O Sindnapi, do qual o sindicalista é vice-presidente, está entre as entidades acusadas de fazer cobranças ilegais em benefícios de aposentados
Diógenes Feitosa

Entre 2020 e 2024, a arrecadação do sindicato aumentou mais de 500%, o que despertou a atenção da Polícia Federal e da CGU | Foto: Ricardo Stuckert/PR
O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, criticou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias e pensões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em nota à imprensa, Frei Chico atacou a CPMI, mesmo depois de a base governista ter atuado, na semana passada, para impedir sua convocação.
“Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados”, afirmou o sindicalista. “É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade.”
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), do qual Frei Chico é vice-presidente, está entre as entidades acusadas de fazer cobranças de contribuições diretamente dos benefícios dos aposentados, sem autorização.
Entre 2020 e 2024, a arrecadação do sindicato aumentou mais de 500%, o que despertou a atenção da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Apesar do envolvimento da entidade na operação Sem Desconto, o nome de Frei Chico não está entre os investigados.
Frei Chico recorre à Justiça contra quem o associa ao esquema
Frei Chico acionou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para exigir que retirem das redes sociais os conteúdos que o ligam ao caso.
O sindicalista classifica as mensagens como ofensivas e infundada, ressaltando que sua postura é de colaboração com as autoridades e de repúdio a tentativas de difamação.
Na ação protocolada, Frei Chico argumenta ser alvo de “acusações falsas e ofensivas” em redes sociais e reitera que não participou de práticas irregulares.
Ele sustenta que sua conduta permanece isenta de qualquer ato ilícito relacionado aos descontos contestados.
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