Retaliação de Kiev foi uma das maiores desde o início da guerra em 2022
Luis Batistela

Em Belgorod, mil moradores ficaram sem energia nesta manhã | Foto: Reprodução/Flickr
A Rússia afirmou nesta terça-feira, 7, que interceptou 184 drones lançados pela Ucrânia durante a madrugada. O ataque teria sido um dos mais intensos desde o início da invasão em larga escala, em fevereiro de 2022.
Segundo o Ministério da Defesa russo, a maioria dos drones foi interceptada nas regiões fronteiriças de Kursk (62 unidades) e Belgorod (31). As áreas ficam no oeste do país, próximas ao território ucraniano.
Na véspera, Moscou já havia relatado a destruição de 251 drones. O regime de Vladimir Putin classificou a investida como uma das maiores ações de retaliação por parte de Kiev. Conforme as autoridades, duas pessoas morreram na ofensiva.
Em Belgorod, mil moradores ficaram sem energia nesta manhã. O governador local, Vyacheslav Gladkov, atribuiu o apagão aos ataques contra estruturas elétricas realizados nos dois últimos dias.
Desde o início da guerra, a Rússia tem mantido o ritmo diário de bombardeios com mísseis e drones contra cidades e instalações ucranianas. Em resposta, a Ucrânia passou a mirar refinarias de petróleo e alvos logísticos em solo russo.
Ataques acirram disputa por infraestrutura energética
Kiev intensificou os ataques contra a infraestrutura energética russa nos últimos meses, elevando a pressão sobre o Kremlin. Por outro lado, Moscou ampliou a destruição da rede elétrica da Ucrânia, em uma possível tentativa de deixar o país no escuro durante o inverno, como ocorreu em 2024.
Segundo análise da AFP com base em dados do Instituto Americano para o Estudo da Guerra, Moscou detinha, no fim de setembro, o controle total ou parcial de 19% do território ucraniano.
Desse total, cerca de 7% — incluindo a Crimeia e partes do Donbass — já estavam sob domínio russo antes da invasão lançada em fevereiro de 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.