RADIO WEB JUAZEIRO : Câmara decide não cassar mandato de Glauber Braga



quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Câmara decide não cassar mandato de Glauber Braga

Deputado será suspenso por 6 meses

Mateus Conte

O deputado federal Glauber Braga, do Psol do Rio de Janeiro | Foto: Reprodução/Redes sociais

O plenário da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, 10, aplicar uma suspensão de seis meses ao deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A votação encerrou um processo que pedia a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro depois de episódios de agressão contra um integrante do Movimento Brasil Livre dentro das dependências do Congresso. A decisão contou com 318 votos favoráveis, 141 contrários e 3 abstenções.

A medida foi adotada depois de deputados aprovarem uma alteração na punição originalmente prevista. O relatório pela perda do mandato havia sido aprovado no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça.

A suspensão preserva seus direitos políticos; se fosse cassado, o parlamentar ficaria inelegível por aproximadamente oito anos. Com a decisão, Glauber mantém o mandato, mas ficará afastado das atividades parlamentares por seis meses.

Um destaque apresentado pelo Psol, partido de Glauber, mudou o encaminhamento do caso. Foram 226 votos pela alteração da pena, contra 220 que defendiam manter a cassação. A estratégia permitiu garantir a aplicação de alguma punição, já que a obtenção dos 257 votos necessários para retirar o mandato era incerta.

Glauber Braga se envolveu em briga com militante do MBL

Glauber foi alvo de representação no Conselho de Ética depois de um episódio em abril, quando discutiu com Gabriel Costenaro, militante do MBL à época. A confusão começou em um dos anexos da Câmara e evoluiu para empurrões e chutes.

A Polícia Legislativa separou os envolvidos e os conduziu para prestar depoimento, momento em que houve novo desentendimento com o deputado Kim Kataguiri (União-SP), fundador do movimento.

O parlamentar alega que reagiu a ofensas contra sua mãe. “Para defender a minha família, sou capaz de muito mais do que um chute na bunda, muito mais”, declarou.

O processo avançou ao longo do ano, mas enfrentou sucessivas paralisações. Glauber realizou greve de fome enquanto aguardava a votação e ocupou uma sala da Câmara durante o protesto.

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