Operação que decretou detenção do executivo faz parte de ofensiva nacional contra crimes financeiros
Lucas Cheiddi

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master | Foto: Reprodução/Redes sociais
Na manhã desta terça-feira, 18, a Polícia Federal (PF) prendeu Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, durante uma ação realizada em São Paulo. A operação faz parte de uma ofensiva nacional contra crimes financeiros.
Batizada de Compliance Zero, a investigação apura suposta emissão de títulos de crédito falsos por bancos integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Os crimes em análise incluem organização criminosa, gestão fraudulenta e gestão temerária.
Mandados e abrangência da operação da Polícia Federal
No total, a Polícia Federal executa cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares. As ações ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.
A instauração do inquérito ocorreu em 2024, depois de solicitação do Ministério Público Federal para apurar a fabricação de carteiras de crédito sem lastro por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e substituídos por ativos sem avaliação técnica, conforme apontou o Banco Central durante fiscalização.
Banco Central liquida Banco Master
O Banco Central decidiu, na manhã desta terça-feira, 18, decretar a liquidação extrajudicial do Banco Master. A medida ocorre menos de 24 horas depois de o Grupo Fictor demonstrar interesse em adquirir a instituição.
Fontes próximas às negociações afirmam que a decisão do BC encerra qualquer chance de avanço no acordo de venda. A determinação inclui ainda a liquidação da corretora de câmbio vinculada ao banco. A ordem tem a assinatura do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
O Banco Master voltou a chamar atenção do mercado em setembro, quando o órgão regulador barrou a tentativa de aquisição da instituição por um banco de Brasília. À época, especialistas acreditavam haver fragilidades no modelo de negócios do Master, que emitia títulos cobertos pelo FGC com remunerações muito acima das praticadas pelo mercado.
Agentes e viatura da Polícia Federal | Foto: Reprodução/Polícia Federal
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