Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal diz ter encontrado o objeto no banheiro da casa do ex-presidente
Lucas Cheiddi

O ex-presidente Jair Bolsonaro concede entrevista | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) encontrou um pen drive no banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, na sexta-feira, 18. O caso gerou questionamentos e repercussão sobre a origem e o conteúdo do dispositivo eletrônico.
Segundo relato do próprio Bolsonaro, uma agente policial pediu para utilizar o banheiro e, ao sair, apresentou o objeto aos demais colegas. A jornalistas, ele afirmou que nunca abriu “um pen drive na vida” e mencionou que consultaria sua mulher, Michelle Bolsonaro, para esclarecer a procedência do item.
Bolsonaro nega insinuações e detalha episódio
O ex-presidente negou insinuações de provas plantadas | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/ArquivoIndagado sobre possibilidade de a polícia plantar provas no local, o ex-presidente negou insinuações. “Não estou sugerindo nada”, disse Bolsonaro, em entrevista que concedeu depois de colocar a tornozeleira eletrônica. “Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa se o pen drive era dela.”
No decorrer do dia, em entrevista à Rádio BandNews FM, Bolsonaro detalhou que uma agente relatou ter cortado o dedo, e ele a orientou a limpar o ferimento no banheiro. Na sequência, a policial teria retornado com o pen drive em mãos. Ele repetiu: “Nunca abri um pen drive na minha vida”.
Além do dispositivo eletrônico, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na casa do ex-presidente, bem como uma cópia de ação judicial contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nos Estados Unidos.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, sugeriu em publicação em inglês na rede X que o pen drive pudesse ter sido plantado por agentes federais, de modo a levantar dúvidas sobre a lisura da operação da sexta-feira 18.
Em resposta às suspeitas, a Polícia Federal informou que os agentes registraram toda a operação com o uso de câmeras corporais. Assim, garante a documentação das buscas. Contudo, os vídeos só serão divulgados caso a defesa conteste oficialmente a legalidade do procedimento.
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