RADIO WEB JUAZEIRO : Prisão de Bolsonaro é 'medida de exceção' disfarçada de legalidade, dizem advogados



terça-feira, 14 de outubro de 2025

Prisão de Bolsonaro é 'medida de exceção' disfarçada de legalidade, dizem advogados

Ministro Alexandre de Moraes reafirmou as cautelares ao ex-presidente

Cristyan Costa
O presidente Jair Bolsonaro, pouco depois de votar, no Rio de Janeiro - 30/10/2022 | Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Nesta terça-feira, 14, o Movimento Advogados de Direita Brasil criticou a manutenção da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e as medidas cautelares impostas ao ex-presidente. O grupo é composto de mais de 8 mil membros.

A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O grupo classificou a medida como uma “afronta ao Estado de Direito”, alegando que não há denúncia formal nem processo instaurado contra Bolsonaro.

“A manutenção de prisão domiciliar sem denúncia, sem processo e sem justa causa constitui afronta direta ao Estado de Direito e abre perigoso precedente para a normalização de medidas de exceção sob aparência de legalidade”, afirmou o texto obtido em primeira mão por Oeste.

Apoio a Jair Bolsonaro e críticas ao Ministério Público

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão plenária no STF | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Ainda conforme a nota, o Ministério Público Federal, ao apresentar denúncia no Inquérito 4995, excluiu expressamente Bolsonaro da acusação, restringindo-a ao deputado licenciado Eduardo (PL-SP) e ao jornalista Paulo Figueiredo.

O movimento sustentou que, sem denúncia recebida ou ação penal instaurada, “não há processo a ser protegido nem pena a ser garantida”.

A entidade também afirmou que a decisão de Moraes “afronta princípios estruturantes da Constituição, notadamente o devido processo legal, a presunção de inocência e a proporcionalidade”.

O grupo critica ainda a restrição imposta ao uso das redes sociais pelo ex-presidente, entendendo que a medida “restringe indevidamente a liberdade de expressão e o direito à participação política”.
Constituição

Por fim, o movimento declarou confiança na Constituição de 1988 e pediu que o STF “observe, em suas decisões, os limites impostos pelo próprio texto constitucional”.

“Nenhum poder é legítimo quando atua fora dos marcos da Constituição, que é o fundamento da autoridade e da democracia”, conclui a nota assinada pelo Movimento Advogados de Direita Brasil.

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