RADIO WEB JUAZEIRO : PF prende desembargador por suspeita de vazamento no caso TH Joias



terça-feira, 16 de dezembro de 2025

PF prende desembargador por suspeita de vazamento no caso TH Joias

Investigação aponta atuação irregular em apuração que alcançou político fluminense

Erich Mafra
As apurações indicam que teria cMacário Judice Neto teria colaborado para a divulgação antecipada de uma ação policial | Foto: Divulgação/Ufes

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira, 16, no Rio de Janeiro, o desembargador Macário Judice Neto, integrante do TRF-2. Segundo o g1, as apurações indicam que o magistrado teria colaborado para a divulgação antecipada de uma ação policial contra Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.

O vazamento teria ocorrido durante uma ofensiva contra o então deputado estadual, que foi detido sob suspeita de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que TH negociava armas com integrantes do Comando Vermelho. Ele assumiu o mandato em junho, mas perdeu a condição de deputado com a prisão.

Entenda vazamentos no caso TH Joias

No centro do desdobramento está Rodrigo Bacellar, deputado estadual do União Brasil e então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A Polícia Federal apura se ele atuou para repassar informações sigilosas da Operação Zargun a TH Joias antes do cumprimento dos mandados.

Segundo o portal, uma fonte da PF relatou que Bacellar estava em um restaurante com o desembargador Macário Judice Neto quando telefonou para TH Joias para alertá-lo sobre a ação policial. Os investigadores também encontraram mensagens trocadas entre Bacellar e o magistrado no celular apreendido, material que fundamentou o avanço da investigação.


Nesta fase, agentes cumpriram um mandado de prisão e dez de busca e apreensão. As ordens partiram do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e as diligências ocorreram no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Bacellar foi preso na etapa inicial da apuração, mas deixou a cadeia por decisão do plenário da Alerj. Mesmo solto, Moraes determinou seu afastamento da presidência da Casa. O parlamentar chegou a ser autorizado a seguir no mandato, mas pediu licença do cargo no dia seguinte.

Para Moraes, existem fortes indícios de que o deputado integrou uma organização criminosa. O ministro mencionou suspeitas de obstrução de investigações e interferência em ações contra o crime organizado.

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