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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Número de mortos em incêndio em Hong Kong sobe para 146

Buscas devem terminar em até quatro semanas, informaram as autoridades

Eduardo Hahon
Incêndio em complexo de prédios residenciais públicos em Hong Kong causou mortes | Foto: Reprodução/ X

Subiu para 146 o número de mortos no incêndio que atingiu o complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, no começo da semana.

A polícia encontrou, neste domingo, 30, novos corpos entre os escombros dos prédios destruídos pelo fogo e a expectativa é de que as buscas só sejam concluídas daqui a quatro semanas.

Segundo as autoridades, ainda há 100 pessoas desaparecidas, enquanto 79 outras ficaram feridas. Esta já é considerada uma das maiores tragédias da história de Hong Kong.

Em frente às torres, um fluxo cada vez maior de cidadãos expressa luto depositando buquês de flores em homenagem às vítimas. Voluntários também permanecem no local, oferecendo suprimentos e apoio às famílias que perderam seus bens no incêndio.

O oficial responsável, Cheng Ka-chun, responsável pela Unidade de Identificação de Vítimas de Desastres da polícia de Hong Kong, que vasculha os blocos do complexo, afirmou que sua equipe já percorreu quatro dos sete edifícios. Segundo ele, a escuridão interna e os trechos distantes das janelas dificultam a movimentação das equipes.

“Está muito escuro lá dentro e, por causa da pouca luz, é muito difícil trabalhar”, disse Cheng. “Principalmente em locais afastados das janelas.”

Cheng explicou que os edifícios permanecem estruturalmente sólidos, mas o avanço das buscas ocorre de forma lenta devido às condições de visibilidade dentro das estruturas.

Hong Kong investiga empreiteira responsável

A tragédia levou o governo de Hong Kong a suspender 28 obras conduzidas pela Prestige Construction & Engineering Company, empreiteira responsável pela renovação do Wang Fuk Court. As autoridades também prenderam três diretores da empresa, sob acusação de homicídio culposo.

As autoridades apontam falhas graves de segurança, como o uso de placas de espuma para bloquear janelas durante as reformas — material que pode ter facilitado a propagação das chamas.

O complexo, erguido na década de 1980, tinha quase 2 mil apartamentos e abrigava mais de 4,6 mil moradores. A força do incêndio e a extensão dos danos tornaram o episódio um dos mais devastadores já registrados em Hong Kong.

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