Petista usou as redes para criticar rejeição da medida provisória que elevaria a carga tributária sobre 'os mais ricos'
Luis Batistela

O governo contava com a MP para ampliar a arrecadação | Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a decisão da Câmara dos Deputados que barrou a Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que aumentaria a tributação sobre aplicações financeiras e lucros de bancos. Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira, 8, o petista acusou os parlamentares de prejudicar a população.
Segundo ele, a rejeição da medida não representa uma derrota ao governo, mas à sociedade brasileira. “Impedir essa correção é votar contra o equilíbrio das contas públicas e contra a justiça tributária”.
A manifestação ocorre em meio a decisão do Planalto de não garantir apoio à proposta. O texto previa unificar a alíquota de 18% sobre os rendimentos de investimentos financeiros e elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de instituições bancárias.
Lula afirma que objetivo era taxar os mais ricos
Lula defendeu a MP como uma tentativa de reduzir desigualdades. De acordo com o presidente, a medida corrigia distorções ao “cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais”. Nesse sentido, ele sugeriu que, por trás da rejeição, existe uma estratégia para impedir o financiamento de políticas públicas.
“O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros”, escreveu Lula. “É jogar contra o Brasil.”
O governo contava com a MP para ampliar a arrecadação. A estimativa da equipe econômica previa aumento de R$ 10,5 bilhões na receita ainda em neste ano. Para 2026, o valor projetado chegava a R$ 21 bilhões.
A base governista não conseguiu impedir a aprovação do requerimento da oposição que retirou a proposta da pauta. A medida perdeu validade por falta de votação nas duas casas legislativas até o fim do prazo. Deputados da oposição comemoraram a decisão e consideraram a retirada uma vitória.
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