruas centrais da capital paulista, as autoridades estaduais prometem ampliar a fiscalização contra estabelecimentos envolvidos com a venda de entorpecentes.

O alvo principal das ações são bares que, segundo investigações, operam irregularmente e funcionam como fachada para o tráfico.

A promessa partiu do governador em exercício, Felicio Ramuth (PSD), durante pronunciamento nesta quarta-feira, 14, em evento realizado em Campinas.

Ramuth garantiu uma fiscalização rigorosa para fechar rapidamente os estabelecimentos ilegais. A ação é possível graças a um decreto da Prefeitura de São Paulo que facilita o encerramento das atividades comerciais irregulares.

“Os estabelecimentos comerciais que insistirem em permanecer com atividades irregulares nos próximos dias terão uma atuação, já que agora a prefeitura municipal tem um decreto que nos permite fazer de forma célere o fechamento desse tipo de estabelecimento, que tem sido usado também pelo crime organizado”, disse Ramuth.

Segundo o governador em exercício, as operações terão o apoio de órgãos como o Ministério Público e devem seguir o modelo de sucesso aplicado recentemente em ferros-velhos, hotéis e pensões na mesma área da cidade.

Governo de São Paulo mantém combate ao tráfico de drogas

Além das ações policiais e administrativas, Ramuth destaca que houve aumento significativo na procura espontânea por tratamento contra a dependência química.

A busca por atendimento nos centros de saúde cresceu substancialmente nas últimas semanas, um sinal considerado positivo pela gestão estadual. O governador ressalta ainda a continuidade do combate ao tráfico na Favela do Moinho, localizada próxima ao centro.

Segundo ele, operações recentes da Polícia Militar na favela contribuíram diretamente para diminuir o consumo aberto de drogas, que caracterizava a área conhecida como cracolândia.

Para Ramuth, a situação atual de São Paulo é fruto de mais de dois anos de ações combinadas nas áreas da segurança, saúde e assistência social.

“A nossa gestão, desde o início, não considera esse tipo de atividade uma atividade normal”, afirma Ramuth. “Você está passando para fazer suas compras, para fazer turismo na região central e se depara com grupos ou aquela concentração que era da cracolândia fazendo uso de crack a céu aberto.”

A cracolândia é conhecida por concentrar usuários de drogas no centro de São Paulo há décadas. A região já foi alvo de diversas intervenções do poder público. Mesmo assim, o problema persiste como um dos maiores desafios urbanos do país.

Lula é um 'líder obcecado por glórias internacionais', diz Estadão

Jornal revela que petista usou acordos comerciais como pretexto para estreitar laços com regimes autocráticos e critica desvio da tradição diplomática brasileira de neutralidade e defesa da democracia

Yasmin Alencar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com Xi Jinping, o líder chinês, na abertura do IV Fórum Celac-China | Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Em editorial publicado nesta quinta-feira, 15, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma crítica à postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita à China. Embora reconheça os avanços comerciais conquistados — como a promessa de R$ 27 bilhões em investimentos e acordos em áreas estratégicas —, o jornal adverte que tais ganhos não justificam os excessos ideológicos e gestos simbólicos que marcaram a viagem.

Segundo o texto, Lula voltou a confundir diplomacia com militância, e sua aproximação com o regime chinês foi movida por “fetiches ideológicos”, não por interesses nacionais.

“Sua visita foi marcada por declarações e gestos que extrapolam a esfera da cooperação pragmática e o colocam como entusiasta de uma aproximação geopolítica com a China, inspirada por motivações partidárias, em detrimento da equidistância diplomática característica do Itamaraty”, disse o jornal.

O jornal também critica as provocações do presidente aos Estados Unidos e a comparação de sua eleição à revolução comunista de 1949, considerando esse tipo de fala uma “violação do fato histórico” e um sinal de ignorância ou má-fé.

“O petista foi além, ao comparar suas vitórias eleitorais à revolução comunista de 1949, violentando, por ignorância ou má-fé, o fato histórico de que os avanços socioeconômicos da China vieram da ruptura com a tirania homicida de Mao Tsé-tung e da liberalização do mercado sob Deng Xiaoping”, disse o Estadão. “O constrangedor episódio em que a primeira-dama Janja da Silva interpelou Xi Jinping, sugerindo enviesamento do TikTok contra a esquerda, é um emblema caricato desse voluntarismo trapalhão que permeia a diplomacia presidencial.”

Para o Estadão, o argumento de que Lula busca pragmatismo ao se alinhar à China é falso. “Lula disfarça seu alinhamento a Pequim sob o manto de um pragmatismo virtuoso: garantir investimentos e acesso ao mercado chinês”, escreveu o jornal. “É uma inversão da realidade. A verdade é que Lula utiliza os negócios como pretexto para satisfazer suas inclinações ideológicas e ambições pessoais.”

Jornal condena Lula por ter tratado com Xi Jinping temas como a regulação das redes sociais

O editorial afirma que “o Brasil não precisa bajular ditaduras para vender soja, carne ou minério” e condena o fato de Lula ter tratado com Xi Jinping temas como a regulação de redes sociais, o que, segundo o texto, desrespeita os princípios constitucionais da liberdade de expressão e da separação entre os Poderes.

Ao final, o jornal conclui que o Brasil tem todas as condições de exercer um papel independente no cenário global, graças à sua tradição diplomática, importância ambiental e peso econômico. Mas, para isso, é preciso que a política externa esteja a serviço do Estado, e não de “um líder obcecado por glórias internacionais”.

Com decisão unânime, STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (14), por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. A decisão foi unânime, mas ainda cabe recurso.

Zambelli foi considerada culpada pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Votaram a favor da condenação o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, além dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O julgamento, realizado de forma virtual, iniciou na última sexta-feira (9) e foi concluído nesta manhã.

Além da pena de reclusão, a parlamentar também foi sentenciada à perda do mandato — válida após o esgotamento de todos os recursos — e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. O valor será dividido com o hacker Walter Delgatti Neto, que também foi condenado na ação.

Delgatti, que confessou a autoria da invasão, afirmou ter agido a pedido da deputada. Conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a mentora intelectual da ação, que chegou a gerar um falso mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes. Delgatti recebeu pena de 8 anos e 3 meses de prisão.

Comitiva de Trump no Qatar desfila em carros da Tesla, e presidente deve ganhar avião

Por Folhapress
Foto: Reprodução / YouTube

No primeiro grande giro internacional de seu segundo mandato, Donald Trump tem sido recepcionado com extravagância e gestos simbólicos que parecem bajular o presidente e os demais integrantes da delegação dos Estados Unidos.

No Qatar, o segundo de três países incluídos no roteiro de Trump para o Oriente Médio, uma cena chamou a atenção nesta quarta-feira (14): a comitiva do presidente americano foi conduzida por dois veículos Cybertruck, da Tesla, empresa cujo proprietário é o bilionário Elon Musk, braço-direito do líder republicano.

Musk, inclusive, faz parte da delegação americana. Em Doha, a capital qatari, o empresário se encontrou nesta quarta com o xeque Bandar bin Saoud al-Thani, o presidente do Banco Central no país do Golfo. De acordo com a imprensa local, eles discutiram finanças e investimentos globais, entre outros assuntos.

Trump e os demais integrantes da comitiva americana desembarcaram no Oriente Médio com o objetivo declarado de não falar de política e focar apenas em negócios -o presidente quer assinar acordos de investimentos que atinjam um valor combinado de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,6 trilhões), uma quantia avassaladora de dinheiro que equivale a todo o PIB da Arábia Saudita, o primeiro destino da viagem.

Parte dessa meta foi alcançada em Doha com a concretização de um acordo, bastante celebrado por Washington, para a compra de jatos da americana Boeing. A Casa Branca disse que os negócios, envolvendo também outros setores, chegam a US$ 243 bilhões (R$ 1,3 trilhão). Já Trump disse que o pedido feito pela companhia Qatar Airways é o maior recebido pela fabricante dos EUA na história.

A companhia aérea estatal fechou acordo de US$ 96 bilhões para comprar até 210 aeronaves Boeing 787 Dreamliner e 777X fabricadas nos EUA, segundo Washington. Não foram divulgados prazos para o pedido.

Antes de o acordo ser concretizado, agências de notícias informaram que a família real do emirado estava prestes a oferecer a Washington um Boeing 747-8, estimado por especialistas em US$ 400 milhões (R$ 2,27 bilhões). O avião pode ser o item mais caro já doado ao governo dos EUA na história da diplomacia americana. "Eu agradeço muito e nunca recusaria uma oferta desse tipo. Eu teria de ser muito burro para dizer 'não, não quero um avião muito caro de graça'", disse Trump sobre o assunto.

Na Arábia Saudita, o primeiro destino de Trump em seu giro pelo Oriente Médio, o presidente americano teve uma recepção luxuosa. O republicano desembarcou no Terminal Real, uma seção especial do Aeroporto Internacional King Khalid, em Riad, a capital saudita, e se deparou com uma delegação de empresários e membros da realeza -incluindo o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, governante de fato da região.

Trump disse que a Arábia Saudita se comprometeu a investir US$ 600 bilhões por meio de dezenas de acordos nos setores de defesa, inteligência artificial e energia. No entanto, não ficou claro em que período o dinheiro seria investido, e analistas alertaram que alguns dos acordos podem não se concretizar.

Tanto na Arábia Saudita quanto no Qatar, vários caças da Força Aérea escoltaram o avião que transportou Trump. No primeiro destino, a comitiva do presidente também foi acompanhada por cavalos árabes brancos, uma cena que, segundo a imprensa americana, parecia a de um integrante da realeza.

Depois do Qatar, Trump fecha o giro ao Oriente Médio com visita aos Emirados Árabes Unidos.

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