Capitão da PM é preso em operação contra tráfico em Salvador

Megaoperação mira líderes de facção e cumpre mais de 90 mandados na Bahia e em outros cinco estados

Por Victoria Isabel

Mauro das Neves Grunfeld - Foto: Reprodução | Redes Sociais

O capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro das Neves Grunfeld, voltou a ser preso na manhã desta quinta-feira, 11. Ele está entre as lideranças do crime organizado alvo da Megaoperação Zimmer, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, em conjunto com outras forças de segurança.

De acordo com a Polícia Civil, a ação ocorre simultaneamente na Bahia, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco, com o objetivo de desarticular a cadeia de comando de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, crimes violentos, lavagem de dinheiro e disputa por territórios.

Com a mobilização de cerca de 400 agentes, entre policiais civis, militares, federais e equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), a operação cumpre mais de 90 mandados judiciais. Os alvos integram núcleos operacionais, de logística e de finanças da facção investigada.

Segundo a Polícia Civil, o grupo estruturava e abastecia redes de produção, preparação e distribuição de entorpecentes, além de movimentar grandes quantias de dinheiro por meio de empresas e pessoas físicas utilizadas para ocultar a origem ilícita dos valores.

Durante as investigações, os setores de inteligência identificaram uma complexa engrenagem criminosa responsável por manter o fluxo de drogas, ordenar execuções e gerenciar recursos provenientes de diversas atividades ilegais. Diante das evidências reunidas, a Polícia Civil solicitou ao Poder Judiciário o bloqueio de R$ 100 milhões pertencentes aos investigados, além do sequestro de bens que teriam sido adquiridos com lucro do tráfico.

Segundo a Polícia Civil, o objetivo final da ofensiva é neutralizar a atuação dos membros que permanecem em liberdade e restringir o poder econômico da facção, considerada uma das mais estruturadas com atuação interestadual. A expectativa é que, com a destruição da rede logística e financeira, o grupo perca a capacidade de reorganização e expansão para novos territórios.