Celso Rodrigo de Mello é acusado de ajudar parlamentar condenado a sair do país; defesa nega envolvimento
Luis Batistela

No início de dezembro, o STF havia determinado o bloqueio do salário e da cota parlamentar de Ramagem | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Celso Rodrigo de Mello, filho do empresário Rodrigo Cataratas, foi preso pela Polícia Federal (PF) em Manaus no sábado 13. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e está ligada às investigações sobre a saída do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) do Brasil.
As autoridades consideram Ramagem foragido. Ele recebeu condenação de mais de 16 anos de prisão por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo relatos divulgados pela imprensa, o deputado teria atravessado a fronteira por via terrestre. Assim, depois de chegar a Boa Vista (RR), ele teria embarcado para os Estados Unidos a partir de um país vizinho.
No início de dezembro, o STF havia determinado o bloqueio do salário e da cota parlamentar de Ramagem. A Corte argumenta que ele usou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência, que chefiou no governo de Jair Bolsonaro, para monitorar opositores e contestar o sistema eleitoral.
A defesa de Celso nega qualquer participação no caso e informou que já recorreu da decisão. Em nota, os advogados afirmaram que o processo segue em sigilo e que ele é inocente. Também cobraram respeito ao devido processo legal e criticaram conclusões antecipadas.
Eis a íntegra da nota da assessoria de Rodrigo Cataratas:
“A assessoria de Rodrigo Cataratas esclarece que, neste sábado (13), a Polícia Federal cumpriu, em Manaus (AM), mandado de prisão contra Celso Rodrigo de Mello, filho de Rodrigo Cataratas, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de investigação relacionada à apuração sobre a suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem.
O caso tramita em sigilo, não há sentença definitiva, e a defesa de Celso já informou que ele é inocente e que a decisão está sendo recorrida.
A assessoria reforça a importância do respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência, destacando que qualquer conclusão antecipada não condiz com os fatos.
No momento, não haverá novos pronunciamentos. Eventuais atualizações serão divulgadas exclusivamente pelos canais oficiais.”
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