Investigação aponta atuação irregular em apuração que alcançou político fluminense
Erich Mafra

As apurações indicam que teria cMacário Judice Neto teria colaborado para a divulgação antecipada de uma ação policial | Foto: Divulgação/Ufes
A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira, 16, no Rio de Janeiro, o desembargador Macário Judice Neto, integrante do TRF-2. Segundo o g1, as apurações indicam que o magistrado teria colaborado para a divulgação antecipada de uma ação policial contra Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.
O vazamento teria ocorrido durante uma ofensiva contra o então deputado estadual, que foi detido sob suspeita de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que TH negociava armas com integrantes do Comando Vermelho. Ele assumiu o mandato em junho, mas perdeu a condição de deputado com a prisão.
Entenda vazamentos no caso TH Joias
No centro do desdobramento está Rodrigo Bacellar, deputado estadual do União Brasil e então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A Polícia Federal apura se ele atuou para repassar informações sigilosas da Operação Zargun a TH Joias antes do cumprimento dos mandados.
Segundo o portal, uma fonte da PF relatou que Bacellar estava em um restaurante com o desembargador Macário Judice Neto quando telefonou para TH Joias para alertá-lo sobre a ação policial. Os investigadores também encontraram mensagens trocadas entre Bacellar e o magistrado no celular apreendido, material que fundamentou o avanço da investigação.
Nesta fase, agentes cumpriram um mandado de prisão e dez de busca e apreensão. As ordens partiram do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e as diligências ocorreram no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Bacellar foi preso na etapa inicial da apuração, mas deixou a cadeia por decisão do plenário da Alerj. Mesmo solto, Moraes determinou seu afastamento da presidência da Casa. O parlamentar chegou a ser autorizado a seguir no mandato, mas pediu licença do cargo no dia seguinte.
Para Moraes, existem fortes indícios de que o deputado integrou uma organização criminosa. O ministro mencionou suspeitas de obstrução de investigações e interferência em ações contra o crime organizado.
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