Presidente do Tribunal, Cármen Lúcia havia pautado o processo um dia depois da operação contra o Comando Vermelho no RJ
Cristyan Costa

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, durante coletiva de imprensa | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Na noite desta terça-feira, 4, o ministro Antonio Carlos Ferreira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu mais tempo para analisar o processo que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Dessa forma, o julgamento foi adiado, sem ainda uma data para ocorrer novamente. Espera-se, contudo, que o assunto seja resolvido ainda neste ano. Até o momento, apenas a relatora do caso, Isabel Gallotti, votou – pela condenação.
Mais cedo, a coluna informou que haviam crescido as chances de um pedido de vista da ação.
O movimento era esperado desde a semana passada, sobretudo em virtude do timing em que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, agendou o caso — um dia depois da operação contra o Comando Vermelho. O ato de Cármen causou surpresa.
Processo contra Cláudio Castro

População deixou corpos em praça da Penha, bairro da zona norte do Rio de Janeiro — 29/10/2025 | Foto: Reginaldo Pimenta/Estadão Conteúdo/Agência O Dia
Conforme o Ministério Público Eleitoral (MPE), Castro e outros 11 investigados obtiveram vantagem eleitoral em 2022 por meio de contratações temporárias e repasses de recursos na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo os procuradores, os vínculos teriam sido firmados sem amparo legal e utilizados para ampliar a base política do então candidato à reeleição.
O caso foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que em maio de 2024 rejeitou a acusação por falta de provas. O colegiado entendeu que o MPE não demonstrou relação direta entre as contratações e o resultado das urnas. O MPE, contudo, recorreu ao TSE.
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