Ataque a traficantes da Venezuela mata 6 pessoas, diz Trump

EUA afirmam que barco operava para grupo terrorista internacional

Fábio Bouéri

O presidente dos EUA, Donald Trump: ataque a narcotraficantes no Caribe | Foto: Reprodução/Twitter/X

Um ataque das Forças Armadas dos Estados Unidos contra uma embarcação próxima à costa da Venezuela deixou seis mortos nesta terça-feira, 14. A informação partiu do próprio presidente norte-americano, Donald Trump, em sua rede social, a Truth Social.

Conforme o republicano, a ação decorreu de uma ordem do secretário da Guerra, Pete Hegseth, sob sua autoridade como comandante em chefe. “O secretário da Guerra ordenou um ataque cinético letal contra uma embarcação afiliada a uma organização terrorista que realizava narcotráfico nas águas internacionais próximas à Venezuela.”

Trump: barco transportava drogas

“Nossa inteligência confirmou que o barco transportava drogas e estava associado a redes ilegais de narcotráfico. Seis narcoterroristas foram mortos, e nenhum militar norte-americano ficou ferido”, disse Trump.

Este é o sexto ataque desde o início da campanha militar contra o tráfico internacional de drogas. As operações começaram em 2 de setembro. Ao todo, 27 pessoas morreram nas ações sob o comando dos Estados Unidos na região do Caribe.

De acordo com a Casa Branca, o alvo do bombardeio foram embarcações com vínculos à facção criminosa Tren de Aragua. O governo norte-americano classifica a facção venezuelana como grupo terrorista internacional.

A região do Caribe é uma das principais rotas de tráfico para a América do Norte. O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) desenvolveu estudo em que detalha como os traficantes usam as embarcações de carga para transportar cocaína para a Europa, além dos EUA, aproveitando o intenso comércio entre as regiões.

O governo Trump declarou formalmente ao Congresso norte-americano a existência de uma “situação de conflito armado” com organizações narcotraficantes. O reconhecimento formal, segundo o Executivo, dá às Forças Armadas autorização para atacar integrantes de grupos como o Tren de Aragua, que tem expandido sua atuação criminosa, inclusive nos Estados Unidos.