Mandados atingem seis Estados e o DF; investigação indica fraudes contra aposentados do INSS
Luis Batistela
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) | Foto: Reprodução/InternetA Polícia Federal (PF) incluiu o senador Weverton Rocha (PDT-MA) entre os alvos da nova etapa da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira, 18. A investigação apura fraudes envolvendo descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Rocha é vice-líder do governo Lula no Senado Federal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou 52 mandados de busca e apreensão e 16 ordens de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares.
Entre os alvos está Romeu Carvalho Antunes, filho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, o Careca do INSS. Romeu também tinha autorização para movimentar contas bancárias de uma das empresas do pai, investigada por participação no esquema de fraudes previdenciárias.
As ações ocorrem no Distrito Federal e em seis Estados: Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Segundo a PF, o objetivo da ofensiva é “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.
CPMI do INSS questionou ligação entre Weverton e grupo acusado de fraudes
Weverton Rocha entrou na mira da CPMI do INSS em setembro deste ano. Durante os trabalhos, a comissão destacou o papel de Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor de Rocha, considerado peça de ligação entre o senador e o grupo operacional acusado de fraudes.
Segundo o portal Metrópoles, Gaspar entregou uma procuração ao consultor Rubens Oliveira Costa, chamado de “homem da mala”. A ação motivou questionamentos sobre proximidade do grupo político de Rocha com operadores financeiros investigados.
Na ocasião, a equipe do senador negou qualquer irregularidade e afirmou que ele não mantinha relação profissional com Gaspar. Ainda em setembro, em depoimento à CPMI, Rubens Costa confirmou encontros com Gaspar. No entanto, ele evitou informar se houve pagamentos indevidos ou repasses ilícitos ligados ao parlamentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.