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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Hamas usa humanos como escudo, diz relatório

Documento afirma que terroristas manipulam mortes de palestinos para fins de propaganda internacional

Fabio Boueri
Pesquisadores dizem que papel da ONU ajudou a opinião pública a atuar como 'cúmplice involuntária' na avaliação dos ataques terroristas | Foto: Reprodução/Twitter/X

Um relatório contundente concluiu que o Hamas estaria “deliberada e sistematicamente” utilizando civis da Faixa de Gaza como escudos humanos. O objetivo é usar as mortes para fins de propaganda. O grupo terrorista foi responsável por um ataque violento a Israel em 7 de outubro de 2023. O massacre resultou na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de 251 pessoas.

Desde então, a ofensiva militar israelense deixou até 50 mil mortos, conforme autoridades palestinas. Os números e as causas das mortes, contudo, não têm mensuração de forma independente. Israel recebe críticas por uma eventual reação desproporcional, enquanto o Hamas responde por negligenciar soluções em debates internacionais.

Hamas: “Capítulo ausente” nos relatos da ONU e de ONGs

Andrew Fox, pesquisador da Henry Jackson Society e ex-major do Regimento de Paraquedistas britânico, falou ao jornal Daily Express. Disse que o estudo representa “o capítulo ausente em todas as declarações da ONU, em todos os relatórios de ONGs e em toda narrativa midiática que ignorou como o Hamas transformou civis em armas”.

Veterano de três missões no Afeganistão, Fox acredita que o Hamas deseja que “o maior número possível de palestinos morra” e que teria criado “armadilhas de morte” para milhões de pessoas de forma intencional.

Salo Aizenberg, coautora do estudo e pesquisadora especializada em viés midiático e análise de vítimas civis, afirmou que o grupo terrorista atua em múltiplas frentes, inclusive na guerra de narrativas. “Essa guerra não se deu apenas com foguetes. Ela travou-se com lentes de câmeras e contagens de mortos”.

Conforme Aizenberg, ao ignorar a estratégia do Hamas de borrar a distinção entre combatentes e civis, parte significativa da opinião pública global se tornou “cúmplice involuntária” do plano do grupo. Desde o início da ofensiva militar israelense em Gaza, protestos em apoio aos palestinos têm se espalhado por cidades da Europa e América do Norte, expondo o desequilíbrio entre as críticas dirigidas a Israel e a ausência de responsabilização do Hamas.

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