Polícia busca grupo que usou empilhadeira para invadir museu em Paris e levar joias avaliadas em quase € 90 milhões
Fábio Bouéri

Museu do Louvre, em Paris: reaberto depois de três dias | Foto: Reprodução/Twitter/X
O Museu do Louvre, em Paris, voltou a receber visitantes nesta quarta-feira, 22. A movimentação ocorre três dias depois do roubo de joias da Coroa francesa. Além do valor imaterial, o desvio das peças causou um prejuízo de aproximadamente € 88 milhões (cerca de R$ 550 milhões). Por volta das 9h, horário parisiense, o público começou a entrar normalmente no museu, de acordo com a Agência France Press (AFP).
Apesar da reabertura, a galeria Apollo, local do crime, permaneceu interditada. A polícia francesa continua à procura dos quatro criminosos responsáveis pelo assalto. O roubo ocorreu na manhã deste domingo, 20. Entre as nove peças que eles levaram, estão um diadema de pérolas da imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safira da rainha Maria Amélia. Durante a fuga, os ladrões abandonaram uma das joias — uma coroa — ainda dentro do museu.
Louvre: polícia investiga detalhes do plano
As investigações apontam principalmente para a hipótese de que o grupo usou uma empilhadeira para alcançar uma varanda do prédio. Dois integrantes subiram no equipamento. Com uma serra elétrica, romperam a janela e acessaram o salão. Conforme a promotora Laure Beccuau, informa a AFP, os criminosos mobilizaram a empilhadeira por meio de um falso contrato de mudança. Um funcionário da empresa que forneceu o equipamento recebeu ameaças ao chegar ao local.
O curador do Louvre disse que o prejuízo financeiro é “espetacular”, mas não se compara com a perda histórica das peças, de acordo com a promotoria. Autoridades francesas ressaltam que o grupo dificilmente conseguirá lucrar com o roubo. O motivo é que especialistas facilmente identificariam as joias. Derretê-las, que seria uma opção, significaria desse modo perder grande valor.
A ministra da Cultura, Rachida Dati, afirmou que os sistemas de segurança interna do Louvre funcionaram corretamente. No entanto, ela criticou a falta de vigilância nas ruas próximas ao museu, o que permitiu aos criminosos instalarem a empilhadeira. O diretor do museu, Laurence des Cars, deverá prestar esclarecimentos ao Senado francês ainda nesta quarta-feira. Desde o roubo, ele não fez declarações públicas sobre o caso.
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