Durante a ligação, ocorrida nesta quarta-feira, 17, o chanceler chinês destacou a longa relação de confiança entre os dois países
Yasmin Alencar

Wang Yi | Foto: Reprodução/U.S. Mission to International Organizations in Vienna
Em meio à intensificação das tensões entre Venezuela e Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, telefonou ao chanceler venezuelano, Yván Gil, para reiterar o comprometimento estratégico de Pequim com o governo de Nicolás Maduro. Durante a ligação, ocorrida nesta quarta-feira, 17, Wang destacou a longa relação de confiança entre os dois países e criticou o que classificou como “bullying unilateral” praticado por potências estrangeiras, numa referência direta às ações dos EUA.
O chefe da diplomacia chinesa reforçou o apoio de Pequim à defesa da soberania e da dignidade da Venezuela e manifestou oposição ao unilateralismo, conforme nota oficial do Ministério das Relações Exteriores chinês. A conversa, solicitada por Caracas, se deu em meio ao aumento de pressões diplomáticas e econômicas lideradas pelo governo de Donald Trump, que tem intensificado operações militares e restrições econômicas contra o país caribenho.
Tensões crescentes e posicionamento da China
Desde o início de setembro, autoridades norte-americanas têm promovido ataques a embarcações no Pacífico sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, além de ampliar a presença militar na região e bloquear petroleiros venezuelanos como parte das sanções impostas pelos EUA. Wang Yi ressaltou, na ligação, que a Venezuela tem o “direito de desenvolver de forma independente a cooperação mutuamente benéfica com outros países”. “A China acredita que a comunidade internacional compreende e apoia a posição da Venezuela na defesa de seus direitos e interesses legítimos.”
O posicionamento chinês também evidencia a importância do petróleo venezuelano para Pequim, que mantém a importação do produto apesar das restrições dos EUA. Por sua vez, Yván Gil comunicou a Wang que o governo de Maduro “não aceitará ameaças de nenhuma força hegemônica”.
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