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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Juiz que atropelou ciclista em São Paulo revela medo da prisão

O magistrado foi preso em flagrante, acusado de conduzir o veículo sob efeito de álcool

Diógenes Feitosa
| Foto: Reprodução/TV TEM

Acusações de homicídio doloso recaem sobre o juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Junior, de 61 anos, depois de um atropelamento ocorrido em Araçatuba, interior paulista.

O Ministério Público apresentou a denúncia na quinta-feira 13, responsabilizando o magistrado pela morte da auxiliar de cozinha Thaís Bonatti de Andrade, de 30 anos, no dia 24 de julho.

A polícia prendeu Rodrigues Junior em flagrante, acusado de conduzir o veículo sob efeito de álcool.

Testemunhas relataram que havia uma garota de programa, seminua, sentada sobre ele no momento do acidente. O episódio ganhou repercussão devido às circunstâncias inusitadas e graves.

Declarações do juiz sobre a noite do acidente

Em entrevista à TV TEM na sexta-feira 14, o juiz disse temer a prisão.

“Olha, quem disser que não tem medo de ser preso está falando mentira”, afirmou. “Ninguém quer ser preso. Eu tenho medo de ser preso, sim.”

Ele também declarou que trocaria a própria vida pela da vítima. O juiz relatou ter consumido álcool antes do acidente.

“Eu cheguei [à boate] por volta de 22h, 23h, e tomei duas cervejas dessas long neck e dois shots de tequila”, contou. “A partir desse momento, eu me lembro, mas depois disso tudo, apaga para mim. Eu penso que, a partir da meia-noite, eu já estava apagado. Não sei se estava apagado ou não estava mais com a lembrança do que fazia.”

Apesar disso, Rodrigues Junior negou estar embriagado ou incapaz de dirigir.

“Na minha impressão, eu não estava embriagado”, afirmou. “Na minha impressão, não havia nada que modificasse os meus sentidos ali naquele momento. Então, na minha opinião, na minha consciência, eu tinha condições para dirigir.”

Sobre a presença da acompanhante, de 25 anos, o magistrado negou que ela estivesse em seu colo enquanto guiava o veículo.

“Em absoluto, ela não estava no meu colo”, enfatizou. “É até ilógico, uma pessoa da minha idade, como tinham dito aí, que eu tomei tanta bebida durante dez horas, era para eu estar em coma alcoólico. Então é ilógico dizer que eu estaria mantendo relações sexuais com ela.”

Rodrigues Junior afirmou não ter percebido a aproximação da bicicleta.

“Eu não vi a ciclista”, disse. “Se ela estivesse na frente, eu teria freado, teria desviado, teria feito qualquer tipo de manobra. Mas não vi absolutamente.”
Magistrado fala em arrependimento

Ao comentar sobre a tragédia, o juiz expressou arrependimento por ter saído de casa naquela noite e lamentou a morte de Thaís.

“Lamento a perda da vida da Thaís Bonatti, que teria toda a vida pela frente, uma pessoa jovem”, afirmou.

A promotoria também incluiu a acompanhante do juiz entre os denunciados, ampliando o alcance das acusações decorrentes do acidente.

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