Recurso do Novo que pedia apreciação do plenário da Câmara foi rejeitado com 344 votos contrários
Lucas Cheiddi
Fachada do Congresso Nacional | Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoA discussão sobre decisões individuais no Supremo Tribunal Federal (STF) ganha novo capítulo, nesta quarta-feira, 22, dia em que o projeto de lei que limita essas deliberações avança diretamente ao Senado depois de ter um recurso para votação em plenário rejeitado na Câmara dos Deputados.
Com 344 votos contrários e apenas 95 favoráveis, o recurso do partido Novo foi derrubado nesta quarta-feira, 22. A solicitação pedia que o texto fosse levado ao plenário, mas a maioria dos deputados decidiu manter a tramitação conclusiva do projeto.
Essa modalidade trata de um procedimento que permite a aprovação de determinados textos sem a necessidade de votação em plenário, desde que não haja recurso de parlamentares para levar o texto à apreciação final dos 513 deputados.
Assim, as comissões temáticas analisam o mérito e a constitucionalidade da proposta. Se todas aprovarem a proposta e não houver recurso ao plenário no prazo regimental, ela é aprovada conclusivamente e segue diretamente para o Senado, de modo a agilizar o processo legislativo.
Projeto avança sem passar pelo plenário
Estátua da Justiça, ao fundo da fachada do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília | Foto: Gustavo Moreno/STFO projeto de autoria do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) já havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça em 30 de setembro, nos moldes do parecer do relator, Alex Manente (Cidadania-SP). Assim, o texto avança sem necessidade de debate no plenário da Câmara.
Entre as principais mudanças está a definição de prazos e critérios para decisões monocráticas dos ministros do STF. O texto determina que essas decisões devem ser analisadas pelo colegiado na sessão seguinte e precisam estar fundamentadas em entendimentos consolidados do plenário.
Além disso, o projeto estipula que somente partidos que atingirem a cláusula de barreira poderão apresentar ações de controle de constitucionalidade ao STF. Esse ponto é considerado o mais controverso da proposta.
No Senado, o projeto será novamente analisado. Se aprovado sem mudanças, segue para a sanção do presidente da República. Caso haja alterações, o texto retorna à Câmara dos Deputados. Até o momento, não há data definida para a análise pelos senadores.
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