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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Castro diz a Moraes que ação no RJ foi 'proporcional' contra o CV

Governador do Estado entregou ao ministro do STF, nesta segunda-feira, 3, um relatório detalhado da megaoperação

Lucas Cheiddi
Ministro Alexandre de Moraes e Cláudio Castro em audiências com autoridades do Rio de Janeiro sobre a ADPF 635 - 03/11/2025 | Foto: Gustavo Moreno/STF

Nesta segunda-feira, 3, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, na semana passada, seguiu rigorosamente as normas definidas pela Corte na ADPF das Favelas. O político entregou um documento que detalha toda a ação ao magistrado.

Castro garantiu que o planejamento teve supervisão judicial e participação do Ministério Público, com foco em áreas não residenciais, longe de escolas, e utilização proporcional de força. O governador destacou que o grupo criminoso organizou uma resposta imediata e coordenada depois da intervenção, de modo a intimidar e enfrentar o poder público.

Reação criminosa e preparação policial

Na reação à operação, de acordo com Castro, cerca de 500 integrantes da facção demonstraram alto poder de fogo e métodos com potencial letal. Isso teria justificado o nível de força empregado pelas forças policiais. O planejamento envolveu cerca de 60 dias de reuniões técnicas entre as Polícias Civil e Militar.

As investigações que antecederam a operação tiveram duração aproximada de um ano. Elas incluíram quebra de sigilos telefônicos, análise de dados em nuvem e cumprimento de mandados de busca e apreensão. O apoio veio de setores de inteligência, Ministério Público e colaboração com outros Estados, como o Pará.

Questionamentos do STF e resposta do governo
Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília | Foto: Wallace Martins/STF

No relatório, de 26 páginas, Castro respondeu aos questionamentos do STF sobre a força utilizada, a quantidade de agentes, a identificação das equipes, os armamentos, o número de mortos, feridos e presos, além de medidas para evitar abusos e violações de direitos humanos.

O governador contextualizou a dimensão e as práticas da facção criminosa, a qual classificou como comparável a organizações narcoterroristas internacionais. Ele afirmou que a ação não foi comum, pois enfrentou uma estrutura armada e resistente à intervenção estatal.

Segundo Castro, disputas territoriais entre o Comando Vermelho e rivais alimentaram uma corrida por armas pesadas, como fuzis de guerra e explosivos. Além disso, o histórico da facção reforça uma ideologia de confronto ao Estado e a violência contra forças de segurança.

Encontro entre Moraes e Castro e próximos passos

Nesta segunda-feira, 3, Moraes e Castro se encontraram no Centro Integrado de Comando e Controle, no centro da cidade, para discutir a megaoperação. A reunião, iniciada às 11h30, teve duração de duas horas e meia. Segundo fontes presentes, não houve exibição de vídeos da ação, apesar da intenção de Castro.

Durante a visita técnica, Moraes conheceu a sala de inteligência e o sistema de câmeras portáteis da Polícia Militar. “Conversamos sobre o projeto de retomada que está em fase de organização pelo CNMP e demos ao ministro total possibilidade de tirar todas as dúvidas sobre a política de segurança do Rio de Janeiro e os desafios do combate ao crime”, afirmou Castro, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa.

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