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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Defesa de Bolsonaro se manifesta sobre condenação

Os advogados do ex-presidente informaram que recorrerão da decisão, ‘inclusive no âmbito internacional'

Diógenes Feitosa
A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro emitiu uma nota em que questiona o resultado do julgamento da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente e outros sete réus por suposta participação em uma “trama golpista”.

“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal com respeito”, diz a nota. “Contudo, não pode deixar de manifestar profunda discordância e indignação com os termos da decisão majoritária.”

“Nesse sentido, continuaremos a sustentar que o ex-presidente não atentou contra o Estado Democrático, jamais participou de qualquer plano e muito menos dos atos ocorridos em 08 de janeiro”, continua a nota. “Também continuamos a entender que o ex-presidente deveria ter sido julgado pela primeira instância ou, se assim não fosse, pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal; da mesma forma, não podemos deixar de dizer, com todo o respeito, que a falta de tempo hábil para analisar a prova impediu a defesa de forma definitiva.”

Por fim, os advogados dizem que recorrerão da decisão, “inclusive no âmbito internacional”.

“A defesa entende que as penas fixadas são absurdamente excessivas e desproporcionais e, depois de analisar os termos do acórdão, ajuizará os recursos cabíveis”, finaliza a nota.

STF condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão

Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram para condenar Bolsonaro a 27 anos de prisão. A 1ª Turma da Corte condenou o ex-presidente pelos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na suposta trama golpista.

O ministro Luiz Fux foi o único a divergir do relator. Ele destacou a incompetência do STF para julgar o caso e criticou o volume excessivo de dados dos processos, o que, segundo o ministro, teria ocasionado o cerceamento das defesas. Por fim, Fux defendeu a nulidade do processo.

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