Governo norte-americano amplia mobilização no Mar do Caribe, fecha espaço aéreo e cogita ação militar contra o narcotráfico
Luis Batistela

O governo dos EUA elevou a recompensa por informações que levem à prisão do ditador chavista para US$ 50 milhões | Foto: Montagem Revista Oeste//Reprodução/X
Nicolás Maduro não atendeu ao ultimato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano havia dado uma semana para que o ditador deixasse o poder na Venezuela. O prazo venceu em 28 de novembro. Como resultado, o norte-americano se reuniu com seus assessores nesta segunda-feira, 1º de dezembro, para discutir a campanha militar no Mar do Caribe.
A condição para a saída incluía anistia legal para Maduro e seus familiares. Em troca, ele propôs entregar o regime à vice-presidente Delcy Rodríguez até novas eleições. O líder chavista apresentou a proposta por meio de uma ligação telefônica no dia 21 de novembro.
No entanto, em uma conversa que durou menos de 15 minutos, Trump rejeitou parcialmente os pedidos. Mesmo assim, ofereceu uma semana para que Maduro deixasse o país com sua família.
Com o prazo expirado, o republicano anunciou o fechamento total do espaço aéreo venezuelano. O presidente norte-americano não detalhou a decisão, o que causou incerteza em Caracas.
O governo dos EUA elevou a recompensa por informações que levem à prisão do ditador chavista para US$ 50 milhões. A lista ainda inclui nomes como Diosdado Cabello, também alvo de acusação de tráfico de drogas.
Nos bastidores, a Casa Branca argumenta que Maduro opera como peça-chave na logística de drogas que entram nos EUA. Tropas norte-americanas reforçaram operações no Caribe e no Pacífico. Desde setembro, militares realizaram 21 ataques contra embarcações ligadas ao narcotráfico, matando pelo menos 83 criminosos.
Trump e assessores discutem o futuro da Venezuela no Salão Oval
Trump reuniu sua equipe de segurança nacional nesta segunda-feira para discutir a situação da Venezuela. O encontro aconteceu no Salão Oval, mas nenhum detalhe foi divulgado.
Um integrante do alto escalão confirmou à agência Reuters que a pressão sobre Maduro é prioridade. Segundo ele, ainda há espaço para negociações, pois as divergências dentro do governo dos EUA persistem.
Por sua vez, o ditador declarou “lealdade absoluta” ao povo venezuelano em discurso transmitido na TV estatal. Três fontes disseram que o líder chavista pediu uma nova conversa com Trump. Não há confirmação se o presidente vai atender ao pedido.
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