Flávio visita Bolsonaro pela 1ª vez depois de anúncio de pré-candidatura

Encontro só ocorre em razão de uma autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Lucas Cheiddi

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do senador Flávio Bolsonaro; pai e filho sorridentes, em registro de 2020 | Foto: Divulgação/PSL

Depois de ser indicado oficialmente como pré-candidato à Presidência da República em 2026 por Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vai visitar o pai nesta terça-feira, 9, na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.

O encontro será o primeiro desde o anúncio da candidatura e só ocorre em razão de uma autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Restrita a 30 minutos e pela manhã, a visita também conta com a presença autorizada da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Na noite desta segunda-feira, 8, o senador buscou apoio político de alas da direita e do centro. Ele se reuniu, na capital federal, com líderes de partidos como União Brasil, PP e PL, incluindo Antonio Rueda, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto.

Repercussão incertezas sobre candidatura de Flávio Bolsonaro

Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, caminha em frente a uma unidade da Polícia Federal no dia em que visita o marido, que começou a cumprir uma pena de 27 anos por conspiração para golpe de Estado contra seu sucessor, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Brasil (27/11/2025) | Foto: Reuters/Jorge Silva

O anúncio da pré-candidatura gerou repercussão imediata no mercado financeiro na sexta-feira 5. A Bolsa brasileira sofreu maior retração desde 2021. No domingo 7, Flávio Bolsonaro reconheceu que sua permanência na disputa pode depender de negociações e mencionou que há um “preço” para abrir mão do projeto.

“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar”, disse o senador. “Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã.” Interpelado pela imprensa, Flávio Bolsonaro explicou que o “preço” seria o Congresso Nacional pautar a anistia.