A Polícia Civil apreendeu mais de 450 garrafas durante a operação
Erich Mafra

Segundo o Governo do Estado de São Paulo, o esquema era baseado na utilização de vasilhames vazios de marcas conhecidas | Foto: Pablo Jacob/Governo de São Paulo
A Polícia Civil prendeu o responsável por uma fábrica de bebidas falsificadas em Rio Claro, no interior de São Paulo. O homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 9. Ele estava em posse de aproximadamente 450 garrafas falsas de marcas diversas.
Os policiais fizeram a batida depois de uma autorização da Justiça. Eles tinham mandados de busca e apreensão contra dois imóveis do falsificador. Ao entrar na primeira residência, o local estava vazio. Contudo, os agentes encontraram a fábrica clandestina de bebidas na segunda propriedade, localizada no bairro Jardim Bela Vista.
Como funcionava o esquema de bebidas falsificadas em Rio Claro
O governo do Estado de São Paulo afirmou que o esquema utilizava garrafas vazias de marcas conhecidas. O responsável pela fábrica as reutilizava e as preenchia com líquidos de baixa qualidade. As bebidas eram então revendidas como produtos originais, garantindo alta margem de lucro ao falsificador.
Fora as garrafas, a Polícia Civil apreendeu 23 vasilhames vazios, além de rótulos e selos de importação falsos. Também encontraram quase 1,5 mil pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai e uma arma calibre .38.
A ação foi um desdobramento do gabinete de crise, montado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em razão dos casos de intoxicação por metanol. A força-tarefa atua na fiscalização de bares, distribuidoras e restaurantes. O governo destinou ao grupo agentes da vigilância sanitária e do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor, com a finalidade de avaliar notas fiscais das bebidas à venda.
Ao todo, 15 empresas paulistas tiveram suas inscrições suspensas depois de as autoridades identificarem a venda irregular de bebidas. “A próxima fase desta operação será fazer uma análise detalhada das notas fiscais e da parte financeira das empresas e dos estabelecimentos com os quais essas empresas têm relações”, explicou Renato Vieira da Silva, da 1ª Delegacia de Crimes Contra a Fazenda Pública.
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