RADIO WEB JUAZEIRO : Novo volta a pedir convocação de Lulinha na CPMI



sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Novo volta a pedir convocação de Lulinha na CPMI

Parlamentares também querem prorrogação da CPMI do INSS por 120 dias

Loriane Comeli

Senador Eduardo Girão e deputado Marcel Van Hattem | Foto: Reprodução/Redes sociais

Os deputados e o senador do Novo protocolaram nesta quinta-feira, 18, um pedido de convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula na CPMI do INSS. O novo pedido vem depois da nova fase da Operação Sem Desconto, que comprometeu ainda mais Lulinha.

A intenção do Novo é esclarecer os vínculos do filho do presidente com as investigações em andamento.

Dessa vez, os parlamentares esperam que a base governista não impeça o depoimento do filho de Lula. Em 4 de dezembro, a comissão acabou rejeitando um requerimento semelhante para convocar Lulinha, depois da intervenção de parlamentares aliados ao governo petista.

Em uma postagem no X, Marcel van Hattem marcou Lula e perguntou se o presidente “vai deixar investigar seu filho?”.

E seguiu: “Já protocolamos na CPMI do INSS novo pedido de convocação. Vamos ver se a base lulista vai blindar o Lulinha de novo ou se, dessa vez, vão concordar com o seu depoimento para explicar a mesada de R$ 300 mil por mês!”

Na quinta-feira 18, ao se manifestar sobre o caso — que envolveu a prisão de Adroaldo Portal, secretário executivo da Previdência e número dois da Previdência, e buscas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder de Lula —, o presidente disse que “se tiver filho meu metido nisso, vai ser investigado, se tiver o Haddad, Rui Costa, vai ser investigado”.

Ao comentar a declaração de Lula, o deputado Luiz Lima (Novo-SC) perguntou se o presidente vai orientar o PT a votar a favor da convocação ou “será só mais uma bravata vazia”.

O envolvimento de Lulinha com as fraudes no INSS

Conforme decisão judicial que embasou a operação desta quinta-feira, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, teria transferido cinco vezes R$ 300 mil para uma empresa de Roberta Luchsinger, amiga de Fábio. Em mensagens analisadas pela Polícia Federal, o empresário indica que o destino do dinheiro seria “o filho do rapaz”, sem detalhar a identidade.

O nome de Fábio Luís não aparece nos autos e não há investigação formal contra ele, segundo a PF. Uma das conversas mostra Roberta Luchsinger tentando acalmar Careca do INSS: “Na época do Fábio falaram de Friboi, de um monte de coisa o maior… igual agora com você”, relatou. Em 2015, Fábio processou políticos que ligaram seu nome à Friboi.

O requerimento foi assinado pelos deputados Marcel van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP), Luiz Lima (RJ) e pelo senador Eduardo Girão (CE). Os parlamentares ressaltam que o ato de convocação não significa julgamento antecipado, mas atende ao dever constitucional de fiscalização.

Van Hattem também protocolou um pedido de prorrogação da CPMI por mais 120 dias. Segundo ele, as informações obtidas com a nova fase da Operação Sem Desconto indicam a necessidade de mais prazo. O prazo atual previsto para a conclusão da comissão é 28 de março. “Com a operação deflagrada hoje pela Polícia Federal por ordem do ministro André Mendonça, incluindo 16 decretações de prisões, e o final das investigações no Congresso previsto para 28 de março de 2026, é fundamental alargarmos o prazo de investigações da nossa CPMI do INSS”, afirmou o parlamentar.

Ele pede que os eleitores cobrem deputados e senadores para que assinem com urgência o requerimento de prorrogação. “Precisamos de 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado”, esclareceu. Ele e Girão gravaram um vídeo no qual reforçam o pedido.

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