RADIO WEB JUAZEIRO : Por que morrem menos pessoas em Israel? Major brasileiro responde à GloboNews



segunda-feira, 23 de junho de 2025

Por que morrem menos pessoas em Israel? Major brasileiro responde à GloboNews

Efetividade da segurança contra ameaças do Irã virou assunto nas redes sociais

Mateus Conte
O major brasileiro Rafael Rozenszajn é porta-voz do Exército de Israel | Foto: Reprodução/Acervo pessoal

A discrepância no número de vítimas civis entre Israel e seus adversários voltou ao centro do debate público depois de uma pergunta feita pela jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, durante um noticiário da emissora.

A questão repercutiu nas redes sociais e motivou uma resposta direta do major Rafael Rozenszajn, primeiro porta-voz em língua portuguesa da história das Forças de Defesa de Israel (FDI), neste domingo, 22.


Durante o noticiário, Cantanhêde perguntou: “Por que os mísseis de Israel destroem Gaza, matam milhares e milhares de pessoas, e os mísseis que saem do Irã e caem, efetivamente caem em Israel, não matam ninguém?”, indagou. “Não consigo entender porque que nessa guerra o Irã atinge o alvo e não mata ninguém.”

A fala teve ampla repercussão e levou Rozenszajn a gravar um vídeo diretamente de Nes Tziona, cidade no centro de Israel atingida por um míssil iraniano na manhã de domingo, 22. “Vim aqui mostrar diretamente para vocês a crueldade do regime terrorista do Irã”, afirmou. “Vim também responder a uma pergunta que foi feita ontem por uma jornalista no Brasil.”

Ataque atingiu área residencial no centro de Israel

De acordo com o porta-voz, o míssil que caiu sobre a cidade carregava aproximadamente 400 quilos de explosivos e atingiu uma área residencial que abriga um asilo para idosos. “Isso não foi um erro de cálculo, esse não é um alvo militar”, afirmou. “Esse míssil é teleguiado e seu alvo é preciso. Esse é o alvo planejado do regime iraniano: crianças, mulheres, idosos.”

Rozenszajn argumentou que a baixa letalidade dos ataques contra Israel se deve ao investimento em infraestrutura de proteção à população civil. “Nós nos preocupamos com nossos civis”, declarou.

“Enquanto nossos inimigos utilizam todos os recursos para aprimorar a máquina de destruição, movidos pelo ódio, nossa prioridade são nossos civis”, disse. Ele também destacou que Israel construiu e mantém sistemas de defesa aérea, bunkers e hospitais, ao passo que acusa seus adversários de deixarem os próprios civis desprotegidos.

Segundo o major, o Irã lançou mais de 500 mísseis balísticos em apenas uma semana, dos quais menos de 10% atingiram seus alvos. “Tenta imaginar se todos os mísseis alcançassem seus objetivos”, teorizou. “Agora imagina se o Irã tivesse 20 mil mísseis como esse que caiu aqui. Agora imagina se o Irã tivesse bombas nucleares.”

Ao encerrar seu vídeo, Rozenszajn citou a ex-primeira-ministra israelense Golda Meir: “Se deixarmos nossas armas, Israel é destruído no mesmo dia”, mencionou. “Se nossos inimigos largarem suas armas, terá finalmente paz aqui na região.”

Diante da repercussão, Cantanhêde publicou dois esclarecimentos em sua conta na rede social X. No primeiro, ela escreveu: “Condeno o antissemitismo e não sou um monstro que ‘lamenta’ poucas mortes em qualquer guerra que seja”, posicionou-se.

Horas depois, complementou: “Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas”, disse.

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