RADIO WEB JUAZEIRO : Filho de Zambelli vê parecer pelo arquivamento de processo como ‘técnico e coerente’



quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Filho de Zambelli vê parecer pelo arquivamento de processo como ‘técnico e coerente’

A Oeste, João Zambelli afirma que o relatório de Diego Garcia ‘mostra a perseguição política’ à parlamentar e diz trabalhar ‘com unhas e dentes’ para evitar cassação

Sarah Peres
Zambelli atualmente está presa na Itália | Foto: | Foto Lula Marques/Agência Brasil/Flickr

O parecer apresentado pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) recomendando o arquivamento da representação que pede a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi recebido com entusiasmo pelo filho da parlamentar, João Zambelli.

Em declaração concedida a Oeste, João afirmou que o documento foi “técnico, coerente e muito positivo”, avaliando que o texto desmonta as acusações feitas contra a mãe no processo que apura sua participação no episódio envolvendo o hacker Walter Delgatti.

João diz articular nos bastidores a aprovação do parecer do deputado Diego Garcia | Foto: Reprodução/Redes sociais

Para João, “o relatório do Diego Garcia foi muito positivo”: “Foi tão técnico e coerente, longo, demorado, mas muito bom, muito técnico”.

O filho da parlamentar também destacou que, ao final, o relator teria feito “um lado pessoal bem positivo”, o que considerou adequado diante do contexto político da representação.

Relator do processo de cassação de Zambelli, o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) | Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

João afirma atuar pessoalmente em negociações com parlamentares para assegurar que o parecer seja aprovado: “Estou envolvido, fazendo essa articulação política nos bastidores”. “Estou em cima disso, com unhas e dentes, realmente”, acrescentou.

Ele ainda diz crer que aliados que acompanharam a mãe em mandatos anteriores não irão abandoná-la agora: “Depois de tanto tempo, depois de tanta luta, tanto sufoco, eu acredito que os companheiros não vão deixá-la de maneira alguma sofrer essa cassação de mandato”.

“Não há fatos que evidenciem culpa”

João Zambelli sustenta que o relatório demonstra a falta de provas capazes de sustentar a acusação: “Não tem fatos que evidenciem que minha mãe é culpada desses tais crimes, de que ela foi julgada”.
A deputada federal Carla Zambelli deixou o país depois de ter sido condenada a 10 anos de prisão | Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

“E minha mãe é julgada por quem?”, interpelou João, na sequência. “Por aqueles mesmos que falam tanto em Constituição quando convém e rasgam quando não é um deles.”

Ele afirma que o processo se basearia em elementos frágeis, como “um pagamento de Pix”: “Um pagamento que foi feito o quê? Foi de uísque. Foi de uma bebida alcoólica. Não tem nada a ver, não tem nada que ligue a minha mãe a ele”.

Críticas aos ataques da esquerda contra Zambelli

O filho da deputada também criticou diretamente parlamentares de esquerda que atacaram o relatório de Diego Garcia. Para João, a tentativa de votar a cassação diretamente pela Mesa da Câmara violaria o rito constitucional.

“Ele mostrou artigos da Constituição que provam que o trâmite tem que ocorrer na Câmara, tem que passar pela CCJ, depois ir ao plenário”, ressaltou. “O que eles estão querendo é que seja direto pela Mesa Diretora.”

Ele afirma que esse procedimento seria injusto não apenas no caso da mãe, mas de qualquer parlamentar: “Tem que passar pelo trânsito da Câmara, seja com Glauber, seja com Lindbergh, seja com qualquer deputado de esquerda”.

Ataques a Delgatti

Ainda a Oeste, João fez críticas diretas ao hacker Walter Delgatti, principal responsável pelas acusações que embasam a ação contra a deputada — que lhe rendeu uma condenação de 10 anos. Para ele, não há como sustentar uma cassação baseada apenas no depoimento do delator.

“Eu pergunto a todo mundo agora: você confiaria num depoente, numa testemunha, em uma única testemunha, sem qualquer outra prova, além da palavra dele, que mudou o depoimento seis vezes?”, interpelou.

Ele prosseguiu afirmando que Delgatti teria um histórico criminal que “desqualifica” seu testemunho: “Sem contar o tipo de material que tinha no computador dele, que eu estou falando agora de pornografia infantil”.

“Ele é um criminoso contundente, que não tem palavra”, prosseguiu João. “Você vai acreditar na palavra de um criminoso? (…) Eu imagino que minha mãe vai sim provar a inocência dela, mais do que já está provada e vai dar tudo certo. Do que vale a palavra de um homem para 946.244 pessoas que depositaram a confiança na minha mãe? Eu acho que isso não deve ser assim.”

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