Desde a volta do petista ao Planalto, Jorge Messias transformou um órgão de Estado em um puxadinho pessoal do presidente
Edilson Salgueiro
Cristyan Costa-

Criada para representar a União e oferecer consultoria jurídica ao Executivo, a Advocacia-Geral da União (AGU) atuou, por décadas, como um órgão técnico e discreto.
Mas o cenário mudou. Desde a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, a AGU acumula episódios que levantam dúvidas sobre seu papel institucional — e sobre até onde vai sua lealdade ao governo e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Sob o comando de Jorge Messias, o “Bessias”, a AGU ganhou um novo departamento. Apelidada de “Ministério da Verdade”, a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia persegue opiniões na internet, investiga parlamentares da oposição, censura jornalistas e busca criminalizar postagens sobre temas sensíveis, como aquelas sobre o Pix ou as vacinas contra a covid-19.
Além disso, a AGU passou a se envolver em ações que blindam figuras do governo, como a primeira-dama Janja. E ainda coopera com o STF em medidas que passaram ao largo do Congresso, como o desmonte da política de armas. Enquanto isso, faz vista grossa para decisões que enterram os acordos da Lava Jato e facilitam o retorno de bilhões aos cofres dos mesmos corruptos de sempre.
👉 Quem está no comando da AGU? Como o órgão passou a funcionar como linha auxiliar de interesses políticos? E por que isso coloca em risco o equilíbrio entre os Poderes?
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