Defesa do ex-presidente quer que ministro autorize avaliação médica sobre presença de hérnia inguinal bilateral no político
Lucas Cheiddi

O ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: abio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Depois de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou autorização para que um médico, com equipamento de ultrassom portátil, possa avaliar a presença de hérnia inguinal bilateral no político. Ele está detido desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
A solicitação, apresentada em petição à Corte, ocorre depois de Moraes considerar que os laudos médicos entregues pela defesa eram antigos e ordenar perícia oficial da Polícia Federal em até 15 dias para decidir sobre possível cirurgia urgente.
No documento, os advogados também pediram permissão para Bolsonaro realizar o procedimento cirúrgico no hospital DF Star e permanecer internado pelo período necessário para a recuperação.
Defesa de Bolsonaro alega múltiplas comorbidades e urgência
Alexandre de Moraes, no julgamento da Ação Penal 2693, em 9/12/2025 | Foto: Luiz Silveira/STF
Ainda no pedido, os representantes legais de Bolsonaro afirmam que, “conforme relatórios e exames médicos já apresentados à Suprema Corte, o peticionário sofre de múltiplas comorbidades graves e crônicas, que incluem as sequelas permanentes das cirurgias abdominais decorrentes do atentado sofrido em 2018 e o quadro de soluços incoercíveis que já demandou atendimento médico urgente”.
Já nesta quinta-feira, 11, a defesa argumentou ter recebido uma recomendação médica recente, assinada pelo Dr. Claudio Birolini, que solicita a realização urgente de ultrassonografia nas regiões inguinais direita e esquerda, para verificação da suspeita de hérnia. Os advogados justificam que o exame visa a agilizar o processo pericial oficial e a fornecer laudos atualizados sem necessidade de deslocamento externo.
Por esse motivo, os advogados pedem que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli possa acessar as instalações da Polícia Federal com o equipamento de ultrassom para examinar Bolsonaro. O ex-presidente, inicialmente custodiado por prisão preventiva em razão de vigília e uso de tornozeleira, passou a cumprir pena em regime fechado depois do julgamento em 25 de novembro, relacionado à tentativa de golpe.

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