Ex-deputado federal afirmou que decisão é injusta por não ter cometido crime
Por Ane Catarine

Ex-depuatdo federal Eduardo Bolsonaro - Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
Logo após perder o mandato de deputado federal, na noite de quinta-feira (18), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais para afirmar que “valeu muito a pena” ter se afastado das funções da Câmara dos Deputados para se autoexilar nos Estados Unidos em busca do que chamou de “consequências reais para ditadores”.
Segundo ele, a cassação confirmada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), representaria uma “medalha de honra”, e não uma punição.
“Tem gente que diz que estou nos Estados Unidos por opção, mas digo que valeu a pena. Valeu muito a pena ter conseguido, pela primeira vez, levar consequências reais para esses ditadores. Para mim, o que fica é uma medalha de honra, e não a perda de um mandato”, afirmou.Eduardo Bolsonaro - Ex-deputado federal pelo PL
Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, quando intensificou as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de barrar o julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por participação na trama golpista.
Antes da condenação de Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, Eduardo atuou para articular junto ao governo norte-americano sanções contra ministros do STF e contra produtos brasileiros.
Apesar desse movimento, o ex-deputado afirmou que a cassação é injusta, sob o argumento de que não cometeu crime.
“Cassaram meu mandato não por corrupção ou por terem encontrado dinheiro na minha cueca. Muito pelo contrário, cassaram meu mandato por eu fazer exatamente aquilo que meus eleitores esperam de mim”, completou.
Entenda
Eduardo Bolsonaro acumulou 59 ausências não justificadas em sessões deliberativas do plenário. A Constituição prevê a perda de mandato para parlamentares que se ausentem a mais de um terço das sessões.
A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, foi publicada no Diário Oficial da Casa e não contou com o aval de parte dos integrantes da Mesa Diretora, que foram substituídos por suplentes eleitos.
Não assinaram a decisão Altineu Côrtes (PL-RJ), 1º vice-presidente; Elmar Nascimento (União-BA), 2º vice-presidente; Sergio Souza (MDB-PR), 4º secretário; e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), 4º suplente.
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