RADIO WEB JUAZEIRO : Ministros de Lula se reúnem com Castro no Rio nesta quarta-feira



quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Ministros de Lula se reúnem com Castro no Rio nesta quarta-feira

Ricardo Lewandowski e Rui Costa devem participar do encontro

Yasmin Alencar
Carro incendiado em área que se assemelha a uma zona de guerra no Rio de Janeiro | Foto: Reprodução/Twitter/X

Depois da megaoperação policial que resultou em 64 mortes nos Complexos do Alemão e da Penha, autoridades federais planejam um encontro com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nesta quarta-feira, 29. A mobilização federal ocorre diante da crise de segurança no Estado e busca fortalecer a cooperação entre União e governo estadual.

Devem participar da reunião o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o diretor-executivo da Polícia Federal, William Marcel Murad. Até o momento, ainda não há definição sobre o local e o horário do encontro.

Reação federal e estratégias discutidas

A decisão de enviar representantes do governo federal foi tomada depois de uma reunião de emergência, realizada na terça-feira 28, no Palácio do Planalto, liderada pela Casa Civil. O encontro contou com a presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Durante esse encontro, o governo federal avaliou estratégias para oferecer apoio ao Rio de Janeiro e debater respostas à escalada de violência. Também foi discutida a possibilidade de retomar o debate sobre a PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional. O envio das Forças Armadas, por meio de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), foi descartado neste momento pelo Planalto.

Antes de seguir para o Rio de Janeiro, Rui Costa deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros integrantes do governo federal para alinhar posições em relação à crise.

Detalhes da operação policial e consequências

Segundo as forças de segurança estaduais, entre os 64 mortos na operação, estão 60 suspeitos, dois policiais civis e dois policiais militares do Bope. O total de mortes é o mais alto já registrado em uma única ação policial no Rio, superando a operação de maio de 2021 no Jacarezinho, que deixou 28 vítimas, conforme levantamento do Geni/UFF.

A ação, que reuniu cerca de 2,5 mil agentes das Polícias Civil e Militar, foi planejada para conter a expansão do Comando Vermelho e cumprir aproximadamente cem mandados de prisão. Entre os alvos, 30 são de outros Estados, incluindo integrantes da facção que teriam fugido do Pará para o Rio.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), duraram mais de um ano. “Foi uma operação planejada, que começa com cumprimento de mandado judicial, investigação de um ano e um planejamento de 60 dias, que o Ministério Público participou”, afirmou o governador Cláudio Castro. “Não é uma operação de alguém que acordou e resolveu fazer uma grande operação.”

Até o momento, as autoridades confirmam 81 prisões e a apreensão de 75 fuzis. O confronto intenso também deixou feridos: três moradores atingidos por balas perdidas foram atendidos no Hospital Getúlio Vargas, e pelo menos dois policiais ficaram feridos durante a ação.

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