RADIO WEB JUAZEIRO : Vereadora quer canhão sonoro para dispersar multidão em pancadões de São Paulo



quinta-feira, 3 de julho de 2025

Vereadora quer canhão sonoro para dispersar multidão em pancadões de São Paulo

Amanda Vettorazzo fez o pedido via emendas parlamentares

Uiliam Grizafis

Amanda Vettorazzo pediu, via emendas parlamentares, a compra de um Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD) | Foto: Lucas Bassi/Rede Câmara

Os bailes funk que ocorrem em São Paulo se tornaram um desafio tanto para moradores quanto para parlamentares que integram a Câmara Municipal da cidade. Alguns políticos paulistanos afirmam receber denúncias de moradores em razão do som alto dos chamados pancadões. Além disso, investigam se o crime organizado está infiltrado nesse tipo de festa clandestina.

A nova investida para tentar acabar as festas partiu da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil). A parlamentar pediu, via emendas parlamentares, a compra de um Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD, na sigla em inglês).
O alto-falante proposto por Amanda Vettorazzo

Trata-se de um alto-falante super potente, capaz de projetar sons de até 160 decibéis. Para ter uma ideia, o volume do equipamento é superior ao da decolagem de um jato. De acordo com Amanda, o equipamento será usado durante operações da Guarda Civil Metropolitana para dispersar pancadões na periferia da cidade.

A Oeste, Amanda explicou que a tecnologia do alto-falante LRAD é utilizada por forças de segurança em diversas partes do mundo.

De acordo com o jornal norte-americano Los Angeles Times, o dispositivo também funciona como uma arma tática — emite um som agudo que faz as pessoas taparem os ouvidos e fugirem.

Amanda Vettorazzo é vereadora de São Paulo pelo União Brasil | Foto: Reprodução/Facebook/@amandavettorazzo.sp

A polícia da cidade norte-americana de Pittsburgh, por exemplo, usou o LRAD para dispersar manifestações durante a conferência internacional do G20, em 2009. Recentemente, agentes de Nova York usaram o aparelho para expulsar manifestantes durante um protesto. Amanda conheceu o alto-falante durante uma viagem recente que fez aos EUA.

“No caso específico dos pancadões, o equipamento permite a dispersão segura e não letal do público, por meio de ondas sonoras que causam apenas um desconforto momentâneo, sem provocar danos físicos”, afirmou a vereadora.
CPI dos pancadões na Câmara de São Paulo

Em maio, a Câmara Municipal de São Paulo instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos pancadões. Proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), a iniciativa busca investigar quem organiza, financia e lucra com as festas clandestinas nas ruas da capital paulista.
Rubinho Nunes disse que ‘o espaço público está sendo sequestrado pelo crime disfarçado de cultura’ | Foto: Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo

De acordo com Rubinho, moradores de São Paulo reclamam constantemente do som alto dos bailes funks, especialmente aos fins de semana. O parlamentar também afirmou que há relatos de prostituição e tráfico de drogas nos locais onde os pancadões ocorrem.

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