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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Banco Central aumenta taxa Selic para 15%

Comunicado do Copom vê ambiente externo adverso e conjuntura econômica incerta nos EUA

Copom avaliou questões externas como os principais fatores de preocupação - Foto: Divulgação | Bacen

O Banco Central anunciou, na noite desta quarta-feira, 18, mais um aumento da taxa Selic, agora fixada em 15%. A elevação dos juros não foi motivada primordialmente por questões internas do Brasil, de acordo com o órgão, mas sim devido à questões da economia internacional, abalada pela guerra comercial promovida pelos Estados Unidos.

Todos os nove integrantes do Copom votaram pelo aumento de 0,25% da taxa Selic, incluindo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

De acordo com o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária), o aumento da Selic foi motivado principalmente por um ambiente externo adverso e adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos EUA.

Cenário local

Ao mesmo tempo, o órgão sinalizou preocupação com as projeções inflacionárias no Brasil para os próximos anos.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,2% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência”, diz o comunicado.

Ainda segundo o órgão, a política monetária contracionista adotada pelo Banco Central é necessária para compensar o ambiente econômico incerto e segurar o avanço da inflação no país.

“O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, afirma o texto do Banco Central.

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