Para o presidente do STF, o julgamento ocorreu de forma 'transparente, com devido processo legal, baseado em provas'
Diógenes Feitosa

Barroso deu a declaração ao encerrar o julgamento na 1º Turma do STF, apesar de não fazer parte do colegiado | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, elogiou o julgamento da 1ª Turma da Corte, que se encerrou nesta quinta-feira, 11, com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de participação em uma suposta “trama golpista”.
Para Barroso, o julgamento ocorreu de forma “transparente, com devido processo legal, baseado em provas as mais diversas: vídeos, textos, mensagens e confissões”.
Segundo o ministro, “as compreensões contrárias fazem parte da vida, mas só o desconhecimento profundo dos fatos ou uma motivação descolada da realidade encontrará neste julgamento algum tipo de perseguição política”.
Barroso deu a declaração ao encerrar o julgamento, apesar de não fazer parte do colegiado. Sua participação no encerramento dos trabalhos foi consentida pelo presidente da Turma, o ministro Cristiano Zanin.
Barroso elogiou Moraes e falou em “virar a página”
Em outro trecho, Barroso disse acreditar que o STF está encerrando “ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional”.
“Sou convencido de que algumas incompreensões de hoje irão se transformar em reconhecimento futuro”, garantiu. “E desejo, muito sinceramente, que estejamos virando uma página da vida brasileira.”
STF condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão
Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram para condenar Bolsonaro a 27 anos de prisão. A 1ª Turma da Corte condenou o ex-presidente pelos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na suposta trama golpista.
O ministro Luiz Fux foi o único a divergir do relator. Ele destacou a incompetência do STF para julgar o caso e criticou o volume excessivo de dados dos processos, o que, segundo o ministro, teria ocasionado o cerceamento das defesas. Por fim, Fux defendeu a nulidade do processo.
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