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sexta-feira, 30 de maio de 2025

O recado de Motta ao governo sobre o IOF

Presidente da Câmara deu 10 dias à equipe econômica para que apresente um plano alternativo ao aumento do imposto

Sarah Peres
A reunião de Hugo Motta com a equipe do governo ocorreu na residência oficial da Câmara, em Brasília | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputado

Depois de uma reunião com a equipe econômica de Lula para tratar do decreto que estabelece o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mandou um recado direto para a gestão petista.

Pelo X, Motta citou a reunião na noite de quarta-feira 28, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O encontro ocorreu para tratar da iminente possibilidade de derrubada do decreto do IOF.

“Reforcei a insatisfação geral dos deputados com a proposta de aumento de imposto do governo federal”, declarou Motta. “E relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara.”

O presidente da Câmara afirmou que combinou com a equipe econômica de Lula para que em dez dias seja apresentado “um plano alternativo ao aumento” do imposto.

“Algo que seja duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, acrescentou Motta.

Haddad descarta revogar decreto do IOF

Na noite de quarta-feira, Haddad falou com a imprensa logo depois de finalizar a reunião com os presidentes do Legislativo. O ministro disse que a gestão petista não pensa em revogação da medida.

“Em nenhum momento se discutiu revogação da medida”, argumentou. “O que está sendo discutido é como tratar o tema com responsabilidade, olhando para o equilíbrio fiscal e institucional do país.”
Apesar desse posicionamento, o ministro da Fazenda destacou que Motta e Alcolumbre solicitaram à equipe econômica “medidas de médio e longo prazo mais estruturantes, que mexessem com outros aspectos do Orçamento, como gasto primário e gasto tributário”.

O integrante do alto escalão sinalizou que o Congresso se colocou à disposição para “colaborar para que, no lugar de uma medida como essa [do IOF], você tivesse um horizonte mais estruturante para a frente”.

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