Outras autoridades do governo israelense comentaram o atentado contra judeus em Sydney
Isabela Jordão

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião do governo depois do atentado em Sydney | Foto: Reprodução/X
Diante do ataque ocorrido neste domingo, 14, em Sydney, na Austrália, durante uma celebração judaica, autoridades de Israel responsabilizaram o governo da Austrália por não conter o avanço do antissemitismo no país. Alguns chegaram a afirmar que o sangue das vítimas estava nas mãos do governo, devido ao recente reconhecimento de um Estado palestino.
Pelo menos 16 pessoas foram mortas no ataque, durante o qual dois atiradores abriram fogo contra um evento comunitário que marcava a primeira noite do feriado de Chanucá. Uma das vítimas foi identificada como o rabino Eli Schlanger, emissário da organização judaica Chabad em Sydney.
Entre os feridos estavam Arsen Ostrovsky, advogado de direitos humanos e chefe da filial em Sydney do Conselho Austrália/Israel de Assuntos Judaicos, e Evan Zlatkis, diretor de mídia do Conselho Executivo do Judaísmo Australiano. Acredita-se que pelo menos 13 pessoas tenham ficado gravemente feridas no ataque, incluindo dois policiais.
Horas depois do ataque, durante uma celebração de Chanucá, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que havia enviado uma carta, em agosto, ao primeiro-ministro australiano Anthony Albanese. No documento, ele acusou o governo australiano de jogar lenha “nesse fogo antissemita”.
A carta, de acordo com o jornal The Times of Israel, afirma que as políticas de Albanese — que incluíram o reconhecimento de um Estado palestino em setembro — incentivaram “o ódio aos judeus que agora ronda suas ruas”. “O antissemitismo é um câncer”, disse Netanyahu. “Ele se espalha quando líderes permanecem em silêncio. É preciso substituir a fraqueza por ação”.
Em uma crítica indireta ao governo australiano, Netanyahu acrescentou: “Continuaremos a denunciar aqueles que não denunciam, mas, em vez disso, incentivam. Continuaremos a exigir que façam o que se espera de líderes de nações livres. Não desistiremos, não baixaremos a cabeça, continuaremos a lutar como nossos antepassados fizeram”.
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