RADIO WEB JUAZEIRO : Fluminense bomba nas redes e chama atenção da imprensa mundial; veja



quinta-feira, 10 de julho de 2025

Fluminense bomba nas redes e chama atenção da imprensa mundial; veja

Clube chegou até a semifinal da Copa do Mundo de Clubes

Edison Filho, da CNN

Fluminense foi o melhor brasileiro no Mundial de Clubes • LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Mesmo com a eliminação para o Chelsea, após a derrota por 2 a 0 na semifinal da Copa do Mundo de Clubes, as manchetes dos principais jornais do mundo se renderam ao Fluminense com a boa campanha na competição.

Isso aconteceu durante os dias que antecederam o confronto nos principais periódicos londrinos, mas principalmente após as vitórias sobre a Internazionale-ITA, por 2 a 0, nas oitavas-de-final, e diante do Al-Hilal, por 2 a 1, nas quartas. O mesmo já havia acontecido após o empate em 0 a 0 com o Borussia Dortmund-ALE, ainda na primeira fase, quando a equipe carioca foi superior e só não ganhou em razão dos inúmeros gols perdidos.

Periódicos como Marca, As e Mundo Deportivo, da Espanha, La Gazzetta dello Sport, da Itália, e os alemães Bild e Kicker, da Alemanha, se renderam às boas atuações do Tricolor e fizeram publicações destacando o bom momento do time de Renato Gaúcho.

Nos Estados Unidos, alguns dos outdoors de divulgação da Copa do Mundo de Clubes, antes mesmo da competição iniciar, destacavam alguns jogadores dos principais times do mundo, entre eles Mbappé, do Real Madrid, Hary Kane, do Bayern, Messi, do Inter Miami, Halaand, do City, e Thiago Silva, do Fluminense.

“Essa exposição internacional é muito valiosa mas internacionalizar uma marca vai muito além de um bom momento em campo. Exige estratégia de produto, continuidade e uma construção paciente, país a país, com presença em redes sociais no idioma local, histórias que criem conexão cultural e ações que sustentem o interesse depois que o apito final já soou", diz Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

Nas redes sociais, o Tricolor colheu esse sucesso ao ser entrar no Top-10 dos clubes que disputaram a competição a ganhar mais seguidores no Tik Tok, com mais de 100 mil novos fãs; no total entre os clubes brasileiros, conquistou o terceiro maior resultado ao somar 321 mil novos inscritos em todas as plataformas.

Nos Reels do Instagram, todas as postagens somadas do Flu na competição ultrapassam os 50 milhões de views.

Para especialistas em marketing esportivo, tudo o que o clube conquistou até agora na competição, independente de chegar ou não à final, já fez com que potencializasse a internacionalização da marca em todo o mundo.

"Uma grande atuação em campo, como as do Fluminense diante da Inter de Milão, Al Hilal e Borussia Dortmund, tem impacto direto na construção e internacionalização da marca do clube. No marketing esportivo, performance esportiva é um vetor estratégico de exposição global. Quando um clube brasileiro enfrenta um adversário europeu de grande porte em um palco internacional — como a Copa do Mundo de Clubes — e recebe elogios da imprensa e de profissionais estrangeiros, ele ganha algo que dinheiro não compra: reputação espontânea em mercados-alvo", aponta Bruno Brum, CMO da Agência End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções para o mercado esportivo.

"Ganhar o respeito de torcedores e analistas internacionais é talvez o maior valor de marca possível de se obter nessa Copa do Mundo de Clubes. A reputação do que é feito em campo transcende qualquer tipo de narrativa, pois cria real e duradouro valor nas pessoas que realmente se importam com a essência do jogo. Agora a missão tricolor deve ser de continuar a manter o nível em campo e fazer ações sólidas fora dele, pra amplificar a marca deixada nas pessoas. O efeito prático já se via no próprio Metlife Stadium, durante a primeira fase, com torcedores alemães nas filas para comprar produtos do Fluminense nas lojas oficiais do Estádio", completa Alexandre Vasconcellos, especialista em mercado de patrocínios e gerente regional da Flashscore no Brasil.

Para Bruno Brum, essa visibilidade internacional tem valor comercial e institucional. "Ela potencializa o interesse de patrocinadores globais, abre portas para acordos comerciais, fortalece negociações por direitos de transmissão e atrai novos públicos nas redes. No caso do Fluminense, que já vinha consolidando sua identidade com um futebol técnico e propositivo no último mundial que participou, a atuação contra os europeus reforça essa imagem e oferece uma narrativa valiosa para sua estratégia de posicionamento global", pontua.

Por outro lado, os mesmos especialistas indicam que, a partir das próximas semanas, ao término da competição, o clube pode e deve capitalizar esse crescimento e exposição com ações que vão desde a criação de páginas em redes sociais com outros idiomas.

"Uma atuação positiva dentro de campo contra equipes europeias pode ajudar sim na internacionalização da marca de um clube, porém, isso funcionaria apenas como um atrativo inicial, que precisa ser sustentado por outras ações. Caso fãs de outros países se interessem pelo clube, eles conseguirão consumir os conteúdos da equipe em seus idiomas? Terão acesso à transmissão dos jogos em seus países? Poderão comprar produtos oficiais e, caso se tornem sócios, terão benefícios reais, mesmo à distância? É necessário ter um plano de sustentação para manter ligada, fora de campo, a chama que foi acesa dentro das quatro linhas”, indaga Henrique Borges, VP executivo de vendas, marketing e novos negócios na Somos Young, empresa que utiliza tecnologia de ponta no atendimento a sócios-torcedores.

"A atuação em campo é só a primeira etapa. A internacionalização da marca exige continuidade fora das quatro linhas: ações digitais em outros idiomas, licenciamento de produtos para novos mercados, presença em plataformas globais e, sobretudo, consistência esportiva. O que o Fluminense fez em campo ajuda — e muito — a abrir essas portas. Agora, é preciso saber atravessá-las com estratégia, conteúdo e gestão profissional de marca", complementa Bruno Brum, CMO da Agência End to End.

"É uma hora crucial para o Fluminense ampliar presença digital em outras línguas, fazer uma leitura do crescimento de suas redes por território e, a partir deste dado, buscar uma forma de internacionalizar a marca. É o momento ideal de surfar na onda de mídia espontânea que só uma competição como essa pode gerar", encerra Renê Salviano, CEO da Heatmap, agência especializada em patrocínios e ativações no esporte.

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