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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Lula defende combate a privilégios em cadeia nacional

Discurso tem tom eleitoreiro e ênfase na 'luta de classes', principal tese política da esquerda

Yasmin Alencar
O presidente Lula da Silva: pronunciamento no domingo | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou um pronunciamento em rede nacional neste domingo, 30, para apresentar novas medidas fiscais voltadas à redução da desigualdade e à correção do sistema tributário no Brasil.

Num tom eleitoreiro e com ênfase na “luta de classes” da esquerda, a fala destacou ações que buscam aliviar a carga do Imposto de Renda sobre trabalhadores de menor renda, ao mesmo tempo em que propõe maior contribuição por parte dos mais ricos do país.

Durante o discurso, Lula afirmou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, já sancionada, passa a beneficiar quem recebe até R$ 5 mil por mês, medida que entra em vigor em janeiro de 2026. O presidente explicou que, além disso, a lei reduz a alíquota para salários entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, contemplando cerca de 20 milhões de brasileiros com isenção e outros 5 milhões com desconto.
Lula argumentou que a elite econômica brasileira, historicamente, pagou menos impostos em relação a trabalhadores comuns

Para compensar a redução na arrecadação, o governo instituiu um imposto progressivo para pessoas físicas com renda superior a R$ 50 mil mensais, faixa que corresponde a aproximadamente 140 mil contribuintes — 0,1% da população. O novo tributo parte de 0% e pode chegar a 10% para quem ganha acima de R$ 100 mil por mês. Segundo o governo, quem já paga essa alíquota ou mais não terá impacto adicional.

Lula argumentou que a elite econômica brasileira, historicamente, pagou menos impostos em relação a trabalhadores comuns. “Ao longo de 500 anos de história, a elite brasileira acumulou mais e mais privilégios, que foram passados de geração em geração até a chegada ao dia de hoje”, disse Lula. “Entre os muitos privilégios, talvez o mais vergonhoso seja o de pagar menos Imposto de Renda do que a classe média e os trabalhadores.”

O presidente ressaltou que, enquanto trabalhadores arcam com até 27,5% de Imposto de Renda, quem vive de rendimentos paga, em média, 2,5%. Segundo Lula, isso representa uma distorção que a nova legislação busca corrigir com o objetivo de promover justiça tributária. Ele defendeu a ideia de que a medida representa um passo importante para combater a concentração de renda e ampliar as oportunidades para a maioria da população.

“Seguiremos firmes, combatendo os privilégios de poucos para defender os direitos e as oportunidades de muitos”, declarou o petista.

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