Estudos estadunidenses detectaram síndrome em usuários frequentes
Por Victoria Isabel

Cannabis - Foto: Raphael Muller
Cientistas da Universidade de Washington alertam para o avanço da síndrome da hiperêmese canabinóide, condição que afeta alguns usuários frequentes de cannabis e que agora recebeu reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O distúrbio leva muitos pacientes repetidas vezes às emergências, com episódios severos de:
Dor abdominal
Náuseas
Vômitos
Transtorno gastrointestinal
Classificada como um transtorno gastrointestinal, a síndrome causa crises que podem durar dias e se repetir ao longo do ano. Um sinal típico é o alívio temporário dos sintomas com banhos muito quentes.
A causa exata ainda é desconhecida, mas está claramente ligada ao uso contínuo da cannabis e a única forma comprovada de interromper as crises é parar totalmente o consumo.
Desde 1º de outubro, a condição ganhou o código R11.16 na Classificação Internacional de Doenças (CID), o que deve facilitar o registro padronizado e o monitoramento dos casos. Pesquisadores afirmam que a medida permitirá compreender melhor quem é mais vulnerável, já que apenas parte dos usuários desenvolve o quadro.
Tratamento
O tratamento segue desafiador: medicamentos tradicionais contra enjoo muitas vezes não funcionam, levando médicos a alternativas como Haldol ou cremes de capsaicina.
Outro obstáculo é a resistência de alguns pacientes em aceitar que a cannabis esteja causando o problema, sobretudo entre os que usam a substância com fins terapêuticos, o que dificulta a suspensão do consumo.
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