Deputada Talíria Petrone vê criminalização da cultura de favela; vereadora do MBL defende ação policial e acusa artista de ligação com o tráfico
Letícia Alves

A deputada federal Talíria Petrone (RJ), líder do Psol na Câmara, afirmou que a prisão do funkeiro MC Poze do Rodo representa “mais um capítulo da criminalização da cultura de favela”.
“O Estado abandona esses territórios, nega direitos e ainda persegue quem canta a realidade”, disse Talíria Petrone, em publicação no X. “Funk não é crime. MC não é bandido.”
A nota de Petrone foi alvo de checagem pelas notas da comunidade do X. “MC Poze foi preso por envolvimento com facção e apologia de tráfico de drogas”, retifica a correção dos internautas.
A Polícia prendeu MC Poze, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, em casa, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. As acusações são de apologia do crime e envolvimento com o Comando Vermelho.
Segundo a Polícia Civil, o artista realizava shows em áreas dominadas pela facção criminosa, com presença de traficantes armados e financiamento vindo do tráfico de drogas.
Deputada do Psol critica atuação da polícia na prisão de MC Poze
A deputada do Psol também criticou a atuação da polícia. “Ao invés de perseguir fazedores de cultura, a polícia deveria investigar e responsabilizar quem financia o crime, inclusive a milícia”, afirmou.
A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), apoiou a prisão. “Finalmente descobriram o óbvio: esses rappers e MCs servem apenas para lavar dinheiro do tráfico”, publicou. “Que seja o primeiro de muitos.”
Em janeiro, Amanda propôs a “Lei Anti-Oruam”, que proíbe o uso de recursos públicos em eventos culturais com apologia do crime.
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