Deputado gaúcho é um dos apoiadores de uma comissão para investigar o órgão
Mateus Conte-

Em entrevista ao Oeste Sem Filtro desta quinta-feira, 1º, o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) defendeu a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo ele, o esquema de desvio de bilhões de reais entre sindicatos e entidades de fachada não se trata de erro isolado, mas de uma “máfia que lesou os mais carentes, os mais expostos, que são os nossos aposentados”.
Marcon é um dos signatários do pedido de criação da CPI, que visa a apurar os descontos compulsórios indevidos nos benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas.
“Não foram quatro, cinco ou seis pessoas que fizeram esse esquema nessa magnitude”, afirmou o parlamentar. “Isso aqui é um esquema profissional de roubo. Isso aqui não é um batedorzinho de carteira, não.”
Durante a entrevista, o deputado explicou como funcionava o esquema de fraude e atribuiu a execução às práticas de sindicatos que, depois do fim do imposto sindical obrigatório, passaram a buscar novas fontes de financiamento.
“Eles falsificavam a assinatura, falsificavam a autorização de muitos que sequer têm capacidade de autorizar algo, porque não só dos aposentados era descontado, mas também de pessoas inválidas, e eles faziam de forma compulsória”, afirmou.
Marcon relatou que, ao tentarem reaver os valores, muitas vítimas eram informadas de que “não tinha o que fazer e que até se poderia ser cancelado o tal do desconto, mas o que foi roubado não voltaria”. Segundo ele, trata-se de “um nível de maldade que nós não tínhamos visto ainda no nosso país”.
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