RADIO WEB JUAZEIRO : Veterano de guerra é executado depois de quase 50 anos no corredor da morte



sexta-feira, 27 de junho de 2025

Veterano de guerra é executado depois de quase 50 anos no corredor da morte

Thomas Jordan sequestrou e assassinou Edwina Marter, mulher de um funcionário bancário

Redação Oeste

Thomas Jordan havia sido condenado pelo sequestro e assassinato de Edwina Marter, mulher de um funcionário bancário nos Estados Unidos | Foto: Rawpixel-com/Freepik

Depois de passar quase 50 anos no corredor da morte do Mississippi, nos Estados Unidos, o veterano de guerra Thomas Jordan foi executado nesta quarta-feira, 25. Ele havia sido condenado pelo sequestro e assassinato de Edwina Marter, mulher de um funcionário bancário.

Jordan e outros condenados acionaram a Justiça contra o Estado do Mississippi. Eles alegaram que o método de execução com três drogas seria cruel. O caso do veterano de guerra tornou-se emblemático em razão da longa duração no corredor da morte e por sucessivos recursos judiciais.

Thomas Jordan | Foto: Divulgação/Handout/Mississippi Departament of Corrections

No momento reservado à declaração final, Jordan agradeceu a todos pelo tratamento recebido, pediu desculpas à família da vítima e demonstrou gratidão a seus advogados.

“Os verei do outro lado, todos vocês”, afirmou Jordan, segundo a agência de notícias Associated Press.

Testemunharam a execução sua mulher, Marsha Jordan, a advogada Krissy Nobile e o reverendo Tim Murphy, conselheiro espiritual. Marsha e Nobile enxugaram lágrimas durante o procedimento realizado. Depois da execução, Keith Degruy, porta-voz da família de Edwina, leu uma nota em nome dos filhos e do marido da vítima.

“Nada trará de volta nossa mãe, nossa irmã e nossa amiga”, escreveram na carta. “Nada poderá mudar o que Jordan tirou de nós há 49 anos. Ele tentou desesperadamente mudar a decisão para que pudesse simplesmente morrer na prisão. Nunca tivemos uma opção.”

Detalhes do crime

A execução de Jordan representa a terceira realizada no Mississippi nos últimos dez anos. A anterior havia ocorrido em dezembro de 2022. O caso se soma a um aumento de execuções nos Estados Unidos em 2025, que já caminha para superar o total registrado em 2015.

Segundo documentos da Suprema Corte do Mississippi, em janeiro de 1976, Jordan telefonou ao banco Gulf National, em Gulfport, tentando falar com um agente de empréstimos. Ao conseguir o nome de Charles Marter, localizou o endereço da família e sequestrou Edwina Marter.
Edwina Marter | Foto: Reprodução/X

De acordo com os autos judiciais, Edwina foi levada até uma área de floresta, onde foi morta a tiros. Jordan ligou para o marido da vítima e assegurou que ela estava bem. Ele exigiu US$ 25 mil, valor equivalente a cerca de R$ 139 mil atualmente.

Eric Marter, filho de Edwina, tinha 11 anos quando perdeu a mãe. Ele afirmou que parte da família acompanharia a execução. “Isso deveria ter acontecido há muito tempo”, disse. “Não estou realmente interessado em lhe dar o benefício da dúvida. Ele precisa ser punido.”

Processo judicial nos Estados Unidos

Dados do Centro de Informações sobre a Pena de Morte mostram que, no começo do ano, Jordan era um dos 22 condenados da década de 1970 que ainda esperavam execução nos Estados Unidos. O caso atravessou quatro julgamentos e inúmeros recursos judiciais ao longo das décadas.

Na segunda-feira 23, a Suprema Corte rejeitou o último pedido da defesa, que contestava o devido processo legal. Sobre esse argumento, Eric Marter foi direto: “Sei o que ele fez”, disse. “Queria dinheiro e não podia levá-la com ele. Então fez o que fez.”

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