Amanda Vettorazzo fez o pedido via emendas parlamentares
Uiliam Grizafis

Amanda Vettorazzo pediu, via emendas parlamentares, a compra de um Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD) | Foto: Lucas Bassi/Rede Câmara
Os bailes funk que ocorrem em São Paulo se tornaram um desafio tanto para moradores quanto para parlamentares que integram a Câmara Municipal da cidade. Alguns políticos paulistanos afirmam receber denúncias de moradores em razão do som alto dos chamados pancadões. Além disso, investigam se o crime organizado está infiltrado nesse tipo de festa clandestina.
A nova investida para tentar acabar as festas partiu da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil). A parlamentar pediu, via emendas parlamentares, a compra de um Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD, na sigla em inglês).
O alto-falante proposto por Amanda Vettorazzo
Trata-se de um alto-falante super potente, capaz de projetar sons de até 160 decibéis. Para ter uma ideia, o volume do equipamento é superior ao da decolagem de um jato. De acordo com Amanda, o equipamento será usado durante operações da Guarda Civil Metropolitana para dispersar pancadões na periferia da cidade.
A Oeste, Amanda explicou que a tecnologia do alto-falante LRAD é utilizada por forças de segurança em diversas partes do mundo.
De acordo com o jornal norte-americano Los Angeles Times, o dispositivo também funciona como uma arma tática — emite um som agudo que faz as pessoas taparem os ouvidos e fugirem.

Amanda Vettorazzo é vereadora de São Paulo pelo União Brasil | Foto: Reprodução/Facebook/@amandavettorazzo.sp
A polícia da cidade norte-americana de Pittsburgh, por exemplo, usou o LRAD para dispersar manifestações durante a conferência internacional do G20, em 2009. Recentemente, agentes de Nova York usaram o aparelho para expulsar manifestantes durante um protesto. Amanda conheceu o alto-falante durante uma viagem recente que fez aos EUA.
“No caso específico dos pancadões, o equipamento permite a dispersão segura e não letal do público, por meio de ondas sonoras que causam apenas um desconforto momentâneo, sem provocar danos físicos”, afirmou a vereadora.
CPI dos pancadões na Câmara de São Paulo
Em maio, a Câmara Municipal de São Paulo instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos pancadões. Proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), a iniciativa busca investigar quem organiza, financia e lucra com as festas clandestinas nas ruas da capital paulista.

De acordo com Rubinho, moradores de São Paulo reclamam constantemente do som alto dos bailes funks, especialmente aos fins de semana. O parlamentar também afirmou que há relatos de prostituição e tráfico de drogas nos locais onde os pancadões ocorrem.
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