RADIO WEB JUAZEIRO : Governistas tentam blindar irmão de Lula em CPMI do INSS



segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Governistas tentam blindar irmão de Lula em CPMI do INSS

Aliados petistas alegam que convocação de sindicalista não tem base técnica e atacam postura do relator

Luis Batistela
O deputado federal Alencar Santana (PT-SP), titular da CPMI, disse que o foco deve recair sobre o presidente do sindicato | Foto: Reprodução/Arquivo

Integrantes da base governista na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) articulam para barrar a convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico. O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atua como vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).

A entidade está no centro das apurações sobre fraudes nos descontos aplicados a benefícios previdenciários. Ainda assim, a base petista argumenta que a comissão não tem convocado outros diretores sindicais, e por isso não haveria motivo para chamar Frei Chico neste momento.

O deputado federal Alencar Santana (PT-SP), titular da CPMI, disse que o foco deve recair sobre o presidente do sindicato. “O presidente do sindicato, sim, podemos chamar e aí se precisar podemos chamar o vice”.

Outro ponto levantado por aliados do Planalto é o parentesco com Lula. Para eles, a convocação não pode ocorrer apenas por ele ser irmão do presidente.

“Não é investigação parental”, declarou Santana, reforçando o discurso da blindagem.

Governistas criticam relator e citam “julgamento prévio”

Ao mesmo tempo em que se mobiliza para proteger Frei Chico, a base governista mira o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-SE). Petistas afirmam que ele não reúne isenção para exercer a função.

De acordo com Santana, declarações públicas do relator comprometem a imparcialidade do processo.

“Ele deu declarações em que mostra que já tem julgamento prévio”, argumentou o parlamentar. “Como relator ele não pode fazer isso, ele compromete e contamina a CPI.”

Gaspar tem feito críticas públicas à atuação de sindicatos ligados à atual gestão. Governistas exploram esse comportamento para descredibilizar os rumos da investigação e justificar a resistência à convocação de membros da base aliada.

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