Presidente deu cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência a Guilherme Boulos
Loriane Comeli

Márcio Macêdo, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Depois de ser demitido da Secretaria-Geral da Presidência na noite desta segunda-feira, 20, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Márcio Macêdo declarou que deixa o cargo com o “sentimento de dever cumprido” e expressou gratidão ao chefe do Executivo.
Em publicação no X, o ex-ministro, filiado ao PT, afirmou que será candidato em 2026. “Em conversa com o presidente Lula, ficou definido que deixarei o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República para disputar as eleições de 2026”, escreveu. Segundo ele, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), seu substituto, não vai disputar as eleições do ano que vem.
Guilherme Boulos, Lula e Márcio Macedo – 20/10/2025 | Foto: Ricardo Stuckert/PREm um vídeo, ele lembrou parte de sua carreira no PT, desde a tesouraria do PT, em 2015, “num momento de crise”, pela investigação da Operação Lava Jato, até a coordenação da campanha eleitoral de 2022. Ele também fez parte do movimento Lula Livre, escolhido pelo PT para fazer pressão política contra a prisão “injusta, ilegal e arbitrária” do petista, condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.
Depois de 580 dias de prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou, em 2021, inadequado o foro da Justiça Federal em Curitiba para julgar Lula, e o caso foi anulado.
“Saio com o sentimento de dever cumprido e com a certeza de que entregamos tudo o que prometemos durante a campanha. Seguiremos juntos, com o mesmo compromisso e vontade de trabalhar pelo povo brasileiro”, escreveu Macêdo.
Lula nomeia Guilherme Boulos para cargo de Márcio Macêdo
A troca na secretaria acontece em meio à tentativa do governo de ampliar o apoio para as eleições de 2026, já que a pasta coordena o relacionamento com entidades civis e movimentos sociais.
A possibilidade da saída de Macêdo já circulava nos bastidores desde o ano passado e ganhou força com os recentes esforços do Palácio do Planalto para reforçar sua base.
Com a chegada de Boulos, que tem forte diálogo com movimentos sociais — ele foi líder do MTST, movimento de sem-teto conhecido por invadir propriedades privadas em ambientes urbanos —, o governo pretende intensificar agendas pelo país visando à reeleição de Lula.
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