RADIO WEB JUAZEIRO : EUA está de olho em território submerso do Brasil rico em terras raras



segunda-feira, 28 de julho de 2025

EUA está de olho em território submerso do Brasil rico em terras raras

Local com diversos minerais vira alvo de disputa entre os dois países

Por Bianca Carneiro
O território marítimo conhecido como Elevação do Rio Grande - Foto: Reprodução | USP

O território marítimo conhecido como Elevação do Rio Grande, localizado a 1.200 km da costa do Rio Grande do Sul, voltou ao centro de um possível embate diplomático entre Brasil e Estados Unidos. Rica em terras raras, minerais estratégicos para a transição energética a região é reivindicada pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2018, mas segue sem reconhecimento formal.

Na última quinta-feira, 24, Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), afirmou que o governo dos Estados Unidos manifestou interesse direto nos chamados minerais críticos e estratégicos (MCEs) presentes na região.

Lula reage

Durante evento em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento incisivo ao criticar o interesse norte-americano:

“Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro.”

O que está em jogo

Segundo informações do g1, estudos da Universidade de São Paulo (USP) indicam que a Elevação do Rio Grande, com cerca de 500 mil km², possui enorme potencial mineral, incluindo elementos raros fundamentais para a produção de baterias, chips e turbinas eólicas.

A reivindicação brasileira pela área está sendo analisada desde fevereiro de 2025 pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU. Porém, como a decisão ainda não foi tomada, o território é considerado internacional, o que significa que, legalmente, nenhum país detém controle exclusivo sobre ele.

Os Estados Unidos, que não são signatários da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, não estariam sujeitos a sanções caso explorassem a região.

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