Promessa, feita durante reuniões com empresários, tem como objetivos repetir iniciativa do pai e acalmar o mercado
Eugenio Goussinsky
Flávio Bolsonaro se reuniu com empresários em São Paulo | Foto: Waldemir Barreto/Agência SenadoO senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à presidência, anunciará parte de seu eventual ministério ainda durante a campanha presidencial de 2026, com prioridade para a área econômica. A promessa foi feita em encontros recentes com empresários e investidores em São Paulo, conforme relata a Folha de S. Paulo.
O senador levou o discurso a dois eventos com representantes do mercado: um almoço na sede do banco suíço UBS e uma reunião com empresários na quarta-feira 17. Segundo participantes, Flávio defendeu a antecipação de nomes como forma de dar previsibilidade ao programa econômico.
Ao final de um dos encontros, o senador classificou a conversa como “muito positiva” e disse ter se apresentado como um “Bolsonaro mais moderado, equilibrado e centrado”. Segundo ele, a intenção foi “acalmar todos” diante de possíveis atritos políticos, inclusive em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Sempre pediram um Bolsonaro mais moderado”, afirmou Flávio. “Eu sempre fui assim, eu sou esse Bolsonaro mais moderado, equilibrado, centrado.”
Como referência, Flávio citou o pai, Jair Bolsonaro, que anunciou Paulo Guedes como ministro da Economia ainda na campanha de 2018. O senador diz que dará autonomia total à equipe econômica, que poderá “fazer o que precisa ser feito para modernizar país, recuperar equilíbrio fiscal e trazer investimentos”.
Na área de segurança pública, Flávio afirmou que será “radical na segurança pública” e admitiu a criação de um ministério específico para o tema.
Flávio Bolsonaro se reúne com empresários
A ofensiva junto ao empresariado ocorre depois da divulgação de pesquisa Quaest, na terça-feira 16, que colocou Flávio Bolsonaro em segundo lugar em todos os cenários de primeiro turno, atrás apenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No levantamento, Ratinho Júnior (PSD) aparece com 13% e Tarcísio de Freitas, com 10%.
O resultado fortaleceu Flávio nas negociações com o Centrão, no Congresso Nacional, que vinha apostando em um nome mais próximo do centro político. Sobre o projeto da dosimetria, o senador afirmou que fizeram “o que deu para fazer” e reconheceu que a anistia era o objetivo inicial, mas não havia votos suficientes.
O encontro da quarta-feira foi o segundo de Flávio com empresários. O primeiro ocorreu em 11 de dezembro. Ambos foram articulados por Filipe Sabará, ex-secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo e um dos coordenadores da campanha de Pablo Marçal, que já declarou apoio ao senador, à Prefeitura de São Paulo.
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