Com isso, os 20 últimos sequestrados pelos terroristas que ainda estão vivos são devolvidos
Loriane Comeli
Sete reféns libertados nesta segunda-feira, 13 | Foto: Reprodução/X/IDFDepois de dois anos do ataque terrorista do Hamas a Israel, os últimos 20 reféns israelenses sobreviventes foram libertados nesta segunda-feira, 13, e já estão sob responsabilidade do governo israelense. Nas primeiras horas do dia, os terroristas libertaram sete reféns e, em seguida, as últimas 13 pessoas foram entregues à Cruz Vermelha. Todos já estão em Israel.
Os sete primeiros reféns libertados são Eitan Mor, Gali e Ziv Berman, Matan Angrest, Guy Guilboa-Dalal, Alon Ohel e Omri Meiran, informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
Em uma postagem no X, as IDF disseram que “funcionários da Diretoria de Recursos Humanos da IDF e equipes médicas da IDF estão acompanhando Eitan Mor, Alon Ohel, Ziv Berman, Gali Berman, Guy Gilboa-Dalal, Omri Miran e Matan Angrest, que passarão por uma avaliação médica inicial e se reunirão com suas famílias no ponto de recepção inicial no sul de Israel”. E prosseguiu: “Representantes das IDF estão acompanhando todos os familiares que aguardam no hospital e continuam a fornecer atualizações constantes. As IDF estão preparadas para receber reféns adicionais que deverão ser transferidos para a Cruz Vermelha posteriormente”.
As IDF também publicaram uma foto dos sete reféns entregues nesta segunda-feira, 13.
Sobre os últimos 13 reféns, as IDF disseram por volta das 5h30 (horário de Brasília) que “de acordo com informações fornecidas pela Cruz Vermelha, 13 reféns foram transferidos para sua custódia e estão a caminho das forças da IDF e da ISA em Gaza”.
Israel publicou as fotografias dos outros 13 reféns.
Processo de entrega do reféns e devolução de corpos
Além dos reféns vivos, metade dos 28 corpos de vítimas que morreram sob controle do Hamas deverão ser devolvidos ainda nesta segunda-feira, 13, enquanto os demais devem ser repatriados em fases posteriores do acordo de trégua. Entre os restos mortais está o de um soldado israelense morto em 2014 na Faixa de Gaza.
Os reféns agora serão levados para a base militar de Re’im, em Israel, onde encontrarão suas famílias. O processo de libertação contou com a mediação da Cruz Vermelha e o apoio das forças israelenses posicionadas em Gaza.
A transferência dos reféns ocorre em duas fases. Na primeira, a Cruz Vermelha Internacional coordena o resgate em local combinado com o Hamas. O comboio segue para um ponto de encontro com o Exército de Israel, que assume a custódia e leva os sobreviventes à base de Re’im, onde os familiares aguardam.
Na segunda etapa, os resgatados passam por avaliações médicas iniciais na base militar. Em seguida, reencontram seus parentes e serão transferidos de helicóptero para hospitais em Tel-HaShomer, Tel-Aviv e Petah Tikva, com a divisão de pacientes entre as unidades Sheba, Ichilov e Beilinson.
Acordo de paz
O cessar-fogo atual foi estabelecido a partir de uma proposta de 20 pontos apresentada na última semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O acordo prevê ainda a libertação de 250 prisioneiros palestinos e 1.700 moradores de Gaza que foram detidos desde o início do conflito.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante pronunciamento | Foto: RS/Via Fotos PúblicasDonald Trump chegou a Israel nesta segunda-feira, 13, e foi recebido no Aeroporto Ben Gurion pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pelo presidente Isaac Herzog. O clima no país tem sido de celebração, especialmente depois do anúncio do pacto de libertação dos reféns.
No sábado, milhares de israelenses, muitos usando camisetas com fotos dos reféns, se reuniram na chamada Praça dos Reféns, em Tel-Aviv, em frente a um telão que marcava os 735 dias desde os ataques do Hamas.
Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zangauker, 25, declarou: “Sinto uma emoção imensa, não tenho palavras para descrevê-la — para mim, para nós, para todo Israel, que quer que os reféns voltem para casa e espera ver todos regressarem”, disse à AFP.
Viagem de Trump ao Egito
Depois de breve passagem por Israel, Donald Trump segue para Sharm el-Sheikh, no Egito, onde presidirá uma cúpula de paz ao lado do presidente egípcio Abdul Fatah Al-Sisi.
Entre os participantes estão o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
O gabinete de Netanyahu informou que nenhuma autoridade israelense participará da reunião. O encontro também não terá a presença de membros do Hamas. Apesar do avanço no processo de negociação, mediadores ainda buscam garantir um acordo político duradouro que leve o Hamas a se desarmar.
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