Eduardo Bolsonaro segue no páreo para disputar as eleições de 2026

Candidatura à Câmara, ao Senado ou ao Planalto depende da elegibilidade de Jair e da decisão de Tarcísio de concorrer ou não à Presidência

Edilson Salgueiro

Eduardo deve concorrer por São Paulo, caso não seja o escolhido para disputar a Presidência da República | Foto: Reprodução/Flickr

Apesar das especulações de que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estaria fora de eventual disputa das eleições em 2026, fontes ligadas à família dizem que o parlamentar segue no páreo.

De acordo com interlocutores, Eduardo deve concorrer por São Paulo, caso não seja o escolhido para disputar a Presidência. A candidatura do filho “03” é considerada estratégica: o Estado é o maior colégio eleitoral do país e palco de fortes nomes ligados ao “bolsonarismo”, como Carla Zambelli, Guilherme Derrite e Ricardo Salles.

Dentro do Partido Liberal (PL), a expectativa é que Eduardo lidere a chapa ao Senado ou à Câmara, a fim de consolidar a força da família no Estado e a garantir palanque robusto para o candidato presidencial do PL.

Candidatura de Eduardo depende de Tarcísio

O cenário paulista está diretamente ligado à decisão de Tarcísio de Freitas sobre concorrer ou não ao Planalto. Caso o governador se mantenha no cargo e não entre na corrida presidencial, Bolsonaro pretende emplacar um nome próprio nas eleições estaduais, e Eduardo desponta como favorito.

Fontes próximas à família reforçam que, diferentemente das especulações que circulam na imprensa e nas redes sociais, não há afastamento de Eduardo nem enfraquecimento político. Ao contrário: o deputado é visto como peça-chave no arranjo da família, com a confiança pessoal do pai e o apoio dos irmãos.

Enquanto Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, continua operando politicamente por meio de encontros autorizados com aliados. Nessas reuniões, o ex-presidente define chapas estaduais, cobra unidade dos partidos de direita e planeja reconquistar maioria no Senado — peça central para revidar o STF e proteger o núcleo político familiar.